Deus alimenta-nos

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Solenidade)

Deus alimenta-nos

Gen 14, 18-20 / Slm 109 (110), 1.2.3.4 / 1 Cor 11, 23-26 / Lc 9, 11b-17

Em Portugal, à festa do «Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo» damos o nome de festa do «Corpo de Deus». É um título bonito e significativo: Jesus é Deus e encarnou para que experimentássemos a proximidade e a ternura divinas.

Adoramos a hóstia consagrada, o Corpo do Senhor transformado em alimento da nossa vida. Adoramos o seu Sangue, derramado pela humanidade como sinal de aliança eterna e prova de amor sem fim.

Recordamos a instituição da Eucaristia e comungando, lembramos e atualizamos a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Fortalecidos por este alimento de vida eterna, acatamos a missão de darmos de comer e beber, espiritual e materialmente, aos que têm fome e sede de pão e da Palavra de Deus.

É dia de primeiras comunhões e também de procissões que transmitem a mensagem de que o Senhor nos acompanha nos caminhos que percorremos. Professamos acreditar no «mistério da fé». Saciados com o pão da vida, somos transformados em templos vivos do Senhor. Não somos dignos do privilégio desta dádiva, mas precisamos dela. O que temos a fazer é vencer a rotina, preparar a celebração, examinando como está a nossa relação com Deus e com os irmãos. Jesus previne-nos: «sem mim, nada podeis fazer».

A Eucaristia é um tesouro que devemos repartir, por meio de gestos concretos de amor com os necessitados. É viático, maná para os peregrinos. Acompanhemos os que caminham connosco, compartilhando o que recebemos de graça. Rezemos diante do sacrário.

Fonte e foto: Rede Mundial de Oração do Papa

Vimioso: Dia do Clube é uma festa que conclui a época desportiva

Vimioso: Dia do Clube é uma festa que conclui a época desportiva

No sábado, dia 21 de junho, o Águia Futebol Clube de Vimioso, celebra o dia do clube, numa jornada que começa com um peddy paper para os jovens atletas, seguida de um almoço convívio e um jogo durante a tarde entre os treinadores e os pais, que visa promover o convívio e concluir a época desportiva.

“Neste final de época desportiva, para todos os escalões, o Dia do Clube é um dia de festa e visa agradecer a participação das crianças, jovens, pais, treinadores, órgãos sociais, associados e adeptos do Águia Futebol Clube de Vimioso”, justificou o presidente do clube, Vitor Cardoso.

A 19 de setembro de 2024, aquando da eleição da nova direção do Águia Futebol Clube de Vimioso, o presidente, Vitor Cardoso, definiu como principal objetivo “aproximar o clube da população” e apostar nos escalões jovens.

Numa avaliação ao trabalho realizado na primeira temporada como presidente do clube vimiosense, Vitor Cardoso, mostrou-se otimista dada a participação de 60 crianças na modalidade de futsal, nos escalões de petizes, traquinas, benjamins, infantis, iniciados e juniores.

“Para muitos dos nossos jovens jogadores, esta foi a primeira vez que jogaram em competições distritais. Desportivamente, estamos muito satisfeitos com a grande vontade dos miúdos em querer aprender a jogar futsal, quer nos treinos, quer nos jogos”, disse.

Sobre a possibilidade do clube de Vimioso voltar a formar equipa sénior para participar no campeonato distrital de futsal, o presidente, Vitor Cardoso, informou que já estão em processo de formar uma equipa para a próxima época 2025/2026.

“O nosso objetivo é conseguir formar equipas em todos os escalões de formação para depois chegarem à equipa sénior. A existência de uma equipa sénior é uma motivação extra para os jovens jogadores”, avançou.

Noutras modalidades, o Águia Futebol Clube de Vimioso já é representado no atletismo, por Rui Fernandes e no futebol virtual, por Gonçalo Marques.

O Águia Futebol Clube de Vimioso foi fundado a 18 de agosto de 1973, pelo que vai celebrar 52 anos. A 21 de junho, no Dia do Clube, a direção vai homenagear Luís Rodrigues, pela longevidade como associado, com as quotas em dia.

“O Luís Rodrigues completou 50 anos como associado do Águia Futebol Clube de Vimioso, com as quotas regularizadas. Para além disso é uma pessoa que participa voluntariamente e com regularidade nos órgãos sociais do clube, razões pelas quais decidimos prestar esta merecida homenagem”, justificou.

HA



Mogadouro: Bemposta organiza segada tradicional

Mogadouro: Bemposta organiza segada tradicional

A freguesia de Bemposta, no concelho de Mogadouro, organiza a 28 de junho, uma segada tradicional, de um modo didático, lúdico e cultural, para dar a conhecer uma das antigas tarefas agrícolas do território, informou o presidente da Junta de Freguesia, António Martins.

A Junta de Freguesia de Bemposta e a Associação Maschocalheiro juntaram-se para promover esta atividade agrícola, que vai decorrer na manhã do dia 28 de junho.

“Trata-se de uma antiga tradição do território que por esta altura do ano mobilizava muita gente para fazer as ceifas. Vamos fazer uma recriação desta atividade agrícola, em que as funções da segada serão feitas de forma manual, com antigamente”, explicou António Martins.

Após os trabalhos, está programado um almoço da segada, passando de seguida pelo transporte do cereal em carros de bois.

Segundo a organização, a debulha do trigo vai ser feita com uma malhadeira antiga em madeira, que foi recuperada para o efeito.

Fonte: Lusa | Cartaz: Maschocalheiro

Tecnologia: 43% dos utilizadores de IA raramente verifica informação

Tecnologia: 43% dos utilizadores de IA raramente verifica informação

A maioria dos trabalhadores utiliza ferramentas de inteligência artificial (IA) gratuitas, mas 43% dos portugueses admitem que raramente ou ocasionalmente verificam a exatidão dos resultados, conclui um estudo da KPMG em parceria com a Universidade de Melbourne.

O estudo intitulado “Confiança, utilização e atitudes em relação à IA”, conta com a participação de mais de 48 mil pessoas, de 47 países, incluindo Portugal, onde foram registados mais de 1.000 inquiridos.

De acordo com este estudo, a que a Lusa teve acesso, a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no dia-a-dia dos portugueses, com 70% dos inquiridos a afirmarem que a utilizam no trabalho, 93% a referirem que a usam no estudo e 79% para fins pessoais.

A percentagem de portugueses que admite que a utilizam no trabalho é, no entanto, ligeiramente inferior à registada a nível global, que se situa em 73%.

O estudo revela ainda que a maioria dos trabalhadores (83%) usam ferramentas de IA publicamente disponíveis e de utilização gratuita, enquanto quase um terço (29%) usa ferramentas de IA geridas ou disponibilizadas pelo empregador ou estabelecimento de ensino e apenas 8% usam ferramentas de acesso pago.

A análise consultora aponta ainda algumas ameaças relativamente ao uso da IA. Uma das quais diz respeito à falta de uma política interna por parte das empresas de uso de IA, com apenas 22% dos inquiridos portugueses a referirem que esta existe na sua empresa, dos quais 18% a sinalizarem que é uma política de orientação e 4% de proibição.

“A outra grande ameaça está diretamente ligada à formação e literacia e diz respeito à inexistência de pensamento crítico”, aponta a KPMG, em comunicado.

Segundo este estudo, mais de um terço (43%) dos trabalhadores admitem que raramente ou ocasionalmente verificam a exatidão dos resultados da IA antes de a utilizarem no trabalho, 3% nunca o fazem e 54% referem que o fazem sempre ou quase sempre.

Por outro lado, menos de metade (45%) referem que utilizam regularmente a IA de forma crítica no trabalho, 51% raramente ou ocasionalmente pondera os benefícios e os riscos antes de utilizar estas ferramentas e 56% admitem que raramente ou ocasionalmente pensam nas implicações éticas.

Além disso, 29% dos inquiridos admitem que possa haver um aumento do risco organizacional, resultante do desrespeito das regras e regulamentos, com quase um quinto (19%) a referirem que por vezes ou muito frequentemente carregaram dados da empresa numa ferramenta de IA pública, nomeadamente informações financeiras, de vendas ou de clientes.

Não obstante, o estudo releva ainda que mais de metade (56%) dos trabalhadores portugueses consideram que o uso de IA aumentou a sua eficiência no trabalho e cerca de metade que aumentou a criação de ideias e a inovação, bem como acesso a informações exatas (52% e 49%, respetivamente).

Por outro lado, 45% referem que reduziu a carga de trabalho e 42% o stress e a pressão.

“A utilização de IA por parte das empresas deve ser feita, predominantemente, para reforçar o conhecimento humano e não para substituí-lo”, afirma João Sousa Leal, ‘head of advisory’ da KPMG em Portugal, citado na mesma nota, defendendo, por isso, uma aposta na literacia digital, na formação tecnológica dos colaboradores e “um modelo de ‘governance’ interno forte”.

Esta posição é também partilhada pela generalidade dos inquiridos portugueses, com 82% a considerarem que preferem alguma utilização de IA nos processos de tomada de decisões de gestão, desde que o controlo continue a recair sobre o ser humano.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Política: Parlamento aprova programa do Governo

Política: Parlamento aprova programa do Governo

A Assembleia da República aprova esta quarta-feira, dia 18 de junho, o programa do XXV Governo Constitucional, através do chumbo da moção de rejeição do PCP, que não tem o apoio de PS e Chega.

O período de encerramento do debate do programa do governo, tem cerca de duas horas para intervenções dos partidos, por ordem crescente de representatividade e do Governo, seguindo-se a votação da moção de rejeição do PCP ao documento, que PS e Chega já disseram inviabilizar.

Na terça-feira, dia 17 de junho, o debate ficou marcado por algumas das medidas inscritas no documento, como a política fiscal, com uma redução do IRS anunciada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para as próximas semanas, assim como a política de imigração, em que foi assumido um “apertar as regras”, mas sem suspender o reagrupamento familiar.

O primeiro-ministro adiantou ainda, relativamente à revisão da lei da nacionalidade, que no alargamento das situações em pode haver perda de nacionalidade constarão comportamentos graves “de natureza criminal” e anunciou um reforço de 1500 elementos da PSP e da GNR até ao final do ano.

Do ponto de vista político, o primeiro-ministro abriu o debate a avisar que a próxima legislatura só não durará quatro anos se existir uma “coligação deliberada, ativa e cúmplice” entre os dois maiores partidos da oposição, referindo-se ao PS e Chega.

O primeiro-ministro também prometeu um “diálogo franco” e “nunca diminuir” o PS, mas sem excluir o diálogo com outras forças, em resposta a José Luís Carneiro, que lhe perguntou com quem quer dialogar, mas também lhe pediu para despartidarizar a administração pública.

O presidente do Chega, André Ventura, referiu-se a um novo quadro parlamentar que exige” reformas “a sério para Portugal”, assinalando que agora é possível excluir o PS dessas reformas.

A IL pediu mais meritocracia na escolha dos cargos públicos, o Livre acusou o Governo de arrogância ao incluir medidas da oposição no seu programa sem consultar as forças políticas do parlamento, enquanto o PCP disse que o documento “cheira a ‘troika’”.

Só depois de apreciado o programa do Governo e da sua não rejeição, é que o XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 5 de junho, entra em plenitude de funções.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Picote: “Encontros da Primavera” dão origem a projetos de desenvolvimento local

Picote: “Encontros da Primavera” dão origem a projetos de desenvolvimento local

De 12 a 15 de junho, Picote, no concelho de Miranda do Douro, foi o cenário dos XX Encontros Primavera, um evento cultural promovido pela associação FRAUGA, que proporciona o diálogo entre a comunidade local e os artistas convidados, com a finalidade de pensar e realizar projetos que promovam o desenvolvimento local.

A exposição “Pandorga”, de Gonçalo Mota, no Ecomuseu Terra Mater, em Picote.

Este ano, o evento cultural em Picote, começou com a apresentação “Oblivio” da autoria de João Meirinhos. O artista natural do concelho de Miranda do Douro, apresentou uma performance dedicada à realidade do “esquecimento”: esquecimento da terra e da gente que persiste em viver nesta região do planalto mirandês.

A curadora, Patrícia Geraldes, foi a responsável pela seleção dos artistas que desenvolveram trabalhos com a comunidade local.

“Ao longo de um mês, os artistas permaneceram em Picote, para conhecer a aldeia, dialogar com a comunidade residente e desenvolver os seus trabalhos. O resultado final foi apresentado no decorrer dos Encontros da Primavera, que consiste num um evento cultural que envolve a antropologia, o cinema e a arte”, contextualizou.

Na XX edição dos Encontros da Primavera, os artistas convidados para as residências artísticas foram a Evgenia Emets e Gonçalo Mota.

“A Evgenia realizou um trabalho de intervenção na paisagem com uma reflorestação de árvores autóctones, que envolve a participação da comunidade local. Durante a estadia em Picote, a comunidade de Picote ofereceu sementes de plantas e árvores caraterísticas da localidade, cuja recolha já está exposta e acessível na freguesia de Picote”, informou a curadora.

A 13 de junho, a artista, Evgénia Emets, apresentou no salão da junta de freguesia de Picote, o filme “As vozes dos guardiães da terra”. Este documentário inclui entrevistas aos habitantes locais de Picote, que falam sobre a vida nesta localidade, que após a conclusão da barragem em 1958, se tornou predominantemente rural.

«Estou a desenvolver um projeto que se chama “Eternal Forest” e visa criar uma rede de florestas protegidas, através da arte e da comunidade. O objetivo é criar mil santuários de floretas protegidas, para mil anos, em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, Picote foi um dos locais escolhidos para criar um santuário de floresta protegida ou uma floresta comunitária, na zona da ribeira de cima, numa propriedade cedida pela senhora Ana Rosa, residente em Picote”, explicou a artista.

A plantação de floresta autóctone está agendada para os meses de outubro e novembro, estando previstas 25 árvores autóctones, como freixos, juncos, salgueiros, entre outras.

Já o artista, Gonçalo Mota, que estudou antropologia, em Miranda do Douro, no antigo polo da Universdade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) inaugurou a exposição de fotografia “Pandorga” (chocalhada).

A mostra fotográfica está em exibição no Ecomuseu Terra Mater e é alusiva à Festa de Santa Bárbara, de Duas Igrejas, também conhecida como a Festa da Primavera ou Festa das Flores.

“A exposição de fotografia que apresentei nos XX Encontros da Primavera, reune alguns elementos da tradição da pandorga ou chocalhada, em Duas Igrejas. É uma tradição que se faz no último fim-de-semana de maio, de dois em dois anos, na qual as pessoas fazem uma fogueira à porta de casa, que os rapazes acompanhados por chocalhos, saltam por cima para afastar os maus espíritos”, indicou.

De 12 a 15 de junho. a programação dos XX Encontros Primavera, teve outros destaques, como foram a observação astronómica e a sugestiva conversa sobre o tema “Direito às Estrelas”; a sessão de contos, no coreto de Picote; ou o concerto do DJ Matias, com a música folk, no Largo do Tumbar.

“O público-alvo dos Encontros da Primavera são as pessoas que residem em Picote, assim com as populações das localidades circundantes como Sendim, Palaçoulo, Prado Gatão, Vila Chã de Braciosa, Duas Igrejas, Miranda do Douro, etc. O objetivo deste evento é fomentar o diálogo, o debate, a troca de ideias e de perspectivas que aportem novos contributos à aldeia, ao concelho e à região”, concluiu a curadora, Patrícia Geraldes.

Para o professor António Bárbolo, da direção da FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, os Encontros da Primavera são um evento cultural que “faz pensar” sobre a realidade da aldeia de Picote e da região.

Na perspectiva de António Bárbolo, o desenvolvimento local e regional exige a colaboração das pessoas e a sinergia entre as instituições e as associações, em torno de um desígnio comum.

“Uma cultura que não interrogue e que não faça pensar é pobre e não evolui. A meu ver, precisamos de políticas estruturais, estratégias culturais e planificação de projetos que perdurem no tempo. Tal como acontece com os Encontros da Primavera, um encontro anual, que já se faz há 20 anos, em Picote”, destacou.

Os Encontros da Primavera são um evento anual, promovido pela FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, que conta com os apoios do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Freguesia de Picote, do Município de Miranda do Douro, Família Kolping Picote, Movhera e CCDR-Norte.

HA

Ambiente: Oito anos da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande

Ambiente: Oito anos da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande

A 17 de junho, a Associação de Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande (AVIPG) assinala oito anos da tragédia que provocou dezenas de mortos e feridos, além da destruição de casas, empresas e floresta.

Segundo o programa, às 14:30 a sede da AVIPG, na antiga escola primária da Figueira, freguesia da Graça (Pedrógão Grande), abre portas, seguindo-se, pelas 17:00, um encontro junto ao Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 e a colocação de uma coroa de flores.

Às 18:30, está prevista uma missa na Igreja Matriz da Graça.

Já no dia 22 de junho, realiza-se a caminhada “Renascer 17.06.2017”.

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria adiantou que os autarcas vão associar-se às iniciativas da associação, com deposição de coroa de flores no local, bem como preparar o monumento para o efeito.

O memorial abriu em 15 de junho de 2023, junto à Estrada Nacional (EN) 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, com o nome das 115 vítimas mortais dos fogos naquele ano.

Foi no memorial que, em 9 de junho do ano seguinte, foi hasteada a Bandeira Nacional, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, então centradas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no norte do distrito de Leiria, os concelhos mais atingidos pelos incêndios de junho de 2017.

A bandeira foi entregue no Dia de Portugal à AVIPG.

Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

Em outubro do mesmo ano, incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

O processo judicial relativo às mortes nos incêndios de Pedrógão Grande aguarda deliberação do Tribunal da Relação de Coimbra, após a interposição de vários recursos na sequência da absolvição de todos os arguidos em setembro de 2022 no Tribunal Judicial de Leiria.

Neste processo, o Ministério Público (MP) contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

Em julgamento estiveram o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro, e três trabalhadores da Ascendi (Rogério Mota, José Revés e Ugo Berardinelli).

A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, na qual o MP sustentou que ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.

Já a subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a EN 236-1, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior, à qual cabia proceder à gestão de combustível.

Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, também foram acusados.

O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, assim como o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estavam, igualmente, entre os arguidos.

Um outro processo judicial, relativo à reconstrução de casas em Pedrógão Grande na sequência dos incêndios, regressou, entretanto, à primeira instância para aplicação das penas determinadas, após diversos recursos.

Neste processo, 14 arguidos, incluindo Valdemar Alves e o antigo vereador Bruno Gomes, e requerentes da reconstrução de imóveis como se de primeira habitação se tratasse, familiares destes ou funcionários das Finanças e de junta de freguesia, foram condenados, em penas suspensas, tendo sido ainda determinados pagamentos a diversas entidades por conta dos pedidos cíveis.

Fonte: Lusa | Fotos: HA e Flickr

Política: Apresentação e debate do programa do Governo

Política: Apresentação e debate do programa do Governo

O programa do XXV Governo Constitucional é apresentado e discutido na Assembleia da República a 17 de junho, com uma primeira intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O documento foi aprovado em Conselho de Ministros e entregue na Assembleia da República, incluindo medidas já inscritas no programa eleitoral da AD, como a descida do IRS e IRC ou a subida de salários e pensões, mas também novos compromissos.

Entre as principais novidades, destaque para a reforma do Estado, que mereceu um ministério autónomo no Governo PSD/CDS-PP – e com o Governo a afastar despedimentos ou redução de vencimentos dos funcionários públicos -, a intenção de mexer na legislação laboral, incluindo na lei da greve, de rever a Lei de Bases da Saúde ou de antecipar o compromisso de investimento de 2% do PIB na Defesa já este ano.

Um maior controlo na imigração é outra das linhas mestras do programa do segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que inclui um novo capítulo em relação ao documento apresentado antes da campanha: uma Agenda Transformadora, que assume dez eixos prioritários para a ação do Governo.

Essas prioridades passam pela política de rendimentos, a reforma do Estado, a criação de riqueza, a “imigração regulada”, serviços públicos de qualidade e com complementaridade com privados, segurança de proximidade, justiça mais rápida, respostas à crise de habitação, aposta em novas infraestruturas, implementação do projeto “Água que Une” e pelo plano de reforço estratégico do investimento em defesa.

Na entrega do programa, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, assumiu que, para lá de querer estabilidade, o documento é um programa para quatro anos que pretende “transformar o país”, comprometendo-se a dialogar “com todos os partidos”.

Após a apresentação inicial do primeiro-ministro, haverá hora e meia para as primeiras perguntas e respostas às dez forças políticas que se sentam no hemiciclo da XVII legislatura, começando pelo Chega – que se tornou o segundo maior partido parlamentar -, seguindo-se PSD, PS, IL, Livre, PCP, CDS-PP e os deputados únicos do BE, PAN e JPP, o único estreante.

Depois, seguem-se cerca de quatro horas e meia de debate do documento, prevendo-se intervenções de vários ministros ao longo da tarde parlamentar.

Na segunda-feira, dia 16 de junho, o Governo divulgou uma lista de 80 medidas da oposição que disse ter incluído no programa do executivo PSD/CDS-PP: 27 do Chega, 25 do PS, 16 da IL, seis do Livre, duas do PCP e do PAN e uma cada de BE e JPP.

Além do programa do Governo, a oposição deverá trazer ao debate as várias agressões recentes associadas a grupos de extrema-direita, depois de PCP e BE já terem pedido ao executivo que retifique a ausência destas ameaças na versão final do Relatório Nacional de Segurança Interna (RASI) de 2024.

Para quarta-feira de manhã, ficou reservado o período de encerramento, cerca de duas horas de intervenções dos partidos (desta vez por ordem crescente) e do Governo, seguindo-se a votação da moção de rejeição do PCP ao documento, que PS e Chega já disseram inviabilizar.

Só depois de apreciado o programa do Governo, e da sua não rejeição, é que o XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 05 de junho, entrará em plenitude de funções.

Para hoje, está também prevista uma nova tentativa de eleição dos nomes propostos pelo Chega para vice-presidente e vice-secretário para a mesa da Assembleia da República, depois de Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo não terem obtido, por poucos votos, a necessária maioria absoluta no primeiro dia da legislatura, em 03 de junho.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Ensino: Inicia a época de exames com a prova de Português do 12.º ano

Ensino: Inicia a época de exames com a prova de Português do 12.º ano

A 17 de junho, começa a época de exames nacionais para os mais de 160 mil alunos, do 11.º e 12.º anos, inscritos para realizarem as provas que permitem concluir o ensino secundário e concorrer ao superior.

Escolas de todo o país estão preparadas para receber os 81.005 alunos do 12.º ano inscritos para o exame de Português, que começa hoje às 09:30 e marca o arranque da 1.º fase das provas finais nacionais do secundário de 2025.

Este é um dos anos com mais inscritos na 1.º fase dos exames nacionais: São 160.680 alunos, mas apenas 55% dizem ser candidatos ao ensino superior.

Independente de quererem ou não prosseguir os estudos, o exame de Português do 12.º ano voltou a ser obrigatório para a conclusão do secundário, depois de um interregno provocado pela pandemia de covid-19.

Já às 14:00, será a vez de os estudantes do 11.º ano que se inscreveram realizarem os exames de Espanhol, Alemão, Italiano e Mandarim.

Até ao final do mês, os alunos deverão fazer mais de 341 mil provas do 11.º e 12.º anos, segundo dados do Júri Nacional de Exames.

Biologia e Geologia é a segunda disciplina com mais inscritos: na sexta-feira, 20 de junho, são esperados quase 42 mil alunos para esta prova do 11º ano.

Na semana seguinte, destacam-se os exames de Física e Química (39.507 inscritos para a prova que se realiza a 26 de junho) e Matemática (38.733 inscritos), que se realiza a 30 de junho e marca o fim desta 1.º fase de exames.

Os dados divulgados na semana passada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação mostram que o principal motivo que levou os alunos a inscreverem-se para os exames foi ter de realizar “pelo menos um exame para aprovação” da disciplina (79%).

Os resultados da 1.º fase dos exames nacionais serão conhecidos a 15 de Julho, seguindo-se a 2.º fase, entre os dias 18 e 24 de julho.  

A 2.ª fase dos exames destina-se aos alunos que não obtiveram aprovação na 1.ª fase, que querem tentar melhorar a nota ou que pretendam melhorar a classificação final em alguma disciplina.

Os alunos têm depois uma semana para se candidatar à 1.º fase do ensino superior – de 21 a 28 de julho – e os resultados são conhecidos quase um mês depois, a 24 de agosto.

As informações sobre o calendário do concurso nacional de acesso ao ensino superior estão disponíveis no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Apesar de todas os exames nacionais do ensino secundário começarem às 09:30 ou às 14:00, os serviços do ministério recomendam que os alunos estejam nas escolas, pelo menos, meia hora antes da prova.

Os alunos têm de ter o cartão de cidadão ou outro documento de identificação. O uso de telemóveis ou computadores ou relógios com sistema de comunicação remoto são proibidos.

A maioria dos exames tem a duração de 120 minutos, à exceção dos de Matemática, Geometria Descritiva e Desenho, que duram mais 30 minutos (150 minutos).

Fonte: Lusa | Foto: HA

Miranda do Douro: Jogos Tradicionais proporcionaram a atividade física e o convívio

Miranda do Douro: Jogos Tradicionais proporcionaram a atividade física e o convívio

No Domingo, dia 15 de junho, o jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro foi o recinto do IV Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) que proporcionou, simultaneamente, a prática de jogos lúdicos e o convívio de meio milhar de participantes, vindos de nove concelhos do distrito de Bragança.

O jogo da tração à corda é um dos mais entusiasmantes.

O campeonato de jogos tradicionais, em Miranda do Douro, começou na manhã de Domingo, com os jogos de apuramento e as meias-finais do fito, raiola, malha, tração à corda, corrida de sacos, jogo do burro, fito adaptado e tração à corda adaptado, relha e dança das cadeiras.

No acolhimento ao meio milhar de participantes no IV Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, expressou grande satisfação pela realização do evento na cidade, o que a par da preservação e divulgação dos jogos, promove turisticamente os concelhos transmontanos.

“Ontem acompanhei os pauliteiros de Miranda a Oslo, na Noruega, numa ação promocional no estrangeiro. E hoje, juntamente com a presidente e o vice-presidente do município, Helena Barril e Nuno Rodrigues, recebemos a visita de gente de todo o distrito de Bragança. No nosso entendimento, também é importante promover o turismo interno e reforçar os laços de amizade e colaboração entre os vários municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM)”, disse.

Sobre o trabalho da CIM-TTM, Vitor Bernardo sublinhou que a região transmontana que sofre com a baixa densidade populacional, é “fundamental trabalhar com os outros municípios, pois é a união que faz a força”.

Em representação da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), o secretário, Rui Caseiro, confirmou a participação em Miranda do Douro, de 500 participantes vindos dos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

“O Campeonato de Jogos Tradicionais tem vindo a registar uma crescente adesão das pessoas adultas, jovens, crianças e pessoas portadoras de deficiência, oriundas dos nove concelhos que compõem a CIM-TTM. Com este evento anual pretende-se salvaguardar e transmitir este legado cultural e lúdico às novas gerações. Recordo que antigamente, o fito, a raiola e outros jogos eram um modo de ocupação dos tempos livres, de socialização e de convívio nas populações”, indicou.


O engenheiro, Rui Caseiro, acrescentou, com agrado, que atualmente há localidades que estão a introduzir os jogos tradicionais no programa das festas populares locais.

“Estes jogos lúdicos são muito úteis para promover o convívio entre as pessoas e em particular as diferentes gerações. Oxalá, consigamos despertar o interesse das crianças e jovens para preservar este tesouro que são os jogos tradicionais”, indicou.

A corrida de sacos é um dos preferidos das crianças e jovens.

Do município de Vimioso, a vice-presidente, Carina Lopes veio acompanhada de 36 jogadores, entre adultos e crianças, que participaram nas modalidades de fito, relha, raiola, tração à corda e corrida de sacos.

“Apesar do concelho de Vimioso sofrer com o despovoamento, todos os anos conseguimos reunir um grupo significativo de pessoas que gostam de participar no Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais. Isso mostra que os vimiosenses apreciam muito estes jogos lúdicos, assim como o convívio que proporcionam”, disse a autarca.

A propósto da introdução dos jogos tradicionais nas festividades locais, Carina Lopes, informou que no concelho de Vimioso esta componente lúdica já faz parte do programa da Festa em honra de Santo Antão (Vimioso) e da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana (Santulhão).

“Vamos propor ao Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) a introdução dos jogos tradicionais no plano anual de atividades, para que os alunos possam conhecer e praticar alguns destes jogos”, avançou.

Do concelho de Miranda do Douro, um grupo de Palaçoulo também participou no IV Campeonato de Jogos Tradicionais. O presidente da Freguesia, Gualdino Raimundo, indicou que os “caramonicos” competiram nas modalidades da raiola, corrida de sacos e na relha.

“Dou os parabéns à CIM-TTM e aos municípios envolvidos na preservação e promoção destes jogos tradicionais. Reconheço que ainda temos que fazer um esforço para incentivar mais os jovens à prática dos jogos tradicionais, dado que atualmente preferem os jogos digitais e as redes sociais, o que acaba por isolá-los”, disse.

De Mirandela, vieram 20 pessoas para jogar à raiola, fito, malha, em Miranda do Douro. A senhora Armanda Fontoura, veio jogar à raiola e contou que foi desafiada pelo professor de ginástica sénior, Mauro Catarino, a participar no IV Campeonato de Jogos Tradicionais.

“Foi a primeira vez que participei nos jogos tradicionais intermunicipais e gostei muito da experiência e do convívio! Quero felicitar Miranda do Douro pelo acolhimento!”, disse a mirandelense.

Entre o grupo de Mirandela, houve pessoas que visitaram pela primeira vez a cidade de Miranda do Douro, que qualificaram como “muito bonita”.

Nos participantes mais novos, Tiago e Gaspar vieram de Mogadouro para participar no jogo do burro. Os dois jovens mogadourenses expressaram um grande entusiasmo pela oportunidade em participar e muito interesse pela variedade de jogos.

“O jogo que mais gostamos é a tração à corda!”, disseram.

De visita a Miranda do Douro, a família de José Manuel, vinda de Valladolid (Espanha) foi surpreendida com a realização do campeonato de jogos tradicionais, na zona histórica da cidade. A família espanhola estava radiante e curiosa por ver alguns dos jogos tradicionais praticados em Portugal.

“Há jogos que têm alguma semelhança com os que praticamos em Espanha, recordo, por exemplo, o jogo do lenço. Afortunadamente, a minha família tem a oportunidade de viver numa zona rural, o que nos permite sair de casa, desligarmo-nos da televisão e dos jogos eletrónicos, passear na natureza e conhecer algumas tradições”, disse o visitante espanhol.

O jogo da malha.

Após o almoço no pavilhão multiusos, durante a tarde de Domingo, realizaram-se as finais para apurar os vencedores em cada modalidade. Ao final da tarde realizou-se entrega de prémios, numa cerimónia que contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril.

Em 2026, o V Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, vai realizar-se em Alfândega da Fé.

HA