2025: Primeiro-ministro promete mais investimento em Portugal

2025: Primeiro-ministro promete mais investimento em Portugal

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considera que o ano que agora começa deve ser pautado por maior investimento e argumentou que o Governo quer construir um país mais justo, tolerante e mais competitivo.

Num artigo publicado no Jornal de Notícias na viragem do ano, intitulado “Portugal em movimento”, o primeiro-ministro escreve que este é o ano para prosseguir “sem hesitações na construção de um país renovado, mais justo, mais livre, mais democrático, mais tolerante, mais competitivo, com mais riqueza”.

“As palavras-chave são investimento, investimento, investimento. Concretizar o investimento público. Estimular o investimento interno, privado e empresarial. Atrair o investimento externo que procura previsibilidade e segurança”, salienta.

O chefe do Governo considera que “só assim” será possível “continuar a salvar o Estado social – com ações concretas e construtivas, não com palavras ocas, bloqueios ou medo da mudança”.

“Este novo ano de 2025 nasce revestido de renovação e da esperança. Renovação de políticas, de objetivos, de energia e de compromisso. Esperança nos resultados, nas oportunidades que vamos agarrar e nas dificuldades que vamos superar”, assinala, referindo que com as eleições legislativas de março de 2024, se “iniciou uma mudança de ciclo político que se traduziu num movimento de viragem e transformação do país, com reflexo direto nas condições de vida dos portugueses”.

Luís Montenegro salienta que o Governo que lidera “veio para melhorar a vida das pessoas” e não “para deixar tudo na mesma, tampouco para criticar ou se justificar com o passado”.

O primeiro-ministro destacou as áreas que o Governo considera prioritárias, como a saúde, a educação e a transição energética, entre outras.

“Vamos continuar a combater a burocracia nos organismos e serviços do Estado, a apostar na digitalização e na proximidade com o cidadão. Vamos continuar a promover uma imigração regulada, nem de portas fechadas nem de portas escancaradas, acolhendo e integrando com dignidade e humanismo os que escolherem Portugal para viver e trabalhar. Vamos continuar a investir em habitação pública – o maior investimento desde os anos noventa – e a incentivar a construção de casas a valores moderados, seja para comprar ou arrendar. Vamos continuar a salvaguardar a segurança como um dos maiores ativos do país, combatendo a criminalidade violenta, o tráfico de droga, mas também a corrupção e a criminalidade económica”, elenca.

Depois de referir várias medidas tomadas pelo Governo desde que entrou em funções, em abril de 2024, Montenegro afirma que, em 2025, o executivo vai “continuar a estar ao lado de todas as pessoas, especialmente das mais vulneráveis, solitárias e desprotegidas”.

“No dia 1 de janeiro, que é também o Dia Mundial da Paz, é também importante lembrar que a paz começa dentro das quatro paredes de todas as casas, que deve ser o sítio mais seguro do Mundo, onde a violência, sobretudo contra mulheres e crianças, tem de ser firmemente combatida para ser erradicada”, defende, valorizando também “a estabilidade e as oportunidades que Portugal tem para oferecer aos seus cidadãos e ao mundo”, perante o cenário internacional.

Fonte: Lusa

2025: Presidente da República apela a solidariedade institucional

2025: Presidente da República apela a solidariedade institucional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou para a necessidade de solidariedade institucional e cooperação estratégica neste novo ano de 2025, que garanta estabilidade e previsibilidade ao país.

“Precisamos que o bom senso que nos levou a reforçar a solidariedade institucional e até a cooperação estratégica entre órgãos de soberania, nomeadamente Presidente da República e primeiro-ministro, prossiga, e que nos levou também a aprovar os orçamentos 2024 e 2025, continue a garantir estabilidade, previsibilidade e respeito cá dentro e lá fora”, afirmou o chefe de Estado na tradicional mensagem de Ano Novo, a partir do Palácio de Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que é preciso “renovar a democracia, não a deixar envelhecer”, no que toca à “juventude, no papel da mulher, no combate à corrupção, na construção da tolerância e do diálogo, na recusa da violência pessoal, doméstica, familiar e social, na capacidade das forças políticas, económicas e sociais, mas também do sistema de justiça, mas também na administração pública, para se virarem para o futuro, para melhor servirem a comunidade”.

Na mensagem de cerca de oito minutos, o Presidente da República pediu mais combate a pobreza, afirmando que “a pobreza, os dois milhões de portugueses, é um problema de fundo estrutural que a democracia não conseguiu resolver”.

Apontando que em 2024 Portugal assinalou os 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974 e o centenário do nascimento de Mário Soares, o chefe de Estado afirmou que os portugueses não querem “perder nem liberdade nem democracia”, mas perceberam que “um ciclo se fechou, de 50 anos, e evocar Abril é olhar para o futuro, não é repetir o passado”.

“Precisamos de mais igualdade social e territorial, precisamos de ainda mais educação, de melhor saúde, de melhor habitação. Para isso precisamos de qualificar mais os recursos humanos, inovar mais, competir com mais produtividade, continuar a antecipar e bem no domínio da energia limpa, no domínio do digital, na tecnologia de ponta, mas não deixar que se aprofunde o fosso, a distância, entre os jovens que avançam e os que o não podem fazer, entre os jovens que avançam e aqueles de mais de 55, 60, 65 anos, que cada vez mais entram em becos com poucas ou nenhumas saídas”, alertou.

E resumiu: “Numa palavra, uma economia que cresça e possa pagar melhor e aumentar os rendimentos dos portugueses, assim corrigindo também as suas desigualdades”.

O Presidente da República alertou que é preciso que “os números económicos e financeiros, vindos do passado próximo, naquilo que tiveram e têm de positivo, e confirmados no presente, se consolidem e acentuem”.

Marcelo insistiu também na aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Precisamos que os 16 mil milhões do PRR que temos para gastar nos próximos dois anos sejam mesmo usados e façam esquecer os 6.300 milhões que gastámos, que usámos, no mesmo tempo ou ainda maior, até hoje”, reforçou, defendendo que Portugal tem de ficar “mais preparado para enfrentar as aceleradas mudanças na Europa e no mundo”.

“Precisamos de afirmar a atualidade da visão universal de Camões, tão lembrado e a justo título este ano. Ser português é ser universal. Isto é decisivo na nossa identidade nacional”, salientou.

Nesta que foi a oitava e penúltima mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto chefe de Estado, referiu-se também às eleições autárquicas, afirmando que “o povo será o juiz supremo da resposta perante tantos desafios”.

“Eu acredito na vontade experiente e determinada do povo português, eu acredito nos portugueses, eu acredito, como sempre, em Portugal”, afirmou.

O Presidente da República disse também que os portugueses aprendem “com tudo e todos, com todos” e não têm “o monopólio da verdade”, nem deitam “nada fora”.

“Guardamos para a nossa memória coletiva de séculos”, acrescentou.

Fonte: Lusa

Santa Maria, Mãe de Deus

Santa Maria, Mãe de Deus (Solenidade) / Dia Mundial da Paz

Santa Maria, Mãe de Deus

Num 6, 22-27 / Slm 66 (67) 2-3.5-6.8 / Gal 4, 4-7 / Lc 2, 16-21

Iniciamos o Ano Novo de 2025 com a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, ao mesmo tempo Dia Mundial da Paz. Não é por acaso que as duas celebrações coincidem. Como diz o Papa Francisco, «os nossos tempos, vazios de paz, precisam duma Mãe que congregue a família humana. Fixemos Maria para nos tornarmos construtores de unidade, fazendo-o com a sua criatividade de Mãe, que cuida dos filhos: reúne-os e conforta-os, escuta as suas penas e enxuga as suas lágrimas».

No Livro dos Números é-nos apresentada a mais antiga bênção bíblica que chegou aos nossos dias: a chamada «Bênção de Aarão». Originalmente feita para o povo de Israel na sua longa travessia do deserto, em direção à Terra Prometida, é para nós fonte de esperança. Nela se condensam três bênçãos: para que Deus proteja contra os perigos; para que a luz de Deus torne a vida humana mais favorável aos seus dons; para que o olhar bondoso e misericordioso do mesmo Deus seja fonte de paz. Na liturgia, esta bênção ainda hoje se faz, no Tempo Comum, sobre o povo de Deus, no final da celebração da Eucaristia.

Desejemos, por isso, esta bênção para o Ano Novo de 2025 que começa, também ele solenizado com o Ano Santo jubilar, que tem como mote «peregrinos da esperança».

Na Epístola aos Gálatas, São Paulo afirma que Jesus nasce «de uma mulher» – numa referência a Maria – «para resgatar os que estavam sujeitos à Lei» e os «tornar seus filhos adotivos». Com Jesus nascemos para uma nova família e temos Maria como nossa Mãe. Com ela, aprendemos a conservar os acontecimentos da vida em oração, «meditando-os com o coração», como nos diz o evangelista São Lucas.

Provavelmente, o Ano Novo de 2025 começa com preocupações e ansiedades, projetos por realizar, relações a serenar, paz por construir. Como «peregrinos da esperança», somos desafiados a viver tudo isto com confiança. Se nem tudo é previsível, mantemos viva a esperança de que Jesus não nos abandona. E se a realidade é difícil de viver, peçamos à sua Mãe, a Virgem Santíssima, que nos conduza ao Filho e nos dê a graça de caminharmos sem perder a esperança.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Estágio da seleção sub-17 feminina de voleibol

Miranda do Douro: Estágio da seleção sub-17 feminina de voleibol

De 26 a 30 de dezembro, a cidade de Miranda do Douro acolheu o estágio da seleção sub-17 feminina de voleibol, uma estadia que teve como objetivo preparar técnica e taticamente as jovens atletas, para as competições do ano 2025.

Os treinos da seleção sub-17 decorreram no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro.

A selecionadora nacional da equipa sub-17 feminina, Beatriz Santos, informou que a seleção sub-17 feminina trouxe a Miranda do Douro, atletas de vários clubes, de norte e sul do país e também dos Açores.

“O objetivo do estágio é aproveitar as férias escolares e preparar a equipa feminina de sub-17 para as competições do próximo ano de 2025. Em Miranda do Douro, vamos realizar treinos bidiários, seis horas por dia, com o objetivo de desenvolver a técnica e a tática destas jovens atletas”, indicou.

A selecionadora nacional agradeceu ao município de Miranda do Douro, as condições oferecidas para realizar o estágio de voleibol. Beatriz Santos referiu-se ainda à importância de deslocalizar os estágios para promover a modalidade junto das populações e dar a conhecer às jovens atletas outras regiões do país.

Sobre a estadia em Miranda do Douro, da jovem seleção feminina de voleibol, o vice-presidente, Nuno Rodrigues, afirmou que a realização do estágio na cidade, deveu-se, uma vez mais, às boas relações entre a Federação Portuguesa de voleibol e a Câmara Municipal.

“Mais uma vez, acolhemos com muito gosto a vinda de uma jovem seleção de voleibol a Miranda do Douro, Esta estadia é também um incentivo para que haja uma maior prática desta modalidade no concelho. Bem a propósito, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) constituiu recentemente uma equipa feminina de juvenis de voleibol”, disse.

Para além da mais valia desportiva, a presença destas jovens seleções de voleibol em Miranda do Douro, é vista pelo município como uma oportunidade para promover e atrair mais visitantes à cidade e ao concelho.

“A estadia das seleções acaba por atrair a vinda dos familiares e amigos das atletas, o que por conseguinte traz retorno económico à hotelaria, à restauração e ao comércio local”, sublinhou o autarca de Miranda do Douro.

De 26 a 30 de dezembro, a jovem seleção sub-17 feminina de voleibol ficou hospedada no centro de formação de Malhadas, tendo o município de Miranda do Douro assegurado o transporte e a utilização do pavilhão multiusos.

HA



Miranda do Douro: Cidade tem novo miradouro turístico

Miranda do Douro: Cidade tem novo miradouro turístico

A cidade de Miranda do Douro inaugurou um novo miradouro turístico, edificado no Largo do Castelo e que resulta do aproveitamento de um antigo reservatório de água.

De acordo com o vereador do Município de Miranda do Douro, responsável pelas obras públicas, Vítor Bernardo, este novo equipamento turístico está localizado em pleno centro histórico da cidade.

O miradouro do Castelo junta-se assim à rede de miradouros existentes no concelho de Miranda do Douro, entre os quais o miradouro Penha das Torres, em Paradela, passando depois pelo de miradouro de São João das Arribas, Castralhouço, Fraga Amarela (Miranda do Douro), Vila Chã da Braciosa, Picote e Sendim.

Segundo o município de Miranda do Douro, o miradouro da Castelo teve um custo de de 182.741.72 euros, financiado a 85% pela União Europeia.

Fonte: Lusa e HA

Mogadouro: Recuperação do circuito da Faia Alta

Mogadouro: Recuperação do circuito da Faia Alta

O município de Mogadouro iniciou a recuperação do circuito turístico da cascata da Faia Alta, uma atração turística que está inserida no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

“Trata-se de um percurso pedestre que foi construído em 2004 e que se encontra num avançado estado de degradação ao nível dos passadiços, pontes e centro interpretativo (…) O investimento ronda os 28 mil euros”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel.

De acordo com o autarca, esta intervenção faz-se em nome da segurança para os visitantes e da melhoria de todo o circuito pedonal, no qual todos os materiais vão ser substituídos.

A cascata da Faia Alta é uma queda de água natural existente na ribeira de Lamoso, com cerca de 60 metros de altitude.

Fonte: Lusa

Sociedade: Idade de acesso à reforma avança para os 66 anos e nove meses

Sociedade: Idade de acesso à reforma avança para os 66 anos e nove meses

Em 2026, a idade legal de acesso à reforma vai avançar para os 66 anos e nove meses, segundo uma portaria publicada, confirmando os valores estimados com base nos dados da esperança média de vida divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social em 2026 […] é 66 anos e 9 meses”, lê-se na portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social publicada hoje em Diário da República e com produção de efeitos a 1 de janeiro.

Estes 66 anos e nove meses correspondem a uma subida de dois meses face à idade normal de acesso à reforma a partir de janeiro de 2025.

Na prática isto significa que os trabalhadores que não estão abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas nem pelo regime de flexibilização da idade da reforma aplicável a quem aos 60 anos de idade completa 40 anos de descontos, terão uma penalização se optarem por reformar-se antes dos 66 anos e nove meses de idade.

A idade normal de acesso à pensão de velhice varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade, indicador publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Foi com base nestes dados que a idade normal de acesso à reforma foi fixada nos 66 anos e sete meses em 2025 e que agora foi fixada nos 66 anos e nove meses para quem se reforme em 2026.

O novo diploma confirma também que quem se reforme antecipadamente em 2025 terá uma penalização, por via do fator de sustentabilidade, de 16,9%, a que se soma ainda um corte de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de acesso.

“O fator de sustentabilidade a aplicar […] ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de segurança social iniciadas em 2025 é de 0,8307”, refere o diploma, valor que resulta nos referidos 16,9%.

Aqueles 16,9% comparam com o corte de 15,8% aplicado a quem em 2024 se reformou antecipadamente.

O sistema de pensões atualmente em vigor comporta, contudo, várias situações em que o corte pelo fator de sustentabilidade não é aplicado, mesmo que a pessoa aceda à pensão antes da idade normal.

Estão neste caso as pessoas que, enquanto têm 60 anos de idade completam 40 anos de carreira contributiva, sendo que nesta situação se lhes aplica a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação.

Já quem reúne as condições previstas no âmbito do regime das muito longas carreiras contributivas – onde estão os trabalhadores com 60 ou mais anos de idade e 46 ou mais anos de descontos e começaram a trabalhar antes dos 16 anos – podem reformar-se sem qualquer penalização.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Palestras “As raizes judaicas do jubileu”

Palaçoulo: Palestras “As raízes judaicas do jubileu”

No âmbito do ano jubilar 2025, realizaram-se na sala de encontro, do Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, no dia 28 de dezembro, duas palestras dedicadas ao tema “As raízes judaicas do jubileu”, com a finalidade de entender a razão de ser deste preceito da Igreja Católica.

O mosteiro trapista de Palaçoulo anunciou que as palestras tiveram como finalidade compreender o modo como o jubileu católico, nascido de raízes judaicas, floresceu na tradição cristã, carregando consigo uma mensagem intemporal de esperança, renovação e misericórdia divina.

Giusy Maffini, a madre superiora das Monjas Trapistas, explicou que no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, não há a Porta Santa. Mas há condições e um ambiente de silêncio e oração propícios à comunhão com Deus e à obtenção da indulgência jubilar.

“No próximo dia 2 de fevereiro, aquando do Dia do Consagrado (a), nós próprias, as monjas trapistas, vamos preparar-nos para pedir a indulgência jubilar”, disse.




No Ano Santo de 2025, a obtenção do perdão ou indulgência jubilar implica a prática das “obras de caridade e de misericórdia”. Ao longo do ano jubilar, os católicos são convidados a “praticar obras de caridade ou misericórdia, principalmente ao serviço de quem vive oprimido e necessitado”.

Sobre a história dos jubileus, Teresa Alves, doutorada em biologia molecular e estudiosa da Sagrada Escritura, explicou na sala de encontro do mosteiro trapista de Palaçoulo, que o jubileu tem raizes judaicas.

“O jubileu tem a sua raiz mais antiga no livro do Levítico. Trata-se de um preceito que Deus pede ao povo judeu para praticar, o que nem sempre foi feito. No Antigo Israel, no ano jubilar libertavam-se os escravos, redistribuíam-se as propriedades e dava-se descanso à terra. Com este preceito, Deus queria libertar o povo judeu da idolatria da posse e fomentar a partilha, a fraternidade e a confiança na misericórdia divina”, explicou.



Nas sessões, em Palaçoulo, Teresa Alves revelou que com o nascimento de Jesus, Ele mesmo é o Jubileu.

“No Livro do Profeta Isaías (61:1) está escrito: «O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem; para curar os desesperados; para proclamar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros; para proclamar um ano da graça do Senhor.». E no Evangelho segundo São Lucas, Jesus lê esta mesma passagem da Escritura e afirma: O Espírito do Senhor está sobre mim…”, disse.

Sobre o significado da Porta Santa, Teresa Alves, explicou que representa a passagem do pecado à redenção, da incredulidade à fé e da morte à vida.

“A Porta Santa é um símbolo, normalmente é a porta de uma catedral, e quem a atravessa deve fazê-lo com um desejo de conversão e de renovação espiritual. A Porta Santa recorda-nos que a salvação, isto é, a felicidade chega-nos por Jesus Cristo, já que Ele mesmo afirmou ser a porta. A Porta Santa tem também uma dimensão mariana, pois a Virgem Maria é a Porta pela qual o Salvador se fez homem”, disse.

Por sua vez, o capelão do mosteiro trapista de Palaçoulo, o padre António Pires, explicou que o jubileu acontece de 25 em 25 anos e por isso é uma oportunidade para os fiéis darem mais atenção a Deus.

“É um ano de graça, de perdão, de reconciliação e de libertação. Para cada um de nós, este ano jubilar deve ser encarado como uma oportunidade de descoberta de Deus. E é também uma oportunidade para que cada pessoa, cada família, cada paróquia e diocese cresça na fé, na caridade e em particular na virtude da Esperança”, disse.

O ano jubilar iniciou-se no dia 29 de dezembro em todas as dioceses, com a abertura da Porta Santa e a celebração solene da Missa. Na concatedral de Miranda do Douro, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, disse que o Jubileu é “um grande dom”, que propicia o reencontro com Deus e uns com os outros.

O ano jubilar dedicado ao tema ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude) decorre até 6 de janeiro de 2026, solenidade da Epifania do Senhor.

HA

Miranda do Douro: D. Nuno Almeida abriu a Porta Santa da “Esperança”

Miranda do Douro: D. Nuno Almeida abriu a Porta Santa da “Esperança”

No Domingo, dia 29 de dezembro, na Festa da Sagrada Família, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à Missa Dominical, na concatedral de Miranda do Douro, antecedido do rito de abertura da Porta Santa, que deu início ao Jubileu dedicado à virtude da Esperança.

“O rito de passagem pela Porta Santa tem por objetivo exprimir, para cada cristão, o desejo de um encontro com Cristo e com os membros do seu corpo que é a Igreja”, refere o livro da celebração, divulgado pela Santa Sé.

Na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco determinou que, no dia 29 de dezembro de 2024, os bispos diocesanos deviam celebrar a Missa, como abertura solene do ano jubilar, segundo o ritual preparado para esta celebração.

A diocese de Bragança-Miranda assinalou, de forma solene, o início do Jubileu convocado pelo Papa, com celebrações em Bragança e em Miranda do Douro.

Na cidade de Miranda do Douro, a celebração iniciou-se com uma procissão, entre a igreja da Misericórdia e a concatedral, onde o bispo diocesano presidiu o rito da abertura da Porta Santa.

Dom Nuno Almeida afirmou que o Jubileu é “um grande dom”.

Na missa celebrada na concatedral, o bispo diocesano, referindo-se à festa da Sagrada Família, começou por dizer que “todas as famílias já terão vivido situações de angústia e aflição e que o jubileu existe para que haja reencontros com Deus e uns com os outros”.

“Não há famílias perfeitas, não há comunidades perfeitas, não há paróquias perfeitas. E por causa disso, todos precisamos de ser perdoados e de dar o perdão.”, disse.

Dom Nuno Almeida explicou que as famílias, as comunidades e as paróquias estão sempre em caminho, em construção, em reparação. E para viver neste contínuo estado de abertura a Deus e aos outros, o bispo diocesano referiu-se à virtude da esperança.

“O que podemos fazer para que cresça em nós a virtude da Esperança? Há que sair da rotina e da monotonia! Há que ser discípulos missionários com audácia! Que este ano jubilar seja uma oportunidade para peregrinar em busca do perdão e da salvação”, disse.

As dioceses católicas de Portugal assinalaram em todas as catedrais, o início do Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, conforme estipulado pelo Papa.

“Envolvidos pela luz e pela graça do Jubileu 2025, queremos continuar a construir comunidades sinodais e missionárias”, exortou D. Nuno Almeida.

Historicamente, a adoção de uma Porta Santa é atribuída ao Papa Martinho V, por ocasião do Jubileu Extraordinário de 1423.

“Neste Jubileu, procuremos levar a esperança onde ela se perdeu: onde a vida está ferida, nas expectativas traídas, nos sonhos desfeitos, nos fracassos que despedaçam o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, na solidão amarga de quem se sente derrotado, no sofrimento que consome a alma; nos dias longos e vazios dos reclusos, onde existe violência doméstica, nos aposentos estreitos e frios dos pobres, nos lugares profanados pela guerra e pela violência”, apelou D. Nuno Almeida.

HA e Ecclesia



Palaçoulo: Conclusão da estrada até ao Mosteiro

Palaçoulo: Conclusão da estrada até ao Mosteiro

O município de Miranda do Douro assinou um protocolo colaboração financeira no valor de cerca de 180 mil euros, para a conclusão da estrada que liga a aldeia de Palaçoulo até ao Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja.

“A conclusão desta estrada com cerca de dois quilómetros de extensão, compreende um investimento de 179.025,52 euros, com uma comparticipação de 50% pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), ou seja, 80.500 euros ”, indicou o vice-presidente do município, Nuno Rodrigues.

Segundo Nuno Rodrigues, esta nova infraestrutura visa facilitar o acesso de peregrinos e visitantes ao Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, inaugurado no passado dia 23 de outubro.

“O Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja é uma obra imponente que veio para ficar e já está a atrair grupos e pessoas no âmbito do turismo religioso, o que por conseguinte beneficia outros setores de atividade como o comércio, a restauração e a hotelaria da região”, indicou o autarca.

A assinatura do protocolo entre o município de Miranda do Douro e a CCDR-N realizou-se no dia 26 de dezembro e contou com a participação do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.

“São territórios de baixa densidade, em que o desafio demográfico e económico é tremendo. Nesta medida, a aplicação destes fundos direcionados para territórios de baixa densidade com algumas carências, permite introduzir alguns fatores de equilíbrio e de diferenciação, promovendo a chamada coesão territorial”, disse o secretário de Estado.

Os contratos foram também assinados pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, António Cunha, pelo Diretor da Direção-Geral das Autarquias Locais, Andra Nikolic, e pelos representantes dos municípios beneficiários.

Para o presidente da CCDR, um dos principais desafios a vencer nestes municípios “é certamente a demografia”.

“São municípios beneficiados pela força da natureza, mas onde as atividades económicas e o desenvolvimento não têm possibilitado a fixação de pessoas. Portanto, conhecemos o quadro muito desafiante que é para os presidentes destes municípios a sua gestão diária”, assinalou.

Fonte: Lusa e HA