Vimioso: Visita à Feira Nacional de Agricultura (FNA)
O Centro de Gestão de Empresas Agrícolas Vimiosense (CGEAV) está a organizar uma visita no dia 9 de junho, à Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, com a finalidade de proporcionar aos agricultores do concelho de Vimioso, o conhecimento das modernas práticas e equipamentos agrícolas.
A Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, decorre de 7 a 15 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas. Este certame anual, permite aos agricultores portugueses acompanhar as práticas agrícolas atuais e a forma como a União Europeia está a preparar o caminho para uma agricultura mais competitiva, justa e sustentável.
Este ano, a Feira Nacional de Agricultura (FNA), em Santarém, dá destaque às biosoluções e às inovações sustentáveis no setor agrícola.
“Sob o mote “Agricultura com Futuro”, a FNA25 conta com a presença de empresas líderes na área da bioeconomia, como a Inseter, Repsol, Corterra e FOM, que vão apresentar soluções já em prática na agricultura em Portugal, desde fungicidas à base de casca de laranja até biometano gerado por resíduos agrícolas”, informa a organização.
A feira, em Santarém, decorre ao longo de nove dias e a sua vasta programação inclui:conferências e seminários sobre temas como a energia, biotecnologia, segurança alimentar, vinho, azeite, agricultura familiar e cibersegurança. Concursos de pecuária, cavalos e cães de raças portuguesas. A FNAzinha, um espaço para crianças com atividades pedagógicas, ligadas ao mundo rural. A programação cultural contempla os concertos musicais de Némanus (7 junho), Anselmo Ralph (9 junho), Nininho Vaz Maia (13 junho) e Fernando Daniel (14 junho). E as tradições populares, folclore, gastronomia e largadas de toiros são outras atrações. A entrada na FNA25 custa 8,50€.
Segundo o Centro de Gestão de Empresas Agrícolas Vimiosense (CGEAV), as inscrições para a visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, são gratuitas e devem ser efetuadas até ao dia 7 de junho, presencialmente no centro em Vimioso ou através dos telefones 273512705 / 968434736 /968434795.
Saúde: DGS recomenda medidas de proteção face ao calor
A Direção-Geral da Saúde recomendou medidas preventivas, como a ingestão de água, face às previsões de aumento de temperatura nos próximos dias, que deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território nacional.
Considerando as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha o consumo regular de água, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas.
A DGS refere que a exposição solar deve ser evitada entre as 11:00 e as 17:00, recomendando o uso de roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, chapéu de abas largas, óculos de sol, bem como protetor solar de fator proteção 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas.
Deve ainda ter-se especial atenção com os doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida e manter-se informado relativamente às condições climáticas para poder adotar os cuidados necessários.
A autoridade de saúde sugere também que sejam feitas refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia. O trabalho no exterior seja feito acompanhado, que as persianas das casas sejam corridas, ao entardecer deixar que o ar circule e que as pessoas se mantenham em ambientes frescos, pelo menos duas a três horas por dia.
Os distritos de Setúbal, Évora e Beja vão estar entre quarta e quinta-feira sob aviso amarelo devido ao tempo quente, com Lisboa a enfrentar o mesmo aviso apenas no dia 29 de maio, de acordo com o IPMA.
Para Setúbal, Évora e Beja, o aviso é válido a partir das 09:00 de quarta-feira e mantém-se até às 18:00 de quinta-feira, segundo o IPMA.
Em Lisboa, o aviso vigora entre as 09:00 e as 18:00 de quinta-feira, dia 29 de maio, devido ao alerta de tempo quente, pela “persistência de valores elevados da temperatura máxima”.
No fim de semana, o IPMA já tinha alertado para a subida gradual da temperatura a partir de terça-feira em Portugal continental, com aumento do perigo de incêndio rural, cuja classificação máxima poderá atingir alguns concelhos do sul.
A temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território a partir de 28 de maio, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores acima de 35°C na região Sul e vale do Tejo.
O tempo quente e seco deve-se a uma massa de ar quente proveniente do Norte de África.
O índice de radiação ultravioleta vai manter-se em valores muito elevados, como expectável nesta época do ano próxima ao solstício de Verão e dada a ausência de nebulosidade.
O coordenador do novo Serviço Nacional da Pastoral dos Idosos (SNPI) assumiu a preocupação com a “solidão” das pessoas mais velhas, em Portugal.
“Um dos desafios maiores que nos é colocado é ir ao encontro desta gente que vive completamente só, que não tem nada”, refere o padre Francisco Ruivo, convidado da entrevista semanal conjunta Ecclesia/Renascença, emitida e publicada aos domingos.
“Isso é algo que me inquieta bastante. Perceber e ver a solidão em que muitas pessoas que vivem”, acrescenta o sacerdote da Diocese de Santarém.
O responsável fala de uma marca de “agressividade grande, até perturbadora”, provocada pela solidão, recordando que há “gente que está em casa sozinha”.
“Essa é uma realidade a que a Igreja não tem dado grandes respostas, a meu ver. Ou se o tem, não é partilhado, não é falado”, observa.
A propósito do Jubileu das famílias, das crianças, dos avós e dos idosos, o coordenador do SNPI indica que esta deve ser uma preocupação “permanente”, que responde a uma exigência da Santa Sé.
Considerando que Portugal está no “ponto zero”, em termos estruturais, o padre Francisco Ruivo assinala que é importante começar a “dar alguns passos”, adiantando que conta ter uma equipa constituída nos próximos meses e que vai “incentivar a que possa haver uma pequena estrutura também, em cada diocese”.
A promoção do voluntariado e o protagonismo dos idosos são outras prioridades do SNPI.
“Estou convencido que não podemos pensar uma pastoral da Igreja, verdadeiramente, sem uma pastoral dos idosos”, acrescenta o sacerdote.
Outro dos objetivos passa pela mudança da mentalidade que vê nos mais velhos um “peso” para as famílias e por contrariar a cultura do “descarte”.
O entrevistado cita um estudo apresentado pela Conferência Episcopal da Austrália, segundo o qual “muitos dos idosos pediam a eutanásia, precisamente para não se sentirem um peso para a família”.
“Nós acabamos por ser arrastados e engolidos por essa mentalidade”, adverte.
Para o padre Francisco Ruivo, é preciso ir ao encontro dos que “perderam todo o sentido da vida”.
“É muito importante poder transmitir-lhes esta bem-aventurança de que a esperança é aquela que, no fundo, nos galvaniza para continuar a sonhar, mesmo já não podendo sair de casa”,conclui.
O Conselho Permanente da CEP aprovou, na sua reunião de maio, a criação do Serviço Nacional da Pastoral dos Idosos, integrado no Departamento Nacional da Pastoral Familiar.
Segurança Social: Metade dos pensionistas recebem reforma até 500 euros
No final de 2024, um milhão dos reformados da Segurança Social recebiam uma pensão de velhice até 500 euros, o equivalente a 51% do total e abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano.
Com base nos dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), uma análise da CGTP assinala que “perto de 1 milhão de pensionistas de velhice da segurança social (986,2 mil) recebiam menos de 500 euros de pensão por mês”, o equivalente a 51,2% do total.
Este valor situa-se abaixo do limiar de pobreza fixado para aquele ano, que era de 542 euros, assumindo o rendimento anual dividido por 14.
Do total de quase um milhão de pessoas que recebiam até 500 euros, quase sete em cada dez (703,5 mil, o equivalente a 68,2%) eram mulheres e 31,7% (282,7 mil) eram homens.
Já “outros 25,8% recebiam entre 500 e 750 euros, correspondendo a perto de 497 mil pensionistas de velhice de ambos os sexos”, nota a central sindical.
Assim, no total, quase 1,5 milhões de reformados recebiam até 750 euros, isto é, 77% do total de pensionistas da Segurança Social (1,92 milhões).
Segundo o documento, há ainda 102.789 que ganhavam entre 1.200 euros e 2.000 euros, 26.907 que recebiam entre 2.000 e 2.500 euros, 14.872 que auferiam entre 2.500 e 3.000 euros, enquanto 26.880 recebiam 3.000 euros ou mais.
Ou seja, cerca de 2% (41.752 mil) recebiam uma pensão de velhice igual ou superior a 2.500 euros, segundo os cálculos da Lusa, com base na análise da CGTP.
“Na Segurança Social, que abrange a maioria dos reformados e pensionistas do país, os valores médios das pensões são muito baixos, principalmente no caso das mulheres”, alerta a CGTP.
Em dezembro do ano passado, “o valor médio das pensões de velhice era de cerca de 666 euros mensais no conjunto de todos os regimes, situando-se pouco acima do limiar de pobreza”, nota.
“As pensões do regime geral são pouco mais elevadas (516 euros na média do conjunto dos regimes e 524 euros no regime geral), mas em qualquer dos casos são sempre mais baixas entre as mulheres (rondam os 62% do valor recebido pelos homens), devido aos seus salários serem também, em média, mais baixos e as carreiras contributivas mais curtas”, conclui a CGTP.
Esta análise insere-se num conjunto de dados que a CGTP tem vindo a realizar no âmbito da conferência nacional que a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – CIMH/CGTP-IN vai realizar em 05 de junho, tendo em vista debater a situação das mulheres no mundo do trabalho.
Atletismo: Rui Muga e Juana venceram o IV Trail Vales de Vimioso
O mogadourese Rui Muga e a atleta espanhola Juana foram os vencedores do IV Trail Vales de Vimioso, uma corrida do calendário da Taça Distrital de Atletismo, que se realizou no passado Domingo, dia 25 de maio, na vila de Vimioso.
Segundo a classificação da Associação de Atletismo de Bragança (AAB), o atleta Rui Muga, do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros, concluiu os 15 quilómetros do trail “Vales de Vimioso”, em 1 hora 6 minutos e 58 segundos.
Nas senhoras, a espanhola, Juana, da equipa SoloRunners foi a mais rápida ao percorrer os 15 quilómetros, com um tempo de 1 hora 22 minutos e 59 segundos.
O IV Trail Vales de Vimioso incluiu ainda uma caminhada de nove quilómetros, na qual participaram uma centena de pessoas.
No final da prova foram entregues prémios aos vencedores da corrida, nas várias categorias e géneros, no valor total de 1600 euros.
A prova desportiva foi coorganizada pela associação Motoclube Os Furões, em parceria com o município de Vimioso a e seção de Atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD).
Com este evento desportivo, a organização pretende incentivar a prática desportiva, assim como dar a conhecer a beleza natural da região e promover turisticamente o concelho de Vimioso.
Miranda do Douro: Mirandeses acederam a consultas de ortopedia e urologia
No âmbito do Seguro de Saúde Municipal, foram realizadas no dia 16 de maio, consultas de ortopedia e urologia, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD), um serviço que está a gerar satisfação nos utentes mirandeses pela facilidade e rapidez no acesso a exames e consultas de especialidade.
Pela segunda vez, desde a implementação do Seguro de Saúde Municipal em novembro de 2023, dois médicos da Casa de Saúde São Mateus, em Viseu, deslocaram-se a Miranda do Douro para prestar consultas, nas especialidades de ortopedia e urologia.
As referidas consultas, oito em ortopedia e seis em utrologia, decorreram nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD), em salas da Unididade de Cuidados Continuados.
Perante o serviço médico prestado, os utentes mirandeses expressaram satisfação pela facilidade e a rapidez no acesso à realização de exames de diagnóstico e às consultas de especialidade.
Foi o caso de David dos Santos, natural de Sendim, que teve uma consulta de ortopedia. O jovem sendinês afirmou que a espera para a consulta médica foi mais breve do que acontece normalmente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Dado que o tempo de resposta é bem mais célere optei por fazer a consulta de medicina geral através deste novo serviço, assim como as análises, os exames e a consulta de especialidade. Não é que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não tenha a mesma qualidade, tem qualidade mas como há muita gente a aceder ao serviço público, a demora para ser atendido é muito maior”, justificou.
Também a senhora Mariana de Jesus Fernandes, natural de Duas Igrejas, recorreu ao Seguro de Saúde Municipal, para obter acompanhamento médico, na área da urologia.
“Este novo serviço de saúde é um bem para a população de Miranda do Douro. A par da facilidade e da rapidez no atendimento, destaco também o acolhimento, a consideração e o respeito com que sou atendida”, disse.
Da cidade de Miranda do Douro, o utente, Paulo Mendes, também elogiou o Seguro de Saúde Municipal “Miranda Saudável” e descreveu-o como um serviço “eficaz”.
“Estou muito satisfeito com o acompanhamento médico proporcionado pelo seguro de saúde municipal. De facto, através deste serviço consegue-se realizar exames e aceder a consultas de especialidade num curto espaço de tempo. No meu caso, estou a ser acompanhado na área da ortopedia. Faço votos de que este serviço tenha continuidade para benefício da população do concelho de Miranda do Douro”, disse.
Segundo dados disponibilizados pelo município de Miranda do Douro, desde novembro de 2023, data da implementação do Seguro de Saúde Municipal “Miranda Saudável”, já aderiram a este serviço mais de 2500 pessoas, tendo sido realizadas até ao momento 1139 consultas de medicina geral e familiar; 280 consultas de especialidade; 535 exames de diagnóstico; e 170 cheques-dentista.
A medida, denominada “Aquisição de serviços de saúde – Cartão de Saúde Municipal”, tem uma validade de dois anos e implicou um investimento por parte do município de 690 mil euros.
Na manhã de Domingo, dia 1 de junho, a Caramonico – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Palaçoulo, organiza o XXI Passeio Pedestre “Xara em Flor”, uma atividade que tem por horizonte proporcionar aos participantes a atividade física, o contato com natureza e o convívio.
Segundo o programa, o passeio pedestre inicia-se às 8h00, com o acolhimento e as inscrições, na sede da associação Caramonico, em Palaçoulo. O preço da inscrição é de 10€ para os associados; 12€ para não sócios; 7€ para crianças entre os 6 e os 12 anos; e grátis para crianças até aos 5 anos. Este valor dá direito ao almoço, no final do passeio.
Após as inscrições, a saída para o passeio pedestre “Xara em Flor” está agendada para as 9h00 da manhã de Domingo. No decorrer da caminhada, está prevista uma merenda às 11h00. No final do passeio, às 13h00, os participantes vão confraternizar num almoço-convívio.
Às pessoas que pretendam participar no passeio pedestre “Xara em Flor”, a organização recomenda o uso de calçado, roupa confortável e protetor solar.
Em Palaçoulo, o passeio pedestre “Xara em Flor” remete para as estevas floridas (“xaras”, em mirandês) que embelezam os campos, nos meses de Primavera.
Palaçoulo: Campeonato de Jogos Tradicionais a 1 de junho
Na tarde de Domingo, dia 1 de junho, o complexo desportivo Vale das Latas, em Palaçoulo, é o recinto das Olímpiadas Desportivas 2025, um evento organizado pelo município de Miranda do Douro, com os objetivos de preservar os jogos tradicionais e proporcionar o convívio entre as populações da várias freguesias do concelho.
À semelhança do que acontece nos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), as Olímpiadas Desportivas, visam selecionar os melhores praticantes de jogos tradicionais, como o fito, raiola, relha, malha, sueca, petanca, tração à corda e corrida de sacos, para disputarem a final distrital.
Posteriormente, a final distrital dos Jogos Tradicionais vai decorrer no dia 15 de junho, no Jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro, onde vão participar os vencedores dos concelhos de Bragança, Alfândega da Fé, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.
De modo individual ou em grupo, os participantes vão competir em jogos como o fito, a raiola, a malha, a relha, a tração à corda, a corrida de sacos ou os jogos do burro e da dança das cadeiras.
Em todas as modalidades é atribuído um troféu aos três primeiros classificados, assim como um certificado de participação a todos os participantes.
A inclusão está também nos objetivos deste Campeonato de Jogos Tradicionais, que conta com a participação de “equipas oriundas de sete instituições de apoio a pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade”.
Segundo a CIM-TTM, o Campeonato de Jogos Tradicionais visa celebrar e preservar os jogos que marcaram gerações, promovendo atividades que incentivam a interação social, o exercício físico e o contato com a natureza.
O projeto dos Jogos Tradicionais é deenvolvido no âmbito do programa “Cultura para Todos”, sendo financiado pelo Programa Operacional NORTE 2020.
Ambiente: Cinco Postos de Vigia de incêndios já estão em funcionamento
O Comando Territorial de Bragança, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), ativou no dia 5 de maio, cinco posto de vigia no distrito de Bragança, entre os quais o posto de vigia de Vimioso, no âmbito da Campanha Floresta Segura 2025.
Os postos de vigia de Vimioso, Serra de Montesinho, na Serra da Coroa (Vinhais), Serra do Reboredo (Torre de Moncorvo), na Serra de Bornes, em Macedo de Cavaleiros fazem parte da Rede de Vigilância e Deteção de Incêndios, que integra o Sistema de Videovigilância Florestal e a Rede Nacional de Postos de Vigia.
Nesta fase inicial, os militares da GNR estão a fiscalizar as freguesias que pela sua localização apresentam maior risco de incêndio. Nestas operações, a GNR promove, em simultâneo, ações de informação e sensibilização junto dos proprietários, para que realizem voluntariamente a limpeza dos terrenos até 31 de maio.
Segundo da GNR, a Campanha Floresta Segura contribui para uma redução significativa do número de ocorrências graves e dos impactos negativos que podem causar na sociedade.
“A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades estratégicas para a GNR, sustentada numa atuação preventiva e num reforço de patrulhamento nas áreas florestais”, indica a força de segurança.
A 29 de junho vão entrar em funcionamento mais seis Postos de Vigia da Rede Secundária.
Ambiente: Meteorologia e falta de mão-de-obra dificultam limpeza de terrenos
A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais visa prevenir fogos rurais, mas o prazo para a limpeza, que termina a 31 de maio, é “insuficiente” para as organizações do setor, devido às condições meteorológicas e dificuldades de contratar mão-de-obra.
“[O prazo] é insuficiente para aquilo que está identificado como sendo necessário limpar. Até porque a vegetação que entretanto apareceu devido à pluviosidade que ocorreu é grande. E, portanto, há muito mato neste momento para limpar”, afirmou o presidente da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, Pedro Serra Ramos.
O Governo prolongou até 31 de maio, o prazo para os proprietários procederem à limpeza de terrenos e identificou 988 freguesias prioritárias para fiscalização dos trabalhos de gestão de combustível, em dois despachos datados de abril.
A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais em redor de edificações, infraestruturas e aglomerados visa prevenir incêndios, mas para o presidente da Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) não será possível cumprir o prazo, “porque o ano foi muito invernoso” e só “há 15 dias é que as máquinas conseguiram entrar e em alguns sítios ainda estão a ter dificuldades, porque estão atascar”.
“Não há capacidade, nem técnica, nem de gente para fazer o que está previsto, porque este ano as ervas, esses materiais cresceram muito”, considerou Luís Damas, notando que “muita gente não vai conseguir” e quem já o fez “tem que fazer novamente”, o que “ainda é mais oneroso”.
No despacho governamental justifica-se o prolongamento do prazo “considerando as condições meteorológicas que se têm verificado, com persistência de precipitação e elevados teores de água nos solos, o que limita os períodos disponíveis para a realização dos trabalhos de gestão de combustível”.
“É óbvio que nós nunca conseguiremos limpar tudo aquilo que teoricamente se acha que era bom de limpar. De qualquer forma, a nossa posição continua a ser de que esta legislação tem que ser revista”, advogou Pedro Serra Ramos.
Para o presidente da ANEFA, não está provado que por se limpar todos os anos os terrenos se consegue impedir ou reduzir o número de incêndios, e “nem sequer é bom para aquilo que se pretende que seja a gestão e o desenvolvimento da floresta, porque todo o dinheiro que é gasto nisso não é de forma nenhuma compensado”.
“Achamos que este é um ano atípico. Estes calendários não podem ser fixos, tem que se olhar para o ano, como é que correu de chuva. E, por exemplo, pode haver anos que se calhar tem que se antecipar, porque em março há temperaturas altas que secam logo toda a erva e se calhar tem que se atuar mais cedo”, argumentou Luís Damas.
O presidente da FNAPF reforçou, por isso, que este ano os proprietários vão “ter dificuldades em cumprir os prazos”, também “por falta de mão-de-obra e de máquinas disponíveis para fazer este trabalho neste período, porque antes não se pôde, esteve sempre a chover, [e] não se conseguiu entrar” nos terrenos.
A dificuldade no cumprimento do prazo é confirmada por Rui Igreja, da Florecha, empresa com sede na Chamusca, num “ano atípico”, com um grande crescimento da vegetação, “por causa da quantidade de chuva e até bastante tarde”.
O diretor-geral da empresa do distrito de Santarém admitiu que “a mão-de-obra é um problema não só na agricultura, mas na área agroflorestal” – é “cada vez maior” e o facto de se tratar de uma atividade “muito sazonal” também não ajuda, pois quem tenha feito a limpeza mais cedo corre o risco de ter de repetir devido ao “desenvolvimento da vegetação”, sob pena de autuação.
Para o responsável da ANEFA, “não vale de nada” as autoridades multarem as pessoas pela demora na limpeza de terrenos, porque em muitos casos, se “não há pessoal para limpar” ou “não há dinheiro para limpar”, as pessoas “não vão ter dinheiro para pagar as multas”.
“Não ganhamos muito com essa ação coerciva nesse sentido. Eu acho que haverá que ter alguma tolerância face àquilo que aconteceu no que toca às condições climáticas”, defendeu Serra Ramos.
Já o dirigente da FNAPF frisou que as câmaras e os institutos do Estado também ainda têm muito por fazer, e estão “todos a lutar contra o tempo”, apesar de o ano “ainda não estar perigoso”: “ainda não houve nenhum incêndio com grande dimensão, porque choveu, há muita humidade ainda nos solos”, referiu.
Luís Damas defende, “como não há capacidade dos prestadores de serviços, que se dê aqui mais algum tempo para que as pessoas resolvam a situação”. Os proprietários, sublinhou, são os “mais interessados” em “defender os seus bens”.