Miranda do Douro: Regressa a Concentração Motard “L’s Cartolicas Zinantes”
Após um ano de interrupção,o motoclube “L’s Cartolicas Zinantes” voltam a organizar neste sábado, dia 30 de agosto, a tradicional Concentração Motard, um evento anual que traz à cidade de Miranda do Douro motociclistas de outras localidades e regiões e que nesta 12º edição tem como maiores destaques a gincana 50cc, o freestyle e passeio noturno.
Segundo a programação do evento, a XII Concentração Motard inicia-se às 14h00 de sábado, com a abertura do recinto e o acolhimento aos motociclistas.
Segue-se às 16h00, a gincana de motorizadas 50 cc e o espetáculo do Bike Wash.
Após o jantar, realiza-se o passeio noturno pelas ruas da cidade de Miranda do Douro, seguida das acrobacias do Freestyle.
A concentração motard prolonga-se durante a noite de sábado, com o concerto do grupo DM Music, o Show Erótico e a atuação do DJ Edi Curralo.
A XII Concentração Motard é um evento organizado pelo motoclube “L’s Cartolicas Zinantes” e que conta com os apoios do município de Miranda do Douro, da freguesia local e a colaboração dos Bombeiros e da GNR.
O motoclube “L’s Cartolicas Zinantes foi fundado em 2010.
Incêndios: Fogo no Douro Internacional deixou pastores sem alimentos para o gado
Os produtores de ovinos e caprinos, do sul do distrito de Bragança, estão muito apreensivos em relação ao futuro das explorações pecuárias, dada a falta de alimentos provocada pelo incêndio que deflagrou no dia 15 de agosto, no Parque Natural do Douro Internacional.
O presidente da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Churra da Terra Quente, Bruno Cordeiro, disse que o incêndio destruiu as pastagens e o renovo só acontecerá lá para março, estando dependente das chuvas.
“Infelizmente os pastores não têm alimento para os animais. Neste momento toda a alimentação é dada à manjedoura. Esta raça [autóctone] de ovinos é criada de forma extensiva e tradicionalmente se alimenta do pasto, o que se torna numa situação muito aflitiva”, disse o também produtor pecuário.
Segundo o responsável, a alimentação da Churra da Terra Quente é 100% feita à base de pastagens naturais, que arderam nos fogos.
“O impacto [do incêndio] na economia local é muito grande e acredito que muitos pastores vão abandonar esta atividade pecuária, porque os custos de produção são elevados e estão sempre a aumentar, sendo muito dispendioso alimentar os animais durante cerca de meio ano, a correr bem”, admitiu Bruno Cordeiro.
Agora, o responsável, em nome dos 127 criadores desta associação nacional de produtores de ovinos, pede ajuda ao Governo para olhar para o setor, “porque é insustentável manter os animais estabulados”.
“Há municípios a ajudar os produtores, mas não é suficiente”, vincou.
O efetivo desta raça de ovinos, que ronda as 11.500 cabeças de gado, está espalhado por concelhos como Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro, concelhos afetados pelas chamas em 15 de agosto. Contudo, os animais espalham-se ainda por Vila Flor, Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Alfândega da Fé, municípios que também foram afetados por incêndios nas últimas semanas e com perdas no potencial agrícola do território.
O incêndio do Douro Internacional deflagrou a meio da tarde do dia 15 de agosto, em Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, e depressa se alastrou aos concelhos vizinhos de Torre de Moncorvo e Mogadouro, no distrito de Bragança, deixando um rasto de destruição nas pastagens e em culturas como o olival, amendoal, vinha, laranjal, floresta e colmeias.
Segundo dados provisórios da GNR, arderam 12 mil hectares nos concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Mogadouro, num incêndio que chegou a ter cerca de 400 operacionais no terreno e a ausência de meios aéreos, devido às condições climatéricas que se fizeram sentir.
Dados do relatório nacional provisório do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SIGF) indicam que, até 24 de agosto, há 11.697 hectares de área ardida em Freixo de Espada à Cinta.
Ensino: Associação de Escolas Católicas saúda «eliminação de conteúdos sobre identidade de género»
A Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) saudou a “eliminação dos conteúdos referentes à identidade de género”, na disciplina Cidadania e Desenvolvimento e sugeriu que a “inclusão da dimensão espiritual, transcendente e religiosa”.
“Sugere-se, no quadro de uma cidadania completa e da formação integral dos alunos, a inclusão da dimensão espiritual, transcendente e religiosa, que é absolutamente constitutiva da pessoa, e que se mostra de irrefutável importância para o entendimento e a promoção dos diálogos inter-religioso e multicultural”, pode ler-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
A APEC manifesta-se no âmbito da consulta pública, promovida pelo governo sobre os documentos sobre a «Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania” e “Aprendizagens Essenciais da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento”.
“Saúda-se como especialmente oportuna a eliminação dos conteúdos referentes à identidade de género, pelo carácter ideológico e não científico de que os mesmos se revestem; urge, por isso, designadamente no que a esse tema concerne, rever em consonância e coerência o documento ‘Referencial de Educação para a Saúde’ (junho 2017), que continua vigente”, sublinha o comunicado, assinado com data de 5 de agosto.
A Associação lamenta ainda a “eliminação da dimensão do voluntariado” e sugere a sua inclusão, “ainda que não como tema organizador / dimensão”, mas “ao nível dos conhecimentos, capacidades e atitudes ou ao nível das ações estratégicas”, destacando o impacto “formativo” que a sua realização concreta representa “no carácter dos alunos, como cidadãos”.
O comunicado sublinha como “útil” a manutenção da “matriz transversal e interdisciplinar para a componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento, no quadro da flexibilidade curricular, da autonomia pedagógica e do respeito pelas liberdades de ensinar e aprender”, finaliza.
Ambiente: Dez maiores poluidores do país reduziram emissões
Em Portugal, as emissões das 10 maiores empresas poluentes reduziram-se 11%, de 2023 para 2024, indica uma análise da associação ambientalista Zero, segundo a qual a refinaria da Galp lidera o Top 10 de poluidores.
A Galp, diz a associação num comunicado divulgado, não só continua a liderar a lista dos mais poluentes como ainda aumentou as emissões em 11%.
Com base em dados da Comissão Europeia sobre o registo de emissões associado ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), o ranking da Zero das entidades mais poluentes é composto na maioria pelo setor da refinação, energia, cimentos e pela TAP, que subiu ao segundo lugar na lista (estava em terceiro no ano passado).
Mas em termos globais houve uma redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás com efeito de estufa causador das alterações climáticas, especialmente pela queda de emissões nas centrais a gás natural fóssil para produção de eletricidade, principalmente na Tapada do Outeiro mas também no Pego, devido a um maior peso das energias renováveis.
Os 10 maiores poluidores no ranking 2024 são assim dominados pela Petrogal – Refinaria de Sines, seguindo-se a TAP, a Cimpor – Alhandra e a Cimpor – Souselas, em terceiro e quarto lugar, respetivamente, e a Secil – Outão, a meio da tabela.
No sexto lugar a Elecgás – Central de Ciclo Combinado do Pego, seguido pela CMP, cimentos, Fábrica Maceira-Liz, e depois em oitavo a EDP – Central Termoelétrica de Lares. Em nono lugar na lista dos mais poluentes a Lusical – Indústria Mineral-Calcinação de Calcários – Produção de cales não hidráulicas, e no 10.º lugar a Turbogás, central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro.
Comparando com 2023 as mudanças mais relevantes são as reduções significativas das emissões das centrais térmicas a gás natural fóssil. A Turbogás, Tapada do Outeiro, estava em segundo lugar no anterior ranking e está agora no 10.º e a Elecgás (Pego) estava em quarto e desceu para sexto.
Na análise aos dados a Zero dá destaque à refinaria de Sines da Petrogal pela dominância do ranking pelo quarto ano consecutivo.
O valor atingido pelo setor da refinação “mostra um peso muito significativo e crescente dos combustíveis fósseis na nossa economia e emissões poluentes; a GALP continua a ser uma empresa virada para a exploração e produção de combustíveis fósseis com mais de seis vezes e meia vezes do seu investimento a eles dedicado por comparação com investimento em renováveis”, diz a Zero no comunicado.
E acrescenta: entre 2023 e 2024, as emissões atingiram cerca de 2,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um aumento de 11% (cerca de 270 mil toneladas), representando quase 5% do total de emissões líquidas de Portugal em 2023 (para haver um termo de comparação).
A TAP teve um ligeiro aumento de emissões, de um por cento, mas subiu ao segundo lugar por causa da quebra de 80% das emissões da Tapada do Outeiro. As emissões juntando as três centrais a gás natural caíram de 2,7 milhões de toneladas em 2023 para 1,1 milhões em 2024.
Contando as emissões totais das 10 unidades mais poluentes verificou-se uma redução de emissões de 9,5 (em 2023) para 8,5 milhões em 2024, menos 11%. A redução entre 2022 e 2023 tinha sido de 14%.
Segundo a lista, além dos aumentos na refinaria de Sines (mais 11%) e da TAP (1%) a Cimpor Alhandra aumentou 24%, a de Souselas 3% e a Secil de Outão, 4%.
As outras cinco desceram todas as emissões. A Elecgás (Pego) desceu 47%, a CMP Maceira 1%, a EDP 9%, a Lusical 3%, e a Turbogás 80%.
O CELE integra as principais unidades de setores fortemente poluidores, como centrais térmicas, refinação, cimento, pasta de papel, vidro, entre outras. Em Portugal, há 136 empresas que declararam emissões em 2024 no âmbito do CELE.
No caso das centrais térmicas utilizando combustíveis fósseis, todas as licenças de emissão têm de ser adquiridas (compradas em leilão), enquanto noutros setores uma grande parte das licenças é oferecida gratuitamente e a restante tem de ser adquirida.
Num futuro próximo, tudo indica que continuarão a ser a refinaria de Sines, as centrais de ciclo combinado a gás natural fóssil e o setor cimenteiro que dominarão a seriação das unidades empresariais maiores emissoras de dióxido de carbono, a par de um crescimento do setor da aviação.
A análise da Zero insere-se no âmbito do projeto LIFE EFFECT, financiado pela Comissão Europeia, que visa promover uma participação mais ampla da sociedade civil nos processos de tomada de decisão e de monitorização, assegurando que o CELE beneficia o clima mas também as pessoas.
Incêndios: GNR deteve 44 incendiários e passou quase 1.500 multas por falta de limpeza
Até 25 de agosto, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 6.860 incêndios florestais, tendo detido 44 incendiários em flagrante delito e identificado 606 suspeitos deste crime, tendo ainda passado 1.486 multas por falta de limpeza de terrenos.
De acordo com dados enviados pela Guarda Nacional Republicana (GNR), para além dos 6.860 incêndios florestais registados até esta data, foram ainda elaborados “1.922 autos de contraordenação, dos quais 1.486 por falta de gestão de combustível, 324 por uso indevido do fogo e 30 por condicionamento de acessos”.
“Tendo em consideração o trabalho preventivo, de vigilância e de deteção desenvolvido ao longo deste ano, registaram-se 44 detenções em flagrante delito pelo crime de incêndio florestal. Foram ainda identificados 606 suspeitos da prática deste crime, alguns dos quais já detidos pela Polícia Judiciária. A GNR tem vindo a intensificar os esforços de investigação, com o objetivo de apurar com rigor as causas de cada ocorrência. Trata-se de um trabalho contínuo, que procura dar resposta no mais curto espaço de tempo possível”, referiu esta força policial.
Os dados da GNR indicam ainda que até 25 de agosto foram realizadas “40.306 patrulhas e 5.027 ações de sensibilização, alcançando 96.408 pessoas”, tendo esta força policial sublinhado a “responsabilidade partilhada” na proteção da floresta e das populações e a ação preventiva de todos.
A GNR recordou ainda que tem em funcionamento permanente uma linha telefónica para denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas, a Linha SOS Ambiente e Território, disponível no número 808 200 520.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo dados oficiais provisórios, no corrente ano já arderam 251 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
Carção: Residências Autónomas vão estar concluídas em 2026
Em Carção, continuam a decorrer as obras de construção das residências autónomas destinadas a albergar pessoas com deficiência e incapacidade, um projeto do município de Vimioso e do Instituto da Segurança Social (ISS), que deve estar concluído em junho de 2026.
O presidente do município de Vimioso, António Santos, avançou que a obra contempla a construção de seis apartamentos, cada qual com capacidade para albergar cinco pessoas (30 no total).
“No distrito de Bragança, as instituições existentes têm uma lista de espera considerável para acolher e acompanhar as pessoas com deficiência e incapacidade, razão pela qual são necessárias mais respostas sociais, sobretudo na região do planalto mirandês, onde ainda não existe qualquer instituição deste género”, justificou o autarca vimiosense.
A nova valência social está a ser construída na área da antiga escola primária, em Carção e destina-se ao processo de autonomização de jovens e adultos, portadores de deficiência e incapacidade, com idades igual ou superior a 18 anos.
O autarca vimiosense destacou que a construção desta obra na aldeia de Carção, pressupõe também a vinda de profissionais qualificados para o concelho e por conseguinte a criação de novos postos de trabalho, o que vai imprimir um maior dinamismo à economia local.
“Os utentes vão ser acompanhadas por psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos com o objetivo de desenvolver competências que possibilitem a sua autonomia e inserção da vida ativa”, acrescentou.
Questionado sobre a escolha da aldeia de Carção, para edificar as Residências Autónomas, António Santos, respondeu que tal se deve à homenagem que se pretende prestar à ação benemérita de dois antigos habitantes, António Luiz dos Santos e Luis David dos Santos.
“Naquele tempo do Estado Novo, entre as décadas de 1930 a 1974, muito poucas crianças tinham possibilidade de estudar. A antiga escola primária de Carção foi construída graças à ação benemérita de António Luiz dos Santos e Luís David dos Santos, com a finalidade de proporcionar instrução escolar às crianças desta aldeia e financiar a continuação dos estudos em Bragança e mesmo nas universidades. Estes dois beneméritos deixaram em testamento dois edifícios em Vila Real, cujas rendas reverteram a favor da educação das crianças”, contou.
Na obra que está curso na aldeia de Carção, o edifício da antiga escola primária, com dois pisos, também vai ser requalificado, para a futura instalação do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão.
“A escola primária vai tornar-se num centro de dia para pessoas portadoras de deficiência e incapacidade. Ou seja, é uma valência que permite aos jovens e adultos participarem nas atividades durante o dia e regressarem às suas famílias ao final da tarde”, informou.
No total, a construção das seis residências autónomas está orçada em 1,4 milhão de euros, financiadas na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Já a requalificação da antiga escola primária de Carção, representa um investimento de 1,1 milhão de euros, sendo que 500 mil euros são financiados pelo programa Norte2030.
Ao abrigo do PRR, no distrito de Bragança, para além da candidatura do município de Vimioso foram aprovadas as candidaturas da Associação Sócio Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes (ASCUDT) e da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados (CERCIMAC), em Macedo de Cavaleiros.
Miranda do Douro: Bairro Comercial Digital começa a ser visível
Através das páginas nas redes sociais “Miranda do Douro Digital”, começa a ser visível o Bairro Comercial Digital “La Nubre an Miranda”, um projeto inovador que visa modernizar as lojas comerciais da cidade, através de uma contínua presença digital, para facilitar a consulta de produtos e serviços.
O projeto Bairro Comercial Digital “La Nubre an Miranda” está a ser promovido pela Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD) e opresidente, Bruno Gomes, adiantou também que já foram definidos os locais para a instalação física dos mupis digitais.
“O conteúdo dos mupis está a ser ultimado, com informações sobre os espaços comerciais, bem como os produtos e artigos, que os turistas e visitantes podem encontrar na cidade de Miranda do Douro”, indicou.
O projeto inclui ainda a criação de um website e uma aplicação móvel (app) do bairro, bem como uma plataforma de e-commerce destinada à criação de um Marketplace, através do qual o público poderá realizar visitas virtuais às lojas comerciais.
“Neste âmbito, o website já tem um domínio mas ainda não está visível porque falta introduzir os conteúdos das empresas. Sobre o marketplace, cada empresário da cidade de Miranda do Douro terá a possibilidade de aceder a um sistema informático, onde tem a possibilidade de publicar fotografias e informações sobre os seus produtos e artigos”, disse.
Questionado sobre a adesão dos empresários e comerciantes ao projeto, Bruno Gomes, referiu que inicialmente houve alguma relutância, mas após o devido esclarecimento sobre a finalidade do Bairro Comercial Digital registou-se uma progressiva adesão.
«Com a divulgação e promoção das empresas através das redes sociais, houve uma crescente adesão e atualmente praticamente todos os espaços comerciais querem fazer parte do Bairro Comercial Digital “La Nubre an Miranda”», indicou.
Segundo a ACIMD, a implementação do projeto exige o compromisso e a participação dos comerciantes, na disponibilização e atualização regular dos seus produtos e serviços nas plataformas digitais, na decoração das montras, entre outras responsabilidades.
“Um Bairro Comercial Digital tem por finalidade dar maior visibilidade dos produtos e serviços locais e a conquista de mais clientes. Entre os produtos e serviços locais que poderão ter maior procura no Bairro Comercial Digital “La Nubre an Miranda”, destacam-se o café, os têxteis e o mobiliário”, indicou.
Na cidade de Miranda do Douro, a criação do bairro “La Nubre an Miranda” resulta de um trabalho conjunto entre a ACIMD e a Câmara Municipal de Miranda do Douro e dispõe de um investimento de 700 mil euros, proveniente do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
“O bairro “La Nubre an Miranda” foi um dos 50 projetos aprovados em todo o país e representa uma grande vitória para Miranda do Douro. A nossa candidatura foi aprovada porque nas ruas do Mercado, 25 de abril e 1º de maio existe um grande número de espaços comerciais, com muita variedade de produtos e artigos”, justificou.
A implementação do Bairro Comercial Digital “La Nubre an Miranda” incide em quatro áreas: a digitalização dos processos comerciais, tornando-os mais modernos e eficientes; a expansão dos negócios locais, através da venda online de produtos e serviços; o aumento da visibilidade do negócio com novas estratégias de marketing; e a conexão das ruas com rede Wi-Fi, para aproximar comerciantes e clientes.
Economia: Exportações de calçado português superam concorrência e crescem 3,7%
As exportações da indústria portuguesa de calçado aumentaram 5,4% em quantidade e 3,7% em valor, no primeiro semestre do ano, em termos homólogos, somando 36 milhões de pares e 843 milhões de euros, indicou a associação setorial.
Citado num comunicado, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) afirma que 2025 “está a ser um ano muito exigente para a indústria de calçado a nível internacional”, mas destaca que a indústria portuguesa “tem vindo a ganhar quota face aos principais ‘players’ internacionais”.
“O facto de exportarmos mais de 90% da nossa produção para 170 países permite que a indústria portuguesa revele um desempenho globalmente positivo”, sustenta Luís Onofre.
Ainda assim, o dirigente associativo alerta que o setor continua “muito dependente da evolução das principais economias para manter este registo na segunda metade do ano e consolidar 2025 como um ano de afirmação do calçado português nos mercados externos”.
Depois de um arranque de ano marcado pela incerteza e por quebras na ordem dos dois dígitos, a APICCAPS destaca que as exportações portuguesas de calçado para os EUA “iniciaram uma trajetória de recuperação”, ascendendo a 40 milhões de euros no final do primeiro semestre, uma quebra homóloga de 6,4%.
Reiterando que o mercado norte-americano “é uma prioridade para o calçado português”, o presidente da APICCAPS destaca que, num “enquadramento tarifário mais favorável – em que países como o Brasil são penalizados em 50%, a China em 30%, a Índia em 50% e o México em 25% – esta “pode ser a oportunidade” para o setor português do calçado reforçar a presença nos EUA, “onde cresce a procura por produtos ‘premium’, sustentáveis e com história”.
“Portugal, tendo em conta os investimentos em curso – mais de 100 milhões de euros no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] nos domínios da automação, robótica e sustentabilidade – pode afirmar-se como uma sólida alternativa à produção massificada e ambientalmente insustentável”, enfatiza Luís Onofre.
Segundo os dados da APICCAPS, na primeira metade do ano, a China – responsável por cerca de 55% da produção mundial de calçado – viu as respetivas exportações recuarem 12,5%.
Já o México e a Turquia, apontados como “dois produtores de referência”, registaram quedas de 19,3% e 15,3%, respetivamente, no comércio internacional.
No espaço europeu, também Itália e Espanha, dois dos grandes concorrentes de Portugal, apresentaram quebras de 2,6% e 2% nas exportações.
Entre janeiro e junho, a Alemanha reforçou-se enquanto principal destino do calçado português, crescendo 13,1% para 217 milhões de euros.
Também a França manteve uma evolução positiva, com um acréscimo de 1,4% para 167 milhões de euros.
Em contrapartida, o setor encara com “preocupação” o desempenho nos Países Baixos, para onde as vendas recuaram 5,3% para 94 milhões de euros.
O Ministério da Justiça alerta os cidadãos e intervenientes em processos judiciais, para a circulação de mensagens fraudulentas, que simulam notificações judiciais atribuídas aos tribunais.
O alerta é válido para todos os cidadãos e para intervenientes em processos judiciais, sejam partes, mandatários, testemunhas ou outros, destacou o Ministério da Justiça, em comunicado.
“Estas mensagens não têm origem nos sistemas oficiais do Ministério da Justiça e devem ser consideradas tentativas de fraude”, pode ler-se.
O Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça (IGFEJ), enquanto entidade responsável pela gestão e segurança dos sistemas de informação da Justiça, identificou “de imediato o incidente e emitiu alertas aos utilizadores dos tribunais e à Ordem dos Advogados, reforçando a vigilância sobre este tipo de comunicações”.
O Ministério da Justiça instou todos os destinatários deste tipo de mensagens a não acederem a ‘links’ ou anexos suspeitos, a verificarem “cuidadosamente o remetente das mensagens” e a reportarem “de imediato qualquer comunicação suspeita ao IGFEJ ou às autoridades competentes”.
Ensino: Concurso extraordinário de professores para suprir três mil horários vazios nas escolas
As escolas continuam com cerca de três mil horários de professores por preencher e o Governo vai abrir um concurso extraordinário, com quase 1.800 vagas, para zonas com mais dificuldade em atrair docentes.
A duas semanas do arranque do ano letivo, há ainda “cerca de três mil horários por preencher”, revelou hoje o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, no final de uma reunião com sindicatos para discutir o diploma que cria um regime excecional e temporário para contratar professores para as 10 regiões do país com mais alunos sem aulas.
Na próxima semana, arranca mais uma reserva de recrutamento que permite às escolas contratar mais docentes, mas a tutela decidiu lançar também este ano um concurso externo extraordinário para recrutar professores de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, à semelhança do que aconteceu no passado ano letivo.
As cerca de 1.800 vagas estão concentradas em 10 Quadros de Zona Pedagógica, sendo que a maioria – cerca de 1.100 – é para dar aulas em escolas em Lisboa, disse o ministro, acrescentando que 20% das vagas serão abertas na região de Setúbal e as restantes 10% para escolas do Alentejo e do Algarve.
O novo ano letivo 2025/2026 para a Educação Pré-Escolar e os Ensinos Básico e Secundário inicia-se entre 11 e 15 de setembro.