Ser alegres!

XIV Domingo do Tempo Comum

Ser alegres!

Is 66, 10-14c / Slm 65 (66), 1-3a. 4-5.6-7a.16.20 / Gal 6, 14-18 / Lc 10, 1-12.17-20 ou Lc 10, 1-9

Na oração Coleta pedimos «uma santa alegria». O profeta Isaías exorta o povo de Deus a alegrar-se, pois o Senhor, em seu amor «materno», promete consolação aos regressados do exílio. O salmo também apela ao regozijo e ao cantar jubiloso, em gratidão por tudo o que Deus «fez por mim». A fonte do contentamento cristão é a certeza de termos sido redimidos pela morte de Jesus, que nos fez ressurgir para uma vida nova, «revestidos de Cristo».

Cheios de alegria regressaram os discípulos (72, número dos povos conhecidos naquela altura?) enviados a transmitir a paz a quantos aguardavam o reino de Deus. Jesus introduz a nova era, manifestando por palavras e gestos messiânicos a proximidade de Deus que, com a sua providência, acompanha permanentemente as suas criaturas.

Anteriormente, Jesus enviara os Apóstolos (12, número das tribos de Israel) a curar e a pregar em nome do próprio Jesus Cristo. Os Doze e os 72 foram e atuaram em missão de paz, divulgando a boa notícia de que o reino de Deus está próximo, introduzido no mundo pelo Mestre divino encarnado. Proximidade significa acompanhamento, presença fortificante, motivação para a alegria e a segurança.

Jesus diz que devemos pedir a Deus que aumente o número de operários na sua Igreja. Que sejam verdadeiros portadores de paz e alegria aos corações, cultivando as virtudes que o próprio Jesus enumera: pobreza, prudência e simplicidade, coragem e perseverança na confiança, desprendimento de si mesmos e dos bens materiais, dedicação plena à missão de curar e de apregoar a Palavra da Boa Nova. Se rejeitados, não perder a paz que desejavam transmitir, mesmo que se sintam como «no meio de lobos».

A cada cristão, Deus chama, instrui e envia como embaixador da misericórdia divina. No final de cada Eucaristia, somos despedidos com a recomendação de, acompanhados pelo Senhor, ir em paz e transmitir e partilhar a paz com quem contactarmos durante o dia.

Examinemos se estamos em paz com nós mesmos, se convivemos pacificamente com todos os irmãos e se a consciência não nos acusa de algo que afeta negativamente a nossa relação com Deus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: HA

Vimioso: Netos convidados para a Festa da Alegria

Vimioso: Netos convidados para a Festa da Alegria

No Domingo, dia 6 de julho, o pavilhão multiusos, em Vimioso, volta a ser o palco da Festa da Alegria, um encontro anual intergeracional, que este ano tem como maior novidade o convite dirigido aos netos das pessoas idosas.

O evento anual é organizado pelo municipio de Vimioso e de acordo com o presidente, António Santos, a “Festa da Alegria é uma oportunidade de reencontro e de convívio entre as gentes do concelho, que pelo avançar da idade vão tendo mais dificuldade em sair das suas casas e lares”.

De acordo com o município de Vimioso, a Festa da Alegria e Netos vai contar com a participação de 700 pessoas, vindas de todas as frreguesias do concelho e das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

“Todos os anos, a Festa da Alegria é um momento muito aguardado pelas pessoas idosas, em especial, aquelas que vivem nas instituições do concelho, pois é uma oportunidade de sair da rotina e reencontrar pessoas amigas de outras localidades”, acrescentou o autarca vimiosense.

As instituições no concelho de Vimioso são: a Santa Casa de Misericórdia de Algoso; Santa Casa da Misericórdia de Santulhão, Santa Casa da Misericórdia de Vimioso; Lar de São Pedro, em Avelanoso; Lar de Santa Eulália, em Pinelo; e o Lar de Nossa Senhora das Graças, em Carção.

Segundo o programa, no Domingo, dia 6 de julho, a Festa da Alegria inicia-se às 10h00 com o acolhimento dos avós e netos. Segue-se, às 11h00, a celebração da eucaristia dominical.

“Após a celebração religiosa é servido um almoço convívio para todos os convidados. Durante a tarde de Domingo estão programadas os cantares e coreografias do Rancho Folclórico de Vimioso e as danças do Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo”, indica o programa.

Em Vimioso, a Festa da Alegria é uma iniciativa do município, que conta com a colaboração da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, das IPSS’s e das Freguesias do concelho.

HA

Política: Eleições autárquicas a 12 de outubro

Política: Eleições autárquicas a 12 de outubro

Após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou que as eleições autárquicas vão realizar-se a 12 de outubro.

A data das eleições autárquicas é marcada por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência. De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições têm de se realizar entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num Domingo.

O Governo reuniu-se com todos os partidos no parlamento sobre a escolha da data para as autárquicas, com a maioria a preferir o 12 de outubro.

Nessa ocasião, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e CDS-PP indicaram ao executivo considerarem que as próximas eleições autárquicas se deveriam realizar a 12 de outubro, enquanto o PS e a IL apontaram apontou a data de 28 de setembro e o BE comunicou por escrito que preferia o 5 de outubro. O JPP reuniu-se com o Governo mas não prestou declarações no final.

De acordo com a lei eleitoral autárquica, estas eleições realizam-se entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro e num domingo, pelo que, na prática, só existiam três datas possíveis: 28 de setembro, 5 de outubro (feriado comemorativo da Implantação da República) e 12 de outubro.

Em 2021, as eleições autárquicas realizaram-se em 26 de setembro; em 2017, a 1 de outubro; em 2013, a 29 de setembro; em 2009 realizaram-se em 11 de outubro; e em 2005, a 9 de outubro. Anteriormente as autárquicas realizavam-se sempre no mês de dezembro.

Fonte: Lusa | Foto: MM

Ensino: Proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano

Ensino: Proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano

O Governo aprovou a 3 de julho, a proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano de escolaridade e a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, medidas que vão entrar em vigor a partir do próximo ano letivo.

Em comunicado, o Conselho de Ministro avança que foi aprovado um decreto-lei que “regula a utilização, no espaço escolar, de equipamentos ou aparelhos eletrónicos com acesso à internet, como smartphones, proibindo o seu uso pelos alunos do 1.º e do 2.º ciclos do Ensino Básico, a partir do próximo ano letivo”.

Segundo o Governo “a adoção de medidas de proibição ou de restrição tem em conta os resultados do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas sobre as recomendações emitidas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em setembro de 2024, relativas à utilização de smartphones nos recintos escolares”.

O comunicado refere ainda que foi aprovada “a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, com entrada em vigor a partir do ano letivo 2025/2026”.

Na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência já tinha dado conta da aprovação de uma deliberação sobre o uso de ‘smartphones’ nas escolas, mas sem precisar em que ciclos de ensino, e da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, remetendo mais detalhes sobre os diplomas aprovados para uma conferência de imprensa que o ministro da Educação, Ciência e Inovação deverá realizar no início da próxima semana.  

Segundo as conclusões do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas, mais de metade das escolas que proibiram o uso de ‘smartphones’ relataram uma diminuição do ‘bullying’ e da indisciplina do 2.º ciclo ao secundário, e na esmagadora maioria os alunos passaram a socializar mais durante os intervalos, a realizar atividade física e a usar os espaços de jogos no recreio.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, já tinha adiantado que o Governo estaria a preparar a proibição do uso de ‘smartphones’ para os 1.º e 2.º ciclos, tornando regra a recomendação feita no ano passado, “independentemente da natureza da instituição”, ou seja, para público e privado.

No ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação recomendou a proibição de ‘smartphones’ do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, ou seja, até aos 12 anos e o uso limitado no 3.º ciclo.

Segundo o estudo, apenas 21,3% das escolas do 1.º ciclo não adotaram a recomendação e 59,1% das escolas de 2.º ciclo também não o fizeram.

No 3.º ciclo, 24,9% proibiram o uso desses equipamentos, medida adotada por apenas 7,6% das escolas secundárias.

Os maiores impactos na redução do bullying e indisciplina foram relatados pelas escolas que optaram pela proibição, sobretudo no 2.º ciclo (59% e 53,6%, respetivamente), no 3.º ciclo (57,8% e 57,4%) e no secundário (55,6% e 59,5%).

Por outro lado, os diretores partilharam dificuldades na fiscalização e implementação das normas, sobretudo nas escolas onde coexistem diferentes níveis de ensino, e defenderam que a implementação deve ser feita de forma faseada e com uma fase de sensibilização.

Fonte: Lusa | Foto: MMD

Portugal: 69 mortes durante alerta de calor – DGS

Portugal: 69 mortes durante alerta de calor – DGS

Portugal continental registou 69 óbitos em excesso durante o período de alerta de calor, iniciado em 28 de junho, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos, revelam dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Durante o período de alerta de tempo quente que teve início a 28 de junho de 2025 foi detetado um excesso de mortalidade, observando-se 69 óbitos em excesso em Portugal Continental”, indicou a DGS.

De acordo com o índice Ícaro (que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade) de 2 de julho de 2025, a autoridade de saúde alerta ser “previsível que se mantenha um impacto significativo do calor sobre a mortalidade nos próximos três dias, podendo motivar uma revisão em alta do excesso de mortalidade”.

A DGS salienta que o calor extremo é um fenómeno conhecido por ter potencial impacto negativo na saúde, como consequência de desidratação e/ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores.

Antevendo a onda de calor que viria a registar-se, a Direção-Geral de Saúde, de acordo com as informações mais atualizadas do IPMA e dos restantes parceiros, emitiu a 25 de junho de 2025, nas suas diferentes plataformas, várias recomendações à população de proteção contra o calor.

A DGS refere que irá manter uma monitorização regular da situação, atualizando a informação sempre que necessário.

Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA.

No domingo, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius (ºC).

As 31 estações, de um total de 90, em que foram alcançados ou ultrapassados máximos foram, além de Mora, Alvega com 46ºC (último máximo era de 45,4ºC), seguido de Alvalade, Coruche, Tomar, Pegões, Avis, Mértola, Santarém, Amareleja, Reguengos, Beja, Proença a Nova, Zebreira, Alcoutim, Estremoz, nelas, Chaves, Cabeceira de Bastos, Moimenta da Beira, Arouca, cabril, Zambujeira, Vila Real, Viseu, Pampilhosa da Serra, Vinhais, Lamas de Mouro, Foía e Montalegre, que alcançou os 34,4ºC (anterior máximo tinha sido de 34ºC em 20 de junho de 2003.

Na estação de Portalegre foi também ultrapassado, no domingo, o anterior máximo absoluto da temperatura mínima do ar, em junho, com 31,5ºC.

De acordo com os dados do IPMA, ainda no domingo, cerca de 82% das estações meteorológicas registaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 35°C e cerca de 37% das estações meteorológicas alcançaram valores de temperatura máxima do ar superiores a 40°C.

O dia 29 foi o mais quente do mês com um valor médio de temperatura máxima de 38,5°C (desvio em relação à média mensal de +11,8°C) e um valor médio de temperatura mínima de 28,7°C (desvio em relação à média mensal de +8,4°C).

Fonte: Lusa | Imagem: DGS

Palaçoulo: Bispos reuniram-se para avaliar e programar a formação dos seminaristas

Palaçoulo: Bispos reuniram-se para avaliar e programar a formação dos seminaristas

Esta quinta-feira, dia 3 de julho, a hospedaria, do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, foi o local de encontro dos bispos das dioceses de Bragança-Miranda, Lamego, Guarda e Viseu, que se reuniram para avaliar a formação dos seminaristas e programar o próximo ano letivo.

O anfitrião do encontro, o bispo de Bragança-Miranda – Dom Nuno Almeida, explicou que atualmente há um Seminário Maior Interdiocesano, que reúne os seminaristas das quatro dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Viseu e Lamego.

“As quatro dioceses envolvidas na criação deste primeiro seminário interdiocesano partilham a responsabilidade na formação dos seus seminaristas”, indicou Nuno Almeida.

O bispo diocesano acrescentou ainda que este novo seminário interdiocesano oferece motivos de esperança para a dinamização da pastoral vocacional, porque os seminaristas que frequentam este lugar trazem às suas dioceses novas vivências.

“Há desafios muito concretos que hoje se colocam à pastoral vocacional, no seio da igreja, como é o mundo digital, que se atualmente se colocam às famílias e as próprias dioceses”, vincou o prelado.

Desde 2013, o seminário interdiocesano está localizado em Braga, porque aí existe um polo da Universidade Católica Portuguesa, onde os seminaristas das várias dioceses estudam Teologia e Filosofia. A equipa formadora do seminário interdiocesano de Braga é constituída por padres provenientes das quatro dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Viseu e Lamego

O reitor do Seminário Interdiocesano, em Braga, padre António Jorge, oriundo da diocese de Viseu informou que no final de cada ano letivo é feita uma avaliação, com a equipa formadora e os bispos das quatro dioceses.

“Anualmente, fazemos uma avaliação da vida nos seminários com os senhores bispos. E programamos também o novo ano letivo. Em cada ano, há um bispo moderador do encontro e este ano a responsabilidade coube ao bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, razão pela qual o encontro se realizou no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo”, disse.

No ano letivo 2024/2025, o Seminário Interdiocesano de Braga formou 15 seminaristas. Confrontado com a diminuição de vocações sacerdotais, o reitor, padre António Jorge, confirmou que há menos quantidade de seminaristas, mas por outro lado, indicou que há muitas vocações noutras congregações religiosas e movimentos juvenis da Igreja Católica.

“Dou o exemplo da comunidade das Monjas Trapistas, em Palaçoulo, que logo nos primeiros anos no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, receberam a vinda de jovens portuguesas. Isto demonstra que não há crise da escuta e da busca de Deus. Os jovens e todo o coração humana tem sede e anda à procura do sentido pleno da vida que se encontra em Deus”, disse.

Sobre as condições exigidas para entrar no Seminário Interdiocesano de Braga, o reitor indicou que os jovens têm que ter o 12º ano concluído e realizar o exame nacional de Português ou de História, para assim ingressar no curso superior de Teologia.

“Normalmente, a entrada no seminário é o culminar de um discernimento e acompanhamento vocacional feito no seio de cada diocese. O primeiro ano no seminário interdiocesano é designado de propedêutico, dedicado à formação humana, cristã, com muitas ações de voluntariado e ação social e alguma formação intelectual. Este ano propedêutico é uma experiência para averiguar se há vocação para o sacerdócio ou não”, indicou.

A confirmar-se a vocação, seguem-se dois anos de discipulado para um aprofundamento da vocação. Na prática, desde o propedêutico até ao conclusão dos estudos em Teologia, os futuros sacerdotes têm sete anos de formação inteletual, humana e social.

Outra razão apontada para a escassez de vocações sacerdotais é a atual situação das famílias, que têm cada vez menos filhos.

“Noutras épocas, os seminários estavam cheios de jovens porque havia famílias numerosas. No entanto, muitos destes jovens que estudaram nos seminários acabaram por seguir outras vocações e apenas uns poucos foram ordenados padres. Portanto, a realidade não é muito diferente da de hoje”, disse.

Na perspectiva do reitor do Seminário Interdiocesano de Braga, padre António Jorge, a atual realidade pede um novo modo de ser igreja, em que o sacerdote é essencial, mas não é omnipresente nem omnipotente.

“O sacerdote é necessário para assistir, acompanhar e presidir. Mas também são necessários os leigos, a comunidade e a comunhão entre todos, para transformar a realidade e tornar a sociedade mais humana e fraterna”, indicou.

Outra novidade anunciada em Palaçoulo, no decorrer do encontro dos bispos diocesanos foi o decreto emitido pela Santa Sé, em Roma, sobre o estatuto do Seminário Interdiocesano de São José, em Bragança.

“A Santa Sé confirmou o estatuto de formação do Seminário de São José, em Bragança. A aprovação dos estatutos é fruto de um longo percurso feito por esta equipa formadora, pelos alunos e colaboradores, com o auxílio dos senhores bispos e o imprescindível apoio da Arquidiocese de Braga, à qual muito se agradece”, indica a diocese de Bragança-Miranda.

HA e Lusa | Fotos: SCSDBM

Futsal: ‘Clericus Cup’ decorre de 7 a 9 de julho

Futsal: ‘Clericus Cup’ decorre de 7 a 9 de julho

A 18ª edição da ‘Clericus Cup’, um torneio de futsal em que participam equipas de padres de várias dioceses, vai decorrer em Lamego, entre 7 e 9 de julho, tendo o cardeal José Tolentino Mendonça afirmado que o desporto tem a capacidade de ser “profecia”.

“O desporto pode ser uma profecia para a própria sociedade, na medida em que se apresenta como um espaço de respeito, de aceitação e de inclusão”, escreve, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.

O organismo responsável da Santa Se pela relação entre a Igreja e o mundo do desporto, vê com “satisfação” a 18ª edição da ‘Clericus Cup’, apresentada hoje em Lamego, que vai acolher o torneio de futsal para padres portugueses entre 7 e 9 de julho.

Citando a constituição pastoral ‘Gaudium et Spes’ (1965), D. José Tolentino Mendonça recorda que o desporto é um “dos emergentes sinais dos tempos”.

“A prática desportiva toma-se, assim, um primeiro sinal evidente desse reconhecimento do desporto pela Igreja, quer como meio de evangelização, quer como meio de alcançar a necessária integridade do próprio presbítero”, acrescenta.

Aos organizadores e participantes, o cardeal português deixa dois desafios: “Que façam deste evento um momento de fraternidade e enriquecimento pastoral” e “que sejam um modelo desportivo”.

Em pleno ano jubilar, o prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação augura que este evento seja um “modo de testemunhar aos outros a alegria, que deve caraterizar um presbítero ou um diácono, e a esperança, que é uma fonte sempre nova”.

Esta quarta-feira, a organização deu o pontapé de saída da ‘Clericus Cup’ 2025 com um jogo solidário.

Uma equipa constituída por padres e seminaristas e outra por trabalhadores do município de Lamego estiveram frente a frente, numa partida que “rendeu 500 euros” para “as casas de acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Lamego”, disse à Agência ECCLESIA o padre Diogo Martinho, membro da organização.

O resultado foi um empate a 5 e cada golo valia 50 euros.

Fonte: Ecclesia

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida pede «celebrações litúrgicas coerentes» com a vida pessoal

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida pede «celebrações litúrgicas coerentes» com a vida pessoal

O bispo de Bragança-Miranda pediu que a liturgia que os cristãos celebram integre “coerentemente” um testemunho “pessoal e comunitário, ao serviço dos pobres e marginalizados” e alertou contra a “superficialidade” e comportamentos contraditórios”.

“Uma boa pastoral litúrgica ajuda a purificar a celebração de deficiências, da rotina, da superficialidade e de comportamentos contraditórios com a fé, que muitas vezes, podem afastar crentes e não crentes. A pastoral litúrgica é fundamentalmente educativa, pois a sua tarefa principal é formar o povo no sentido do próprio Deus e do sagrado; introduzir os cristãos no espírito da celebração; criar um sentido de Igreja; ensinar a participar melhor na oração comunitária; ajudar a compreender as diversas celebrações”, afirmou D. Nuno Almeida, no início das Jornadas de Pastoral Litúrgica, na diocese de Bragança-Miranda.

O responsável pediu que cada Unidade Pastoral, exista uma equipa de Pastoral Litúrgica que deverá “ocupar-se com a preparação das celebrações, a realização das celebrações, a educação litúrgica da comunidade, a formação litúrgica dos membros da própria equipa”.

“Em cada paróquia, é urgente que exista coordenador da Pastoral Litúrgica, que faz parte da Equipa Pastoral Paroquial e do Conselho da Unidade Pastoral”, pediu.

D. Nuno Almeida assinalou ser central a “busca do sentido mais verdadeiro da liturgia cristã”.

    “É necessária uma aprendizagem permanente na liturgia que é dada pela arte de celebrar bem por parte de quem preside e de todos os participam na celebração. A liturgia educa para a liturgia: fazer bem aquilo que se faz é o primeiro ato educativo”, destacou.

    O bispo de Bragança-Miranda sublinhou ser preciso uma “formação permanente para a liturgia”, dirigidas à diferente composição da assembleia, “de tipo mistagógico e não meramente didático ou escolar”.

    Nunca é demais recordar que a pastoral litúrgica deve promover a dignidade e beleza, harmonia, proporção e elegância em tudo o que se diz, faz e canta, tendo como base uma espiritualidade de adoração do Mistério, são os requisitos de fundo para uma celebração de qualidade”, sublinhou.

    O responsável pediu que a celebração seja guiada pela “sabedoria celebrativa” a fim de que se realize com “dignidade e beleza e abra o coração à contemplação, ao encanto e ao deslumbramento do mistério celebrado”, respeitando “as normas litúrgicas”.

    Ao iniciar as primeiras Jornadas de Pastoral Litúrgica da diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida recordou a “finalidade” desta área da pastoral que deve proporcionar uma “participação ativa, plena, consciente e frutuosa dos fiéis na celebração cristã”, traduzindo a “centralidade teológica e espiritual da Eucaristia” numa “experiência celebrativa, pessoal e comunitária, de excelência”.

    “A pastoral litúrgica é um saber fazer, uma arte de conduzir os cristãos para uma vivência mais profunda do mistério da salvação, mediante a participação consciente, ativa e frutuosa, a que têm direito, nas celebrações litúrgicas, em virtude do batismo”, assinalou.

    1. Nuno Almeida quis ainda saudar a presença de D. José Cordeiro, que foi bispo da diocese de Bragança, e assinalou que em breve, no calendário das atividades diocesanas se vão seguir as Jornadas de Pastoral Profética e de Pastoral Social, organizadas pelas respetivas Comissões Diocesanas.

    “Esperamos que não sejam somente mais um evento, mas caminho que queremos percorrer juntos”, traduziu.

    O bispo de Bragança-Miranda referiu ainda que a primeira fase de obras para a Casa Pastoral Diocesana está concluída mas que para dar seguimento ao projeto são necessário “recursos financeiros”.

    “ Para podermos recomeçar estas obras da Casa Pastoral Diocesana, de todos e aberta a todos, na hospitalidade, na espiritualidade e formação, precisamos de muitos e generosos benfeitores”, indicou.

    Fonte: Ecclesia | Foto: DBM

    Ambiente: GNR deteve 27 suspeitos de incêndio florestal

    Ambiente: GNR deteve 27 suspeitos de incêndio florestal

    Entre 16 e 29 de junho, a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 27 pessoas por crimes de incêndio florestal, 23 das quais em flagrante delito, registando ainda 108 autos de contraordenação por falta de limpeza de terrenos rurais e florestais.

    A Guarda Nacional Republicana (GNR) indicou que entre 16 a 29 de junho, foram elaborados “108 autos de contraordenação na rede secundária das faixas de gestão de combustível, detetados 1.594 crimes de incêndio florestal e detidas 27 pessoas, das quais 23 em flagrante delito, tendo sido ainda identificadas 384 pessoas”.

    “Relativamente à realização de queimas e queimadas, foram elaborados 174 autos de contraordenação por queimas e 48 autos de contraordenação por realização de queimadas”, acrescentou a GNR.

    De acordo com dados no período homólogo de 2024, de fevereiro até ao fim de junho, a GNR detetou 997 crimes de incêndio florestal, deteve 21 pessoas e identificou 229 suspeitos.

    A força de segurança tem em curso, desde 16 de fevereiro, a campanha Floresta Segura 2025, com ações de sensibilização, fiscalização, vigilância e deteção de incêndios rurais, investigação de causas dos crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas.

    A iniciativa visa “prevenir, detetar, combater os incêndios rurais e reprimir atividades ilícitas, procurando garantir a segurança das populações e a preservação do património florestal”, acrescenta-se.

    Até 30 de abril, a GNR sinalizou em todo país, 10.417 situações relativamente à falta de gestão de combustível em terrenos rurais e florestais, indicou a força de segurança.

    A gestão de combustíveis visa reduzir material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação e intensidade do fogo, à volta das habitações e aglomerados populacionais em espaço rural, com a maioria das sinalizações nos distritos de Leiria (2.606), Bragança (1.162), Santarém (941), Coimbra (818) e Viseu (798).

    Os 10.417 terrenos sinalizados este ano superaram os 10.256 registados até 31 de maio no ano passado, mas estão abaixo dos 14.319 em 2023, 10.989 em 2022, 14.545 em 2021, 24.227 em 2020 e 31.582 em 2019.

    “No âmbito da prevenção, foram realizadas 4.189 ações de sensibilização tendo alcançado 85.073 pessoas com o objetivo da adoção de medidas de autoproteção e uso correto do fogo, por parte das comunidades”, tendo ainda sido adotado um plano de monitorização, sensibilização e fiscalização, informou a GNR.

    A força de segurança referiu que “a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades estratégicas da GNR”, salientando que “as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios” e que a realização de queimadas, queima de amontoados e fogueiras “é interdita sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural ‘muito elevado’ ou ‘máximo’”, dependendo de autorização ou comunicação prévia noutros períodos.

    O Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (Sepna) da GNR, que tem a seu cargo a proteção ambiental e dos animais, gere a Linha SOS Ambiente e Território (808200520), destinada a receber denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

    Legalmente, o prazo para a limpeza de terrenos decorre até 30 de abril, mas o Governo prolongou até 31 de maio, devido às condições atmosféricas, e posteriormente por mais 15 dias, até 15 de junho, como pediram as associações do setor.

    As infrações à gestão de combustível constituem contraordenações puníveis com coima, de 140 a 5.000 euros para pessoa singular, e de 1.500 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

    Fonte: Lusa | Imagens: GNR

    Uva: Festa assinala a recuperação todos os pombais tradicionais

    Uva: Festa assinala a recuperação todos os pombais tradicionais

    No sábado, dia 5 de julho, a aldeia de Uva acolhe a terceira edição da “Festa dos Pombais”, um evento cultural organizado pela Palombar, que visa promover o património arquitetónico desta aldeia do concelho de Vimioso, onde existem mais de 40 pombais tradicionais, agora totalmente recuperados.

    “O nome da festa é inspirado nestes icónicos edifícios, que fazem parte do património arquitetónico e comunitário, ligados à conservação da natureza e que queremos dar a conhecer, através desta festa que simultaneamente dinamiza a aldeia, nas vertentes cultural, económica a socialmente”, explica a organização do evento,

    O programa da festa inclui visitas guiadas aos pombais, teatro, oficinas para crianças, espetáculos musicais e um mercado tradicional, com artesanato e gastronomia.

    No ano em que completa um quarto de século (25 anos), a organização não governamental de ambiente Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural avança que vão ser recuperados todos os pombais tradicionais existentes na aldeia de Uva.

    “Nos campos de trabalho voluntário internacionais agendados para este mês de julho vai ser concluída a recuperação de todos os pombais da aldeia. Este feito é um marco histórico na conservação do património rural vernacular edificado em Portugal. Além do seu valor patrimonial e sociocultural, estes edifícios cumprem uma função ecológica de promoção da biodiversidade e conservação de espécies ameaçadas, como a águia-de-Bonelli (Aquila fasciata).”, indica a Palombar.

    Anualmente, a Festa dos Pombais é organizada pela União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva e pela Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, em colaboração com o Município de Vimioso e o apoio da Comissão de Festas de Uva 2025/2026.

    Destaques do programa:

    Passeio interpretativo e visita guiada aos pombais tradicionais

    Vamos percorrer a aldeia de Uva e os seus pombais tradicionais e visitar o "Pombal aberto", o qual permite descobrir o seu interior e mostrar ao detalhe o valor único deste património e a sua função social, cultural e ecológica. A visita será guiada por um técnico especializado da Palombar.

    TERRA LIVRE (concerto)

    Os Terra Livre lançaram o seu primeiro álbum, "Seeds, Roots, Flowers and Fruits", no princípio de 2019, contando com a participação de Manu Chao e outros ilustres. Uma viagem eclética que parte da World Music para descobrir aquilo a que soa a "Música da Terra". A banda portuguesa dá voz ao movimento ecologista emergente, um movimento espontâneo e natural, sem fronteiras nem líderes, que se manifesta localmente e à escala mundial. Cantando a consciência, a diversidade e a pluralidade a uma só voz, Terra Livre casa simplicidade e psicodelismo, mestiçagem e misticismo, ecologia e ativismo, e cristaliza em música os ensejos.

    DE L PRAINO À ESTRELA (concerto
    )

    Um projeto de Julieta Silva e Suzana Ruano, duas músicas que se cruzaram no grupo Las Çarandas e que têm partilhado muitos palcos ao longo dos últimos anos. DE L PRAINO À ESTRELA é o ponto de encontro do trabalho a solo das duas músicas dedicado às raízes musicais de cada uma: a Suzana traz a Lhéngua e as cantigas do Planalto Mirandês e a Julieta as da Serra da Estrela e fazem com que se fundam em palco, cruzando os universos culturais das duas geografias.

    CADERNO DE DARWIN (workshop de natureza e animação teatral)

    O Caderno de Darwin é um Workshop e Animação Teatral com circuito de (re)interpretação da Natureza, através do humor, da expressão plástica, dramática e corporal dinamizados pela associação A Quinta Oficina.

    COLUMBA LIVIA SP. DOMESTICA: AGENTE CRÍTICO DE DESCODIFICAÇÃO DE POLÍTICAS ESPACIAIS (conversa pública de apresentação do projeto e vídeo)

    Este é um projeto de investigação e criação que propõe um olhar indisciplinar sobre o pombo como agente crítico e interface metabólico de descodificação de dinâmicas espaciais, socioculturais e geopolíticas. Ao longo da história, a relação entre humanos e pombos oscilou entre a veneração e a marginalização. De mensageiros a símbolos de resistência, de espécies-sentinela a praga urbana, os pombos desafiam categorizações rígidas entre domesticado e selvagem, útil e descartável, centro e periferia. O projeto mapeia e ativa ligações transterritoriais entre áreas periféricas rurais e centros urbanos, repensando a interação entre humanos e columbídeos para lá das narrativas convencionais.

    Fonte: Palombar