Economia: Mais de 21% do património líquido dos portugueses está em depósitos bancários

Economia: Mais de 21% do património líquido dos portugueses está em depósitos bancários

Mais de 21% do património líquido dos portugueses está em depósitos bancários e o rendimento disponível das famílias tem crescido há quatro trimestres, segundo uma análise da Corum Investments Portugal e da BA&N Research Unit.

“De acordo com dados do BCE [Banco Central Europeu] referentes ao primeiro trimestre de 2024, cada português tinha em média 22,3 mil euros no banco em depósitos”, lê-se no documento.

Este valor representa 21,2% do património líquido das famílias, a parcela de riqueza mais elevada entre os países da zona euro.

A análise “Poupança das Famílias e Política Monetária” revelou que as famílias portuguesas têm conseguido guardar uma maior parte do rendimento disponível nos últimos trimestres, devido a taxas de crescimento mais altas no rendimento, que contrastam com as despesas de consumo.

O rendimento disponível das famílias cresceu 7,9% para mais de 188.999 milhões de euros nos 12 meses terminados em junho (dados do INE – Instituto Nacional de Estatística).

Por sua vez, a despesa de consumo avançou 4,6% para 169.400 milhões de euros, permitindo uma poupança de cerca de 19.000 milhões de euros.

Nos primeiros três meses de 2024, cada português tinha, em média, um património líquido de 105.000 euros, um aumento homólogo de 6%.

Já em comparação com o cenário pré-pandemia de covid-19, o progresso é de 29%.

“Face ao registado há 10 anos (60,7 mil euros), a riqueza média de cada português aumentou 73%”, destacou.

No que diz respeito à dívida, o peso do crédito no património líquido passou de 22,4% (há 10 anos) para 13,4% em 2024.

Em março, cada português tinha uma dívida bancária de 14.000 euros, “estabilizando face ao registado no período homólogo de 2023 e um aumento de apenas 6% em 10 anos”.

Em termos da composição do património, os portugueses têm 65 mil euros em imobiliário, sendo que, há dez anos, este valor estava abaixo dos 40 mil euros.

Em segundo lugar aparecem os depósitos bancários, que têm um peso de quase 50% no total dos ativos não financeiros.

A análise concluiu ainda que o peso dos depósitos em Portugal reflete-se numa exposição “muito diminuta a títulos cotados nos mercados financeiros”.

O investimento em títulos de dívida caiu para quase metade desde o início da pandemia, representando agora 0,4% do património líquido.

Cada português tinha, em março, 590 euros investidos em ações, o que equivale a 0,6% do património líquido. Há 10 anos, o peso era quase o dobro e antes da pandemia estava em 0,5%.

Em fundos, por seu turno, o investimento rondava os 2.720 euros, o equivalente a 2,6% da riqueza líquida.

“A preferência por depósitos para aplicar as poupanças tem representado, no ano passado, um elevado custo de oportunidade, pois estes oferecem um rendimento que muitas vezes nem consegue cobrir a inflação. É o que se perspetiva que continue a acontecer agora que o BCE está a baixar os juros”, considerou, exemplificando que quem aplicou poupança em depósitos a prazo em setembro de 2023 teve um retorno bruto de 2,3% no período homólogo.

Esta análise tem como fontes o BCE, Reuters, Banco de Portugal, Confidencial Imobiliário, IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública e a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Fonte: Lusa

Sociedade: Pobreza seria de 40% sem transferências sociais

Sociedade: Pobreza seria de 40% sem transferências sociais

Em 2023, sem transferências sociais, a designada taxa de risco de pobreza em Portugal, seria de 40,3%, apontam Inês Tavares e Renato Miguel do Carmo, no estudo “Tendências recentes da pobreza e da privação em Portugal”, agora divulgado.

A taxa de risco respeita a rendimentos monetários líquidos anuais inferiores a 7.588 euros, o que significa 632,33 euros por mês, provenientes de trabalho, capital e transferências privadas.

Os 40,3% baixam para 21,4% após as transferências relativas a pensões de reforma e sobrevivência e para 16,6% depois das restantes transferências sociais, relacionadas com doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social.

Este estudo dos membros do Observatório das Desigualdades, integrado no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, do ISCTE, assenta no Inquérito às Condições de Vida e de Rendimento, realizado em 2024 pelo Instituto Nacional de Estatística, que inquiriu 19.815 famílias, que forneceu informação sobre 37.524 pessoas, das quais 33.128 com 16 e mais anos.

Em termos estáticos e globais, os 16,6% representam uma melhoria de 0,4 pontos percentuais (pp) em relação a 2022.  

De forma desagregada, os números mostram a deterioração da situação dos idosos e das mulheres e o risco elevado de agregados familiares monoparentais e de um nível de escolaridade limitado ao ensino básico.

Assim, entre 2022 e 2023 baixou a taxa de risco de pobreza entre os menores de 18 anos, em 2,9 pp para 17,8%, e na população em idade ativa, em 1,6 pp, para 14,4%, mas no grupo com 65 ou mais anos aumentou quatro pp, para 21,1%, o valor mais elevado desde 2017 em qualquer grupo etário, apontam Tavares e Carmo.

Os autores do estudo falam mesmo em “intensificação mais agravada (do risco de pobreza) nos mais velhos”.

A mesma deterioração ocorre com as mulheres, que “mantêm um risco de pobreza mais elevado que os homens, realidade ainda mais acentuada em 2023”.

Com efeito, “o fosso do risco de pobreza entre homens e mulheres aumentou de 0,9 pp em 2021 e de 1,5 pp em 2022 para 2,2 pp em 2023. Deste modo, 2023 é o ano em que o fosso é mais elevado no período contemplado” (2018-2024).

Esta situação mantém-se mesmo quando desdobrada por idade, com as mulheres a apresentarem taxas de risco de pobreza mais elevadas em todos os escalões etários e em todos os anos em análise.

A situação é particularmente negativa no grupo etário com 65 ou mais anos, no qual as mulheres apresentam valores geralmente pelo menos quatro pp acima dos homens. “Tal indica que é na população mais envelhecida que se intensificam em maior grau as desigualdades de género, possivelmente consequência de carreiras contributivas mais curtas e intermitentes, frutos da precariedade laboral e informalidade (entre outros fatores) que tendem a afetar mais as mulheres”, avançam Tavares e Carmo.

Por outro lado, são também apontados os fatores principais para as taxas de risco de pobreza mais altas, no que respeita à composição do agregado familiar: este ser constituído por idosos com 65 ou mais anos; composto apenas por uma pessoa; ou ter dependentes menores de idade, sobretudo quando se trata de várias crianças, sendo os agregados monoparentais um dos que em maior risco de pobreza se encontram.

O estudo considera ainda o risco de pobreza em função do nível de escolaridade, com uma diferença gritante, de 17 pp, entre quem tem só o ensino básico e quem completou o ensino superior. “Este continua a ser um fator que interfere decisivamente nas oportunidades dentro do mercado de trabalho e, em consequência, nos níveis de rendimento, acabando por se espelhar também na pobreza”, apontam.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Requalificação urbana das aldeias de Atenor e Teixeira

Miranda do Douro: Requalificação urbana das aldeias de Atenor e Teixeira

O município de Miranda do Douro realizou várias obras de requalificação urbana, nas localidades de Atenor e de Teixeira, com a finalidade de melhorar o abastecimento de água às populações e dar maior beleza aos espaços públicos destas duas aldeias, pertencentes à União de Freguesias de Sendim e Atenor.

O representante da freguesia de Atenor, Hirundino Esteves, indicou que nesta localidade foram realizados trabalhos à entrada da localidade, com a construção de uma rotunda, a pavimentação asfáltica até ao centro da aldeia e da rua do cemitério, bem como o calcetamento da área circundante da igreja paroquial e da rua da Fontaínha.

“Para melhorar a eficiência do abastecimento e a qualidade da água foram substituídos os reservatórios em Atenor. Está ainda prevista a instalação de um depósito com capacidade para 75 mil litros de água, para aproveitar o antigo furo da aldeia, que entretanto estava desativado e já foi limpo. A água é um bem essencial e por isso queremos aproveitar bem este recurso”, informou o autarca.

Entre as aldeias de Atenor e Teixeira, já havia sido construída em 2023, uma charca ou bacia de retenção de água, com capacidade para seis milhões de litros de água, para fins agrícolas, pecuários e o combate aos incêndios.

Na aldeia de Teixeira, o também tesoureiro da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Hirundino Esteves, informou que foi realizado o calcetamento em paralelepípedos graníticos da área circundante à igreja paroquial e foram construídos dois muros rústicos nas imediações.

Nas localidades de Atenor e Teixeira vivem permanentemente cerca de 150 pessoas, sendo que o custo das várias obras já realizadas foi de aproximadamente 250 mil euros, suportados pelo município de Miranda do Douro.

HA

Genísio: Livro “GENÍSIO. Apontamentos históricos e etnográficos”

Genísio: Livro “GENÍSIO. Apontamentos históricos e etnográficos”

Na festa da “Matância de l cuchino”, no passado dia 29 de dezembro de 2024, foi apresentado em Genísio, no concelho de Miranda do Douro, o livro “GENÍSIO. Apontamentos históricos e etnográficos”, da autoria de Basileu Pires e Cândido Rodrigues.

Um dos autores do livro, o padre Basileu Pires, agradeceu a Deus pela oportunidade de regressar à sua terra natal, a Genísio, para aí realizar, junto da população local, um trabalho de investigação sobre esta aldeia do concelho de Miranda do Douro.

“Este é um livro coletivo. Nós, os autores, apenas coligimos os testemunhos que fomos colhendo de todos”, destacou.

Por sua vez, Cândido Rodrigues, foi o autor do capítulo das genealogias da população de Genísio.

A obra “GENÍSIO. Apontamentos históricos e etnográficos” inclui ainda um capítulo sobre a origem genisiense da Santuário do Naso, da autoria de Ernesto Vaz.

A sessão cultural, em Genísio, contou com a participação do Bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida e de dois antigos párocos da localidade, o padre Temo Ferraz (de 1951 a 1953) e do cónego, Silvério Pires (1965-1971).

A obra “GENÍSIO. Apontamentos históricos e etnográficos” foi editada e publicada com os apoios da associação local “Sol Nascente” e de vários patrocinadores.

HA

Espanha: 12 medidas para mais habitação

Espanha: 12 medidas para mais habitação

O governo espanhol destinou dois milhões de metros quadrados de solo público, para a construção de casas que serão arrendadas a preços acessíveis, uma de 12 medidas anunciadas que visam melhorar o acesso à habitação.

Os dois milhões de metros quadrados de terrenos do Estado, foram transferidos para a tutela de uma nova Empresa Pública de Habitação.

Simultaneamente, o Governo espanhol, ao longo dos próximos meses vai gerir cerca de 30 mil casas que pertenciam a bancos falidos e resgatados durante a anterior crise financeira. Estas casas estavam a ser vendidas pelo Estado, vão agora ser transferidas para a nova empresa pública, com o objetivo de serem arrendadas a preços acessíveis.

Tanto as novas casas construídas em terrenos públicos, como as 30 mil vão ser arrendadas pelo Estado, segundo o Governo espanhol.

As medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e pela ministra da Habitação, Isabel Rodríguez, que consideraram que experiências anteriores de simplesmente aumentar e facilitar a oferta de casas no mercado de venda e de arrendamento, sem intervenção nos preços de aluguer e outros, não funcionaram e não controlaram os preços, pelo contrário.

Sánchez sublinhou que Espanha tem atualmente um parque de habitação pública que é apenas 2,5% do total de casas e defendeu que deve aumentar para níveis semelhantes a de outros países europeus, como os 14% de França ou os 34% dos Países Baixos.

O Governo espanhol – uma coligação de esquerda liderada pelos socialistas – anunciou também mais ajudas para pessoas que querem alugar casas ou para a reabilitação de imóveis com compromisso de virem a ser colocados no mercado de arrendamento.

Em paralelo, pretende levar ao parlamento uma proposta de reforma fiscal para dar mais benefícios a proprietários que arrendem casas e para agravar os impostos ao alojamento local e à compra de habitação em Espanha por estrangeiros não residentes que sejam cidadãos de fora da União Europeia.

“Não é justo que quem tem três, quatro, cinco apartamento para arrendamento de curta duração pague menos impostos que os hotéis”, disse Sánchez em relação ao alojamento local, defendendo que tem de ser taxado “como uma empresa”.

O Governo anunciou ainda um fundo para os governos autonómicos e as autarquias reforçarem os meios de inspeção do alojamento local.

Espanha é um país organizado totalmente em regiões autónomas, pelo que a aplicação de medidas relacionadas com a habitação depende, na sua quase totalidade, dos executivos regionais, que atualmente estão maioritariamente nas mãos da direita.

Medidas que estão contempladas naquela que é considerada a primeira lei de habitação da democracia espanhola, aprovada em abril de 2024 pelo parlamento, tiveram poucas consequências a nível regional e não controlaram a subida dos preços da habitação em Espanha.

A criação de uma empresa pública de habitação e várias das medidas hoje anunciadas são uma forma de o Governo tentar controlar a tutela autonómica, de responder a limitações de recursos de algumas regiões e de conseguir alguma intervenção no mercado.

Pedro Sánchez considerou que há em Espanha um problema grave de acesso à habitação e destacou que durante o período do “boom imobiliário”, no arranque deste século, se construíam no país 600 mil novas casas anualmente, enquanto hoje são apenas 90 mil. Em paralelo, constituem-se agora 300 mil “novos lares” anualmente (eram 400 mil nos anos de 2000).

Para o primeiro-ministro espanhol, a situação atual deve-se a políticas neoliberais adotadas pelos governos de direita após a crise financeira de 2008, sem qualquer regulação do mercado e que colocaram milhares de imóveis, incluindo públicos, nas mãos de fundos imobiliários.

Fonte: Lusa

Banca: CGD não vai fechar agências

Banca: CGD não vai fechar agências

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse no parlamento, que o banco público não vai fechar qualquer agência em 2025 e 2026 e que a prioridade é dar meios aos clientes para a inclusão digital.

“Não vamos [fechar agências] e vamos manter o mesmo número de agências em 2025 e 2026”, disse hoje Paulo Macedo em audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

O presidente executivo (CEO) da CGD está a ser ouvido hoje, no parlamento, sobre os serviços bancários prestados pela CGD após críticas de várias entidades – Comissão de Trabalhadores, sindicatos e também autarquias – sobre a redução de serviços em algumas agências.

Segundo o gestor, o que tem sido feito no banco público é adaptar as agências à evolução tecnologia pois “ninguém quer que a Caixa fique imóvel, que todos os outros se modernizem e a Caixa não”, e acrescentou que em todas as agências há trabalhadores “para apoiar cidadãos com mais dificuldade de manuseamento” para conseguirem fazer operações bancárias (mesmo as mais digitalizadas).

Paulo Macedo considerou ainda que se nas décadas de 1980 e 1990 a grande questão de inclusão na banca era a inclusão geográfica, hoje é a inclusão digital e disse que a CGD tem adaptado os seus balcões mas, ao mesmo tempo, dando meios para não deixar clientes de fora.

“Não vamos desguarnecer a inclusão física mas a prioridade é dar meios às pessoas de inclusão digital”, disse Macedo.

O presidente executivo da CGD afirmou que não há qualquer degradação de serviço na CGD, porque se não este não seria um “banco líder” e a crescer em crédito e depósitos.

Após notícias sobre redução de serviços em agências bancárias da CGD, nos últimos meses de 2024, os deputados chamaram várias entidades ao parlamento para clarificar a situação.

No parlamento, a Comissão de Trabalhadores da CGD disse que o banco público está a reduzir prestação de serviços bancários sobretudo no interior e ilhas e que com isso a empresa está a incumprir a sua missão de serviço público.

Segundo a CT, os números de encerramentos de balcões da CGD até 2023 impactaram muito a reputação do banco público pelo que houve uma alteração de paradigma com a administração do banco, liderada por Paulo Macedo, a optar por manter balcões, mas diminuindo os serviços prestados (com mais balcões sem tesouraria presencial) e diminuindo o número de trabalhadores (balcões com um, dois ou três funcionários).

“Passou-se não a encerrar, mas a diminuir, a restringir, a alterar o funcionamento”, disse o coordenador da CT, Jorge Canadelo, aos deputados, considerando que com as recentes decisões a administração da CGD está também a minar a coesão do país.

Neste momento, a CT já deu parecer a mais de 60 balcões do novo modelo de agências (designadas Noma Smart), mas acredita que lhes serão pedidos pareceres sobre muitas mais.

Em outubro, questionada sobre o novo modelo de agências, a CGD afirmou que “é completamente falso que esteja a reduzir serviços, nomeadamente no interior ou nas ilhas”, e que “só por manifesta má-fé o investimento superior a 70 milhões de euros que a Caixa está a realizar sua extensa rede de agências pode ser entendido como recuo de serviços, quando o mesmo se insere num plano de transformação digital que visa servir mais e melhor os seus clientes onde quer que eles estejam”.

No final de setembro, a CGD contava com 6.227 trabalhadores em 512 agências. O banco público teve lucros de 1.369 milhões entre janeiro e setembro (mais 40% face ao mesmo período de 2023).

Fonte: Lusa

Saúde: Avanços nos cuidados paliativos

Saúde: Avanços nos cuidados paliativos

O Observatório Português dos Cuidados Paliativos, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa (UCP), publicou os relatórios de 2023 que mostram que Portugal progrediu no reforço desta área, com formação e atividade assistencial.

“A formação de profissionais de saúde e a atividade assistencial em cuidados paliativos em Portugal demonstraram avanços significativos”, adianta o comunicado da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da UCP.

Apesar dos reforços contínuos, ainda há profissionais em equipas especializadas de cuidados paliativos sem formação específica.

“Em 2022, 11,2% dos profissionais que atuam com adultos não possuíam formação formal na área, sendo 10,3% entre os profissionais das Unidades de Cuidados Paliativos (UCP)”, adianta o comunicado.

Ainda assim, mais de 65% dos profissionais em Equipas Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) já contam com formação avançada, incluindo pós-graduações e mestrados, refletindo o progresso no desenvolvimento de competências especializadas.

De acordo com a UCP, o relatório enfatiza a importância de programas obrigatórios de educação e destaca a necessidade de fortalecer a formação contínua interdisciplinar e a expansão de estágios certificados para otimizar a qualidade dos cuidados, sobretudo em cenários de alta complexidade.

O estudo ressalta a insuficiência de serviços especializados em várias regiões, com uma taxa de cobertura de 9% para adultos e apenas 0,9% para pediátricos.

“Em 2022, foram referenciados 11.190 doentes para cuidados paliativos, dos quais 10.173 foram efetivamente admitidos, para e nas equipas que participaram no estudo”, pode ler-se.

De acordo com o comunicado da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da UCP, “As Equipas Intra-hospitalares representaram a maior proporção de admissões (45,7%), mas a acessibilidade permanece desigual, com Lisboa concentrando 36,7% dos casos atendidos”.

Além disso, o relatório sugere medidas urgentes para aumentar a capacidade de resposta das equipas, com foco na adequação do rácio de profissionais por doente e na expansão do uso de instrumentos de avaliação padronizados.

A Faculdade de Ciências da Saúde da UCP sublinha que “estas conclusões reforçam a necessidade de maior investimento e uma estratégia de longo prazo para garantir que todos os cidadãos recebam cuidados adequados no momento certo”.

Os dois relatórios vão estar disponíveis no site do Observatório Português dos Cuidados Paliativos.

O Observatório Português dos Cuidados Paliativos do Centro Interdisciplinar em Investigação para a Saúde da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa monitoriza e promove o desenvolvimento desta área em Portugal, contribuindo com dados e recomendações estratégicas para apoiar políticas públicas e práticas clínicas.

Fonte: Ecclesia

Vimioso: Açude de Pena Penina armazena 80 milhões de litros de água

Vimioso: Açude de Pena Penina armazena 80 milhões de litros de água

Em Vimioso, está praticamente concluído o alteamento do açude de Pena Penina, uma obra indispensável para o armazenamento e o abastecimento de água às populações da vila e de outras localidades do concelho e que atualmente permite armazenar 80 milhões de litros de água.

Na sequencia da preocupante seca que assolou o país, em 2022, o município de Vimioso decidiu elevar o açude de Pena Penina, no rio Angueira, de modo a aumentar o volume de retenção de água.

“A água armazenada neste açude abastece, por conduta, a vila de Vimioso, assim como as localidades de Campo de Víboras, Vale de Algoso e Algoso. E através do transporte por cisterna são ainda abastecidas outras localidades do concelho”, informou o presidente do município de Vimioso, António Santos.

Os trabalhos de elevação do açude tiveram um custo total de 500 mil euros, sendo que 40% do investimento foi financiado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e os outros 60% pela autarquia vimiosense.

“No decurso dos trabalhos houve necessidade de reforçar o investimento, dado que o alteamento do açude exigiu um reforço em betão e em pedra, assim como a construção de um canal e um caminho de acesso”, indicou.

Com a elevação, o açude de Pena Penina, no rio Angueira, tem agora capacidade para armazenar 80 mil metros cúbicos de água ou seja, 80 milhões de litros de água.

O presidente do município de Vimioso, António Santos, indicou que a obra está praticamente concluída e no decorrer deste ano vai ser entregue e inaugurada.

Questionado sobre se o concelho de Vimioso dispõe agora das condições indispensáveis para armazenar e abastecer de água às populações, o autarca, António Santos, respondeu com cautela.

“Atualmente, a água é um bem essencial e um recurso que urge preservar. Com este objetivo, o município já está a elaborar novos estudos para que a água que atravessa o concelho de Vimioso, através dos rios Angueira, Maçãs e Sabor, seja devidamente aproveitada”, avançou.

A propósito do aproveitamento da água, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) defende que é necessário apostar cada vez mais na poupança deste recurso através de sistemas mais eficientes e da reutilização de águas para usos não potáveis.

HA



Pecuária: Obrigatoriedade de declarar ovinos e caprinos

Pecuária: Obrigatoriedade de declarar ovinos e caprinos

Neste mês de janeiro, os criadores de ovinos e caprinos devem entregar as Declarações de existências de animais por exploração (DEOC), informa a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

As Declarações de Existências DEOC podem ser efetuadas pelo criador, na área reservada do portal do IFAP. Para isso, devem entrar no Portal do IFAP, aceder a “O Meu Processo” » “Animais” » “Declaração de Existências (DEOC)” na Área Reservada.

Em Miranda do Douro, os criadores de ovinos e caprinos podem submeter as suas declarações através do serviço da Associação de Criadores de Ovinos Mirandeses (ACOM), instalado no edifício Junta de Freguesia de Miranda do Douro. Ou em alternativa, na sede da ACOM, instalada no Centro de Formação Agrícola, em Malhadas.

A ausência da Declaração de Existências determina a perda do direito de emissão de Guias de Circulação para a exploração. Já para o criador constitui uma contraordenação punível com uma coima cujo montante mínimo é de 100€, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 24° do Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de julho, e as suas alterações.

A não entrega da DEOC pressupõe ainda que, quando os criadores são candidatos ao Prémio por Ovelha e Cabra, qualquer animal potencialmente elegível que não esteja corretamente identificado ou registado no SNIRA até ao início do período de retenção (1 de janeiro de 2025), não é contabilizado para pagamento e pode dar origem à aplicação de reduções/sanções ao referido Prémio.

Fonte: DGAV

«Esperança»: Autobiografia do Papa Francisco

«Esperança»: Autobiografia do Papa Francisco

A autobiografia do Papa Francisco, intitulada «Esperança» vai ser publicada neste mês de janeiro, em mais de 80 países, anunciou a editora, na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha).

Em Portugal, a autobiografia do Papa Francisco vai ser publicada em papel e formato digital, no dia 20 de janeiro.

“O livro da minha vida é o relato de um caminho de esperança que não posso imaginar separado do da minha família, da minha gente, de todo o povo de Deus. É também, em cada página, em cada passo, o livro de quem caminhou junto de mim, de quem nos precedeu, de quem nos seguirá”, comenta o Papa Francisco na introdução do livro.

“Uma autobiografia não é a nossa literatura privada, é mais o nosso saco de viagem. E a memória não é apenas o que recordamos, mas o que nos circunda. Não fala unicamente do que foi, mas do que será. Parece que foi ontem, mas afinal é amanhã. Tudo nasce para florir numa eterna primavera. No fim, diremos apenas: não recordo nada em que Tu não estejas” – escreve Francisco.

Com uma “riqueza de revelações e histórias inéditas, comoventes e muito humanas, pungentes e dramáticas, mas também capazes de um verdadeiro humor”, as memórias de Francisco começam nos primeiros anos do século XX com a história das suas raízes italianas e a aventura da emigração dos seus antepassados para a América Latina, passando pela sua infância, adolescência, escolha vocacional, vida adulta, percorrendo todo o seu papado até aos nossos dias.

Um texto “de grande força narrativa” em que o Papa Francisco, através do seu relato autobiográfico, aborda “com franqueza, coragem e profecia algumas das questões mais importantes e controversas dos nossos tempos, bem como os momentos cruciais do seu serviço como pastor universal da Igreja”.

Escrito com Carlo Musso, ex-diretor editorial de não-ficção da Piemme e da Sperling & Kupfer, e depois fundador da editora independente Libreria Pienogiorno, de acordo com os desejos do Papa Francisco, este documento “excecional foi originalmente concebido para ser publicado após a sua morte, mas o novo Jubileu da Esperança anunciado para 2025, e as necessidades dos nossos tempos, levaram-no a disponibilizar agora este precioso legado”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Foi uma aventura longa e intensa que ocupou os últimos seis anos: o trabalho de redação começou em março de 2019 e será concluído nas próximas semanas”, comenta Carlo Musso.

O livro destinado a fascinar os leitores de todo o mundo e a representar “uma dádiva de esperança para as gerações futuras, é enriquecido por algumas fotografias notáveis, incluindo material privado e inédito disponibilizado pessoalmente pelo Papa”, acrescenta.

Fonte: Ecclesia