Montesinho: Investigadores criam mapa sobre espécies vulneráveis

Montesinho: Investigadores criam mapa sobre espécies vulneráveis

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) desenvolveram um mapa geral de vulnerabilidade das espécies do Parque Natural de Montesinho, onde estão registados 42 mamíferos, 13 anfíbios, 20 répteis, 153 aves e 1.058 plantas vasculares.

Em comunicado, a FCUP esclarece que, no âmbito do projeto MontObEO – Observatório de Biodiversidade de Montesinho, os investigadores analisaram as espécies em “pior estado de conservação”.

As espécies que estão a perder qualidade do ‘habitat’ ao longo do tempo e as respetivas áreas do parque estão identificadas no mapa.

Para a criação do mapa, que funciona como “sistema de alerta precoce”, os investigadores usaram séries temporais de deteção remota e modelos de nicho ecológico para identificar alterações da qualidade de ‘habitat’ e o risco de extinção das espécies ao longo do tempo e espaço.

Na ferramenta, os investigadores apresentam também a distribuição espacial das mudanças que estão associadas a riscos de extinção.

No mapa estão registados 42 mamíferos, 13 anfíbios, 20 répteis, 153 aves e 1.058 plantas vasculares do Parque Natural de Montesinho, no nordeste transmontano.

Citado no comunicado, o investigador responsável pelo projeto, Neftalí Sillero, salienta que uma das vantagens do método desenvolvido é que “pode ser adaptado a qualquer área de estudo e a qualquer período de tempo sempre que haja imagens de satélite disponíveis”.

O projeto MontOBEO arrancou em 2021 e contou com um financiamento de 250 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Com o objetivo de avaliar o risco de extinção da flora e fauna do Parque Natural de Montesinho, no projeto participaram investigadores da FCUP, do Centro de Investigação em Ciências Geo-Espaciais (CICGE), do Instituto de Ciências da Terra, da Universidade de Córdoba e do laboratório ForestWISE.

O mapa e resultados do projeto são apresentados hoje e no dia 04 de dezembro em ‘workshops’ que decorrem em Bragança e Porto, respetivamente.

A par dos ‘workshops’ decorrem ainda nas duas cidade ações de formação gratuitas para dar a conhecer e mostrar como é possível usar a metodologia implementada para avaliar as tendências da adequação dos ‘habitats’ de espécies do Parque Natural de Montesinho.

Fonte: Lusa

Política: Aprovadas mais 74 propostas do OE2025 

Política: Aprovadas mais 74 propostas do OE2025

O terceiro dia de votações na especialidade, terminou com a aprovação de 74 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), com o PAN e o Livre a terem o maior número de medidas viabilizadas.

O PAN conseguiu 20 propostas aprovadas, enquanto o Livre recebeu ‘luz verde’ para 18 medidas neste terceiro dia.

Seguem-se o PSD e CDS-PP, com 12 medidas viabilizadas e o Chega com 10.

Já o PS, BE e PCP tiveram quatro propostas aprovadas cada, enquanto a IL viu apenas duas receber ‘luz verde’, já no final das votações e por correção de sentido de voto, tal como tinha acontecido esta manhã, em plenário, com a proposta relativa ao IVA aplicado à alimentação de bebés.

Do PAN, foi aprovada a transferência de cerca de 1,5 milhões de euros para a Câmara de Carregal do Sal, como reembolso da requalificação da Casa do Passal, onde está o Museu Aristides Sousa Mendes.

Além disso, recebeu também ‘luz verde’ a realização de “uma campanha nacional de sensibilização para a necessidade de adequado depósito dos óleos alimentares usados de origem doméstica e para o impacto ambiental do depósito incorreto de tais resíduos”.

O Livre viu serem aprovadas várias propostas na área da saúde, entre as quais, a realização de um estudo nacional sobre saúde mental dos profissionais de saúde. Conseguiu ainda uma medida para um novo ciclo da estratégia nacional anticorrupção.

Dos partidos que suportam o Governo, foi aprovada uma medida para a celebração de contratos de parceria público-privada para a construção de residências universitárias, bem como que o Governo avalie o alargamento das medidas de ação social escolar aos alunos que frequentam colégios privados.

Quanto ao Chega, foi viabilizada uma proposta que prevê, numa fase transitória, a atribuição de um médico assistente, recorrendo ao setor privado e social, para quem não tem médico de família.

Ainda do Chega, receberam ‘luz verde’ medidas que visam a criação de um programa nacional de combate à obsolescência programada de equipamentos elétricos e eletrónicos, através de verbas do Fundo Ambiental, e o levantamento do estado de conservação dos edifícios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Já da bancada socialista foi aprovada uma proposta que dita que o Governo terá de avançar com a revisão da tabela de remuneração dos profissionais forenses que intervêm no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, bem como o aumento do complemento de alojamento atribuído aos estudantes deslocados no ensino superior.

O BE, por sua vez, viu aprovadas duas propostas para a abertura em 2025 de concursos para a integração na carreira de investigação e para a integração de doutorados em funções de investigação nos laboratórios do Estado.

o PCP viu aprovada uma proposta para que o Governo adote as medidas de apoio à CP, “inclusive no plano diplomático, para que esta possa retomar a parceria com a RENFE para as ligações internacionais noturnas a Madrid e Hendaia”, propondo os comunistas que seja estudada a possibilidade de lançar um serviço noturno a Barcelona.

Quanto à IL, a mudança de voto dos partidos que suportam o Governo fez aprovar uma proposta para que o executivo realize e apresente à Assembleia da República, até ao final do ano, um “estudo sobre o alargamento das licenças parentais, tendo em vista o seu alargamento, mas garantindo a diminuição das discriminações de género no mercado de trabalho”.

Já a mudança de voto do PS ditou a aprovação da antecipação das decisões sobre atribuição de bolsas de estudo, à data da divulgação dos resultados do concurso nacional de acesso.

No primeiro dia de votações foram aprovadas 39 propostas e no segundo 90, a que se soma mais uma hoje de manhã, em plenário, da IL. Com as 74 propostas aprovadas hoje, o total já é de 204.

Fonte: Lusa

 

Sendim: Aumento de azeitona não significa mais azeite

Sendim: Aumento de azeitona não significa mais azeite

Na campanha deste ano, a cooperativa olivícola “A Sendinense”, em Sendim, está a receber uma maior quantidade de azeitona, comparativamente com o ano passado, no entanto, verifica-se que o rendimento na extração de azeite é menor, dado o teor de água existente no fruto da azeitona.

A cooperativa olivícola de Sendim tem registado um aumento na quantidade de azeitona entregue pelos olivicultores, mas o rendimento na extração de azeite é menor do que em 2023.

Sobre a campanha deste ano, o presidente da cooperativa olivícola “A Sendinense”, José António Rodrigues, prevê que a quantidade de azeitona recebida seja o triplo do ano anterior. No entanto, o dirigente associativo indicou que a rentabilidade das colheitas para a extração de azeite é inferior à do ano transacto, devido ao maior teor de água na azeitona.

O olivicultor, Ernesto Gonçalves, natural de Sendim, realizou a apanha manual da azeitona, da variedade negrinha, em duas fases: inicialmente apanhou dois mil e 400 quilos de azeitona (mais verde) para conserva. E posteriormente, colheu outros dois mil quilos de azeitona já madura, para a extração de azeite.

“Este ano, colhi seis vezes mais azeitona do que no ano passado”, indicou.

Questionado sobre a contratação de mão-de-obra na região para a apanha da azeitona, o olivicultor sendinês referiu que conseguiu contratar pessoas, às quais pagou 60 euros por jornada de trabalho, mais o almoço.

José Martins, da aldeia de Cércio, também teve uma colheita de azeitona superior à do ano passado. No entanto, o olivicultor referiu que o aumento da quantidade de azeitona não é proporcional ao rendimento em azeite. Esta discrepância deve-se ao maior teor de água no fruto da azeitona.

Após a entrega da sua colheita na cooperativa “A Sendinense”, José Martins, como associado, vem buscar o azeite no próximo mês de maio.

“Durante estes meses, o azeite vai repousar e lá para o mês de maio, a cooperativa contata os olivicultores associados para virem buscar o azeite aqui extraído”, disse.

Sobre a quebra de rendimento na extração de azeite, Silvino Aleixo, explicou que a variedade “negrinha”, predominante na região de Sendim, não ultrapassa os 12%, ainda que o azeite seja considerado mais “fino” e de melhor qualidade.

“Este ano, o rendimento das colheitas de azeitona varia entre os 8% e os 9,5%, ou seja, em cada 1000 quilos de azeitona, extrai-se 80 a 90 quilos de azeite”, explicou.

Este olivicultor de Sendim disse que este ano optou por não entregar a sua colheita à cooperativa. Ao invés disso, Silvino Aleixo, vai extrair azeite da sua própria colheita, a partir do dia 9 de dezembro.

Até ao momento, a cooperativa de Sendim já recebeu as colheitas de azeitona de 199 olivicultores da região. Tiago Marcos, responsável pela receção na cooperativa, confirmou que embora haja um aumento significativo na quantidade de azeitona, o rendimento na extração de azeite é menor.

Dado a elevada quantidade de azeitona nos olivais da região, os dirigentes da cooperativa, em Sendim, preveem que os trabalhos de receção e extração de azeite se prolonguem até meados de janeiro de 2025.

De acordo com a direção da cooperativa, na campanha deste ano, os preços praticados são:

– Azeitona para linha direta: 0,06€/Kg
– Azeitona para fazer azeite do sócio: 0,07€/Kg
- Azeitona do não sócio: 0,12€Kg.

“Este ano, o valor da maquia, isto é, a porção de azeite que a cooperativa retêm dos olivicultores, como remuneração pela transformação da azeitona é de 4,5%. Ou seja, por cada 100 litros de azeite fabricado, a cooperativa retêm 4,5 litros”, explicou.

A cooperativa olivícola, produz a marca de azeite “Arribas em Flor”, que é comercializado em garrafão ou garrafa e pode ser adquirido nas instalações da cooperativa, em Sendim.

Para além do azeite, a cooperativa dispõe de uma máquina descaroçadora, o que permite reutilizar o caroço da azeitona.

Segundo a direção, as vantagens de ser associado da Cooperativa Olivícola “A Sendinense” são a prioridade na entrega da azeitona (relativamente aos não sócios); o custo de produção do azeite também é inferior; a maior facilidade na comercialização do azeite; e o acesso a apoios e incentivos na plantação de novos olivais.

HA

Mogadouro: Município aprova orçamento para 2025

Mogadouro: Município aprova orçamento para 2025

A Câmara Municipal de Mogadouro (PSD) aprovou, com a abstenção dos vereadores da oposição, um orçamento de cerca de 29,95 milhões de euros para 2025, anunciou o presidente da autarquia, António Pimentel.

“Este é um ano estratégico, em que reforçamos o nosso empenho em responder às necessidades da população, promovendo o progresso social e económico do concelho. O orçamento municipal para 2025, fixado em 29.957.638 euros, representa uma redução de 2,55% em relação a 2024, refletindo o esforço de gestão responsável e eficiente dos recursos disponíveis”, explicou o presidente da autarquia, António Pimentel.

No documento aprovado em reunião do executivo destaca-se os investimentos sociais, rubrica à qual o município destinará mais de 562 mil euros para a área da ação social, em iniciativas que incluem protocolos com Intuições Particulares de Segurança Social, reforçando as parcerias com instituições que apoiam diretamente os grupos mais vulneráveis.

O apoio à habitação social será igualmente garantido, para melhoria das condições para famílias em situação de maior fragilidade.

Está previsto um subsídio à natalidade e acesso a medicamentos.

Já na área da educação, de acordo com o autarca, “a despesa programada nas Grandes Opções do Plano é de mais de 1,785 milhões de euros”, um reflexo do investimento nas pessoas, além das obras de requalificação da Escola Secundária e Pavilhão Gimnodesportivo.

Para além desta componente, este montante será utilizado para iniciativas como a distribuição gratuita de fichas escolares em todos os níveis de ensino, ou bolsas de estudo e programas de tempos livres para crianças e jovens”.

Este orçamento prevê um reforço do apoio à agricultura, com uma dotação de cerca de 205 mil euros, “setor que é um dos pilares da economia local”.

Para o empreendedorismo, acrescentou, estão destinados 330 mil euros, com vista a criar emprego e dinamizar a economia local.

“Estamos igualmente empenhados em planear investimentos com uma visão de longo prazo. Projetos como o Parque Biológico da Ribeira do Juncal, o Museu de Mogadouro e o Centro de Estudos e Recursos são exemplos de ambições que trarão benefícios sustentáveis ao nosso concelho”, indicou António Pimentel.

No campo dos impostos municipais para 2025, a taxa de IRS será de 2,5%. Já o valor do IMI mantém-se nos mínimos para os prédios rústicos, que será de 0,8%, e para os urbanos, de 0,3%.

No que respeita à Derrama, só se aplica aos setores da banca e da produção de energia, sendo o imposto de 1,5%.

O Orçamento Municipal de Mogadouro foi aprovado com os três votos a favor dos eleitos pelo PSD e com a abstenção dos dois vereadores do PS.

A oposição socialista justifica a sua abstenção com a não inclusão das propostas apresentadas para o Plano Plurianual de Investimento.

“Este é um orçamento do PSD, porque partes das nossas propostas para eventos ou obras não foram tidas em conta e daí a nossa abstenção”, justificaram os vereadores socialistas, Francisco Guimarães e Evaristo Neves.

Das propostas apresentadas que foram rejeitadas pela maioria, os eleitos pelo PS destacam a criação de uma feira dedicada aos vinhos, mel e azeite, bem como a criação de uma Bienal de Arte. No campo das obras públicas, o enfoque foi para a pavimentação de estradas, como é o caso da ligação entre Valverde, Souto e Santo André.

O orçamento segue agora para votação na Assembleia Municipal de maioria PSD, que acontecerá a 20 de dezembro.

Fonte: Lusa

Vimioso: Obras no tribunal arrastam-se há mais de um ano

Vimioso: Obras no tribunal arrastam-se há mais de um ano

No passado dia 18 de outubro completou-se um ano desde o início das obras de reabilitação do Tribunal Judicial de Vimioso, uma empreitada que deveria ter sido concluída em 150 dias e cujo atraso tem provocado o adiamento de audiências e muitos sacrifícios às oficiais de justiça que aí trabalham.

O administrador judiciário da Comarca de Bragança, António Falcão, afirmou que a obra já devia estar terminada e por isso tem sido reclamada maior celeridade à empresa adjudicante da obra, a Bernardo Pinto Duarte & Marques, Lda..

“Recentemente, com a chegada da chuva houve uma infiltração de água na sala de audiências do Tribunal Judicial de Vimioso, o que levou à suspensão de várias audiências. A par disso, estão a trabalhar no tribunal duas oficiais de justiça, que nestas condições se deparam com muitos sacrifícios”, reclamou.

Recorde-se que o prazo estipulado para a conclusão da obras era de 150 dias, ou seja, seis meses. A reabilitação do edifício contempla o reboco das fachadas exteriores, a cobertura, a substituição da instalação elétrica, a remodelação da sala de audiências, a implementação de um sistema de climatização AVAC e uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida.

O concurso de empreitada de obras de reabilitação do Palácio da Justiça de Vimioso foi lançado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I. P. , adjudicado à empresa Bernardo Pinto Duarte & Marques, Lda., tendo um um custo total de 491.850,35€.

Em 2017, o município de Vimioso alertou o ministério da Justiça, para o estado de degradação do edifício e a falta de condições de trabalho.

“A sala de audiências não dispõe de iluminação suficiente, nem tão pouco de sistema de climatização. Por outro lado, a secretaria, onde trabalham duas oficiais de justiça, não apresenta condições de conforto para quem aí trabalha, nem para os cidadãos. Chove lá dentro e de um modo geral, o edifício está em mau estado de conservação”, alertou o presidente do município de Vimioso, António Santos.

HA

Igreja: Símbolos da JMJ entregues a Seul

Igreja: Símbolos da JMJ entregues a Seul

Cerca de uma centena de jovens portugueses entregaram os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a Seul, capital da Coreia do Sul, que vai receber o próximo encontro de jovens da Igreja Católica, em 2027.

A entrega dos símbolos – cruz peregrina e ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – encerrou formalmente a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, com a delegação portuguesa a congregar cerca de uma centena de pessoas, “entre jovens e outros responsáveis da organização” da JMJ.

Integrados na comitiva estiveram o cardeal Américo Aguiar, principal rosto da organização da JMJ de 2023, o bispo auxiliar de Lisboa Alexandre Palma, novo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, o patriarca de Lisboa, Rui Valério, e o bispo de Bragança-Miranda, Nuno Almeida, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (órgão da Conferência Episcopal Portuguesa que coordena a pastoral juvenil nacional).

A cerimónia de passagem dos símbolos decorreu no final da missa presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o sumo pontífice apelou aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais.

Lisboa recebeu a edição de 2023 da JMJ, entre os dias 01 e 6 de agosto, com as principais cerimónias a terem como palco o Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, bem como o Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Estima-se que cerca de 1,5 milhões de jovens de todo o mundo participaram na JMJ realizada em Portugal.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).


Fonte: Lusa | Foto: Ecclesia

Agricultura: Governo anuncia aumento nos apoios aos jovens agricultores

Agricultura: Governo anuncia aumento nos apoios aos jovens agricultores

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou um “aumento brutal” no apoio aos jovens agricultores, esperando que a medida do Governo encoraje os jovens a dedicarem-se à agricultura.

“Vamos fazer um aumento brutal no apoio aos jovens agricultores”, disse o governante à margem da cerimónia dos 75 anos da União de Cooperativas Agros, em Vila do Conde, distrito do Porto, onde foi debatido o problema geracional do setor.

Segundo o governante, a nova tabela de apoios vai duplicar as verbas de auxílio já existentes, estando também a ser negociadas linhas de financiamento com taxas de juros reduzidas para os projetos de jovens agricultores.

“Um jovem agricultor que esteja em exclusividade terá 55 mil euros de prémio de instalação e se estiver numa zona vulnerável o prémio será 55 mil. Além disso, os projetos de investimento podem ter um apoio até aos 400 mil euros, sendo que um projeto de 500 mil euros terá um apoio de 60% e um superior a 500 mil euros terá 50% de apoio”, explicou o ministro.

José Manuel Fernandes vincou que é “muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas”, divulgando a existência de negociações com “Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento, para concessão de empréstimos a taxas de juros muito reduzidas”.

Ainda no âmbito dos apoios europeus, o ministro da Agricultura disse esperar autorização para aceder a um fundo de apoio comunitário para mitigar os prejuízos que a tempestade ‘Kirk’ causou, em outubro, em várias explorações do norte e centro do país, nomeadamente nos distrito de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

“Já pedimos o levantamento dos prejuízos e esperamos que um regulamento europeu dê flexibilidade para a utilização do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) nesta situação”, disse.

José Manuel Fernandes acredita que a situação possa estar desbloqueada “ainda este mês, ou o mais tardar no próximo”, lembrando a condição de que tenha acontecido “um prejuízo superior a 30% por parcela”.

“Em muitos casos isso aplica-se, até pela quantidade de milho que caiu”, completou.

Aludindo a estes fenómenos climáticos extremos, o ministro da Agricultura reiterou a necessidade de os produtores estarem protegidos por seguros.

“O Estado já ajuda em 15 a 20 milhões [de euros] por ano na contratação de seguros, mas é importante que os agricultores os façam. Vamos ter, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos e temos de ter seguros acessíveis e com eficácia”, analisou.

Para isso, o governante disse que é preciso também um trabalho junto da União Europeia para a existência “de garantia europeia de seguros”.

“Não é justo que alguns países de Estados-membros tenham acesso a seguros mais baratos”, completou.

Fonte: Lusa

Ensino: Ciências da Computação pode entrar no ensino obrigatório em 2025

Ensino: Ciências da Computação pode entrar no ensino obrigatório em 2025

As Ciências da Computação poderão integrar no próximo ano letivo o ensino obrigatório em Portugal, cumpridos cinco anos de testes em 24 escolas nacionais, avançou o presidente da Associação para o Ensino da Computação (ENSICO).

Segundo Luís Neves, desde 2020 que a associação desenvolve conteúdos, pilotos, avaliadores de impacto, ações de formação, parcerias académicas e empresariais para, num horizonte de cinco anos, até 2025, o seu programa de ensino da computação integre o ensino obrigatório, abrindo aos alunos das escolas públicas ou privadas, a possibilidade de aprender Ciências da Computação.

A ideia é que “a computação seja ensinada nas escolas ao longo dos 12 anos de escolaridade”, precisou o também fundador da associação, enfatizando que desde 2020 estão “a trabalhar para testar esse programa nas escolas”.

Sobre a metodologia, disse, passa por introduzir “conteúdos, as matérias que são dadas em cada aula e que vai progredindo de acordo com o programa que estão a desenvolver para os vários anos de escolaridade”.

Em informática, a computação consiste no tratamento de dados, de informação, através de um computador.

“Nos dois primeiros anos nem sequer usámos computador”, disse sobre o projeto que abrange atualmente sete mil alunos de 24 escolas dos concelhos de Arcos de Valdevez, Bragança, Gondomar, Vila do Conde, Mirandela, Monção, São João da Pesqueira e Cascais, lê-se no comunicado.

“Estamos a fazer isto envolvendo os professores das escolas, quer sejam do I Ciclo quer sejam os que depois dão os II e III ciclos e secundário, a maioria deles de matemática”, informou Luís Neves.

Paralelamente à implementação do programa no terreno, a associação, revelou o responsável, tem debatido a sua aplicação com o Ministério da Educação.

“As reuniões com a tutela têm evoluído bem, temos informado todos os governos, desde 2020, e já estamos em discussões com o atual Ministério da Educação e estamos muito esperançados, achamos mesmo que vamos atingir o objetivo de a partir de 2025 começar a trabalhar à escala nacional”, acrescentou o presidente da associação sediada no Porto.

E prosseguiu: “já estamos a preparar o arranque à escala nacional no próximo ano letivo, queremos que seja o maior possível, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores”.

Ressalvando que o sucesso da implementação do programa “vai depender da autonomia das escolas”, a associação aponta para, no “espaço de 10 anos, chegar a todos os alunos até ao 9.º ano e, depois, aos dos secundário”.

Segundo Luís Neves, 2.500 dos sete mil alunos envolvidos no projeto recebem apoio direto da NOS, uma parceria denominada Projeto Zer01, frisou, que permitiu à ENSICO “chegar a zonas mais desfavorecidas do país (…) e a agrupamentos e regiões com escolas com poucos alunos e com casos em que, uma parte deles, têm de fazer deslocações grandes para ir às aulas”

Fonte: Lusa

Vimioso: Caixa de Crédito Agrícola totalmente remodelada

Vimioso: Caixa de Crédito Agrícola totalmente remodelada

No dia 22 de novembro, o Grupo Crédito Agrícola reabriu a sua agência em Vimioso, após a remodelação e modernização do espaço, obras que vieram melhorar o atendimento aos clientes e associados, além de modernizar a imagem da agência.

O coordenador da agência de Vimioso, José Nuno Martins Pimentel indicou que o Grupo Crédito Agrícola está a remodelar as agências em todo o território nacional e neste âmbito decidiu remodelar totalmente o espaço em Vimioso.

“A agência de Vimioso tem 33 anos de atividade e as obras de remodelação visam proporcionar aos nossos clientes um espaço mais moderno e confortável”, justificou o coordenador.

Entre os vários serviços prestados pela Caixa de Crédito Agrícola de Vimioso destacam-se os créditos, depósitos, ATM e seguros.

A agência de Vimioso faz parte da Caixa Crédito Agrícola Douro e Sabor, que compreende as quatro agências de Miranda do Douro, Sendim, Palaçoulo e Mogadouro e serve cerca de 40 mil clientes.

Entre janeiro e setembro deste ano, o Crédito Agrícola teve lucros de 347,1 milhões de euros, mais 54,7% do que no mesmo período do ano passado.

O Crédito Agrícola assume também como missão o compromisso social, com projectos como o Prémio O Melhor Aluno, apoio a IPSS’s, escolas, iniciativas culturais, reflorestação e várias actividades desportivas.

A origem histórica das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo está associada às Santas Casas da Misericórdia – fundadas em 1498 sob a égide da Rainha D. Leonor e de Frei Miguel Contreiras – bem como nos Celeiros, criados em 1576 por D. Sebastião.

HA

Vimioso: Alunos finalistas iniciaram a apanha da azeitona

Vimioso: Alunos finalistas iniciaram a apanha da azeitona

No Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) iniciou-se a 22 de novembro, a apanha da azeitona, uma atividade que é realizada pelos alunos finalistas do 9º ano e que tem como finalidades realçar a importância desta atividade na economia local e angariar dinheiro para a viagem de finalistas.

A apanha da azeitona é uma atividade extra-curricular no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

O sub-diretor do AEV, o professor Licínio Martins, informou que a apanha da azeitona já faz parte do programa das atividades extra-curriculares e visa realçar a importância desta atividade na economia doméstica de muitas famílias do concelho de Vimioso.

“O Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) está inserido numa região rural e a tradição da apanha da azeitona faz parte do dia-a-dia das nossas gentes nesta época do ano. Dada a existência de um pequeno olival dentro do recinto do Agrupamento de Escolas de Vimioso /AEV), cabe aos alunos finalistas do 9º ano de escolaridade, a tarefa de apanhar a azeitona. A colheita é depois vendida e a receita angariada destina-se a financiar a viagem no final de ano letivo”, explicou.



Na escola de Vimioso, a apanha da azeitona iniciou-se na tarde de sexta-feira, dia 22 de novembro e contou com a participação de oito jovens estudantes. A tarefa, realizada em grupo, acabou por ser um momento de convívio e alegria.

O jovem Sandro Afonso, natural de Caçarelhos, informou que já tinha conhecimento desta atividade agrícola, pois costuma ajudar o pai na aldeia. Sobre a apanha da azeitona afirmou que é cansativa, mas quando é realizada com os amigos torna-se uma atividade entusiasmante.

Por sua vez, a companheira de turma, Mariana Luís, natural de Pinelo, corroborou da mesma opinião, dizendo que a atividade é “trabalhosa”, mas quando é realizada em boa companhia também é “divertida”.

Questionados sobre o destino da colheita de azeitona, ambos os jovens indicaram que é a venda para a posterior produção de azeite, um produto essencial na cozinha e na alimentação portuguesa.

Outro assunto na atualidade do Agrupamento de Escolas de Vimioso é a eleição do novo diretor do AEV. Os dois candidatos admitidos ao concurso foram anunciados a 18 de novembro de 2024 e a entrevista aos mesmos foi realizada no dia 22 de novembro de 2024.

Relativamente ao Natal, a festa no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) está agendada para o dia 17 de dezembro e as férias decorrem de 18 de dezembro e até 5 de janeiro de 2025.

HA