Meteorologia: Calor e poeiras afetam qualidade do ar

Meteorologia: Calor e poeiras afetam qualidade do ar

Uma massa de ar quente proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão, vai prejudicar a qualidade do ar em Portugal continental a partir desta sexta-feira, dia 30 de maio, alertou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O fenómeno pode estender-se a 31 de maio (sábado) e dias seguintes, apontou a autoridade de saúde, numa nota.

“Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar”, pode ler-se.

Este poluente (partículas inaláveis) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, como as crianças e os idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados.

Enquanto este fenómeno se mantiver, a DGS recomenda a população a evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

Pela sua maior vulnerabilidade, as crianças e os idosos, assim como as pessoas com problemas crónicos respiratórios e os doentes do foro cardiovascular, além de cumprirem as recomendações gerais, devem, sempre que possível, permanecer no interior dos edifícios, preferencialmente com as janelas fechadas.

Em caso de agravamento de sintomas a DGS aconselha o contacto com a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou, em caso de necessidade, o recurso aos serviços de saúde.

A autoridade de saúde refere ainda que pode ser consultada a página da internet da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) ou a App QualAr para “informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização”.

A DGS recomendou também esta semana medidas preventivas, como a ingestão de água, face às previsões de aumento de temperatura nos próximos dias, que deverá atingir valores acima de 30°C na generalidade do território nacional.

Considerando as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha o consumo regular de água, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas.

A DGS refere que a exposição solar deve ser evitada entre as 11:00 e as 17:00, recomendando o uso de roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, e chapéu de abas largas e óculos de sol, bem como protetor solar de fator proteção 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas.

De acordo com o IPMA, Bragança, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco e Portalegre estão até às 18:00 de sábado, sob alerta amarelo, devido à previsão de tempo quente.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Legislativas: Estudo revela que mais de um milhão de votos foram “desperdiçados”

Legislativas: Estudo revela que mais de um milhão de votos foram “desperdiçados”

Nas eleições legislativas, mais de um milhão de votos ficaram sem representatividade no parlamento, sendo Portalegre, Europa e Fora da Europa os círculos mais prejudicados em termos globais, indica um estudo.

A análise, intitulada “Votos sem representatividade”, elaborada por Henrique Oliveira do Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, contabilizou 1.146.034 votos sem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados, excluindo votos brancos e nulos.

De acordo com este trabalho académico, o eleitor médio do interior de Portugal tem “apenas 65% de representatividade face a valores acima dos 85% nos grandes círculos”, sendo o círculo da Europa o que apresenta a taxa de representatividade mais baixa de todo o sistema eleitoral, 43%.

O estudo dividiu o total de “votos desperdiçados” em duas categorias: do tipo A, votos que não contribuíram para a eleição de qualquer deputado num determinado círculo; e os votos de tipo B, ou seja, a proporção de votos de partidos que conseguiram eleger pelo menos um deputado, mas que ficaram por converter em mandatos adicionais após a aplicação do método de D’Hondt.

Os “círculos recordistas” da percentagem de votos sem representatividade são os da Europa (56.7%), Portalegre (42.5%) e Fora da Europa (41.2%).

“Em geral, os círculos do interior têm percentagens mais elevadas de votos desperdiçados. A Madeira deixou de ter elevados restos face à votação de 2024 (39.1%) devido à força local Juntos Pelo Povo (JPP) ter elegido um deputado nesse círculo”, é detalhado.

Analisando os “votos desperdiçados” que não contribuíram para a eleição de qualquer deputado, do tipo A, os círculos com maior percentagem deste tipo mantêm-se Portalegre (40,6%), Fora da Europa (39,4%) e Europa (36,6%).

Em contraste, Lisboa, Porto e Setúbal, círculos com maior número de deputados eleitos, surgem como os distritos com menor desperdício: 2,6%, 6,4% e 7,2%, respetivamente.

Quanto aos votos desperdiçados do tipo B, que, embora tenham contribuído para a eleição de deputados, não chegaram a ser suficientes para garantir mais um mandato, os círculos com percentagens mais elevadas são Guarda (24,4%), Açores (23,0%), Castelo Branco (20,2%), Europa (20,0%) e Viana do Castelo (18,8%).

O estudo salienta que, nestes casos, mesmo quando os partidos têm representação parlamentar, “uma fatia significativa dos seus votos não se traduz em mandatos adicionais”.

“Este tipo de análise revela que o sistema eleitoral atual não apenas penaliza os partidos pequenos e os eleitores em círculos reduzidos através de votos totalmente desperdiçados, mas também impede que os votos em partidos com representação sejam aproveitados de forma plena”, lê-se no estudo, que aponta a necessidade de equacionar soluções como um círculo nacional de compensação, agregação de círculos ou “mecanismos adicionais de redistribuição de votos sobrantes”.

A análise adianta ainda que todas as forças políticas verificam “um elevado” número de votos desperdiçados. No caso do PS, o desperdício de votos explica o facto de ter agregado mais boletins mas ter ficado com menos deputados (58) do que o Chega (60), partido que “teve melhor coeficiente de vantagem na transformação dos votos em mandatos”.

O mais eficiente a converter votos em mandatos foi a AD – coligação PSD/CDS-PP, com restos de apenas 4,5% da sua votação e uma taxa de conversão de 95,5% dos votos, seguindo-se o Chega com 89,3%, e o PS que desce para 85,6%.

No outro extremo, o BE – que desceu de cinco para uma deputada – apenas conseguiu converter 18,6% de todos os seus votos em mandatos.

O estudo conclui que “a proporcionalidade do sistema eleitoral português não é uniforme em todo o território” e alerta que esta “desigualdade intrínseca pode comprometer a legitimidade do sistema, sobretudo quando se torna sistemática e que se tem repetido em eleições legislativas sucessivas”.

Fonte: Lusa | Imagem: Ecclesia

Legislativas: Montenegro quer dialogar “com todos” e diz que parceiro “são os portugueses”

Legislativas: Montenegro quer dialogar “com todos” e diz que parceiro “são os portugueses”

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, escusou-se a apontar um parceiro preferencial para a legislatura, dizendo ter “uma maioria robusta” e contar com “a responsabilidade de todos”.

“Nós não vamos celebrar nenhum acordo permanente de governação nem de incidência parlamentar com nenhuma força política, vamos dialogar com todas as forças políticas na procura das melhores soluções legislativas e governativas para responder às necessidades das portuguesas e dos portugueses e contamos com todos, como é natural”, afirmou Luís Montenegro, após uma audiência a sós de cerca de uma hora com o Presidente da República, e já depois de ter sido publicada uma nota oficial no site de Belém a dar conta da conta da sua indigitação.

Perante a insistência dos jornalistas se terá um parceiro preferencial de negociações entre o PS e o Chega, respondeu: “Eu sempre disse que o nosso parceiro são os portugueses e as portuguesas”.

“Evidentemente que eu sei quais são aqueles que se apresentam à partida com maior capacidade de poder denotar maturidade política, responsabilidade política, mas todos têm condições para poder ajudar o país, Portugal, as portuguesas e os portugueses a terem mais bem-estar, mais qualidade de vida e não excluímos ninguém nesse trabalho”, afirmou.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Legislativas: Presidente da República indigitou Luís Montenegro como primeiro-ministro

Legislativas: Presidente da República indigitou Luís Montenegro como primeiro-ministro

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou o presidente do PSD, Luís Montenegro, como primeiro-ministro, após ter ouvido novamente os três maiores partidos com representação parlamentar sobre a formação do novo Governo.

“Atentos os resultados das eleições para a Assembleia da República, ouvidos os partidos políticos nela representados, nos termos constitucionais, e assegurada a viabilização parlamentar do novo Executivo, o Presidente da República indigitou hoje o Dr. Luís Montenegro como primeiro-ministro do XXV Governo Constitucional”, lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet perto das 18:30.

Na mesma nota, divulgada enquanto o chefe de Estado estava reunido a sós com Luís Montenegro, é referido que “a nomeação e posse do Governo ocorrerão após a publicação dos resultados definitivos das eleições e a reunião constitutiva da nova legislatura da Assembleia da República”.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Ensino: Professores e alunos mirandeses visitaram a cidade espanhola de Tordesilhas

Ensino: Professores e alunos mirandeses visitaram a cidade espanhola de Tordesilhas

Nos dias 27 e 28 de maio, professores e alunos do 11º e 12º anos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) viajaram até Tordesilhas (Espanha), no âmbito do projeto ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, cuja finalidade é incentivar o conhecimento mútuo e a cooperação transfronteiriça.

De acordo com a professora de português do AEMD, Rosa Martins, o projeto transfronteiriço, denomina-se “Irmãos do Douro | Hermanos del Duero” e resulta de uma parceria com o Instituto Educativo Juana I de Castilha, em Tordesilhas.

“Na primeira reunião entre o AEMD e o instituto espanhol planificámos as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo e definimos o nome para o projeto. Escolhemos a designação “Irmãos do Douro | Hermanos del Duero”, porque o rio Douro atravessa as cidades de Tordesilhas e Miranda do Douro e é um importante recurso natural, patrimonial e turístico para ambas as cidades” explicou.

Entre as atividades desenvolvidas no projeto educativo, destaque para a visita de estudo dos professores e alunos espanhóis à cidade de Miranda do Douro. Depois, nos dias 27 e 28 de maio, foi a vez dos professores e alunos mirandeses visitarem a cidade de Tordesilhas, em Espanha.

“Na estadia de dois dias em Tordesilhas, tivemos a oportunidade de conhecer o Instituto Educativo Juana I de Castilla. Aí, os alunos espanhóis realizaram atividades conjuntas com os nossos alunos, como a gravação, na estação de rádio do instituto, de áudio guias, em português, espanhol e inglês, sobre os pontos de maior interesse natural, turístico e cultural do rio Douro”, explicou.

A título de curiosidade, a cidade de Tordesilhas, ficou conhecida pela assinatura do Tratado, entre Espanha e Portugal, após a viagem, em 1492, de Cristóvão Colombo à América.

A 7 de junho de 1494, as delegações de Portugal e Espanha reuniram-se em Tordesilhas, perto de Valladolid e acordaram o estabelecimento de uma linha a oeste de Cabo Verde, de polo a polo, que dividia o Oceano Atlântico em duas metades. Assim, todas as terras, descobertas e por descobrir, a oeste dessa linha pertenceriam aos reis de Espanha e todas a leste caberiam a Portugal.

No âmbito do projeto educativo ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, foi realizada uma exposição fotográfica e documental alusiva ao rio Douro. O trabalho fotográfico foi realizado pelos professores e alunos, portugueses e espanhóis e está patente, em simultâneo, na Casa do Tratado de Tordesilhas, em Espanha, e na Escola Básica e Secundária, em Miranda do Douro (EBS).

Na inauguração da exposição em Tordesilhas, o alcaide, Miguel Ángel Oliveira, realçou a importância de conhecer e estabelecer laços de amizade com o país vizinho, através de projetos comuns.

Sobre a mais valia deste projeto transfronteiriço, a professora Rosa Martins, do AEMD, sublinhou que para as regiões periféricas e mais despovoadas, esta cooperação e intercâmbio é muito importante para a dinamização cultural, social e económica.

O projeto ERIS_IE | Empreendedorismo Responsável, Inclusivo e Sustentável, é financiado pelo programa europeu “Interreg España-Portugal” e tem como objetivo incentivar a cooperação transfronteiriça, para enfrentar o desafio demográfico no espaço fronteiriço, criando condições de vida atrativas baseadas no acesso ao mercado de trabalho, serviços públicos essenciais e acessibilidades.

HA

Política: Vimioso e Alcañices comemoraram os 40 anos de adesão à União Europeia (UE)

Política: Vimioso e Alcañices comemoraram os 40 anos de adesão à União Europeia (UE)

O presidente do município de Vimioso, António Santos e o alcaide de Alcañices (Espanha), David Carrión participaram na sessão de abertura do fórum “Praças da Europa”, um evento dedicado a celebrar os 40 anos da adesão conjunta de Portugal e Espanha à União Europeia (UE).

O presidente do município de Vimioso, António Santos, discursou na abertura do fórum “Praças da Europa”, em Alcañices.

O evento realizou-se no dia 28 de maio, no Convento de São Francisco, em Alcañices (Espanha) e foi uma oportunidade para refletir sobre o impacto positivo da adesão à União Europeia (UE), na vida das localidades fronteiriças, como são Alcañices (Espanha) e Vimioso (Portugal).

Na abertura do fórum“Praças da Europa”, o alcaide de Alcañices, David Carrión, começou por evocar a data de assinatura do histórico Tratado de Alcañices, a 12 de setembro de 1297.

“Foi um tratado que definiu fronteiras, estabeleceu acordos de paz e criou alianças políticas, com os casamentos reais da infanta D. Constança com o rei de Castela, D. Fernando e do infante D. Afonso de Portugal – futuro D. Afonso IV – com D. Beatriz, irmã do rei castelhano. O Tratado de Alcañices fortaleceu e consolidou as boas relações entre os dois países, que permanecem até hoje”, disse.

Sobre a adesão conjunta de Espanha e Portugal, em 1986, à então designada Comunidade Económica Europeia (CEE), o jovem alcaide de Alcañices afirmou que esta pertença “aproximou e fortaleceu ainda mais as relações de vizinhança e fraternidade entre espanhóis e portugueses.

“A abolição das fronteiras físicas permitiu desenvolver as relações comerciais e pessoais entre as populações raianas. Recordo que até então, muitas trocas comerciais eram feitas através do contrabando”, disse.

Por sua vez, da localidade portuguesa vizinha de Vimioso, o presidente do Município, António Santos, começou por sublinhar que a participação de Portugal e Espanha na União Europeia (UE), ao longo destes 40 anos, proporcionou o desenvolvimento da cooperação transfronteiriça.

“A cooperação transfronteiriça tem sido fundamental no estudo e implementação de políticas de vizinhança. O município de Vimioso e a província de Zamora e a comarca de Aliste, em Espanha, enfrentam problemas comuns como o despovoamento, o envelhecimento da população, a falta de indústria, a escassez de ofertas de trabalho o que dificulta a fixação de jovens”, indicou.




Não obstante os problemas estruturais apontados, o autarca vimiosense apontou também o trabalho realizado nas regiões de fronteira, em áreas consideradas estratégicas, como a valorização do mundo rural, onde se destaca a riqueza ambiental e a qualidade dos produtos, tradições e o património histórico”, disse.

“As nossas regiões têm um enorme potencial de desenvolvimento. Importa, por isso, trabalharmos juntos na sua promoção. No âmbito da educação, as nossas escolas podem partilhar projetos educativos. Na saúde, podemos colaborar e melhorar os serviços. No âmbito empresarial, podemos criar sinergias. Na cultura, as nossas semelhanças e diferenças são uma riqueza”, indicou.

O presidente do Município de Vimioso concluiu a sua intervenção afirmando que “a cooperação transfronteiriça, mais do que um ideal europeu é uma necessidade concreta das regiões fronteiriças”.

António Santos deu o exemplo da cooperação transfronteiriça no âmbito da proteção civil, mais concretamente na conservação da floresta e combate aos fogos florestais.

“Através de programas europeus, como o INTERREG ou através de simples acordos de boa vizinhança, podemos fazer mais e melhor. Tal como em 1986, aquando da adesão à CEE, façamos dos nossos municípios faróis de cooperação, de inovação e de esperança para o desenvolvimento harmonioso e sustentável desta nossa região transfronteiriça”, concluiu.

Adesão de Portugal e Espanha à Comunidade Económica Europeia (CEE)

A 1 de janeiro de 1986, Espanha e Portugal passaram a ser Estados-Membros da antiga Comunidade Económica Europeia (CEE).

Os dois países assinaram o Tratado de Adesão, a 12 de junho de 1985.

A Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal teve lugar nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, após oito anos de negociações.

HA

Legislativas: Portugueses deram um sinal que «não querem eleições tão cedo» – Susana Martins

Legislativas: Portugueses deram um sinal que «não querem eleições tão cedo» – Susana Martins

A editora de Política da Rádio Renascença, Susana Martins, destacou que a coligação AD e Luís Montenegro saíram “reforçados” e existiu “o colapso do Partido Socialista” nas Eleições Legislativas de 18 de maio, onde os portugueses “deram um sinal de que querem estabilidade”.

“Com a maioria absoluta de António Costa, todos pensávamos que íamos ter uma legislatura para quatro anos. É muito difícil de prever o que é que possa aí vir, aparentemente o Partido Socialista, no estado em que está, terá de dar um sinal à AD de que está, pelo menos, disponível para durante um ano ou dois, ou uma ou duas sessões legislativas, dar a mão à AD”, analisou Susana Madureira Martins, a 22 de maio, em entrevista à Agência ECCLESIA.

As eleições legislativas portuguesas de 2025, para a constituição da Assembleia da República, realizaram-se a 18 de maio, tendo a coligação AD — Aliança Democrática, dos partidos políticos PPD/PSD e CDS/PP, foi a vencedora com 88 mandatos.

“A AD e Luís Montenegro saem aqui reforçados, viram a votação reforçada, não é de somenos e tem-se falado pouco disso. Vamos ver, em termos de Ministério Público e de opinião pública, como é que corre, a partir de agora, o caso Spinumviva, não é líquido que não seja agora dissecado pela própria Justiça”, salientou a editora de Política da Rádio Renascença.

Para a jornalista, os portugueses “deram um sinal de que não querem eleições tão cedo, deram um sinal de que querem estabilidade”, e deram também um sinal que “o caso da empresa familiar do primeiro-ministro não era um caso que valorizassem”.

O Partido Socialista (PS) e o Chega saíram da noite eleitoral empatados em segundo lugar, com 58 mandatos cada, o PS tem mais votos. Com a contagem dos votos do círculo da emigração, dos portugueses residentes no estrangeiro, o Chega foi o partido mais votado, tendo eleito mais dois deputados.

Susana Madureira Martins explica que não se refere a um “colapso da esquerda” com os resultados das Legislativas 2025, embora o Bloco de Esquerda tenha sido “praticamente dizimado, só resta uma deputada”, porque o Livre “teve uma votação expressiva, conseguiu eleger pelo menos mais dois deputados”, agora são seis deputados, e viu a “sua força reforçada”, foi o quinto partido mais votado, a seguir à Iniciativa Liberal (IL).

“A esquerda, obviamente, leva um duro golpe, sobretudo o PS, que se tivesse uma coligação pré-eleitoral podia ter uma votação mais expressiva, mas não é apanágio da esquerda e do PS fazer esse tipo de coligações em Legislativas. O PS levou mesmo um colapso, não há outra palavra, não dá para ser mais suave do que uma grande derrota que o Partido Socialista sofreu, e vamos ver até que ponto é que este colapso não terá uma duração prolongada”, desenvolveu a editora de Política da Rádio Renascença.

O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, começou a ouvir os partidos políticos com representação parlamentar audições em que “vai exigir” acordos.

“O presidente da República vai exigir essas condições de estabilidade que, eu creio, o Partido Socialista neste momento está como que obrigado a dar”, acrescentou Susana Madureira Martins, lembrando que o programa de Governo, “que não tem de ser votado”, já tem “uma moção de rejeição” anunciada pelo Partido Comunista.

A CDU – Coligação Democrática Unitária – do Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), perdeu um deputado nestas eleições, e, conseguiu três mandatos.

A editora de Política da Rádio Renascença sublinha que “basta, neste momento, o Partido Socialista” para essa estabilidade, mas assinala que o “Chega também quer dar aqui um sinal de que é um partido estável, responsável”.

Fonte: Ecclesia | Fotos: Flickr



Legislativas: Presidente da República volta a ouvir PSD, Chega e PS para indigitar primeiro-ministro

Legislativas: Presidente da República volta a ouvir PSD, Chega e PS para indigitar primeiro-ministro

O Presidente da República vai ouvir novamente o PSD, o Chega e o PS sobre a formação do próximo Governo e tenciona ainda indigitar Luís Montenegro, como primeiro-ministro.

O PS será recebido às 15:00 no Palácio de Belém, o Chega às 16:00 e o PSD às 17:00, por ordem crescente de representação parlamentar.

“Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa na segunda-feira, em resposta aos jornalistas, à saída do Convento do Beato, em Lisboa.

Com a segunda ronda de audiências aos três maiores partidos, após o apuramento dos resultados dos círculos da emigração, o chefe de Estado espera “ter a garantia da estabilidade” e ver se “vai até ao Programa do Governo, se vai para além do Programa do Governo, como é”.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que tenciona “logo que possa” indigitar o presidente do PSD, Luís Montenegro, como primeiro-ministro.

Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

O chefe de Estado ouviu os dez partidos que obtiveram assento parlamentar nas eleições legislativas de 18 de maio – PSD, PS, Chega, IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP – ao longo da semana passada, quando faltava contabilizar os votos e atribuir os quatro mandatos da emigração.

Segundo o apuramento concluído na quarta-feira, desses quatro mandatos, dois foram para o Chega e dois para a AD.

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, sem maioria absoluta, com cerca de 31% dos votos. Coligados, os dois partidos elegeram 91 deputados, dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.

Após a distribuição de mandatos da emigração, o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS.

A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Legislativas: Chega foi o partido mais votado pelos emigrantes

Legislativas: Chega foi o partido mais votado pelos emigrantes

O Chega foi o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, conseguindo 26,15% dos votos, mas mantendo o mesmo número de deputados eleitos por estes círculos.

No final de dois dias de contagem dos votos dos emigrantes, que decorreu na Feira Industrial de Lisboa (FIL), onde 150 mesas com sete elementos cada apuraram as escolhas dos portugueses residentes no estrangeiro, o Chega tornou-se o segundo partido em termos de representação parlamentar.

Este partido conseguiu nestes círculos 92.192 votos, sendo seguido da coligação PSD/CDS (56.460) e do PS (47.693).

Os emigrantes escolheram, desta forma, o Chega e o PSD como os partidos dos quatro deputados eleitos pelos círculos da Europa (dois) e de Fora da Europa (dois).

No seguimento deste sufrágio, foram eleitos pelo círculo da Europa José Manuel Fernandes (AD) e José Dias Fernandes (Chega) e por Fora da Europa José Cesário (AD) e Manuel Magno Alves (Chega).

O Chega venceu pelo círculo da Europa, com 28,20% dos votos, sendo seguido pela coligação PSD/CDS (14,65%) e o PS (13,54%).

Também pelo círculo Fora da Europa o Chega foi o mais votado (20,78%), enquanto a coligação PSD/CDS ficou em segundo lugar (19,60%) e o PS em terceiro: 13,50%

Dos 1.515.519 eleitores portugueses residentes no estrangeiro, inscritos para votar nestes círculos, apenas votaram 352.503, ou seja, 22,24%.

Após a apuração dos votos destes 17 consulados nos círculos da emigração, a coligação PSD/CDS obtém 88 deputados, o Chega 60 e o PS 58.

Fonte: Lusa | Gráfico: SIGMAI

Mogadouro: Sessão solene de elevação a Cidade

Mogadouro: Sessão solene de elevação a Cidade

No dia 1 de junho, município de Mogadouro celebra a elevação da localidade a Cidade, numa sessão solene cujos destaques são a missa campal em honra do padroeiro São Mamede, a benção da nova bandeira da cidade e o concerto de Kátia Guerreiro.

De acordo com o programa divulgado pelo município de Mogadouro, a cerimónia inicia-se às 9h30 da manhã de Domingo, 1 de junho, com a missa campal e a procissão em honra de São Mamede, padroeiro de Mogadouro, na alameda de Nossa Senhora do Caminho.

Segue-se depois a sessão solene comemorativa da elevação de Mogadouro a Cidade, com o hastear da bandeira e o Hino Nacional, interpretado pela fadista, Kátia Guerreiro. Na sessão solene estão previstos os discursos institucionais, a benção e a entrega da nova bandeira da Cidade de Mogadouro às freguesias e instituções do concelho.

Às 13h00 é servido um almoço convívio.

À tarde, na cidade de Mogadouro está programada a animação de um espaço infantil, as danças dos pauliteiricos de Mogadouro e o concerto musical de Kátia Guerreiro.

A celebração da elevação de Mogadouro e Cidade encerra com os concertos das Oficinas de Música do município e da Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro.

A 13 de março de 2025, a Assembleia da República aprovou a classificação de Mogadouro à categoria de cidade. O projeto de lei foi analisado na especialidade pela Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, órgão que confirmou os requisitos legais para a elevação de Mogadouro. 

De acordo com a legislação, pode ser elevada à categoria de cidade, uma localidade que tiver mais de oito mil eleitores e pelo menos metade dos seguintes equipamentos: instalações hospitalares, farmácias, corporação de bombeiros, casa de espetáculos e centro cultural, museus e biblioteca, instalações de hotelaria, estabelecimento de ensino preparatório e secundário, estabelecimento de ensino pré-primário e infantários, transportes públicos e parques ou jardins públicos.

Mogadouro, freguesia e sede de concelho, tem uma área total de 760,65 quilómetros quadrados e 8.304 habilitantes, segundo os censos de 2021.

HA e Lusa | Foto: MM