Cultura: “Liberdade” foi a palavra do ano em 2024

Cultura: “Liberdade” foi a palavra do ano em 2024

Numa votação promovida em 2024, pela Porto Editora, a palavra “liberdade” foi a mais votada (22%), anunciou o grupo editorial.

As palavras mais votadas foram “liberdade, “conflitos”, “imigração”, de acordo com a Porto Editora.

Em comunicado, a empresa indicou que a palavra “conflitos” acabou com 21,3% dos votos emitidos na plataforma da eleição e “imigração” com 21,2%, sem especificar o número absoluto de votantes.

Esta iniciativa é promovida pela Porto Editora há 16 anos, procurando valorizar “a riqueza e o dinamismo da língua portuguesa, enquanto espelha as transformações e desafios da sociedade”.

Nas edições anteriores as palavras eleitas foram “professor” (2023), “guerra” (2022), “vacina” (2021), “saudade” (2020), “violência doméstica” (2019), “enfermeiro” (2018), “incêndios” (2017), “geringonça” (2016), “refugiado” (2015), “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009).

HA

Política: Ministra defende consenso no sistema de Segurança Social

Política: Ministra defende consenso no sistema de Segurança Social

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que existe um consenso alargado sobre a necessidade de se equacionarem mudanças no sistema da Segurança Social e assegurou que o Governo quer proteger os pensionistas.

“Hoje há um consenso alargado sobre a necessidade de se equacionarem mudanças para preservar a Segurança Social e modernizar esse mesmo sistema, tornando-o mais adequado à realidade que vivemos”, referiu a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, na conferência “Fórum Produtividade & Inovação”, dedicada ao tema Reforma da Segurança Social.

A governante lembrou que nas últimas duas décadas o país sofreu mudanças significativas nesta matéria, tendo em conta que passou de quatro pessoas em idade ativa por cada pensionista para 2,6.

Assim, este sistema de base contributiva tende a ter menos contribuintes e mais beneficiários. Mais beneficiários porque a esperança média de vida aumentou e menos contribuintes porque nascem menos pessoas.

A ministra assegurou ainda que o executivo tem e quer continuar a proteger os pensionistas, mas, por vezes, tem de recorrer a outros mecanismos à margem do sistema providencial, como, por exemplo, ao CSI – Complemento Solidário para Idosos, ou de reforçar este sistema através de aumentos extraordinários.

Nesta iniciativa, organizada pela SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social e pela Fundação AEP – Associação Empresarial de Portugal, a ministra reconheceu que existem pagamentos indevidos e dificuldade em recuperar esses mesmos montantes, o que disse serem desafios que têm de ser enfrentados, com a ajuda da digitalização.

“O Governo está ciente dos desafios que a Segurança Social enfrenta e está a trabalhar em medidas para os contribuintes atuais do sistema. Por exemplo, para permitir a acumulação de pensões com rendimentos de trabalho, tornando mais suave a passagem da vida ativa para a vida inativa”, acrescentou, ressalvando não gostar do termo “vida ativa”, uma vez que as pessoas podem continuar a ser ativas após os 66 anos e sete meses (idade da reforma em Portugal).

Maria do Rosário Palma Ramalho adiantou que o Governo está também a preparar medidas de simplificação do controlo interno e do ciclo contributivo das empresas, “que passam uns bons calvários com a Segurança Social”.

Por sua vez, o presidente da SEDES – Associação para o Desenvolvimento económico e social, Álvaro Beleza, disse que um dos problemas do país é que a população tem por objetivo de vida “ter uma boa reforma”, em vez de colocar o foco sobre o crescimento económico.

Conforme sublinhou, o crescimento económico é uma condição necessária para que se verifiquem aumentos salariais e a melhoria da qualidade de vida, permitindo assim que os portugueses optem por se reformar mais tarde.

“Felizmente, hoje, vivemos mais anos, vivemos melhor e somos mais ativos”, apontou, fazendo referência a personalidades no ativo com cerca de oito décadas de idade – Papa Francisco e o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, a ministra vincou que o combate à fraude já está em marcha e que assenta, sobretudo, em “serviços de fiscalização mais céleres e mais em cima do acontecimento”, bem como na promoção da intercomunicabilidade de informações.

Questionada sobre os estudos sobre o regime da reforma parcial e da reforma antecipada, a governante adiantou que estas são matérias a trabalhar ainda este ano, mas ressalvou que levam o seu tempo.

“O objetivo é incentivar positivamente as pessoas a ficarem mais tempo no mercado de trabalho. Não detalhei em nada a medida [da reforma antecipada] porque ela ainda não está em fase de detalhar”, precisou.

Fonte: Lusa

Aborto: Oposição aos projetos de lei que querem aumentar o prazo legal

Aborto: Oposição aos projetos de lei que querem aumentar o prazo legal

A Federação Portuguesa Pela Vida (FPV) manifestou a sua “firme oposição” aos projetos de lei que pretendem aumentar o prazo legal da prática do aborto para as 12/14 semanas, num apelo público aos decisores políticos e à sociedade portuguesa.

“Os projetos em apreço partem do pressuposto de que todas as mulheres que decidem abortar estão plenamente informadas e conscientes, dispensando consultas obrigatórias e momentos de reflexão. A experiência das associações filiadas na FPV, que apoiam as mulheres grávidas, demonstra o contrário”, explica a Federação Portuguesa Pela Vida, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Segundo a FPV, muitas mulheres enfrentam pressões de parceiros, familiares ou empregadores, estão indecisas e não estão informadas, e salienta que “as mulheres vulneráveis são sempre quem mais sofre”.

A Federação Portuguesa Pela Vida defende um “reforço das políticas de apoio às mães em dificuldade”, incluindo apoios financeiros, programas de acolhimento e agilização de processos de adoção, realçando que “é crucial garantir que nenhuma mulher se sinta sozinha ou pressionada a tomar uma decisão irreversível”.

O Partido Socialista (PS) e o Bloco de Esquerda (BE) são, por exemplo, partidos políticos que apresentaram propostas de alteração da lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG): o PS defende que o prazo legal para realização do aborto deveria ser alargado para as 12 semanas, enquanto o BE quer permitir a interrupção voluntária da gravidez até às 14 semanas; os dois partidos políticos pretendem retirar a obrigatoriedade dos três dias de reflexão e querem também regulamentar a objeção de consciência.

A Federação Portuguesa Pela Vida manifesta a sua “firme oposição” aos projetos de lei que visam aumentar o prazo legal da prática do aborto para as 12/14 semanas, a eliminação do período de reflexão, e a violação do direito à objeção de consciência por parte do médico, uma alteração que “contraria a legislação anterior e impõe um dilema ético inaceitável”.

No apelo público aos decisores políticos e à sociedade portuguesa, onde alerta para “a violência e retrocesso destes projetos de lei”, a FPV contabiliza que se realizaram “mais de 250 mil abortos” em Portugal, desde 2007, lembra a “grave crise demográfica” do país e salienta que alargar o prazo da IVG “é uma trágica decisão civilizacional”.

A FPV está a também a convidar a contactar os deputados a pedir que “rejeitem a proposta de lei de aumento do prazo legal do aborto para as 12 semanas”, através de um formulário online.

Federação Portuguesa Pela Vida, fundada em 2002, defende a promoção da cultura da Vida e reforça o seu compromisso com a defesa da vida desde a conceção, sustentada pela ciência, pela biologia, pela técnica (ecografias) e pelo artigo 24.º da Constituição da República Portuguesa.

Em novembro de 2024, a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa recebeu a direção da FPV, “a fim de tomar nota da situação referente ao processo legislativo em curso sobre o aborto e a eutanásia”.

Em novembro de 2024, a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa recebeu a direção da Federação Portuguesa pela Vida, “a fim de tomar nota da situação referente ao processo legislativo em curso sobre o aborto e a eutanásia”, manifestando “profunda preocupação pelas propostas legislativas que procuram limitar a objeção de consciência dos médicos e demais profissionais de saúde”.

“A Assembleia reafirma que a vida humana é inviolável, um dom inestimável que tem de ser liminarmente defendido em todas as suas fases”, indica o comunicado final.

O presidente da CEP sublinhou que os princípios da Igreja Católica sobre estas matérias são conhecidos, apelando à defesa da objeção de consciência.

“Quando desaparecer esse princípio, receio muito pelos valores da democracia e da liberdade de expressão”, disse D. José Ornelas.

O bispo de Leiria-Fátima considerou ainda “preocupante ver a cegueira ideológica e negacionista” sobre as alterações climáticas e apelou à inclusão dos migrantes, na sociedade portuguesa.

“Estamos sempre a falar de seres humanos e é essa globalidade das coisas que é importante”, sustentou.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Agrupamento de Escolas (AEV) inaugurou a nova biblioteca escolar

Vimioso: Agrupamento de Escolas (AEV) inaugurou a nova biblioteca escolar

O Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) inaugurou a 6 de janeiro, a nova biblioteca escolar, equipada com 500 novos livros, mobiliário e equipamento tecnológico, o que oferece aos alunos melhores condições de estudo para a aprendizagem e a aquisição de conhecimentos.

O projeto da nova biblioteca escolar teve um custo de seis mil euros financiados pela autarquia de Vimioso. As obras implicaram a total remodelação de uma sala e a instalação de mobiliário e equipamento tecnológico: um projetor e quatro computadores.

Outra novidade na nova biblioteca escolar foi a aquisição de 500 livros, para assinalar o 500º aniversário do nascimento de Luís Vaz de Camões.

“Os 500 livros são transversais a todas as áreas do conhecimento, desde a História, Geografia, Línguas e outros ramos de saber e foram adquiridos para reforçar o espólio já existente no Agrupamento de Escolas de Vimioso”, explicou o professor Licínio Martins.

Sobre as estratégias de incentivo à leitura implementadas neste agrupamento, Licínio Martins indicou que cabe aos professores das várias disciplinas, nomeadamente em língua portuguesa, em conjunto com a biblioteca escolar e a oficina de leitura e escrita, desenvolver atividades para incutir hábitos de leitura nos alunos.

Com a inauguração da nova biblioteca escola, o professor Licínio Martins concluiu o mandato de quatro anos (2020 a 2024) como sub-diretor do AEV. Numa autoavaliação ao trabalho realizado, o docente indicou que apesar de “algumas contrariedades e influências externas”, a equipa diretiva tornou a instituição de ensino mais apetrechada de mobiliário e equipamento tecnológico moderno.

“A taxas de abandono escolar e retenção foram nulas, o que nos deixa muito satisfeitos. A nível distrital, nos exames nacionais conseguimos colocar os nossos alunos com bons resultados. E o sucesso dos nossos alunos é o melhor reconhecimento para o AEV”, disse.

Aos novos órgãos de gestão do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), eleitos para o quadriénio 2024-2029, o professor Licínio Martins endereçou votos de solidariedade e de bom trabalho.

A inauguração da biblioteca escolar contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Vimioso, da vereadora da Educação, de representantes do Agrupamento de Vimioso, da Rede de Bibliotecas Escolares, do Plano Nacional de Leitura, dos professores, dos pais e alunos.

A inauguração concluiu-se com um Porto de Honra e um momento de convívio.

HA

Vimioso: Jorge Gonçalves é o novo diretor do Agrupamento de Escolas (AEV)

Vimioso: Jorge Gonçalves é o novo diretor do Agrupamento de Escolas (AEV)

O professor Jorge Gonçalves é o novo diretor do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), após a tomada de posse realizada no dia 6 de janeiro, uma cerimónia que contou com a presença da comunidade educativa.

O professor Jorge Gonçalves vai liderar o Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), no quadriénio 2025-2029.

Nos discursos, a vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso e em representação do Conselho-Geral, Carina Lopes, expressou aos novos órgãos de gestão do AEV, votos de sucesso, realçando que “o bom trabalho na gestão escolar é também o sucesso de toda a comunidade”.

Por sua vez, o novo diretor do AEV, Jorge Gonçalves, agradeceu o legado da direção cessante, apresentou os novos órgãos de gestão do AEV e indicou que a prioridade desta nova direção é “promover o desenvolvimento académico, social e emocional dos alunos”.

«A nova direção do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) propõe-se dar continuidade ao trabalho realizado pela anterior direção», começou por dizer.

O professor Jorge Gonçalves vai liderar o Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) no próximo quadriénio (2025-2029) e tem na sua equipa: Francisco Gonçalves, como subdiretor; Elisa Vicente e António Freire, como adjuntos; e Elisabete Diegues, como assessora.

O novo diretor do AEV assumiu ter uma “visão humanista e partilhada” acerca da gestão do Agrupamento de Escolas de Vimioso e convidou os pais e encarregados de educação a participar ativamente no processo de ensino -aprendizagem.

“Para sermos bem sucedidos na educação dos nossos alunos é imprescindível a participação e o contributo de toda a comunidade escolar: pais, professores e funcionários. Da minha parte, comprometo-me a servir esta comunidade com paixão e dedicação”, disse.

Sobre as responsabilidades dos novos órgãos de gestão, Jorge Gonçalves explicou que a função da direção é assegurar o funcionamento das escolas a todos os níveis: pedagógico, administrativo, financeiro, logístico, etc.

“Ainda que os diretores dos agrupamentos usufruam de isenção de horário para se dedicarem exclusivamente à gestão da escola, por opção também vou continuar a lecionar da disciplina de Português a uma turma de 10º ano”, indicou.

Questionado sobre a implementação do ensino secundário em Vimioso, Jorge Gonçalves, indicou que essa continua a ser uma aspiração. No entanto, o docente indicou que o regime das “Turmas de Responsabilidade Partilhada” é uma boa iniciativa pois permite aos alunos do concelho prosseguir o ensino secundário, com aulas em Vimioso e noutros estabelecimentos de ensino da região.

No corrente ano letivo de 2024/2025, o Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) tem matriculados 216 alunos.

Sobre Jorge Gonçalves

É licenciado em Português, Latim e Grego via ensino, pela Universidade de Aveiro. Posteriormente, também em Aveiro, concluiu outra licenciatura e o Mestrado em ensino de Português e Espanhol.

Dedicou-se à investigação científica, adquiriu formação como Bibliotecário e realizou uma Pós-graduação em Gestão e Administração Escolar.

A 6 de janeiro de 2025, foi empossado pelo Conselho Geral para liderar o Agrupamento de Escolas de Vimioso, nos próximos 4 anos.

HA

Impostos: Descida na retenção na fonte

Impostos: Descida na retenção na fonte

Em 2025, as tabelas de retenção do IRS começam a ser aplicadas aos salários e pensões pagos a partir de janeiro e numa remuneração de 1.500 euros trazem uma descida de 3,40 euros na retenção mensal.

A redução do imposto retido mensalmente é feita em comparação com o valor ‘descontado’ nos dois últimos meses de 2024. Mas, se a comparação for feita com o imposto pago entre janeiro e agosto, há a registar uma descida de 17,24 euros.

O valor do imposto considerado neste exemplo parte do pressuposto que o trabalhador em causa não tem dependentes e, sendo casado, o outro elemento do casal também trabalha.

Havendo um dependente, por exemplo, as contas são diferentes, sendo que num salário bruto de 1.500 euros, o valor que o trabalhador retém mensalmente a partir deste mês será de 164,70 euros. São menos 17,21 euros face ao que descontou em janeiro e agosto e menos 3,37 euros na comparação com valor retido nos últimos dois meses do ano.

As tabelas de retenção agora publicadas, num despacho assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, seguem o modelo que vigora desde o segundo semestre de 2023, desenhado com o objetivo de aproximar o valor mensalmente retido ao imposto que cada perfil de trabalhador ou de pensionista tem efetivamente a pagar.

Sendo a retenção na fonte um adiantamento, o IRS devido por cada contribuinte é apurado no ano seguinte, com a entrega da declaração anual, com a conta final influenciada pelo valor das despesas apresentadas, pela existência de outros rendimentos de englobamento obrigatório ou que o contribuinte pretenda englobar ou ainda pela opção da entrega da declaração em conjunto ou em separado (para os unidos de facto e casados).

A retenção na fonte do IRS em vigor em 2025 tem em conta, como refere o despacho, as alterações ao IRS contempladas no Orçamento do Estado (OE2025), nomeadamente a atualização dos escalões, a subida do salário mínimo (SMN) de 820 para 870 euros (que continua isento da retenção mensal) e a subida do mínimo de existência (valor isento de IRS) para os 12.180 euros (14xSMN).

Num salário de 2.000 euros brutos a retenção passa a ser de 326,01 euros (menos 23,19 euros do que em janeiro de 2024 e menos 4,63 euros do que em novembro e dezembro). Havendo um dependente, a retenção passa a ser de 304,58 euros (menos 23,19 euros do que em janeiro e menos 4,63 euros do que em novembro e dezembro).

No caso dos reformados, sobretudo os da Segurança Social, as tabelas de retenção que entram agora em vigor não vão poder ser aplicadas já às pensões de janeiro – que são pagas esta semana – sendo o acerto feito nos meses seguintes.

Este é também o mês em que as pensões são atualizadas, pelo que, um reformado que em 2024 tinha uma pensão de 1.450 euros brutos, verá o seu valor avançar para os 1.498,58 euros este ano.

Já a retenção mensal do IRS, que de janeiro a agosto de 2024 foi de 177,47 euros e que nos últimos dois meses do ano passado foi de 164,14 euros, passa a ser agora de 165,79 euros.

Em termos líquidos, este reformado vê a pensão aumentar de 1.285,86 euros em dezembro para 1.332,79 euros em 2025, apesar de a retenção ser agora ligeiramente mais alta (subindo em 1,65 euros por mês).

O ano de 2025 traz também mudanças no IRS Jovem: além de duplicar o número de anos do benefício (de cinco para 10), reforça o valor total isento de imposto e alarga o universo de beneficiários porque o regime deixa de estar ligado à conclusão de ciclos de estudos, passando a abranger todos os jovens.

Quem tem até 35 anos (e trabalhe há menos de 10 anos) poderá começar já a sentir os benefícios do IRS Jovem tendo, para tal, de solicitar à entidade empregadora que lhe faça a retenção com base neste regime fiscal, que contempla uma isenção de 100% no 1.º ano de obtenção de rendimentos, de 75% do 2.º ao 4.º ano, de 50% do 5.º ao 7.º ano e de 25% nos três anos restantes.

Exemplificando: um jovem com 28 anos que se encontre em 2025 no seu 5.º ano de trabalho paga IRS apenas sobre metade do rendimento que aufira (até ao limite de cerca de 28 mil euros anuais) e poderá pedir à empresa para adequar a retenção na fonte a este perfil de isenção.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal ainda é um dos países mais desiguais da UE

Sociedade: Portugal ainda é um dos países mais desiguais da UE

Portugal permanece um dos países mais desiguais da União Europeia (UE), dado que um quinto da população, cerca de 2,1 milhões de pessoas vive em situação de pobreza ou exclusão social, indica o estudo “Portugal Desigual”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Na ausência de qualquer tipo de transferência social, a pobreza seria de 40,3%, constatou o investigador Carlos Farinha Rodrigues, numa atualização de dados do projeto “Portugal Desigual”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Em 2022, Portugal era o quarto país mais desigual da UE, assinalou o autor do trabalho.

Os indicadores de privação material e social mostram uma evolução positiva. Contudo, alguns aspetos mais sensíveis pioraram, como a existência de mais atrasos – motivados por dificuldades económicas – em algum dos pagamentos regulares.

A isto “não será alheio o agravamento dos preços, em particular os da habitação”, sublinhou o investigador.

Em 2023, cerca de 1,8 milhões de residentes em Portugal encontravam-se em situação de pobreza monetária, ou seja, auferiam um rendimento mensal inferior a 632 euros, sendo que a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) manteve-se praticamente inalterada (25,7%), acima dos 21,7% registados em 2021, segundo a mesma fonte.

O autor conclui que também a distribuição das prestações sociais é desigual.

Em 2022, o total das prestações sociais representava 28,1% do rendimento equivalente das famílias. Destes, 23,7% correspondiam a pensões de velhice e de sobrevivência (a maioria das quais de natureza contributiva) enquanto 4,5% representava outros tipos de prestações sociais.

“Analisando como o total das prestações sociais se distribui ao longo da escala de rendimentos, é possível verificar que 41,9% dessas prestações se dirigia para o último quintil da distribuição (os 20% de maiores rendimentos) enquanto o primeiro quintil da população (os 20% de menores rendimentos onde se inclui a população em situação de pobreza) somente auferia 10,7% do total das prestações sociais”, referiu no documento.

Para o investigador, a explicação desta distribuição “profundamente assimétrica” das prestações sociais reside em dois motivos: na importância que as pensões de velhice e de sobrevivência têm no total das prestações e no facto de as pensões contributivas mais elevadas geralmente estarem associadas à parte superior da distribuição dos rendimentos.

“Utilizando os dados publicados pelo Eurostat, é possível verificar que, em 2022, o efeito redistributivo de todas as prestações sociais era na UE de 26,7 pontos percentuais, enquanto em Portugal esse valor era de 24,8”, justificou Carlos Farinha Rodrigues, que se baseou também em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para a análise apresentada.

Excluídas as pensões de velhice e de sobrevivência, a distância entre Portugal e a média europeia seria “mais expressiva”, defendeu.

“Na UE, o impacto atenuador das transferências sociais (excluindo pensões) sobre a taxa de pobreza era de 8,6 pontos percentuais enquanto em Portugal era menos de metade”, sustentou.

Tendo por base o coeficiente de Gini – um indicador de desigualdade na distribuição do rendimento – o arquipélago dos Açores é a região com maior assimetria de distribuição de rendimentos (33,8%), cerca de 1,9 pontos percentuais acima da média nacional (31,9%).

No continente, a região mais desigual é a Grande Lisboa, com um coeficiente de Gini de 32,9%.

Olhando para os últimos 30 anos, o investigador conclui que houve “uma alteração profunda” no padrão da pobreza.

“Se nos primeiros anos a pobreza dos idosos era um dos principais fatores de preocupação, nos anos mais recentes é a incidência da pobreza nas crianças e jovens que predomina”, destacou. A partir de 2007, a taxa de pobreza das crianças e jovens “ultrapassou a dos idosos”, exceto em 2023.

No último ano, houve um agravamento da taxa de pobreza dos idosos para 21,1% (em 2022 tinha sido de 17,1%), o que para Carlos Farinha Rodrigues, é “extremamente preocupante”, mesmo que, como observou o INE, possa ser explicado pelas alterações na metodologia de cálculo das pensões de velhice no Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos de 2024.

Fonte: Lusa; Gráficos: FFMS

Ensino: Projeto-piloto dá mais voz aos alunos

Ensino: Projeto-piloto dá mais voz aos alunos

Dez escolas integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária vão participar, durante três anos, num projeto-piloto que pretende dar mais voz aos alunos na vida escolar e na tomada de decisões.

A iniciativa resulta de um protocolo de colaboração entre a Direção-Geral da Educação (DGE) e a UNICEF Portugal, que fica responsável por acompanhar a implementação da abordagem educativo do Programa de Educação pelos Direitos e Crianças.

O objetivo, explica a UNICEF Portugal em comunicado, é “promover a participação democrática dos alunos na vida escolar, dando voz às crianças e jovens como protagonistas das decisões”.

Dessa forma, pretende-se desenvolver competências sociais e emocionais que contribuam para o sucesso dos alunos além da escola, como o pensamento crítico, a comunicação, a liderança e resolução de conflitos, e o trabalho em equipa.

A abordagem educativa da UNICEF procura potenciar ambientes de aprendizagem que assegurem a proteção e desenvolvimento integral das crianças nas comunidades, e fá-lo ao reconhecê-las como “sujeitos de direitos” e ao valorizar a sua participação ativa na sociedade.

Começando pela sua participação ativa na vida escolar, as escolas deverão consolidar práticas inclusivas e que essa participação, reforçando o sentimento de pertença à escola.

“O direito à participação é de todas as crianças, mas sabemos que é particularmente importante para crianças em situação de maior vulnerabilidade, porque permite desenvolver um conjunto de competências para a vida”, sublinhou a diretora de Programas e Políticas de Infância na UNICEF Portugal.

Francisca Magano explicou que nas escolas envolvidas será possível testar e avaliar diferentes práticas e dinâmicas que promovam oportunidades de participação.

Um exemplo, implementado numa escola que já trabalha com a abordagem educativa da organização, é a implementação de inquéritos aos alunos que permitiram identificar necessidades e depois, trabalhar em conjunto para desenvolver projetos que respondam a essas necessidades.

Noutra escola, de primeiro ciclo, foi criada uma Assembleia de Alunos em que as próprias crianças definiram e distribuíram pelouros, desenvolvendo “competências de liderança, responsabilidade, trocam ideias e aprendem a ouvir o outro”, sublinhou a responsável.

Ao longo de três anos, o projeto será implementado em 10 das mais de uma centena de escolas TEIP de quarta geração, identificadas pela DGE.

Fonte: Lusa

Igreja: Dom Nuno Almeida iniciou visita ao arciprestado de Miranda

Igreja: Dom Nuno Almeida iniciou visita ao arciprestado de Miranda

O bispo de Bragança-Miranda. Dom Nuno Almeida iniciou neste mês de janeiro, a visita pastoral ao arciprestado de Miranda (Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso), tendo presidido do Domingo, dia 5 de janeiro, à celebração da eucaristia, na concatedral de Miranda do Douro e em Vimioso, aquando na solenidade da Epifania do Senhor.

Na visita à Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, em Vimioso, Dom Nuno Almeida presidiu à eucaristia na solenidade da Epifania do Senhor.

Após da visita pastoral ao arciprestado de Bragança (concelhos de Bragança e de Vinhais), o bispo diocesano iniciou agora a visita às comunidades dos concelhos de Vimioso, Miranda do Douro e Mogadouro.

“À semelhança da visita de Nossa Senhora à sua prima, Santa Isabel, a visita pastoral do bispo tem por finalidade conhecer e dar-me a conhecer às comunidades. No dia-a-dia, proponho-me visitar as pessoas, as paróquias, freguesias e outras instituições de cada concelho. Nestas visitas, o dever do Bispo, é também anunciar o Evangelho, em gestos, celebrações e com ações de formação, que ajudem as comunidades a viver fervorosamente o jubileu da Esperança”, adiantou.

Na visita ao arciprestado de Miranda, o bispo diocesano vai visitar primeiro, a Unidade Pastoral Senhora da Visitação, no concelho de Vimioso.

Nesta Unidade Pastoral Senhora da Visitação trabalham como párocos, os padres Rufino Xavier e Aníbal Anunciação, assim como o diácono permanente, António Rebelo e ainda os Frades Capuchinhos (que durante a visita pastoral vão orientar alguns cursos bíblicos).

O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida iniciou o seu trabalho na diocese, no dia 25 de junho de 2023.

HA

Vimioso: “O Cantar dos Reis está enraizado no coração das pessoas” – Dom Nuno Almeida

Vimioso: “O Cantar dos Reis está enraizado no coração das pessoas” – Dom Nuno Almeida

No Domingo, dia 5 de janeiro, a vila de Vimioso foi o palco do “Cantar de Reis”, um encontro que neste novo ano reuniu 10 grupos de várias freguesias do concelho, que quiseram preservar uma das mais belas tradições de Natal, com a entoação de cânticos dedicados ao Nascimento do Deus Menino.

O Grupo Coral de Vimioso cantou as “Boas Festas”.

O “Cantar de Reis” foi coorganizado pelo município de Vimioso e a Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, teve lugar no pavilhão multiusos de Vimioso e iniciou-se com a celebração da Eucaristia Dominical, presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

A eucaristia alusiva à Epifania é uma das festas centrais do tempo litúrgico do Natal, conhecida popularmente como Dia de Reis. Na solenidade da Epifania do Senhor, Dom Nuno Almeida chamou à atenção para a iniciativa dos magos do oriente, que foram ao encontro do Deus Menino.

“Neste ano jubilar que já estamos a viver, inspiremo-nos no exemplo de coragem e humildade dos Magos dos Oriente e vamos também nós ao encontro do Senhor, pois Ele é a fonte do Perdão e da Esperança”, disse Dom Nuno Almeida.

Apontando para o presépio, o bispo diocesano, explicou que aí não há muros, nem portões e a entrada é livre.

“Perante os desentendimentos e o egoísmo, precisamos abrir o nosso coração e tornar-nos mais irmãos uns dos outros. Prestemos uma particular atenção para o acolhimento das pessoas imigrantes que chegam ao nosso país, à procura de trabalho e de melhores condições de vida”, indicou.

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à Missa Dominical, celebrada no pavilhão multiusos, em Vimioso.

Após a celebração religiosa seguiu-se o espetáculo do Cantar de Reis, que nesta edição contou com a participação de dez grupos, vindos das freguesias de Algoso, Argozelo, Mora, Pinelo e Vale de Pena, Santulhão, Uva, Vila Chã da Ribeira, Vilar Seco, Grupo Coral de Vimioso e Rancho Folclórico de Vimioso.

No repertório musical, os vários grupos cantaram temas como “Boas Festas”, “Cantar do Reis”, “Aqui vimos”, “Trigo, nozes e marmelada” e “Vós que vindes de Belém”, “Champanhe, minha champanhe”, entre outros cantares.

Para o presidente do município de Vimioso, o encontro de Cantar dos Reis é mais uma iniciativa conjunta da autarquia com outras instituições locais, que tem por objetivo recolher e preservar as tradições do concelho.

“O trabalho de recuperar e preservar o património cultural do concelho implica o envolvimento de todos. Desde logo o município, as freguesias, as paróquias, os lares de idosos, o agrupamento de escolas, entre outras entidades”, disse.

Já o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida enfatizou que o Cantar dos Reis é uma tradição muito bela que dá a conhecer a alma do povo.

“O Cantar dos Reis está muito enraizado no coração das pessoas. E estes cânticos alusivos ao Nascimento de Jesus, ajudam-nos muito a centrarmo-nos no essencial. Hoje em dia, o Natal, está tão repleto de propostas e de presentes que corremos o risco de nos esquecermos do homenageado, isto é, o Nascimento de Jesus Cristo”, disse.

Dom Nuno Almeida acrescentou que os encontros de “Cantar os Reis” são também oportunidades de convívio, de partilha e de aprendizagem entre todos os participantes e o público.

Do lado dos participantes, António Martins, um dos membros do Grupo Coral de Vimioso, expressou grande alegria pela participação no Cantar dos Reis e sublinhou a importância de transmitir aos mais novos este legado cultural.

“Estes cânticos foram-nos transmitidos pelos nossos antepassados. Agora cabe-nos a nós incentivar as crianças e os jovens a aprenderam estas músicas e o seu significado que é anunciar o Nascimento do Deus Menino. Queira Deus, que esta tradição do Cantar dos Reis não e perca e continue todos os anos”, disse.

Em Vimioso, o Cantar de Reis concluiu-se com a Partilha de Reis – um lanche oferecido pelo município de Vimioso – e o concerto dos Zingarus.

HA