Vilar Seco: Lobos matam três ovelhas e ferem outras sete com gravidade

Vilar Seco: Lobos matam três ovelhas e ferem outras sete com gravidade

A 21 de outubro, ocorreu mais um ataque de lobos a um rebanho de ovelhas na aldeia de Vilar Seco, no concelho de Vimioso, que causou a morte a três ovelhas, ferimentos “muito graves” noutros sete animais, indicou o pastor e proprietário da exploração pecuária, Isidro Fernandes.

“Verifiquei que no terreno lavrado havia pegadas de pelo menos quatro lobos”, descreveu o pastor, Isidro Fernandes, de Vilar Seco, acrescentando que os predadores “saltaram a vedação e entraram no local onde estavam as ovelhas que estavam prenhas”.

O pastor disse não ter dúvidas que “os lobos atacaram durante o dia e muito próximo da aldeia” a cerca de cem metros da sua casa.

“Os ataques têm acontecido com muita frequência nos concelhos de Vimioso e Miranda do Douro. Há que fazer alguma coisa para evitar estas tragédias”, reclamou.

Segundo o pastor, o ataque aconteceu entre as seis da manhã e as seis da tarde de terça-feira, dia 21 de outubro.

“Os lobos voltaram na madrugada de hoje mas não atacaram, porque deveriam ter sentido alguma coisa e fugiram”, indicou.

Segundo Isidro Fernandes, o ataque foi comunicado à GNR e ao Instituto da Conservação da Natureza e Floresta (ICNF).

Em pouco mais de um mês, este é o quinto ataque de lobos registado no concelho de Miranda do Douro. O último ataque de lobos registado aconteceu em 5 de outubro, em Águas Vivas, no concelho de Miranda do Douro.

Em 19 de setembro, ICNF indicou que, desde 2024, foram registados 32 ataques de lobos, nos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso.

A falta de alimentos provocada pelos incêndios e o facto de o lobo ser um animal “territorial”, foram algumas das razões avançadas para os ataques, por especialistas.

As proximidades dos ataques dos lobos às aldeias também estão a sobressaltar os produtores de ovinos e caprinos deste território transmontano.

Segundo o ICNF, o lobo ibérico possui em Portugal o estatuto de espécie em perigo, que lhe confere o Estatuto de Espécie Protegida.

Em julho, foi apresentado o Programa Alcateia 2025-2035, de proteção do lobo ibérico, que tem para este ano um orçamento de 3,3 milhões de euros e contempla a revisão das indemnizações por ataques de lobos a gado, aproximando-as dos valores de mercado.

Segundo a direção do ICNF, indemnizações podem atingir valores de, por exemplo, 60 ou 70 euros por animal, quando no mercado seria de 170 ou 180 euros, realçando que não se acompanha completamente o valor do mercado, mas há uma aproximação.

Fonte: Lusa | Foto: PA

Rodovias: Multas por uso do telemóvel ao volante duplicaram

Rodovias: Multas por uso do telemóvel ao volante duplicaram

As contraordenações por uso do telemóvel ao volante duplicaram no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2024, tendo as polícias multado uma média de 84 condutores por dia, num total de 7.587, segundo a Segurança Rodoviária.

O relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), referente ao primeiro trimestre de 2025, destaca o aumento de 114,2% das contraordenações por uso do telemóvel durante a condução em relação ao mesmo período do ano passado.

No relatório de sinistralidade, fiscalização e contraordenações rodoviários, a ANSR dá conta de que as polícias fiscalizaram, entre janeiro e março, 75,7 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática de controlo de velocidade, um aumento de 31,2% em relação a 2024.

Este aumento da fiscalização refletiu-se nas infrações que ascenderam a mais de 327 mil, o que representa um aumento de 15,6% face ao período homólogo do ano anterior.

Além do uso do telemóvel ao volante, a ANSR refere que no primeiro trimestre do ano se verificou um aumento generalizado de todas as infrações, nomeadamente ausência de seguro (85,6%), falta de inspeção periódica obrigatória (79,7%) e ausência de sistemas de retenção para crianças (54,0%) e álcool (32%).

Em relação ao principal tipo de infração, excesso de velocidade, o documento assinala os aumentos de 53,3% na PSP e de 8,5% na GNR, enquanto as multas registadas no sistema de radares da responsabilidade da ANSR, denominado Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro), e pela Polícia Municipal de Lisboa diminuíram 2,6% e 7% respetivamente.

O relatório avança igualmente que a criminalidade rodoviária, medida em número de detenções, aumentou 95,2% entre janeiro e março de 2025, comparativamente a 2024, totalizando 10.800 condutores detidos, 4.805 dos quais por condução sob o efeito de álcool e 2.985 por habilitação ilegal.

A ANSR informa ainda que, entre janeiro a março, se registaram no país 8.270 acidentes com vítimas que provocaram 90 mortos, 531 feridos graves e 9.641 feridos ligeiros.

Em relação a igual período de 2019 (ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal) verificaram-se menos 151 acidentes (-1,8%), menos 30 vítimas mortais (-25,0%), menos dois feridos graves (-0,4%) e menos 420 feridos ligeiros (-4,2%).

Em comparação com 2024, nos três primeiros meses de 2025 registaram-se menos 16 acidentes (-0,2%), menos 15 vítimas mortais (-14,3%), menos 25 feridos graves (-4,5%) e menos 23 feridos ligeiros (-0,2%).

A ANSR salienta ainda o aumento de 21% dos acidentes envolvendo velocípedes (bicicletas e trotinetes) em comparação com o mesmo período do ano passado e de cerca de 60% face a 2019.

Entre janeiro e fevereiro ocorreram 793 acidentes com velocípedes que provocaram oito mortos (mais 100% do que em 2024), 38 feridos graves (mais 5,6%) e 738 feridos ligeiros (mais 23%).

Apesar dos acidentes com motos terem diminuído no primeiro trimestre, o número de vítimas mortais aumentou 23%, totalizando 26.

Os dados dizem respeito às vítimas mortais cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.

Fonte: Lusa | Fotos; Flickr

São Martinho de Angueira: Iniciou-se a apanha da castanha

São Martinho de Angueira: Iniciou-se a apanha da castanha

Na aldeia de São Martinho de Angueira, pertencente ao concelho de Miranda do Douro, a chegada da chuva coincidiu com o início da apanha da castanha, num ano em que os agricultores locais preveem que haja uma acentuada redução na quantidade e no calibre da castanha, devido à seca prolongada durante os meses de verão.

Na aldeia de São Martinho de Angueira, o agricultor, José Fernandes, começou a apanhar as castanhas da variedade “espanhola”, que diz amadurecerem mais rápido e só mais tarde apanha as castanhas da variedade “longal”.

“Ao longo de cinco meses não choveu o que prejudicou o desenvolvimento das castanhas nos ouriços. Diz a sabedoria popular que se não chover em agosto, não há magusto! Todos os anos, apanho cerca de 1000 quilos de castanhas, mas este ano prevejo apanhar apenas 200 quilos”, indicou.

O produtor de castanhas, afirma que com as alterações climáticas, os castanheiros são muito sensíveis ao calor e secam-se com muita frequência.

Questionado sobre o modo como comercializa a colheita de castanha, José Fernandes, respondeu que é vendida a intermediários, o que nem sempre traz o devido lucro para os produtores.

“Estou convencido de que os agricultores são os que menos ganham na cadeia comercial. Habitualmente, os intermediários ou revendedores começam a pagar 0,80€/quilo de castanha, depois pode subir para 1€, 1,20€, 1,50€ e no máximo atinge os 2€/quilo”, disse.

Sobre a pertinência de organizar uma feira da castanha, em São Martinho de Angueira, José Fernandes, adiantou que seria uma mais-valia para dar visibilidade ao produto âncora da localidade e escoar a produção a um preço mais justo.

Outro agricultor de São Martinho de Angueira, o jovem Ilídio Fernandes, proprietário de 24 hectares de castanheiros corroborou da opinião que a colheita de castanha deve ser mais reduzida e o calibre da castanha também é inferior, devido à falta de chuva nos meses de verão.

“Sim, a seca prolongada durante os meses de verão, em que não choveu nada, prejudicou bastante o desenvolvimento das castanhas e o resultado é uma acentuada quebra na produção e o menor calibre da castanha”, disse.

Nos soutos de castanheiros, Ilídio Fernandes, colhe várias variedades de castanha, como são a longal, que indica é a predominante e a mais tardia, devendo começar a cair em meados de novembro. Outras variedades de castanha existentes em São Martinho de Angueira são a martaínha, um fruto resistente; a castanha espanhola, que tem um bom calibre; e a castanha judia, considerada a mais saborosa.

“É importante ter esta variedade de castanhas, para assegurar que num ano agrícola haja alguma produção. Em 2024, apanhámos 14 mil quilos de castanha, mas este ano, prevejo uma colheita menor”, antevê o agricultor.

Dada a grande extensão dos soutos de castanheiros, Ilídio Fernandes, já recorre à apanha mecanizada da castanha, embora isso só aconteça numa fase avançada da colheita.

“Inicialmente, a apanha é manual pois há poucos ouriços no chão. Só posteriormente, quando há uma grande quantidade de ouriços e castanhas no chão, é que utilizamos a apanha mecânica”, indicou.

Após a apanha da castanha, Ilídio Fernandes, indicou que comercializa a sua produção para vários destinos, como Bragança e o Porto.

Relativamente ao trabalho realizado ao longo do ano nos soutos de castanheiros, o jovem agricultor de São Martinho de Angueira, explicou que a seguir à colheita, dedica-se à replantação dos castanheiros que secaram.

“Todos os anos, nos soutos há uma elevada percentagem de árvores mortas por causa de doenças, que há que substituir. Após a replantação, segue-se no mês de março, o tratamento dos castanheiros para combater o cancro das árvores. Em abril, começam-se as podas e as enxertias dos castanheiros novos. Em junho, faz-se a capinagem da erva nos solos ou as lavras. Em julho, com o calor há que regar os castanheiros novos para evitar que sequem”, descreveu.

Nesta altura do ano, aquand da colheita da castanha sucedem-se várias feiras e eventos dedicados a este produto. Também o jovem agricultor, Ilídio Fernandes, expressou o desejo de ver um certame dedicado à castanha em São Martinho de Angueira.

“Uma feira temática dedicada à castanha seria uma mais-valia para São Martinho de Angueira, onde a castanha é um produto muito importante para a economia da aldeia e para o concelho de Miranda do Douro”, concluiu.

HA

Saúde: Mais de 1,2 milhões de utentes vacinados contra a gripe

Saúde: Mais de 1,2 milhões de utentes vacinados contra a gripe

Desde o início da campanha de vacinação sazonal, mais de 1,2 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a gripe e foram administradas 716 mil vacinas contra a covid-19, segundo dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Na vacinação contra a gripe, 616.694 doses foram administradas em farmácias e 592.429 em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo números da Direção-geral da Saúde (DGS), desde o início da campanha, a 23 de setembro, mais de 50% das pessoas com 85 ou mais anos já se encontram vacinadas contra a gripe, grupo etário que beneficia de vacinação gratuita com a vacina contra a gripe de dose elevada.

No caso da covid-19, a cobertura vacinal deste grupo etário é de 35,95%.

Na vacinação contra a covid, 367.006 foram administradas em farmácias e 349.258 em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde.

Fonte: Lusa | Imagem: Centro de Saúde de Miranda do Douro

Portugal: Tendência de crescimento do número de nascimentos

Portugal: Tendência de crescimento do número de nascimentos

De janeiro até ao final de setembro, nasceram em Portugal mais de 65.400 bebés, o que representa um aumento de 2.173 comparativamente ao período homólogo de 2024, mantendo-se assim a tendência de crescimento dos trimestres anteriores, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

“Até 30 de setembro, foram estudados 65.410 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), mais 2.173 do que em igual período do ano passado (63.237)”, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

Os dados indicam que julho foi o mês que registou o maior número de bebés rastreados (8.118), seguido de setembro (7.886) e de janeiro (7.670).

Lisboa foi o distrito com mais “teste do pezinho” (19.891), seguido do Porto (11.650), Setúbal (5.229), Braga (4.880), Faro (3.310) e Aveiro (3.058).

O menor número de exames foi observado no distrito de Bragança (420), Portalegre (440), Guarda (489) e Vila Real (765) e Castelo Branco (805), segundo os dados do programa coordenado pelo Insa, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

Em 2024, foram analisados 84.631 bebés em Portugal, menos 1.133 bebés em relação ao ano anterior (85.764).

O Programa Nacional de Rastreio Neonatal realiza, desde 1979, testes de rastreio em todos os recém-nascidos de algumas doenças graves, o chamado “teste do pezinho”.

Estes testes permitem identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce.

Em 2024, foram rastreados 84.631 recém-nascidos e identificados 118 doentes com uma média de idade de início de tratamento de 9,5 dias de vida, referem dados do programa.

Desde o início Programa Nacional de Rastreio Neonatal foram rastreados 4.309.181 recém-nascidos e identificados 2.796 casos positivos.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Sociedade: Francisco Pinto Balsemão (1937-2025)

Sociedade: Francisco Pinto Balsemão (1937-2025)

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou Francisco Pinto Balsemão como um “visionário, pioneiro” e “uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos em Portugal”.

Francisco Pinto Balsemão nasceu a 1 de setembro de 1937, em Lisboa. Estudou Direito na Universidade de Lisboa e iniciou a sua atividade profissional como jornalista no Diário Popular, na década de 1960. Foi fundador do jornal Expresso em 1973, quando tinha 35 anos. 

Na política, fundou o PSD, com Francisco Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota, tendo sido primeiro-ministro entre 1981 e 1983.

Como empresário, em 1992, fundou o primeiro canal de televisão privado em Portugal, a SIC.

Francisco Pinto Balsemão faleceu a 21 de outubro, aos 88 anos.

Pinto Balsemão era membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma que se perdeu uma das principais personalidades do país nos últimos 60 anos e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo pretende declarar um dia de luto nacional.

“Visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos sessenta até hoje. Portugal não o esquece. Portugal nunca o esquecerá”, lê-se numa nota do chefe de Estado publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Fonte: Lusa e RTP | Imagem: Presidência da República

Vimioso: Inscrições abertas para a XXIV Feira de Artes, Ofícios e Sabores (FAOS)

Vimioso: Inscrições abertas para a XXIV Feira de Artes, Ofícios e Sabores (FAOS)

Em Vimioso, estão a decorrer até 22 de novembro, as inscrições para a XXIV Feira de Artes, Ofícios e Sabores (FAOS), um certame anual que tem como finalidade desenvolver a economia local e regional, através da promoção do artesanato, produtos, tradições e turismo.

A ”Feira de Artes, Ofícios e Sabores” é uma iniciativa do município de Vimioso e a XXIV edição está agendada para o fim-de-semana prolongado de 5, 6, 7 e 8 de dezembro, no pavilhão multiusos.

De acordo com o município vimiosense, o certame, a par da exposição de produtos locais e de artesanato, inclui o I Encontro Gastronómico Transfronteiriço: “Sabores da Raia| Alcanices – Vimioso”.

Outros atrativos da FAOS, em Vimioso, são a montaria ao javali, o passeio BTT, uma caminhada, o já tradicional concurso da doçaria da castanha, o festival de folclore, palestras e a animação musical.

“O evento é uma exposição das mais valias de um concelho predominantemente rural, onde sobressaem os usos e costumes tradicionais, as raças autóctones, a gastronomia e o turismo de natureza”, indica o município de Vimioso.

Os artesãos e produtores interessados em participar na XXIV Feira de Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso (FAOS) devem consultar o regulamento e efetuar a inscrição através do formulário eletrónico ou através do preenchimento da ficha de inscrição e posterior envio para o email pvturismocmv@gmail.com; ou por correio, endereçado à Casa da Cultura, Largo Mendo Rufino. 5230-315 Vimioso.

Para esclarecimento de dúvidas ou obtenção de mais informações, os interessados podem contatar o Município de Vimoso: através dos seguintes números de telefone: 273 518 120 ou 961 346 651.

HA

Autárquicas: Maioria dos presidentes de Câmara foram eleitos para um primeiro mandato

Autárquicas: Maioria dos presidentes de Câmara foram eleitos para um primeiro mandato

Mais de 55% dos presidentes eleitos para as 308 Câmaras Municipais vão cumprir agora o seu primeiro mandato à frente dos municípios, demonstrando uma grande renovação do poder local resultante das autárquicas de 12 de outubro.

Segundo os resultados oficiais das últimas autárquicas, 171 dos presidentes de Câmara eleitos vão cumprir agora o seu primeiro mandato, outros 90 foram eleitos para um segundo mandato e 47 vão cumprir o terceiro e último mandato que é permitido pela lei que limita a três os mandatos consecutivos permitidos à frente da mesma câmara municipal.

Dos autarcas eleitos para um primeiro mandato, 78 são do PSD ou de coligações encabeçadas por sociais-democratas, 62 socialistas, 11 da CDU, outros 11 de movimentos independentes, três do Chega, outros três do CDS-PP, um do JPP e outro do Nós, Cidadãos! (NC).

Foram eleitos para um primeiro mandato os presidentes das Câmaras de Aveiro (PSD/CDS-PP/PPM), Braga (PSD/CDS-PP/PPM), Beja (PSD/CDS-PP), Porto (PSD/IL/CDS-PP), Santarém (PSD/CDS-PP) e Funchal (PSD/CDS-PP).

O PS elegeu autarcas novos em Coimbra (PS/L/PAN), Bragança, Évora, Faro e Vila Real.

O socialista João Azevedo e a agora independente Maria das Dores Meira também foram eleitos para um novo ciclo autárquico em Viseu e em Setúbal, respetivamente, embora já tenham sido presidentes de Câmara noutros mandatos: João Azevedo já foi o presidente pelo PS em Mangualde, entre 2009 e 2019, e Dores Meira em Setúbal, entre 2006 e 2021, mas pela CDU.

Dos 171 presidentes eleitos para um primeiro mandato, há 35 que, apesar de terem sido eleitos pela primeira vez, já eram presidentes das respetivas Câmaras por substituição, após renúncia ao mandato pelo presidente eleito em 2021.

Para um segundo mandato foram eleitos 90 presidentes de Câmaras, dos quais 42 do PS, 39 do PSD, seis de grupos de cidadãos independentes, dois do CDS-PP e um com o apoio do Nós, Cidadãos!

Estão no segundo mandato os presidentes das Câmaras de Lisboa (PSD/CDS-PP/IL), Portalegre (PSD/CDS-PP) e Ponta Delgada (PSD).

Também no segundo mandato estão os autarcas eleitos em Castelo Branco, Leiria e Viana do Castelo, todos do PS, além do autarca da Guarda, pela coligação NC/PPM.

No terceiro e último mandato consecutivo no mesmo município estão os presidentes de 47 Câmaras.

Destes, 19 são do PSD, 24 do PS, dois de grupos independentes, um do CDS-PP e outro da CDU.

Nas eleições autárquicas, realizadas em 12 de outubro, o PSD venceu em 136 câmaras municipais, contra as 128 ganhas pelo PS, invertendo os resultados de 2021, quando os socialistas conquistaram 149 destas autarquias e os sociais-democratas 114.

O PSD assegurou ainda a presidência dos cinco municípios mais populosos do país, incluindo Lisboa e o Porto.

Os resultados marcam uma inversão na liderança autárquica nacional, com o PSD a ultrapassar o PS no número de câmaras conquistadas, o que permitirá aos sociais-democratas presidir à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Fonte: Lusa | Foto: HA

Política: Procedimentos para instalação de órgãos autárquicos

Política: Procedimentos para instalação de órgãos autárquicos

A Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM) promoveu a 20 de outubro, um ‘webinar’ para clarificar os procedimentos legais na instalação dos novos órgãos autárquicos eleitos em 12 de outubro, que espera ver alterados com a revisão da lei eleitoral autárquica.

“A maior parte das pessoas desconhecem em absoluto aquilo que são os seus direitos, os seus deveres e as funções que lhes são acometidas”, disse o presidente da ANAM, Albino Almeida (PS), a propósito de sessão de esclarecimento aos autarcas.

O webinar “Processo de Instalação dos Órgãos Autárquicos”, promovido através do Centro de Valorização dos Eleitos Locais (CVEL) da ANAM, pretendeu clarificar os procedimentos legais, prazos e formalidades que envolvem este processo.

A iniciativa, segundo o também presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, pretendeu “contribuir para uma transição de mandatos transparente, eficiente e em conformidade com a lei” e contou com a participação do advogado Luís Filipe Mota Almeida, de Cláudia S. Costa (professora da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança) e da especialista em Administração Pública Tânia Maia.

A sessão realizou-se numa altura em que, segundo Albino Almeida, um dos principais desafios que se colocam às assembleias municipais é precisamente a revisão da Lei Eleitoral Autárquica, na expectativa de “entrar em 2029 com um novo modelo de poder local”.

A ANAM defende que a eleição direta dos executivos camarários através das listas para as assembleias municipais, visando “a clareza e transparência do sistema”, disse Albino Almeida considerando que o modelo atual “é desvirtuado” já que, “vota-se, por exemplo, para vereadores que podem ficar sem pelouro os quatro anos que lá estão”.

Se um presidente precisar de substituir um vereador “tem de ir ao que está imediatamente na lista e não pode escolher em função da necessidade”, exemplificou o presidente da ANAM, relativamente a “um conjunto de matérias que importa clarificar”.

A lei, que “foi feita há 50 anos”, precisa de ser “reajustada à realidade”, defendeu o autarca, aludindo, por exemplo, ao aumento do número de grupos parlamentares, sobretudo nos concelhos de maior dimensão, onde “os tempos legais para intervenções no período de antes da ordem do dia e outros não se coadunam com dar a possibilidade de intervenção a cada partido”.

São situações que, após as eleições de 12 de outubro, em que em vários municípios os executivos contam com mais partidos representados, vão obrigar “a várias geometrias variáveis”.

O presidente da ANAM afirmou ainda existir, por parte do Governo e do Partido Socialista, “grande recetividade” à proposta da associação, que espera que o novo modelo para o poder local entre em vigor em 2029.

A ANAM congrega 213 das 308 assembleias municipais do país e elege os novos órgãos sociais em 22 de fevereiro de 2026.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Sinistralidade: Mortes nas estradas recuam 3% na Europa

Sinistralidade: Mortes nas estradas recuam 3% na Europa

Em 2024, houve menos mortes nas estradas da União Europeia (UE), tendo falecido 19.800 pessoas, com a Suécia a apresentar o menor número (20 mortes por milhão de habitantes) e a Roménia o mais preocupante (77 mortes por milhão de pessoas).

Em comunicado, o executivo comunitário destaca que apesar de haver menos 600 mortes em acidentes rodoviários entre 2023 e 2024, “o ritmo global de melhoria continua a ser demasiado lento e a maioria dos Estados-membros não está no bom caminho para cumprir o objetivo da UE de reduzir para metade as mortes na estrada até 2030”.

Entre os países da UE, a Suécia tem o menor número de mortes nas estradas (20 por milhão de habitantes) e a Roménia tem as rodovias menos seguras (77 mortes por milhão), com Portugal no 22.º lugar com 56.

Segundo dados divulgados pela Comissão Europeia, a média da UE é, segundo dados preliminares de 2024, de 44 mortos em acidentes rodoviários por cada milhão de habitantes, face a 46 registados em 2023.

Na comparação com 2019, a redução da taxa de mortes na estrada recuou 13% na UE.

As estatísticas, refere o comunicado, mostram que “países como a Grécia, República Checa, Estónia, Polónia, Portugal, Roménia e Eslováquia mostram sinais positivos com a redução do número de mortes”.

Portugal registou uma redução anual de 1%, de 61 para 60 mortes por milhão de habitantes e de 13% face a 2019.

“O facto de quase 20 mil pessoas terem perdido a vida em acidentes rodoviários no ano passado é inaceitável”, referiu, o comissário europeu para os Transportes Sustentáveis e Turismo, Apostolos Tzitzikostas.

“Temos de acelerar os esforços para melhorar a segurança rodoviária, especialmente para os utentes vulneráveis da estrada e em zonas de alto risco, como as estradas rurais. Cada morte é uma morte a mais”, referiu ainda.

Fonte: Lusa | Imagem: Comarca de Aliste