Política: Campanha contra não cobrança de IMI de barragens transmontanas

Política: Campanha contra não cobrança de IMI de barragens transmontanas

O Bloco de Esquerda (BE) lançou uma campanha contra o que considera ser um ‘jackpot’ fiscal promovido pelo Governo com a venda de seis barragens transmontanas, cujo Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) continua por cobrar.

Segundo o BE de Bragança, a ação passa pela colocação de faixas e cartazes pela região com as frases “Governo mantém ‘jackpot’ das barragens” e “O Bloco não lhes dá descanso”, uma iniciativa que vai abranger o território do nordeste transmontano.

Esta campanha visa “exigir ao Governo que intervenha na liquidação dos impostos devidos à região e alertar a população que o prazo para a cobrança se esgota”, refere o partido.

“Em março de 2019 a EDP anunciou a sua intenção de vender seis barragens da bacia do Douro. O comprador escolhido foi um consórcio liderado pelo grupo francês Engie e o valor avançado para a operação foi de 2,2 mil milhões de euros”, recorda o BE em comunicado.

Segundo os bloquistas, a venda destas barragens tem estado envolta em polémica, relacionada com o mecanismo encontrado pela EDP para evitar as suas obrigações fiscais, nomeadamente em sede de imposto de selo.

“A evasão fiscal da EDP privou a região de Miranda do Douro de recursos essenciais ao desenvolvimento do seu território, onde estão localizadas as barragens exploradas por estas empresas”, lê-se na mesma nota.

“Para além do imposto de selo, a operação levanta a questão da sujeição destas barragens ao IMI e, logo, ao IMT”, acrescenta o partido.

Segundo o BE, passados quatro anos de investigação e três governos, os impostos da venda das seis barragens no Douro ainda não reverteram para as populações da região.

“Se estes impostos fossem pagos, haveria um encaixe de 400 milhões a dividir por 10 concelhos da região [ do Nordeste Transmontano e Alto Douro]”, sustenta, acrescentando que, “numa altura que tanto se fala de coesão territorial e das dificuldades que o interior do país enfrenta, a cobrança destes impostos permitiria às autarquias da região terem fundos para aplicar em áreas como a habitação, a mobilidade, a saúde e a educação”.

Contudo, refere, de momento há a possibilidade de a cobrança de 110 milhões de euros expirar no final do ano, sendo que no início deste ano caducou a cobrança do IMI de 2019 relativamente a duas barragens situadas no concelho de Miranda do Douro.

O Bloco recorda ainda “que tem estado sempre ao lado das populações, exigindo que se faça justiça fiscal e que uma das maiores empresas do país não saia beneficiada e pague o que deve às localidades”.

Já no início de novembro, o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) alertava para o “grave risco” de o Governo deixar caducar o IMI das barragens referente ao ano de 2020, sendo isto considerado “um grande escândalo nos negócios das barragens”.

Na altura, também em comunicado, este movimento cívico alertava que esta caducidade é intolerável, tal como foi terem deixado caducar o IMI de 2019.

Segundo o MCTM, já passaram quase dois anos desde que o secretário de Estado Nuno Félix deu ordens expressas para que fosse liquidado e cobrado o IMI das barragens.

No final de setembro, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, exigia explicações da diretora da Autoridade Tributária [Helena Borges] e da atual e antigos governantes responsáveis pelos Assuntos Fiscais sobre a cobrança de impostos das barragens de Miranda, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua, no distrito de Bragança.

Fonte: Lusa

Sendim: Fogueira do Galo anima (e aquece) o Natal

Sendim: Fogueira do Galo anima (e aquece) o Natal

No dia 24 de dezembro, a vila de Sendim vai celebrar o dia de consoada, com a festa da Fogueira do Galo, em que os destaques são o acender da fogueira ao final da tarde, a Missa do Galo à meia-noite e a ceia de Natal pela noite dentro, animada com a música dos gaiteiros e as danças dos pauliteiros.

Na vila de Sendim, a Fogueira do Galo é organizada anualmente pela mordomia constituída por três rapazes solteiros e outros três casados, indicados pelo pároco local.

“Este ano, os mordomos casados são Luís Santiago, André Xavier e Carlos Manuel. E do lado dos solteiros, os mordomos são o Leonel Arribas, o Vasco (que entretanto casou!) e o Pedro Teixeira”, indicou o mordomo, Luís Santiago.

No decorrer da quadra natalícia, a mordomia da Fogueira do Galo tem a responsabilidade de criar um ambiente festivo na vila de Sendim. Uma das principais tarefas dos mordomos é a recolha da lenha, na manhã do dia 24 de dezembro, para fazer a fogueira de Natal, junto à igreja matriz.

“Ao longo do ano, a população de Sendim vai doando raízes e árvores velhas retirados dos seus terrenos, para que chegados ao Natal, se faça uma grande fogueira. A festa inicia-se com uma arruada dos gaiteiros pelas ruas da vila, para que no final da tarde se acenda a fogueira, que antigamente ficava acesa até ao dia de Reis”, explicou.


A pensar nas crianças, a Fogueira do Galo tem programada a atividade “Chegada do Pai Natal”, às 23h00.

O momento alto da festa é a celebração da Missa do Galo, à meia-noite (24h00), na igreja matriz. Em Sendim, esta celebração religiosa inclui um recital sobre o Nascimento do Deus Menino e a apresentação e leilão do Ramo de Natal.

O Ramo de Natal dedicado ao Menino Jesus é uma antiga tradição, na vila de Sendim. Na véspera de Natal, as mulheres sendinesas confeccionam pães e doces típicos, como económicos, rosquilhas, cavacas e bolinhos de pão-de-ló, que vão enfeitar o ramo (ou andor). No final da Missa do Galo, os pães e os doces são leiloados.

“Assim como os pastores e os magos ofereceram presentes ao Menino Jesus, também esta tradição do Ramo de Natal visa presentear o Deus Menino, com produtos tradicionais como o pão, doces e frutos. O Ramo de Natal é um modo de louvar e agradecer a Deus.”, explicou José Mourinho.

Na vila de Sendim, a noite de Consoada continua à volta da fogueira, com a Queimada do Pau Velho, Esta tradição dos pauliteiros locais visa assinalar o fim das atuações e ensaios do ano que está prestes a terminar e preparar o ano que aí vem.

A festa prossegue com a Ceia de Natal, que consiste num tempo de convívio e confraternização à volta da fogueira do galo, onde este ano se vão degustar os “chichos” assados na brasa.

Para angariar dinheiro para pagar as despesas da festa, a mordomia da Fogueira do Galo tem à venda boinas, golas e guarda-chuvas.

A Fogueira do Galo é uma iniciativa da mordomia, que conta com o apoio da União de Freguesias de Sendim e Atenor, da Casa de L’ Pauliteiro, do Município de Miranda do Douro e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sendim.

HA

São Pedro da Silva: O Velho a a Galdrapa vão rondar pela aldeia

São Pedro da Silva: O Velho a a Galdrapa vão rondar pela aldeia

No Domingo, dia 22 de dezembro, a localidade de São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, recria o tradicional peditório da Festa de Santa Luzia, um antigo ritual protagonizado pelos mascarados de inverno, o Velho e e Galdrapa e que este ano tem como novidades a apresentação do mural e de um livro.

A festa estava agendada para o dia 15 de dezembro, mas por motivos fúnebres na localidade, a organização decidiu adiar a festa para o dia 22 de dezembro.

Recorde-se que no concelho de Miranda do Douro, a Festa de Santa Luzia e do Velho e a Galdrapa, em São Pedro da Silva, dá início às Festas de Solstício de Inverno. Estas festividades acontecem com a chegada da estação do frio e estão associadas ao antigo modo de vida predominantemente agrícola, em que havia uma pausa nos trabalhos da terra.

Todos os anos, a festa inicia-se com a missa em honra de Santa Luzia, uma mulher que nasceu no final do século III e por causa da fé cristã foi martirizada.

Após a celebração religiosa realiza-se o peditório para a festa, pelas ruas da aldeia de São Pedro da Silva, uma tarefa realizada pelas figuras mascaradas do Velho e a Galdrapa.

“Este ritual consiste numa ronda pela aldeia, na qual participam o Velho, a Galdrapa e os Bailadores, acompanhados pelo trio de gaiteiros e os mordomos. O objetivo da ronda é convidar a população para a festa e angariar dinheiro ou outras dádivas, sendo que antigamente se oferecia fumeiro”, explicou o presidente de freguesia, Silvino Silva.

Após a conclusão do peditório pela aldeia, segue-se o almoço convívio para toda a população, na casa do Povo.

Este ano, a festa continua durante a tarde de Domingo, com as apresentações do mural “O Velho e a Galdrapa” e também do livro “Pretérito Imperfeito”, da autoria de António Pinelo Siza.

“O autor do livro é um estudioso das festas de mascarados de inverno, em Trás-os-Montes e em Espanha. António Pinela Siza é o atual presidente da Academia Ibérica da Máscara e escreveu este livro de contos, inspirando-se nas festas e rituais de solstício de inverno, como é o caso da festa de Santa Luzia e do Velho e a Galdrapa, em São Pedro da Silva”, indicou o professor Alfredo Cameirão, natural da localidade.

HA

Malhadas: “Aldeia Presépio” com mercado rural e muita animação

Malhadas: “Aldeia Presépio” com mercado rural e muita animação

No fim-de-semana de 21 e 22 de dezembro, realiza-se na aldeia de Malhadas, no concelho de Miranda do Douro, a IV Aldeia Presépio, um evento que pretende preservar a tradição natalícia e que este ano tem como novidades, um mercado rural e muita animação.

Em Malhadas, o evento “Aldeia Presépio” é uma iniciativa organizada pela Associação Cultural e Recreativa de Malhadas “Todas”, com os propósitos de incentivar a criatividade e preservar a tradição natalícia na construção dos presépios e promover o convívio entre a população.

“Este ano, no concurso dos presépios vamos atribuir prémios a todos os participantes”, revelou o presidente da Associação Cultural e Recreativa de Malhadas “Todas”, Vitor Córdova.

Nesta quarta edição, o programa da Aldeia Presépio tem como maior novidade a introdução de um Mercado Rural, onde vão participar 24 expositores, na sua maioria produtores locais e das localidades vizinhas, adiantou Vitor Córdova.

“Entre os produtos que vão ser expostos no mercado rural, o público vai encontar fumeiro, pão, produtos hortícolas, frutos secos, mel, artesanato, vinho e outros produtos locais e regionais”, indicou.

Para animar a “IV Aldeia Presépio”, a organização preparou um diversificado programa que no primeiro dia começa com as danças dos Pauliteiros e Pauliteiras de Malhadas. Depois, a animação prossegue com as arruadas dos grupos Porbatuka e Madrugadores e termina ao serão com o concerto dos Pica & Trilha e a atuação do DJ Barroso.

No Domingo, dia 22, a animação do evento tem como convidados os Gaiteiros da Póvoa e durante a tarde, realizam-se dois concertos: Os Madrugadores, seguidos dos Marotos da Concertina.

Ao longo do fim-de-semana, que antecede o Natal, a organização espera uma grande afluência de público à “Aldeia Presépio”, em Malhadas, para contemplar os presépios pelas ruas da aldeia e adquirir alguns produtos para a ceia de Natal.

HA

Incêndios: Governo aprova mais 40 Operações Integradas de Gestão da Paisagem

Incêndios: Governo aprova mais 40 Operações Integradas de Gestão da Paisagem

O Governo aprovou mais 40 Operações Integradas de Gestão da Paisagem (OIGP), num investimento total de 120 milhões de euros, também com apoios do Fundo Ambiental, para reforçar a prevenção de incêndios rurais, refere-se num despacho já publicado.

O novo despacho, publicado em Diário da República, aprova mais 40 OIGP, no âmbito do Programa de Transformação da Paisagem, a partir das 70 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem constituídas para a gestão e exploração comum dos territórios agroflorestais em zonas de minifúndio, com base na identificação das “vulnerabilidades estruturais e fatores críticos de perigosidade de incêndio”.

As OIGP, de acordo com o despacho, visam a adoção de “respostas inovadoras, estruturadas e ambientalmente sustentáveis”, adaptadas às características de cada território, com capacidade de concretizar “uma paisagem mais resiliente e, simultaneamente, indutoras do crescimento da economia local e social”.

Na elaboração das OIGP são levados em conta os instrumentos de planeamento e os planos de gestão florestal, e anteriormente o Governo já aprovou as primeiras 12 OIGP, em novembro, que beneficiam de apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e de contratos de financiamento a 20 anos do Fundo Ambiental, de forma a promover uma gestão de longo prazo.

O despacho dos ministros Adjunto e da Coesão Territorial, da Administração Interna, do Ambiente e Energia, e da Agricultura e Pescas aprovou as 40 OIGP “nos precisos termos, condições e com os fundamentos constantes dos pareceres emitidos” pelas entidades que participaram nas conferências procedimentais, promovidas pela Direção-Geral do Território, com “o desenho da paisagem e as opções de transformação e valorização preconizadas”.

As 40 OIGP totalizam 120,066 milhões de euros (ME) de “montante máximo de financiamento validado” para as ações de investimento e um total de 9,287 milhões para a “remuneração anual máxima” dos apoios a 20 anos.

As operações aprovadas distribuem-se, segundo os distritos, por Coimbra (com 10, uma delas em conjunto com Guarda), Bragança (sete), Santarém (seis), Guarda (cinco), Castelo Branco (quatro), Faro (três) e Leiria, Viana do Castelo e Vila Real (duas em cada distrito).

Entre as operações com maior financiamento estão a Travessa, em Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra), numa área de 4.135,5 hectares (ha), com 9,230 ME de “montante máximo” validado e 524.816 euros de “remuneração anual” máxima dos apoios a 20 anos, seguida da União das Freguesias de Ermida e Figueiredo, na Sertã (Castelo Branco), para 4.274,20 ha, com 9,103 ME e 510.626 euros.

Para três operações em Mação (Santarém), em áreas de 3.469,2 ha, 2.132,5 ha e 2.118 ha, foram aprovados, respetivamente, financiamentos de 8,272 ME, e 305.487 euros anuais, 5,167 ME e 232.958 euros, e 5,067 ME, e 219.767 euros anuais, todas promovidas pela Aflomação – Associação Florestal de Mação.

Nas operações com menor financiamento encontram-se três em Oliveira do Hospital (Coimbra), para 460,40 ha, com 908.250 euros validados e 65.003 euros anuais, em 564,2 ha, com 938.499 euros e 56.947 euros anuais, e para 499,3 ha, com 1,052 ME e máximo de 68.742 euros anuais, seguidas de Malhão, em Seia (Guarda), em 1.060 ha, com 1,174 ME e máximo anual de 137.552 euros, e Vale de Odelouca, em Silves, com 1.595,8 ha, com 1,226 ME e 194.470 euros.

De acordo com o despacho, “para as ações de investimento fica assegurado o compromisso de 60% do montante máximo” validado, a financiar pelo PRR, com uma dotação inicial de 220 ME, a que acresce a “remuneração máxima anual a 20 anos”, a financiar pelo Fundo Ambiental, que a resolução do Conselho de Ministros de 30 de outubro fixou até 331 ME, não podendo os encargos exceder em cada ano 16,550 milhões.

O despacho refere ainda que os compromissos de financiamento para as ações de investimento “cessam automaticamente na data final de execução do PRR”, mesmo que não tenham atingido os montantes máximos contratualizados, e o Fundo Ambiental assegura a gestão dos pedidos de pagamento, podendo delegar no Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.

Na lista das primeiras 12 OIGP aprovadas constam cinco no distrito de Castelo Branco (das quais uma abrange também a Guarda), três em Coimbra, duas em Santarém, uma em Leiria e outra em Viseu.

Fonte: Lusa

Municípios: ANMP defende regresso da Inspeção-Geral da Administração Local (IGAL)

Municípios: ANMP defende regresso da Inspeção-Geral da Administração Local (IGAL)

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) exigiu que as autarquias sejam escrutinadas e inspecionadas por entidades que tenham conhecimento dos procedimentos e regras a que estão sujeitas, defendendo o regresso da Inspeção-Geral da Administração Local (IGAL).

“Os municípios pedem para ser escrutinados, avaliados e inspecionados por quem tenha conhecimento dos procedimentos e das regras a que estão sujeitos. Já pedimos, várias vezes, o regresso da Inspeção-Geral da Administração Local, que foi extinta na fase da troika”, referiu a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses assinou um protocolo de cooperação com o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC), que visa apoiar os municípios na adoção de medidas que fomentem a transparência, integridade e prevenção da corrupção.

No final da cerimónia, Luísa Salgueiro sublinhou a importância do regresso da IGAL, para regular e acompanhar o trabalho dos municípios.

“Para que identifique algo que não esteja a ser bem realizado, que não cumpra exatamente as regras e, também, do ponto de vista até pedagógico. A Inspeção, por vezes, fazia recomendações, no sentido de formar as equipas e esclarecer de que forma deveriam ser alterados os procedimentos”, apontou.

De acordo com a também presidente da Câmara de Matosinhos, os municípios não fogem ao escrutínio ou à avaliação de qualquer entidade.

“Exigimos é que sejam entidades conhecedoras das regras, da tramitação e da forma de fazer, daquilo que se passa nos municípios. Por vezes somos escrutinados por entidades e personalidades que nada conhecem acerca da vida e regras de funcionamento que se aplicam aos municípios”, alegou.

Sobre o protocolo que a ANMP assinou com o MENAC, a autarca frisou que se trata de “um reforço da transparência, rigor e escrutínio dos atos praticados no âmbito municipal”.

“As câmaras municipais têm vindo a adotar canais de denúncia anónima nas suas plataformas, códigos de conduta, a certificação por mecanismos de auditoria, que garantem o rigor dos procedimentos e cumprimento das regras a que estão sujeitas. Portanto, hoje é mais um momento simbólico de aprofundamento da relação entre os municípios portugueses e o Mecanismo Nacional Anticorrupção, que vai complementar aquilo que já está a ser feito”, sustentou.

Já o presidente do MENAC, António Pires da Graça frisou que a missão fundamental do MENAC é “garantir a promoção da integridade e da transparência das coisas, a verdade delas e não a sua distorção”, prevenindo e combatendo a corrupção e aplicando o regime legalmente previsto.

“Tudo se destina ao bem comum e, no caso concreto, com este protocolo feito com a ANMP, é o bem comum das autarquias, destes órgãos locais previstos na Constituição, que têm autonomia e por isso lhes chamei uma espécie de micro soberania ao nível da sua atuação, nomeadamente quanto ao território que servem, que são os concelhos”, afirmou.

O protocolo celebrado entre a ANMP e o MENAC visa a concretização da efetividade do Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC) e do Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações (RGPDI), designadamente através do desenvolvimento de iniciativas conjuntas de formação e capacitação, em articulação com a Fundação FEFAL.

Visa também a divulgação de recomendações e boas práticas associadas à implementação do RGPC e do RGPDI; da Plataforma RGPC junto dos municípios portugueses; a colaboração na execução do programa do mês anticorrupção; e o enquadramento da participação da ANMP no Conselho Consultivo do MENAC, sempre que sejam tratadas matérias com relevância para os municípios.

Prevê ainda a participação em eventos, workshops de sensibilização, participação na conceção de uma coleção de suporte à implementação do “Regime Geral da Prevenção da Corrupção”.

Fonte: Lusa

Portugal: População cresceu 1,16% com a vinda de imigrantes

Portugal: População cresceu 1,16% com a vinda de imigrantes

Em 2023, a população residente em Portugal aumentou 1,16%, comparativamente com o ano anterior, impulsionada por uma variação positiva da componente migratória e uma diminuição da componente natural, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A população residente em Portugal, em 31 de dezembro de 2023, foi estimada em 10.639.726 de habitantes, o que significou um aumento de 1,16% em relação ao valor do ano anterior”, destacou o INE nos Anuários Estatísticos Regionais.

O INE justificou o aumento da população residente no ano transato com o resultado da “combinação de uma variação positiva na componente migratória (1,47%) e de uma diminuição na componente natural (-0,31%)”.

A mesma fonte precisou que a população residente aumentou em “25 das 26 sub-regiões NUTS III do país” entre 2022 e 2023, sendo a única exceção o Alto Alentejo, que sofreu um decréscimo populacional de 0,21%.

Em sentido oposto, o Oeste (2,43%) e a Região de Aveiro (2,08%) foram aquelas que registaram maiores taxas de crescimento efetivo da população residente, comparou..

“Em 251 dos 308 municípios do país (81%) verificou-se um crescimento populacional, em particular em municípios localizados na faixa litoral do Continente e na Região Autónoma da Madeira”, destacou ainda o INE.

O Instituto responsável pelas estatísticas em Portugal frisou que o aumento da população foi registado em todos os municípios que compõem as sub-regiões da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Região Autónoma da Madeira, onde se situa o concelho com maior crescimento populacional (Porto Santo, com 3,70%).

O INE contrapôs que 56 municípios tiveram taxas de crescimento efetivo da população negativas, a maioria dos quais localizados no interior do Norte e do Alentejo, região esta que alberga o município com a taxa mais baixa de Portugal (Barrancos, com menos 1,87%).

A tendência registada na componente migratória “estendeu-se a todas as sub-regiões NUTS III do país”, referiu o INE, apontando as sub-regiões do Oeste (2,79%), Região de Aveiro (2,41%), Médio Tejo (2,17%), Alentejo Litoral (2,15%) e Região de Leiria (2,03%) como as que mais contribuíram para o aumento da população residente.

“A componente natural do crescimento populacional registou diminuições em todas as sub-regiões NUTS III do país, com exceção da Grande Lisboa, onde se verificou um ligeiro aumento, de 0,02%”, precisou o Instituto Nacional de Estatística, salientando que as principais descidas foram sentidas no Alto Tâmega e Barroso, com menos 1,20%, e na Beira Baixa, com menos 1,18%.

Os anuários refletem também um aumento do índice de envelhecimento da população de 184,4, em 2022, para 188,1, em 2023, esclarecendo que este indicador “é medido pelo rácio entre população idosa (65 ou mais anos) e população jovem (até aos 14 anos)”.

O índice de envelhecimento por sub-regiões NUTS III mostra que, “em 2023, o envelhecimento foi mais intenso no Interior do Continente, com particular destaque no Alto Tâmega e Barroso, Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela, onde o número de idosos por 100 jovens foi superior a 300”, apontou.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Alunos visitaram a Tierra Natal

Miranda do Douro: Alunos visitaram a Tierra Natal

Na tarde desta terça-feira, dia 17 de dezembro, os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) visitaram o espaço de diversão e animação “Tierra Natal”, em Miranda do Douro, antes das férias de Natal, que decorrem de 18 de dezembro até 5 de janeiro.

A música e os cânticos de Natal são uma das atrações da Tierra Natal, que está instalada no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

Sobre a visita à Tierra Natal, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, disse que estes momentos de convívio são muito importantes para que os alunos, professores e funcionários descansem um pouco e recuperem forças para o resto do ano letivo.

“A visita à Tierra Natal é um momento de festa para os alunos mais novos do pré-escolar e do 1º ciclo. Estou convencido que eles vão gostar muito de visitar este espaço, com a pista de gelo e outras animações”, disse.

Instalada no Largo do Castelo, em Miranda do Douro, a “Tierra Natal” é uma iniciativa do município de Miranda do Douro, que proporciona às crianças, jovens e também aos adultos, momentos de entretenimento e convívio, na pista de gelo, nos insufláveis, na casa do Pai Natal, com a música, dança, teatro, animação de rua, no comboio turístico, entre outras atividades e jogos.

Na receção à visita dos alunos e professores do 1º ciclo do AEMD, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrtigues, justificou o investimento da autarquia com o objetivo de proporcionar aos mais novos umas férias felizes.

“Neste mês de dezembro, o município de Miranda do Douro organiza e apoia uma série de atividades para celebrar esta época festiva de Natal e final de ano, como é a Tierra Natal, mas também as Atividades de Ocupação de Tempos Livres (ATL) de Natal, as Festas de Solstício de Inverno, o Festival Geadas, entre outras festividades que se celebram em várias localidades do concelho”, disse.

Em Miranda do Douro, o presidente da freguesia, Francisco Parreira, elogiou o investimento do município no programa Tierra Natal, o que torna a cidade mais atrativa para a população e para os turistas e visitantes.

“Este ano, houve um melhor aproveitamento do Largo do Castelo para instalar a pista de gelo e o espaço da Tierra Natal. Também o programa de atividades e a animação é mais diversificado, o que vai ao encontro dos gostos e interesses de vários públicos, em particular das famílias”, disse o autarca.

Nesta época festiva, outra atração em Miranda do Douro é a decoração e iluminação das ruas, com o propósito de incentivar as visitas ao comércio, aos restaurantes e a estadia nos hotéis da cidade.

O teatro infantil também faz parte da programação da Tierra Natal.

HA

Futebol: Mirandela acolhe Torneio Feminino Sub-16

Futebol: Mirandela acolhe Torneio Feminino Sub-16

No fim-de-semana de 20 a 22 de dezembro, a Associação de Futebol de Bragança (AFB), organiza no concelho de Mirandela, a fase zonal do Torneio Interassociações (TIA), Sub-16, Futebol Feminino, Grupo 1.

O torneio vai disputar-se no campo de jogos da Portela, em São Pedro de Vale do Conde, no concelho de Mirandela e conta com a participação das seleções distritais da AF Vila Real, AF Porto e AF Bragança, a anfitriã da competição.

A competição entre as três seleções inicia-se na sexta-feira, dia 20 de dezembro, com o jogo entre AF Bragança e a AF Porto, às 11h00.

No dia seguinte, sábado, 21 de dezembro, a equipa brigantina joga com a congénere de Vila Real.

E no último dia, 22, Domingo, está agendado o encontro entre a AF Porto e a AF Vila Real.

De acordo com a AF Bragança, este torneio qualifica as equipas para a Liga de Ouro, Prata e Bronze da fase final, que se joga no distrito de Vila Real, de 21 a 23 de março de 2025.



Calendário de jogos:

- 20 de dezembro | 11h00

AF Bragança x AF Porto
Local: Campo de Jogos da Portela, São Pedro Vale do Conde (Mirandela)

-21 de dezembro | 11h00
AF Bragança x AF Vila Real
Local: Campo de Jogos da Portela, São Pedro Vale do Conde (Mirandela)

-22 de dezembro | 11h00
AF Porto x AF Vila Real
Local: Campo de Jogos da Portela, São Pedro Vale do Conde (Mirandela)

Fonte: AFB

Cultura: Língua mirandesa em ‘e-book’ com 15 contos

Cultura: Língua mirandesa em ‘e-book’ com 15 contos

A Associação de Língua Mirandesa (ALCM) editou o primeiro ‘e-book’, em mirandês, um trabalho que é a transcrição de contos publicados num ‘podcast’, com a finalidade de tornar a língua acessível a novos falantes, através da leitura e do áudio.

“Este trabalho é o resultado da transcrição de contos publicados em áudio e que fazem parte de um ‘podcast’ com a designação de ‘Terreiro de la Lhéngua 25’, num total de 15 contos. O ‘e-book’ dá a oportunidade de se estar a ler o conto e ao mesmo tempo acompanhar o áudio referente aos textos, em simultâneo”, explicou Alcides Meirinhos, membro da Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM).

Segundo este responsável da ALCM, a grande novidade deste trabalho é poder associar o áudio à escrita e ao mesmo tempo criar uma via para que o mirandês também possa chegar a pessoas com limitações auditivas e visuais.

“O tema desta primeira edição deste projeto-piloto, que abrange a segunda língua falada em Portugal, centrou-se em contos vários e temáticas diversas, em mirandês, contando com a colaboração de escritores como Amadeu Ferreira, Adelaide Monteiro, Alfredo Cameirão, Carlos Ferreira e Suzana Ruano”, além do próprio Alcides Meirinhos.

A edição digital conta ainda com ilustrações originais da ‘designer’ gráfica mirandesa, Ana Rita Afonso (Ana Manjora).

“Este trabalho resulta de um projeto que foi aprovado e apoiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte [CCDR-N], no que se refere ao ‘e-book’ e ilustrações”, explicou Alcides Meirinhos.

O ‘podcast’ nasceu em 2021 e desde então, soma novos episódios de duas em duas semanas.

Este “podcast’ está alojado na página da Casa Comum da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sob o nome “Terreiro de la Lhéngua 25”, e também na plataforma de ‘streaming’ Spotify.

“Através deste sistema de difusão já foram publicados 89 episódios em áudio”, dos quais provêm os 15 contos que compõem “este projeto tido como inovador”, disse Alcides Meirinhos.

Para a ALCM, estas ferramentas são fundamentais para promover e valorizar a visibilidade da língua mirandesa- estão ao alcance de qualquer pessoa, em qualquer lugar, através de um ‘tablet’ ou ‘smartphone’, constituem uma alternativa de divulgação e aprendizagem do mirandês e permitem ainda mitigar entraves à leitura e fonética própria deste idioma com séculos de existência e raizes muito anteriores à nacionalidade portuguesa.

O mirandês passou a segunda língua oficial em Portugal há 26 anos, após a aprovação, na Assembleia da República, em 17 de setembro de 1998, da lei que reconhece esse estatuto ao idioma falado no Nordeste Transmontano.

O mais recente estudo feito pela Universidade de Vigo, com apoio e colaboração da ALCM, concluiu que haverá cerca de 3 mil falantes de mirandês, na Terra de Miranda e, se nada for feito, a língua caminhará para o seu declínio.

Fonte: Lusa