Futsal: Vitória mirandesa insuficiente para subir à III Divisão

Futsal: Vitória mirandesa insuficiente para subir à III Divisão

Na penúltima jornada do playoff, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) alcançou a primeira vitória por 6-3, diante do Cerveira Futsal, igualando assim os minhotos com 4 pontos, mas insuficientes para subir ao campeonato da III Divisão.

O jogo realizou-se na manhã de sábado, dia 21 de junho, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, sendo que os golos mirandeses foram apontados por Nickas (1), Leo (1), Finha (1), Ricky (1) e Castro (2).

No outro jogo, em Braga, houve surpresa com a vitória forasteira do Juventude de Pedras Salgadas, que se impôs à equipa do Contato Futsal, por concludentes 0-3. Com esta vitória, o campeão de Vila Real somou oito pontos, confirmando assim a subida, juntamente com o campeão de Braga (12 pontos).

Na sexta e última jornada, agendada para 28 de junho, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) desloca-se a Pedras Salgadas. Enquanto o Cerveira recebe a visita do Contato Futsal.

Época 2025/2026

Já com o foco na época 2025/2026, a Associação de Futebol Bragança reuniu a 13 de junho, com os clubes filiados de futsal.

Na reunião foram discutidos os quadros competitivos do Campeonato Distrital I Divisão Futsal. A opinião dos clubes é unânime, é urgente tornar a prova mais competitiva e na nova temporada deverá avançar o formato de play-off após a fase regular.

A Taça Distrital deverá manter o seu formato, pelo menos a fase decisiva, a Final Four, não terá qualquer alteração.

Aos clubes foi proposto a realização de um Torneio de Abertura que vai incluir os dois emblemas da AF Bragança que competem no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, o GD Macedense e o CA Mogadouro.

Na formação, as taças distritais vão manter-se nos escalões de iniciados, juvenis e juniores, mas o modelo poderá ser revisto. Já para o Campeonato Distrital de Infantis estão também previstas mexidas, que em breve serão anunciadas.

A possibilidade de competir com equipas espanholas, em formato torneios ou encontros, dada a proximidade geográfica e as boas relações institucionais entre a AF Bragança e os responsáveis do futebol espanhol nas regiões próximas do distrito de Bragança, é bem vista pelos responsáveis.

Os clubes de futsal têm até ao próximo dia 25 de agosto para comunicarem à AF Bragança em que escalões vão competir na época 2025/2026.

Fonte: AFB e ZeroZero

Portugal: Águas para banhos são de qualidade “excelente”

Portugal: Águas para banhos são de qualidade “excelente”

Em Portugal, mais de 82% das águas utilizadas para banhos desde praias a rios, tinham em 2024 uma qualidade considerada “excelente” para este efeito, de acordo com um relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente.

Segundo o relatório sobre a qualidade das águas para banhos, em Portugal, foram recolhidas amostras de 673 locais, 512 da zona costeira.

Destas amostras, 556 (82,6%) são de qualidade “excelente”, 73 (10,8%) são de qualidade “boa” e apenas 9 (1,3%) são de qualidade “fraca”. Vinte amostras (3%) não foram classificadas.

A classificação tem por base dois parâmetros microbiológicos: a presença da bateria Escherichia coli e enterococci intestinal.

Dos 673 locais analisados, 633 estão a ser continuamente monitorizados e foram identificados mais 25. Apenas dois locais sofreram alterações na qualidade da água para banhos.

Nos últimos 30 anos, o ano de 1995 foi o que teve uma classificação pior nas águas costeiras. Ainda assim, a maioria das amostras recolhidas apresentavam valores “excelentes” para banhos.

Os dados recolhidos incluem Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Saúde: Transmissão do vírus da hepatite A está a aumentar

Saúde: Transmissão do vírus da hepatite A está a aumentar

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou para o aumento da transmissão do vírus da hepatite A, em Portugal, dado que foram notificados 504 casos de infeção entre 1 de janeiro e 31 de maio do corrente ano.

Esta situação “configura um aumento da transmissão do vírus da hepatite A, em Portugal, em linha com a tendência reportada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) sobre surtos ativos em diferentes países europeus”, adiantou a DGS, em comunicado.

Do total de 504 casos confirmados de infeção aguda do fígado, 122 estão associados a transmissão através de contacto sexual, distribuídos por várias regiões do país, mas com maior incidência em Lisboa e Vale do Tejo e na Área Metropolitana do Porto, a maioria homens entre os 18 e 44 anos.

Além dessa situação, a DGS avançou que foi identificado um segundo surto localizado nas regiões do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, com transmissão associada a condições deficitárias de salubridade, que tem afetado particularmente crianças.

Segundo a direção-geral, a hepatite A é frequentemente assintomática ou ligeira em crianças com menos de cinco anos, mas, em adultos, pode manifestar-se de forma súbita, com sintomas como febre, mal-estar e dor abdominal, sendo a icterícia – coloração amarelada da pele e dos olhos – o sinal mais característico.

Não existe uma forma crónica da doença e a infeção confere imunidade vitalícia, salientou também a DGS, garantindo que as autoridades de saúde a nível nacional e subnacional acompanham a situação em permanência, adotando as medidas de saúde pública adequadas para conter a propagação da infeção.

Entre estas medidas, a DGS destacou o rastreio e seguimento de contactos, a vacinação pré-exposição dos grupos de risco e ações de educação para a saúde.

A DGS adiantou que a vacinação pré-exposição contra o vírus constitui a principal forma de prevenção, sendo especialmente recomendada para pessoas que residem ou viajam para áreas endémicas ou com surtos ativos, com práticas sexuais associadas a risco acrescido de infeção e com doenças crónicas ou outras condições que possam agravar o curso clínico da infeção pelo vírus da hepatite A.

A norma da vacinação contra a hepatite A está a ser revista para facilitar o acesso gratuito para os grupos mais vulneráveis da população.

Segundo referiu, a vacinação está também disponível em regime de pós-exposição, dirigida a contactos próximos de casos confirmados, conforme as orientações nacionais em vigor e critérios de elegibilidade, com o objetivo de prevenir o aparecimento de casos secundários.

Em articulação com organizações da sociedade civil e serviços de saúde sexual, a DGS tem vindo a desenvolver campanhas de informação e sensibilização, difundidas através das suas plataformas digitais e aplicações móveis de encontros.

Fonte: Lusa | Imagem: SPMI

Ensino: Falhas na plataforma digital dificultaram prova de Matemática do 9.º ano

Ensino: Falhas na plataforma digital dificultaram prova de Matemática do 9.º ano

Os alunos do 9.º ano realizaram a 20 de junho, a primeira das duas provas finais do ensino básico, mas a avaliação foi dificultada por várias falhas na plataforma digital utilizada, segundo relatos das escolas.

“Houve bastantes problemas”, resumiu o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), em declarações à agência Lusa, relatando que as falhas estiveram, sobretudo, relacionadas com a plataforma utilizada para realizar as provas.

De acordo com Manuel Pereira, durante os dois turnos em que se realizaram as provas de Matemática – o primeiro às 09:30 e o segundo às 12:00 – o programa bloqueou várias vezes, houve casos em que foi necessário reiniciar, noutros a página da prova fechava ou o menu das perguntas desaparecia.

“A minha escola tem um bom sistema informático, muito boa rede e mesmo assim foi muito trabalho para todos”, refere o diretor do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães, sublinhando que todo o pessoal docente foi mobilizado para apoiar durante a realização das provas finais do 3.º ciclo.

Depois de, no ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) ter decidido manter o formato em papel por considerar que a equipa ministerial anterior, liderada por João Costa, não assegurou as condições necessárias, é a primeira vez que as provas do 9.º ano são feitas em formato digital.

Em fevereiro, os alunos realizaram provas-ensaio para testar o formato digital, identificar problemas e preparar as escolas para a avaliação oficial.

Na semana passada, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, considerou que as escolas tudo fizeram para estar preparadas, mas hoje a principal falha partiu dos serviços do MECI.

“A experiência de agora pode ser útil, mas se os problemas não estão nas escolas, é preciso que quem gere, neste caso os serviços do MECI, prepare melhor”, sublinhou Manuel Pereira, antecipando a prova de Português, agendada para quarta-feira, dia 25 de junho.

Reconhecendo que é um ano experimental, o presidente da ANDE lamentou, no entanto, que à ansiedade normal associada a estas provas, sobretudo para os alunos que dependem da nota para passar de ano, tenha acrescido a ansiedade provocada pelas sucessivas falhas que obrigaram a interromper e admitiu que muitos serão prejudicados.

Ainda assim, na escola dirigida por Manuel Pereira todos os alunos conseguiram concluir a prova dentro do tempo previsto, sem necessidade de estender a duração além do tempo complementar.

No agrupamento de Filinto Lima, em Vila Nova de Gaia, a avaliação decorreu com normalidade, apesar de uma falha generalizada numa das perguntas que o diretor diz ter sido rapidamente identificada pelo Júri Nacional de Exames numa nota enviada às escolas pouco depois das 09:30 e corrigida ainda durante o decorrer da prova. 

“Não creio que nenhum aluno tenha sido prejudicado”, referiu o presidente da ANDAEP, que ao início da tarde já tinha falado com alguns colegas de outras escolas, onde também não se registaram problemas. 

A Lusa questionou o MECI sobre falhas reportadas pelas escolas aos serviços do ministério, sem resposta até ao momento.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Dar a vida por amor não é perdê-la, mas multiplicá-la!

XII Domingo do Tempo Comum

Dar a vida por amor não é perdê-la, mas multiplicá-la!

Zacarias 12,10-11;13,1 | Salmo 62 (63) | Gálatas 3,26-29 | Lucas 9,18-24

Estamos na fase final da etapa da Galileia. Até agora Jesus tinha andado pelas vilas e aldeias da Galileia a cumprir o seu programa e a levar a Boa Nova aos pobres, aos marginalizados, aos oprimidos (cf. Lc 4,16-21). Rodeavam-no alguns discípulos, gente que se tinha encontrado com Ele, que tinha escutado o seu anúncio do Reino de Deus e que tinha decidido embarcar nessa aventura.

Cumprida a etapa da Galileia, o projeto devia avançar para uma nova fase. Jesus tinha agora a intenção de se dirigir a Jerusalém e de enfrentar as autoridades judaicas. Era em Jerusalém que tudo se ia decidir; era lá que se consumaria o êxito ou o fracasso do Reino.

Antes de começar a caminhar para Jerusalém, Jesus questiona os discípulos. Depois de tudo o que tinham testemunhado, que pensavam eles de Jesus e do seu projeto? Como é que eles viam Jesus? Estariam disponíveis para O seguir até Jerusalém e para ficar ao lado d’Ele quando chegasse o momento de enfrentar a cruz?

A narração lucana começa com uma referência à oração de Jesus (vers. 18). Lucas, com frequência, põe Jesus a rezar antes de acontecimentos decisivos (cf. Lc 5,16; 6,12; 9,28-29; 10,21; 11,1; 22,32.40-46; 23,34).

A oração é o lugar do reencontro de Jesus com o Pai; depois de rezar, Jesus tem sempre uma mensagem importante – uma mensagem que vem do Pai – para comunicar aos discípulos. Devemos, portanto, encarar o diálogo que vai seguir-se como um momento importante da revelação de Jesus.

O diálogo de Jesus com os discípulos consta de três momentos. No primeiro, o diálogo centra-se na resposta à questão: “quem é Jesus?” (vers. 18-20); no segundo, Jesus anuncia aos discípulos a sua Paixão e morte, em Jerusalém (vers. 21-22); no terceiro, Jesus define as condições que os discípulos devem assumir para seguirem Jesus (vers. 23-24).

Depois de anunciar o seu destino (que será cumprido, em obediência ao plano do Pai, no dom da própria vida em favor dos homens), Jesus convida os seus discípulos a seguir um percurso semelhante: se quiserem ser seus discípulos, têm de “renunciar a si mesmo”, de “tomar a cruz” e de segui-l’O no caminho do amor, da entrega e do dom da vida (vers. 23). Jesus não obriga ninguém, apenas apresenta a proposta; cada um, sabendo o que uma decisão desse tipo implica, tem de fazer a sua escolha.

O que é que significa, exatamente, renunciar a si mesmo? Significa renunciar ao seu egoísmo e autossuficiência, para fazer da vida um dom a Deus e aos outros. O discípulo de Jesus não pode viver fechado em si próprio, prisioneiro dos seus interesses e critérios pessoais, preocupado apenas em concretizar os seus projetos de riqueza, de segurança, de bem-estar, de domínio, de êxito, de triunfo… Aquele que opta pelo seguimento de Jesus passa a viver como Ele, colocando toda a sua existência ao serviço do projeto de Deus e do bem dos irmãos.

No final desta instrução, Jesus explica aos discípulos as razões pelas quais eles devem abraçar a “lógica da cruz”. Convida-os a entender que oferecer a vida por amor não é perdê-la, mas ganhá-la. Quem é capaz de dar a vida a Deus e aos irmãos, não fracassou; mas ganhou a Vida verdadeira, a Vida eterna que Deus oferece a quem caminha acordo com as suas propostas (vers. 24).

Fonte: Dehonianos | Imagem: RMOP

Duas Igrejas/ Sendim: Caminhada pelo “Carril de L Praino”

Duas Igrejas/ Sendim: Caminhada pelo “Carril de L Praino”

O município de Miranda do Douro organiza na manhã de Domingo, dia 22 de junho a já tradicional caminhada “L Carril de L Praino”, através da ecopista construída na antiga linha ferroviária do Sabor, que liga Duas Igrejas à vila de Sendim, numa extensão de 11,4 quilómetros.

“O percurso pela antiga linha ferroviário do Sabor é de relativa facilidade porque vai percorrer o planalto mirandês, entre as estações de Duas Igrejas e de Sendim, num percurso de 11,4 quilómetros de extensão”, indicou o município de Miranda do Douro.

As inscrições para a caminhada decorreram até 18 de junho, no Posto de Turismo de Miranda do Douro, nas Juntas de Freguesia e no Balcão Único do município.

A antiga linha ferroviária do Sabor foi inaugurada em 1938 e fazia a ligação entre o Pocinho (linha do Douro) à estação de Duas Igrejas, no concelho de Miranda do Douro.

Num itinerário de 105 quilómetros, a antiga linha ferroviária do Sabor atravessava os concelhos de Vila Nova de Foz Côa (Pocinho) Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Miranda do Douro.

Fonte: Lusa | Foto: HA e Flickr

Mogadouro: Fim-de-semana com Drag Racing

Mogadouro: Fim-de-semana com Drag Racing

No fim-de-semana de 21 e 22 de junho, o aeródromo de Mogadouro é a pista da prova de automobilismo “Drag Racing”, um evento desportivo que segundo a vereadora do Desporto e da Cultura da Câmara Municipal de Mogadouro, Márcia Barros, tem um “impacto económico significativo”.

“Esta modalidade automóvel que anualmente se realiza no Aeródromo Municipal de Mogadouro atrai alguns milhares de visitantes, pilotos e entusiastas dos desportos motorizados, vindos um pouco de todo o país e estrangeiro, promovendo a hotelaria, restauração e comércio local, gerando um impacto económico significativo e imediato neste concelho e na cidade”, disse Márcia Barros a propósito deste evento.

Segundo a autarca mogadourense, para além do retorno financeiro, o festival reforça a imagem de Mogadouro, como destino de referência no panorama nacional do desporto motorizado, contribuindo para a valorização do aeródromo municipal e para a promoção do território junto de novos públicos.

A prova motorizada vai juntar 150 pilotos e espera atrair cinco mil visitantes.

O diretor da RaceWars Motorfestival, Pedro Costa, estima que os 150 pilotos participantes e os cinco mil visitantes previstos possam ter um gasto médio de 150 euros por pessoa, o que poderá traduzir-se num retorno económico para a região superior a 500 mil euros.

Segundo os promotores da prova, o espaço do aeródromo ficará dotado de um parque interior e exterior, expositores, bancada com 263 lugares sentados, zona de campismo, ‘fun zone’ com restauração, bares, animação e música ao vivo, zona dedicada aos mais novos com insufláveis e corridas de carrinhos a pedais.

Pedro Costa disse ainda que este evento tem impacto em toda a cidade, com os visitantes a poderem usufruir das instalações do parque de campismo, hotelaria, restauração e comércio em geral, dando uma nova vida à localidade antes, durante e depois do evento.

O evento é organizado pelo 402 Clube de Portugal, em parceria com o município de Mogadouro e conta com o aval da Federação Portuguesa do Automóvel e Kart (FPAK).

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Ambiente Há nove reservas naturais em Portugal

Ambiente Há nove reservas naturais em Portugal

Em Portugal, existem atualmente nove zonas classificadas como reservas naturais, 50 anos depois da primeira classificação de uma reserva natural no país, a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, no Algarve, que pôs em marcha um processo de conservação que foi alargado a outras áreas nacionais ambientalmente sensíveis.

Em março de 1975, a criação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António marcou o início desse processo, permitindo que o país preservasse áreas que, de outra forma, teriam sido afetadas negativamente pelas atividades humanas, explicou João Alves, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade responsável pela gestão das reservas naturais nacionais.

“O balanço é claramente positivo, uma vez que, se estas parcelas do território – bem como outras que tiveram outra classificação [como Parque Natural] – não tivessem sido classificadas e protegidas, com certeza que esses territórios estariam bastante alterados e com certeza para pior”, afirmou à Lusa o biólogo, que tem 43 anos de experiência e desempenhou cargos de direção na área.

Depois da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (1975), foram também criadas as reservas naturais do Estuário do Tejo (1976), de São Jacinto, do Paul do Boquilobo, do Estuário do Sado e das Berlengas (entre 1980 e 1981), da Serra da Malcata (1981), visando a salvação do lince ibérico, do Paul de Arzila (1988) e das Lagoas de Santo André e da Sancha (2000).

“As reservas naturais foram classificadas fundamentalmente para proteger sistemas ecológicos sensíveis e, essencialmente, sistemas aquáticos ou de transição, como são o caso dos estuários”, explicou o responsável.

Esta classificação permitiu fazer o zonamento cartográfico, valorizar e hierarquizar as várias parcelas do território e dar mais proteção às que são “mais sensíveis e mais valiosas”, mas também criar um “regulamento associado que determina o que é que pode ser feito, onde e como pode ser feito”, observou.

João Alves frisou que “algumas utilizações” desses territórios “podem e devem ser mantidas, com ligeiras alterações, porque muitas vezes são o fator que permitiu que esses territórios tivessem aquelas características”, como acontece com a produção de sal no sapal de Castro Marim.

Estes mecanismos permitiram também, no caso do Estuário do Tejo, intervir junto de indústrias, como a química ou a de metalurgia pesada, para prevenir o despejo de efluentes contaminados no ecossistema, através de relocalizações ou da implementação de sistemas de tratamento que evitem descargas lesivas para os ecossistemas.

“À medida que foi sendo melhorada a qualidade das águas, passou a ser visitado volta e meia por golfinhos”, exemplificou, comparando o Estuário do Tejo com o do Sado, onde a presença da indústria era menor e se “manteve uma população de [golfinhos] roazes corvineiros”, enquanto a do Tejo só reapareceu quando a envolvente melhorou.

João Alves destacou também a importância que este processo teve para a sensibilização ambiental de todos os intervenientes de um território, incluindo os próprios municípios, e contou que a primeira reserva natural foi criada como uma “medida urgente” para “impedir que os sapais do lado português do Estuário do Guadiana continuassem a ser utilizados como depósito, como vazador de entulhos, restos de obras e lixo”, até pelas autarquias.

“Com a classificação da reserva, isto parou e fez-se um trabalho de recuperação, de limpeza, de retirada daquilo que era possível, depois, a natureza encarregou-se, também, de recuperar o resto e, a partir daí, a reserva manteve-se”, destacou, frisando que as autarquias perceberam depois “a mais-valia que era para os dois concelhos terem uma reserva natural”.

Atualmente, são eles “os guardiães da reserva”, através da sua presença na comissão de cogestão da área protegida, com um “papel determinante na gestão e na melhoria das condições de visitação” do espaço, concluiu João Alves.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Ambiente: 67 meios aéreos para o combate aos incêndios

Ambiente: 67 meios aéreos para o combate aos incêndios

Este ano, o combate aos incêndios rurais conta com 67 meios aéreos, menos nove do que as aeronaves previstas para esta fase do dispositivo, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC).

“O dispositivo aéreo da ANEPC conta com 69 aeronaves, das quais duas estão inoperativas por motivos de manutenção”, refere a Proteção Civil, após os autarcas de Grândola, Ourique e Moura se terem queixado da falta de meios aéreos para combate aos incêndios rurais nestes concelhos e apelado a uma solução urgente para dar resposta às populações.

A Diretiva Operacional Nacional (DON) que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) prevê para o período de 01 a 30 de junho, denominado ‘nível Charlie’, 76 meios aéreos.

No entanto, apenas estão operacionais para o combate aos fogos 67.

Segundo a ANEPC, os helicópteros ligeiros inoperacionais para manutenção estão sediados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdez (Viana do Castelo) e Santa Comba Dão (Viseu). Em Arcos de Valdevez existe um outro helicóptero que está operacional.

A Proteção Civil indica apenas os locais onde existem meios aéreos, faltando referir quais as aeronaves em falta.

A Força Aérea Portuguesa, entidade responsável pela contratação dos meios aéreos de combate a incêndios rurais, sobre os motivos para a falta de aeronaves, mas até ao momento não obteve resposta.

No início do mês de junho, quando entrou em vigou o ‘nível Charlie’, fonte do setor afirmou que a falta de meios aéreos estava relacionada com a documentação para poderem operar e falta de candidatos nos concursos.

A ANEPC indicou que tem atualmente ao dispor 36 helicópteros ligeiros sediados nos CMA de Arcos de Valdevez , Famalicão, Fafe, Chaves (2), Ribeira de Pena, Bragança, Alfandega da Fé, Baltar, Vale de Cambra, Vila Real, Armamar, Águeda, Viseu, Aguiar da Beira, Mêda, Guarda, Seia, Covilhã, Cernache, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Alcaria, Castelo branco, Proença-a-Nova, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Santarém, Lourinhã, Montijo, Évora, Monchique, Cachopo e Loulé.

Estão também operacionais cinco helicópteros pesados localizados nos CMA de Macedo de Cavaleiros, Braga, Pombal, Ferreira do Zêzere e São Brás de Alportel e quatro helicópteros de reconhecimento, avaliação e coordenação em Vila Real, Lousã, Ponte de Sor e Beja.

Existem também 18 aviões médios anfíbios em Mirandela (2), Vila Real (2), Viseu (2), Cernache (2), Castelo Branco (2), Proença-a-Nova (2), Ponte de Sor (2), Beja (2) e Portimão (2).

Segundo a Proteção Civil, estão ainda ativos dois aviões anfíbios pesados em Castelo Branco e dois aviões de reconhecimento, avaliação e coordenação sediados nos CMA de Viseu e Ponte de Sor.

O DECIR vai ser reforçado a 1 de julho, data em que estão previstos 79 meios aéreos.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Ensino: Provas finais do 9.º ano começam em formato digital

Ensino: Provas finais do 9.º ano começam em formato digital

Os alunos do 9.º ano realizam a 20 de junho, a primeira das duas provas finais do ensino básico que, pela primeira vez vão ser feitas em formato digital, desafio para o qual as escolas dizem estar preparadas.

A prova de Matemática vai decorrer em dois turnos, o primeiro a partir das 09:30 e o segundo às 12:00.

Pela primeira vez, as provas finais do 9.º ano vão realizar-se em formato digital, depois de, no ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação ter decidido manter o formato em papel por considerar que a equipa ministerial anterior, liderada por João Costa, não assegurou as condições necessárias.

Há uma semana, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) disse estar confiante que as escolas estão em condições para garantir a realização das provas sem percalços.

“Não estamos a contar com percalços. A máquina está montada. Estamos em condições de avançar com segurança para que as provas do 9.º ano sejam realizadas em suporte digital”, disse, na altura, Filinto Lima.

Menos otimista, o movimento Missão Escola Pública alertou que não estão reunidas as condições de equidade e antecipou um cenário de perturbação num momento que deveria ser de serenidade.

O representante dos diretores escolares desvalorizou as preocupações levantadas pelo movimento de professores, sublinhando que as escolas estão desde o início do ano letivo a preparar-se para aquele momento.

Além das provas finais do ensino básico, também as provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), que decorreram entre 19 de maio e 6 de junho para os alunos dos 4.º e 6.º anos, foram realizadas em formato digital, com constrangimentos pontuais, mas que Filinto Lima diz terem ajudado as escolas a preparar-se.

Depois da prova de Matemática, os alunos voltam a ser avaliados na quinta-feira, dia 26 de junho, a Português.

Fonte: Lusa | Foto: HA