Vimioso: Festa da Alegria animou os idosos

Vimioso: Festa da Alegria animou os idosos

No Domingo, dia 6 de julho, o pavilhão multiusos, em Vimioso, encheu-se de pessoas vindas das freguesias e instituições sociais do concelho, para celebrar a Festa da Alegria, um encontro intergeracional que tem como propósito “acarinhar” os idosos e proporcionar-lhes momentos de convívio.

O almoço convívio foi um dos momentos da Festa da Alegria, em Vimioso.

O programa da Festa da Alegria iniciou-se com o acolhimento dos avós e netos, vindos das 10 freguesias e seis Instituições de Solidariedade Social (IPSS’s) do concelho. No acolhimento, aos idosos e jovens, o presidente do município de Vimioso, António Santos, realçou que neste encontro festeja-se a amizade entre as gentes do concelho de Vimioso.

“A Festa da Alegria é uma oportunidade de reencontro entre as pessoas das várias localidades do concelho de Vimioso. Não é só um encontro de pessoas idosas, é também um encontro entre gerações, pois este ano convidámos também os netos. Os avós apreciam muito a visita dos netos e por sua vez, os mais jovens também gostam de estar com os mais velhos, pois são fontes de sabedoria, feita de experiência ao longo da vida”, disse.

Referindo-se à realidade do envelhecimento no concelho de Vimioso, o presidente do município, António Santos, voltou a indicar a pretensão de construir centros comunitários nas aldeias onde não existem lares de idosos.

“Temos o conhecimento de que há pessoas idosas que vivem sozinhas em casa. Os centros comunitários, para os quais já adquirimos edifícios nas localidades de Angueira, Vilar Seco, Matela e outras localidades, visam dar resposta ao problema do isolamento e da solidão das pessoas”, avançou o autarca.

Após o acolhimento aos idosos e netos, às 11h00, os convidados para a Festa da Alegria participaram na celebração da eucaristia dominical. Na homilia, o pároco de Vimioso, Rufino Xavier, lembrou que a alegria é um fruto do Espírito Santo e um dever dos cristãos.

“A Sagrada Escritura diz que a alegria provém das pequenas ações, gestos e palavras de bondade para com o próximo. Todos somos chamados a ser alegres e a partilhar essa alegria com os outros, em particular, aqueles que vivem mais desanimados. Quando somos bem acolhidos e amados, a alegria transborda para os outros”, disse o sacerdote.

À celebração religiosa seguiu-se um almoço convívio e uma tarde recreativa, que foi animada com as danças dos Pauliteiros de Palaçoulo e os cantares e coreografias do Rancho Folclórico e Etnográfico de Vimioso.

Entre os convidados da Festa da Alegria,, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vimioso, José Freire, indicou que participaram no encontro cerca de 40 utentes e 10 funcionários da instituição.

“No concelho de Vimioso, de um modo geral, as pessoas conhecem-se umas às outras. Por esta razão, a Festa da Alegria é uma oportunidade de encontro que dá aos nossos idosos aquilo que eles mais apreciam nesta fase da vida: o convívio, a partilha de recordações e a companhia uns com os outros. Infelizmente, por outras razões, a maioria dos familiares e os netos trabalham e vivem noutras localidades ou no estrangeiro, o que os impede de participar neste encontro anual”, disse.

De Santulhão, a diretora técnica da Santa Casa da Misericórdia, Jacinta Lopes, destacou que para as pessoas idosas, a participação na Festa da Alegria é um dia diferente, no qual tem a oportunidade de sair da instituição.

“Na sua maioria, as pessoas que vivem institucionalizadas gostam muito de participar neste encontro concelhio, pois é uma oportunidade para reencontrar amigos de outras localidades. No programa da festa, as pessoas idosas têm uma particular afeição à participação na eucaristia e apreciam os espetáculos musicais”, disse.

Em Vimioso, a Festa da Alegria é uma iniciativa anual do município, que conta com as colaboraçóes da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, das IPSS’s e das Freguesias do concelho.

HA

Ensino: Redução das mobilidades estatutárias

Ensino: Redução das mobilidades estatutárias

O Ministério da Educação reviu as regras para a mobilidade estatutária de professores, que vai ser reduzida em 35% no próximo ano letivo, para que os docentes de disciplinas em zonas com maior carência regressem às escolas.

Em comunicado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) refere que os critérios de indeferimento passarão a incluir a mobilidade de docentes de “grupos de recrutamento ou de áreas territoriais com histórico de escassez de professores”.

Serão também recuados os destacamentos que possam ser assegurados por docentes da própria escola ou por técnicos superiores, bem como “mobilidades para entidades nos casos em que as funções a desempenhar pelos docentes não têm impacto direto nas aprendizagens curriculares”.

“A mobilidade só será autorizada com a apresentação clara e objetiva da função a desempenhar, a correspondência entre o perfil do docente e as funções propostas, tal como a garantia de que a ausência do professor não compromete a atividade letiva”, refere a tutela.

Todos os anos, o MECI autoriza a mobilidade temporária de professores, através de destacamento para o exercício de funções letivas noutras escolas públicas, ou requisição para o exercício de funções de natureza técnica ou técnico-pedagógica fora do sistema educativo.

No ano passado, o executivo já tinha fixado a meta de reduzir em 25% o número de mobilidades estatutárias para responder ao problema da falta de professores.

De acordo com o MECI, a revisão das regras para o próximo ano letivo está integrada numa segunda fase do plano + Aulas + Sucesso, que deverá ser apresentado em breve.

“A escassez de professores em vários grupos de recrutamento e em diferentes áreas geográficas do país, aliada à necessidade de garantir que todos os alunos têm aulas e que existe um acesso equitativo a uma educação de qualidade, justificam a adoção de critérios mais exigentes e rigorosos na análise anual dos pedidos de mobilidade estatutária”, escreve a tutela.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Segurança rodoviária: Campanha durante o verão

Segurança rodoviária: Campanha durante o verão

O Grupo Brisa lança a 8 de julho, uma campanha de sensibilização sobre segurança rodoviária, para apelar ao cuidado nas estradas durante o período do verão, sobretudo nas deslocações a caminho das férias.

Sob o mote “Conduza como se houvesse amanhã”, a Brisa apela aos condutores “para que, no início do período de férias, um dos momentos mais intensos do ano nas estradas, estejam mais atentos e sejam mais cuidadosos, para que possam chegar aos seus destinos em segurança”.

Em comunicado, o grupo concessionário de autoestradas refere que no ano passado registou uma redução de 50% no número de mortes em acidentes rodoviários face a 2019 e o “menor número de mortos neste século”.

“Apesar dos progressos que têm sido feitos, estamos ainda longe de atingir a única meta aceitável de sinistralidade rodoviária – zero mortos e zero feridos graves”, afirma, no entanto, o presidente da comissão executiva.

Citado em comunicado, António Pires de Lima sublinha que o erro humano está na origem de mais de 90% dos acidentes rodoviários, causados maioritariamente por excesso de velocidade, distração e fadiga.

“Está nas mãos de cada um de nós dar o passo que falta para alcançarmos a meta que todos desejamos”, apela o responsável.

De acordo com a Brisa, nos últimos 25 anos morreram 18.951 pessoas nas estradas portuguesas e mais de 75.000 ficaram gravemente feridas.

A campanha é lançada no âmbito da estratégia Visão Zero 2030, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que visa reduzir para zero o número de vítimas graves e mortos nas estradas até 2050.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Meteorologia: Aviso amarelo devido ao calor

Meteorologia: Aviso amarelo devido ao calor

Sete distritos de Portugal continental estão com avisos amarelo devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os distritos de Bragança, Évora, Guarda, Vila real, Beja, Castelo Branco e Portalegre vão estar com aviso amarelo até às 18:00 de terça-feira, dia 8 de julho.

O aviso amarelo, o menos grave, é emitido pelo IPMA quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Para 7 de julho, o IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, pequena descida da temperatura mínima nas regiões do interior e pequena subida da temperatura máxima.

O vento soprará fraco a moderado, até 30 quilómetros por hora (km/h), soprando por vezes forte (até 40 km/h) no litoral oeste e nas terras altas.

Castelo Branco e Évora serão as cidades mais quentes, com máximas de 38 graus Celsius.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Ser alegres!

XIV Domingo do Tempo Comum

Ser alegres!

Is 66, 10-14c / Slm 65 (66), 1-3a. 4-5.6-7a.16.20 / Gal 6, 14-18 / Lc 10, 1-12.17-20 ou Lc 10, 1-9

Na oração Coleta pedimos «uma santa alegria». O profeta Isaías exorta o povo de Deus a alegrar-se, pois o Senhor, em seu amor «materno», promete consolação aos regressados do exílio. O salmo também apela ao regozijo e ao cantar jubiloso, em gratidão por tudo o que Deus «fez por mim». A fonte do contentamento cristão é a certeza de termos sido redimidos pela morte de Jesus, que nos fez ressurgir para uma vida nova, «revestidos de Cristo».

Cheios de alegria regressaram os discípulos (72, número dos povos conhecidos naquela altura?) enviados a transmitir a paz a quantos aguardavam o reino de Deus. Jesus introduz a nova era, manifestando por palavras e gestos messiânicos a proximidade de Deus que, com a sua providência, acompanha permanentemente as suas criaturas.

Anteriormente, Jesus enviara os Apóstolos (12, número das tribos de Israel) a curar e a pregar em nome do próprio Jesus Cristo. Os Doze e os 72 foram e atuaram em missão de paz, divulgando a boa notícia de que o reino de Deus está próximo, introduzido no mundo pelo Mestre divino encarnado. Proximidade significa acompanhamento, presença fortificante, motivação para a alegria e a segurança.

Jesus diz que devemos pedir a Deus que aumente o número de operários na sua Igreja. Que sejam verdadeiros portadores de paz e alegria aos corações, cultivando as virtudes que o próprio Jesus enumera: pobreza, prudência e simplicidade, coragem e perseverança na confiança, desprendimento de si mesmos e dos bens materiais, dedicação plena à missão de curar e de apregoar a Palavra da Boa Nova. Se rejeitados, não perder a paz que desejavam transmitir, mesmo que se sintam como «no meio de lobos».

A cada cristão, Deus chama, instrui e envia como embaixador da misericórdia divina. No final de cada Eucaristia, somos despedidos com a recomendação de, acompanhados pelo Senhor, ir em paz e transmitir e partilhar a paz com quem contactarmos durante o dia.

Examinemos se estamos em paz com nós mesmos, se convivemos pacificamente com todos os irmãos e se a consciência não nos acusa de algo que afeta negativamente a nossa relação com Deus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: HA

Vimioso: Netos convidados para a Festa da Alegria

Vimioso: Netos convidados para a Festa da Alegria

No Domingo, dia 6 de julho, o pavilhão multiusos, em Vimioso, volta a ser o palco da Festa da Alegria, um encontro anual intergeracional, que este ano tem como maior novidade o convite dirigido aos netos das pessoas idosas.

O evento anual é organizado pelo municipio de Vimioso e de acordo com o presidente, António Santos, a “Festa da Alegria é uma oportunidade de reencontro e de convívio entre as gentes do concelho, que pelo avançar da idade vão tendo mais dificuldade em sair das suas casas e lares”.

De acordo com o município de Vimioso, a Festa da Alegria e Netos vai contar com a participação de 700 pessoas, vindas de todas as frreguesias do concelho e das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

“Todos os anos, a Festa da Alegria é um momento muito aguardado pelas pessoas idosas, em especial, aquelas que vivem nas instituições do concelho, pois é uma oportunidade de sair da rotina e reencontrar pessoas amigas de outras localidades”, acrescentou o autarca vimiosense.

As instituições no concelho de Vimioso são: a Santa Casa de Misericórdia de Algoso; Santa Casa da Misericórdia de Santulhão, Santa Casa da Misericórdia de Vimioso; Lar de São Pedro, em Avelanoso; Lar de Santa Eulália, em Pinelo; e o Lar de Nossa Senhora das Graças, em Carção.

Segundo o programa, no Domingo, dia 6 de julho, a Festa da Alegria inicia-se às 10h00 com o acolhimento dos avós e netos. Segue-se, às 11h00, a celebração da eucaristia dominical.

“Após a celebração religiosa é servido um almoço convívio para todos os convidados. Durante a tarde de Domingo estão programadas os cantares e coreografias do Rancho Folclórico de Vimioso e as danças do Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo”, indica o programa.

Em Vimioso, a Festa da Alegria é uma iniciativa do município, que conta com a colaboração da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, das IPSS’s e das Freguesias do concelho.

HA

Política: Eleições autárquicas a 12 de outubro

Política: Eleições autárquicas a 12 de outubro

Após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou que as eleições autárquicas vão realizar-se a 12 de outubro.

A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num Domingo.

O Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro.

Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final.

De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro.

Em 2021, as eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro; em 2017, a 1 de outubro; em 2013, a 29 de setembro; em 2009 realizaram-se em 11 de outubro; e em 2005, a 9 de outubro. Anteriormente as autárquicas realizavam-se sempre no mês de dezembro.

Fonte: Lusa | Foto: MM

Ensino: Proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano

Ensino: Proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano

O Governo aprovou a 3 de julho, a proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano de escolaridade e a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, medidas que vão entrar em vigor a partir do próximo ano letivo.

Em comunicado, o Conselho de Ministro avança que foi aprovado um decreto-lei que “regula a utilização, no espaço escolar, de equipamentos ou aparelhos eletrónicos com acesso à internet, como smartphones, proibindo o seu uso pelos alunos do 1.º e do 2.º ciclos do Ensino Básico, a partir do próximo ano letivo”.

Segundo o Governo “a adoção de medidas de proibição ou de restrição tem em conta os resultados do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas sobre as recomendações emitidas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em setembro de 2024, relativas à utilização de smartphones nos recintos escolares”.

O comunicado refere ainda que foi aprovada “a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, com entrada em vigor a partir do ano letivo 2025/2026”.

Na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência já tinha dado conta da aprovação de uma deliberação sobre o uso de ‘smartphones’ nas escolas, mas sem precisar em que ciclos de ensino, e da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, remetendo mais detalhes sobre os diplomas aprovados para uma conferência de imprensa que o ministro da Educação, Ciência e Inovação deverá realizar no início da próxima semana.  

Segundo as conclusões do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas, mais de metade das escolas que proibiram o uso de ‘smartphones’ relataram uma diminuição do ‘bullying’ e da indisciplina do 2.º ciclo ao secundário, e na esmagadora maioria os alunos passaram a socializar mais durante os intervalos, a realizar atividade física e a usar os espaços de jogos no recreio.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, já tinha adiantado que o Governo estaria a preparar a proibição do uso de ‘smartphones’ para os 1.º e 2.º ciclos, tornando regra a recomendação feita no ano passado, “independentemente da natureza da instituição”, ou seja, para público e privado.

No ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação recomendou a proibição de ‘smartphones’ do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, ou seja, até aos 12 anos e o uso limitado no 3.º ciclo.

Segundo o estudo, apenas 21,3% das escolas do 1.º ciclo não adotaram a recomendação e 59,1% das escolas de 2.º ciclo também não o fizeram.

No 3.º ciclo, 24,9% proibiram o uso desses equipamentos, medida adotada por apenas 7,6% das escolas secundárias.

Os maiores impactos na redução do bullying e indisciplina foram relatados pelas escolas que optaram pela proibição, sobretudo no 2.º ciclo (59% e 53,6%, respetivamente), no 3.º ciclo (57,8% e 57,4%) e no secundário (55,6% e 59,5%).

Por outro lado, os diretores partilharam dificuldades na fiscalização e implementação das normas, sobretudo nas escolas onde coexistem diferentes níveis de ensino, e defenderam que a implementação deve ser feita de forma faseada e com uma fase de sensibilização.

Fonte: Lusa | Foto: MMD

Portugal: 69 mortes durante alerta de calor – DGS

Portugal: 69 mortes durante alerta de calor – DGS

Portugal continental registou 69 óbitos em excesso durante o período de alerta de calor, iniciado em 28 de junho, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos, revelam dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Durante o período de alerta de tempo quente que teve início a 28 de junho de 2025 foi detetado um excesso de mortalidade, observando-se 69 óbitos em excesso em Portugal Continental”, indicou a DGS.

De acordo com o índice Ícaro (que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade) de 2 de julho de 2025, a autoridade de saúde alerta ser “previsível que se mantenha um impacto significativo do calor sobre a mortalidade nos próximos três dias, podendo motivar uma revisão em alta do excesso de mortalidade”.

A DGS salienta que o calor extremo é um fenómeno conhecido por ter potencial impacto negativo na saúde, como consequência de desidratação e/ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores.

Antevendo a onda de calor que viria a registar-se, a Direção-Geral de Saúde, de acordo com as informações mais atualizadas do IPMA e dos restantes parceiros, emitiu a 25 de junho de 2025, nas suas diferentes plataformas, várias recomendações à população de proteção contra o calor.

A DGS refere que irá manter uma monitorização regular da situação, atualizando a informação sempre que necessário.

Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA.

No domingo, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius (ºC).

As 31 estações, de um total de 90, em que foram alcançados ou ultrapassados máximos foram, além de Mora, Alvega com 46ºC (último máximo era de 45,4ºC), seguido de Alvalade, Coruche, Tomar, Pegões, Avis, Mértola, Santarém, Amareleja, Reguengos, Beja, Proença a Nova, Zebreira, Alcoutim, Estremoz, nelas, Chaves, Cabeceira de Bastos, Moimenta da Beira, Arouca, cabril, Zambujeira, Vila Real, Viseu, Pampilhosa da Serra, Vinhais, Lamas de Mouro, Foía e Montalegre, que alcançou os 34,4ºC (anterior máximo tinha sido de 34ºC em 20 de junho de 2003.

Na estação de Portalegre foi também ultrapassado, no domingo, o anterior máximo absoluto da temperatura mínima do ar, em junho, com 31,5ºC.

De acordo com os dados do IPMA, ainda no domingo, cerca de 82% das estações meteorológicas registaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 35°C e cerca de 37% das estações meteorológicas alcançaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 40°C.

O dia 29 foi o mais quente do mês com um valor médio de temperatura máxima de 38,5°C (desvio em relação à média mensal de +11,8°C) e um valor médio de temperatura mínima de 28,7°C (desvio em relação à média mensal de +8,4°C).

Fonte: Lusa | Imagem: DGS

Palaçoulo: Bispos reuniram-se para avaliar e programar a formação dos seminaristas

Palaçoulo: Bispos reuniram-se para avaliar e programar a formação dos seminaristas

Esta quinta-feira, dia 3 de julho, a hospedaria, do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, foi o local de encontro dos bispos das dioceses de Bragança-Miranda, Lamego, Guarda e Viseu, que se reuniram para avaliar a formação dos seminaristas e programar o próximo ano letivo.

O anfitrião do encontro, o bispo de Bragança-Miranda – Dom Nuno Almeida, explicou que atualmente há um Seminário Maior Interdiocesano, que reúne os seminaristas das quatro dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Viseu e Lamego.

“As quatro dioceses envolvidas na criação deste primeiro seminário interdiocesano partilham a responsabilidade na formação dos seus seminaristas”, indicou Nuno Almeida.

O bispo diocesano acrescentou ainda que este novo seminário interdiocesano oferece motivos de esperança para a dinamização da pastoral vocacional, porque os seminaristas que frequentam este lugar trazem às suas dioceses novas vivências.

“Há desafios muito concretos que hoje se colocam à pastoral vocacional, no seio da igreja, como é o mundo digital, que se atualmente se colocam às famílias e as próprias dioceses”, vincou o prelado.

Desde 2013, o seminário interdiocesano está localizado em Braga, porque aí existe um polo da Universidade Católica Portuguesa, onde os seminaristas das várias dioceses estudam Teologia e Filosofia. A equipa formadora do seminário interdiocesano de Braga é constituída por padres provenientes das quatro dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Viseu e Lamego

O reitor do Seminário Interdiocesano, em Braga, padre António Jorge, oriundo da diocese de Viseu informou que no final de cada ano letivo é feita uma avaliação, com a equipa formadora e os bispos das quatro dioceses.

“Anualmente, fazemos uma avaliação da vida nos seminários com os senhores bispos. E programamos também o novo ano letivo. Em cada ano, há um bispo moderador do encontro e este ano a responsabilidade coube ao bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, razão pela qual o encontro se realizou no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo”, disse.

No ano letivo 2024/2025, o Seminário Interdiocesano de Braga formou 15 seminaristas. Confrontado com a diminuição de vocações sacerdotais, o reitor, padre António Jorge, confirmou que há menos quantidade de seminaristas, mas por outro lado, indicou que há muitas vocações noutras congregações religiosas e movimentos juvenis da Igreja Católica.

“Dou o exemplo da comunidade das Monjas Trapistas, em Palaçoulo, que logo nos primeiros anos no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, receberam a vinda de jovens portuguesas. Isto demonstra que não há crise da escuta e da busca de Deus. Os jovens e todo o coração humana tem sede e anda à procura do sentido pleno da vida que se encontra em Deus”, disse.

Sobre as condições exigidas para entrar no Seminário Interdiocesano de Braga, o reitor indicou que os jovens têm que ter o 12º ano concluído e realizar o exame nacional de Português ou de História, para assim ingressar no curso superior de Teologia.

“Normalmente, a entrada no seminário é o culminar de um discernimento e acompanhamento vocacional feito no seio de cada diocese. O primeiro ano no seminário interdiocesano é designado de propedêutico, dedicado à formação humana, cristã, com muitas ações de voluntariado e ação social e alguma formação intelectual. Este ano propedêutico é uma experiência para averiguar se há vocação para o sacerdócio ou não”, indicou.

A confirmar-se a vocação, seguem-se dois anos de discipulado para um aprofundamento da vocação. Na prática, desde o propedêutico até ao conclusão dos estudos em Teologia, os futuros sacerdotes têm sete anos de formação inteletual, humana e social.

Outra razão apontada para a escassez de vocações sacerdotais é a atual situação das famílias, que têm cada vez menos filhos.

“Noutras épocas, os seminários estavam cheios de jovens porque havia famílias numerosas. No entanto, muitos destes jovens que estudaram nos seminários acabaram por seguir outras vocações e apenas uns poucos foram ordenados padres. Portanto, a realidade não é muito diferente da de hoje”, disse.

Na perspectiva do reitor do Seminário Interdiocesano de Braga, padre António Jorge, a atual realidade pede um novo modo de ser igreja, em que o sacerdote é essencial, mas não é omnipresente nem omnipotente.

“O sacerdote é necessário para assistir, acompanhar e presidir. Mas também são necessários os leigos, a comunidade e a comunhão entre todos, para transformar a realidade e tornar a sociedade mais humana e fraterna”, indicou.

Outra novidade anunciada em Palaçoulo, no decorrer do encontro dos bispos diocesanos foi o decreto emitido pela Santa Sé, em Roma, sobre o estatuto do Seminário Interdiocesano de São José, em Bragança.

“A Santa Sé confirmou o estatuto de formação do Seminário de São José, em Bragança. A aprovação dos estatutos é fruto de um longo percurso feito por esta equipa formadora, pelos alunos e colaboradores, com o auxílio dos senhores bispos e o imprescindível apoio da Arquidiocese de Braga, à qual muito se agradece”, indica a diocese de Bragança-Miranda.

HA e Lusa | Fotos: SCSDBM