Vinicultura: Vinho de Valpaços foi o grande vencedor do concurso VinDuero-VinDouro 2025

Vinicultura: Vinho de Valpaços foi o grande vencedor do concurso VinDuero-VinDouro 2025

A localidade espanhola de Trabanca (Salamanca) voltou a ser o palco do Concurso Internacional Prémios VinDuero-VinDouro 2025, um certame vinícola que nesta 25ª edição contou com a participação de vinhos portugueses e espanhóis e teve como grande vencedor um vinho transmontano, da região de Valpaços.

O concurso ibérico realiza-se anualmente em Trabanca, uma localidade situada na província de Salamanca, nas Arribas do Douro, uma região propícia para o cultivo da vinha, nas margens do rio.

De acordo com o enólogo e co-gerente da Tanoaria J.M.Gonçalves, Abílio Gonçalves, o Concurso Internacional Prémios VinDuero-VinDouro, é o maior certame ibérico do setor vinícola.

“Os prémios VinDuero-VinDouro visam destacar o vinho como um valioso e representativo produto patrimonial de ambos os lados da fronteira”, começou por dizer.

Segundo a organização, nesta 25ª edição do concurso ibérico foram distinguidos 163 vinhos, sendo que 138 receberam a medalha de ouro e 25 a medalha de prata.

Na edição feminina, 139 vinhos avaliados pelas senhoras, receberam a medalha de ouro.

“O vinho avalia-se pelo aspeto visual, isto é, pela limpidez, pelo aroma e pelo gosto”, explicou Abílio Gonçalves.

O grande vencedor do concurso ibérico deste ano, foi o vinho Quinta do Salvante Vinhas Velhas Tinto 2019, produzido em Valpaços, que recebeu 97,03 pontos. Este vinho transmontano foi descrito como sendo “elegante, fresco, estruturado e complexo” e é produzido em vinhas centenárias, plantadas em solo granítico a 500 metros de altitude.

Segundo os participantes, de ano para ano, o concurso ganha notoriedade pela qualidade dos vinhos apresentados e pelo profissionalismo e rigor da equipa de provadores internacionais.

Sobre as perspectivas vinícolas para o próximo ano, as vindimas que começam neste mês de setembro perspectivam uma ligeira quebra na colheita, mas a qualidade das uvas é considerada “apreciável”.

HA

Palaçoulo: Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário celebram-se desde 1917

Palaçoulo: Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário celebram-se desde 1917

A 2 de setembro, concluíram-se em Palaçoulo, as Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, considerada a festividade mais importante desta localidade do concelho de Miranda do Douro, que já se celebra desde 1917 e teve origem numa promessa feita pela população, pedindo a cura dos animais.

O presidente da freguesia de Palaçoulo, Gualdino Raimundo, revelou que no período festivo, a população local que trabalha nas indústrias de cutelaria e tanoaria da aldeia, aproveita para gozar uma semana de férias.

“O paradigma económico de Palaçoulo mudou radicalmente, dado que passamos de uma localidade agropecuária, para um centro industrial onde predominam as fábricas de cutelaria e tanoaria. Também por isso, a freguesia de Palaçoulo quis homenagear estas indústrias, com a colocação de três monumentos alusivos a estas artes, nas várias entradas de Palaçoulo”, disse o autarca.

Questionado sobre a introdução das chegas de touros no programa de festas, Gualdino Raimundo justificou que após a solicitação da comissão de festas, decidiram recuperar uma antiga tradição da aldeia.

“Em 2023, os mordomos da festa em honra de Nossa Senhora do Rosário propuseram à freguesia de Palaçoulo a realização das chegas de touros mirandeses no programa da feira anual. Com a recuperação desta antiga tradição, a intenção é a de atrair a vinda de mais público à feira, ao almoço organizado pela comissão de festas, às danças dos pauliteiros e ao arraial”, justificou.

Da Comissão de festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, Amélia Pires, disse que a mordomia deste ano foi constituída por cinco casais e três solteiros. Ao longo do ano, estas trezes pessoas realizaram várias atividades mensais (jantares, takeaway de churrascadas e bifanas) para angariar dinheiro para a festa que se realiza no final do mês de agosto.

“Em Palaçoulo, organizar uma semana de festividades é um encargo exigente. O apoio que recebemos do município de Miranda do Douro e os patrocínios de empresas corresponde apenas a 10%, pelo que temos que ser criativos e desenvolver outras atividades que nos permitam gerar mais receitas,”, indicou

No programa festivo deste ano, para além dos concertos musicais a Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, proporcionou atividades recreativas como insufláveis para as crianças, pinturas faciais, o jogo do prego, jantares convívio e um jogo de futebol solteiros vs casados.

Do lado da população, Amaro Martins, que vive em Palaçoulo há 70 anos, afirmou que a Festa em honra de Nossa Senhora do Rosário inicia-se a 27 de agosto, com a realização da feira anual. Atualmente, a feira, a par dos habituais feirantes, conta com a participação de artesãos e produtores locais, assim como a exposição de tratores e máquinas agrícolas.

“O início das festas de verão, em honra de Nossa Senhora do Rosário, é um momento muito apreciado pela população de Palaçoulo, que após um ano de trabalho, costuma tirar uma semana de férias para o descanso, a celebração e o convívio”, disse.

Durante a tarde, o dia da feira em Palaçoulo, prosseguiu com as chegas de touros mirandeses, ainda que este ano houve pouca luta, dada a ausência dos melhores animais por causa do Concurso Nacional de Bovinos Mirandeses que se realizou em Bragança, no fim-de-semana de 29 a 31 de agosto.

Sobre o programa religioso da Festa em honra de Nossa Senhora do Rosário, a esposa, Maria Isabel Martins, explicou que a origem desta festa se deve a uma promessa feita em 1917, solicitando a cura dos animais.

“Naquele tempo diz-se que havia uma doença, talvez a peste, que estava a provocar a morte dos animais na aldeia, Para resolver este problema, a população de Palaçoulo decidiu rezar a Deus e num sorteio realizado para pedir a intercessão de um santo, saiu a imagem de Nossa Senhora do Rosário. A verdade é que a doença desapareceu e desde então, há 108 anos, é realizada uma festa dedicada a Nossa Senhora do Rosário, sempre no dia 2 de setembro de cada ano”, explicou.

Em Palaçoulo, a festa em honra de Nossa Senhora do Rosário começou por ser apenas a celebração religiosa da missa e da procissão, onde também participavam os animais: vacas, ovelhas, burros, etc., que transportavam sacos de oferendas como o trigo, batatas e outros produtos da terra.

Este ano, a celebração religiosa da missa e procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário contou com a participação de centenas de pessoas. Na homília, o padre Manuel Ribeiro, elogiou a população de Palaçoulo pela grande devoção a Nossa Senhora.

«Nas várias entradas de Palaçoulo, há várias imagens de Nossa Senhora. O próprio mosteiro designa-se de Santa Maria Mãe da Igreja”. E esta festa em honra de Nossa Senhora do Rosário, que já se celebra há 108 anos, é a mais importante da localidade. É uma honra e uma alegria pertencer a Nossa Senhora! Faço votos de que a gente de Palaçoulo continue a ser como Maria, dócil a Deus e gente de bom acolhimento!», disse o sacerdote.

A festa em Palaçoulo prosseguiu durante a tarde, com o concerto da Banda Filarmónica Mirandesa e encerrou à noite, com o arraial animado pelos grupos Midnes, Magma e DJ Barroso.

HA



Teatro: Bragança com 38 espetáculos até ao final do ano

Teatro: Bragança com 38 espetáculos até ao final do ano

O Teatro Municipal de Bragança tem programados 38 espetáculos de teatro, música e dança, até ao final do ano, adiantou o diretor do espaço cultural, João Cristiano Cunha.

Na apresentação da programação para os últimos quatro meses do ano, João Cristiano Cunha destacou a “diversidade” dos espetáculos, de “teatro, música e dança”. 

Este fim de semana de 6 e 7 de setembro arranca o festival “Música na Paisagem”, que tem como objetivo levar música a vários lugares do Parque Natural de Montesinho, “enquadrando-a na paisagem que é a natureza, as aldeias e as pessoas”. Pela primeira vez, acontece no Santuário Nossa Senhora da Hera, em Cova de Lua.

Destaque ainda para o Bragança Classicfest, que vai já na quinta edição, um festival de música erudita, que decorre de 27 de setembro a 11 de outubro, com oito espetáculos, quatro gratuitos, dos quais três acontecem na Igreja de São Francisco e o de abertura na Basílica de Santo Cristo de Outeiro. Os restantes acontecem no teatro municipal.

Entre 18 e 22 de novembro, haverá também o “Bô Jazz”, uma homenagem a Francisco Vidente de Sousa, uma fígura “ímpar” e “marcante” da cultura brigantina no século XX. O evento conta com a direção artistica do seu neto, que irá tocar, numa mesa DJ antiga, os discos do avô.

Ainda no que toca à música, o espaço cutural acolherá filhos da terra, nomeadamente, em novembro, com o regresso da banda “Odores de Maria”, cerca de 20 anos depois. Também contará com duas digressões nacionais, os 45 anos dos GNR e Pedro Abrunhosa e Comité Caviar.

Mantêm-se os espetáculos de serviço educativo, com ensaios abertos de carácter pedagógico, como forma de educar públicos, e ainda masterclasses para alunos de música. 

O público pode ainda contar com três coproduções teatrais, uma delas sobre o envelhecer em casa, um retrato do que acontece na região e no interior do país.

Contrariamente ao habitual, o Teatro Municipal de Bragança vai ser palco de uma projeção cinematográfica, do realizador João Botelho. “As meninas exemplares” é nome do filme, inspirado nas pinturas de Paula Rego, que também estarão em exposição no teatro de Bragança. Além disso, o realizador vai contactar com o público, numa sessão de comentários. 

A comédia também faz parte da agenda, com espetáculo “Lar Doce Lar” de Maria Rueff e Joaquim Monchique.

O diretor do teatro adiantou ainda que, de janeiro a julho, foram realizados 64 espetáculos, 86 sessões, que alcançaram 13.100 espectadores, com uma taxa global de ocupação de sala de 88,2%, níveis que considera de “excelência”. 

O orçamento anual do município de Bragança para a programação do teatro é de cerca de 400 mil euros.

“Está muito ajustado à realidade de Bragança, concelho e distrito. Temos apresentado dentro destes valores uma programação bastante eclética, de qualidade, e o público tem respondido”, rematou João Cristiano Cunha. 

O espaço cultural esteve fechado durante o mês de agosto, para manutenção. Abre hoje a bilheteira. 

Fonte: Lusa | Imagem: Teatro Municipal de Bragança

Cultura: Livro “Pedro Alecrim” em língua mirandesa

Cultura: Livro “Pedro Alecrim” em língua mirandesa

O livro “Pedro Alecrim”, do escritor António Mota, foi traduzido para língua mirandesa, com o título “Bai Pedro Bai”, numa alusão ao cancioneiro tradicional mirandês.

O livro foi publicado originalmente em 1988, conta com mais de 40 edições e relata o ambiente rural de um adolescente.

“Em ‘Bai Pedro Bai’, conhecemos Pedro, um rapaz que observa o quotidiano da sua aldeia e da sua escola com olhos curiosos e uma alma inquieta e começa a descobrir o mundo. Não é um menino rico, mas que gosta das coisas simples da vida”, disse o autor.

Vencedor do Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, o livro tem a seguinte sinopse: “Pedro Alecrim reparte os seus dias entre a escola, as brincadeiras com os amigos e o trabalho no campo para ajudar a família. Pedro gosta de andar na escola, embora se interrogue sobre a utilidade de algumas matérias e nem sempre aprecie o feitio de alguns professores. Os dias vão passando, com sonhos, alegrias e tristezas. A morte do pai alterará tudo”.

Segundo António Mota, o livro despertou a atenção dos tradutores para língua mirandesa, após uma apresentação em Miranda do Douro em 2023.

De acordo com a editora Asa, em comunicado, na versão em língua mirandesa de “Pedro Alecrim” “a história ganha uma nova sonoridade, preservando toda a sensibilidade e humor do original, enquanto valoriza e celebra o património linguístico e cultural de Portugal”.

Para Carlos Ferreira, um dos tradutores da versão mirandesa da obra, a par de Alice Almendra Ferreira, “Pedro Alecrim” é uma obra literária que muito se adapta à Terra de Miranda.

“A personagem do livro é uma criança que anda no sexto ano que vai e vem da escola e ajuda os pais na lavoura. Este livro acaba por ser biográfico, porque foi este o meu caminho”, relatou Carlos Ferreira.

No que respeita à tradução para língua mirandesa, segundo o tradutor, é feita de forma muito direta, porque está cheia de vocabulário ligado ao campo, área em que o mirandês está muito especializado.

“Acho que este livro vai ser muito importante, porque o ensino do mirandês nas escolas tem falta deste tipo de obras literárias de apoio e escritas na segunda língua oficial em Portugal. Assim, este livro vai ser um reforço para o ensino do mirandês nas escolas”, enfatizou Carlos Ferreira.

Segundo o tradutor existe muito pouca literatura para a faixa etária infantojuvenil em língua mirandesa. “Há muitas obras traduzidas para mirandês de várias temáticas, mas muito poucas para jovens”, observou.

O livro “Bai Pedro Bai” é apresentado no dia 17 setembro, Dia da Língua Mirandesa.

O mirandês passou a segunda língua oficial em Portugal há 27 anos, após a aprovação, na Assembleia da República, em 17 de setembro de 1998, da lei que reconhece esse estatuto ao idioma falado no concelho de Miranda do Douro e parte dos concelhos de Vimioso e Mogadouro, no distrito de Bragança.

O mais recente estudo feito pela Universidade de Vigo, com apoio e colaboração da Associação de Língua e Cultura Mirandesa, concluiu que haverá cerca de 3.000 falantes de mirandês na Terra de Miranda e que, se nada for feito, a língua caminhará para o seu declínio.

O mirandês é lecionado nas escolas de Miranda do Douro como disciplina opcional, sendo frequentada por mais de 80% dos alunos.

Fonte: Lusa

Ambiente: Quantidade de água desceu em todas as bacias hidrográficas

Ambiente: Quantidade de água desceu em todas as bacias hidrográficas

No mês de agosto, a quantidade de água armazenada desceu em todas as bacias hidrográficas do país, apresentando ainda assim armazenamentos superiores às médias, segundo os dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH).

No final de agosto, os armazenamentos, por bacia hidrográfica apresentaram-se superiores às médias do mês de agosto (1990/91 a 2023/24), exceto para as bacias do Mondego, Mira e Ribeiras do Barlavento.

Das albufeiras monitorizadas, 36% apresenta disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 4% inferiores a 40% do volume total.

As bacias do Douro e do Guadiana eram as que apresentavam maior volume de água com 88,2% e 84,9%, respetivamente, seguidas da do Vouga (79,5%), Sotavento (78,4%), Cávado (79,3%), Tejo (78%), Oeste e Alentejo (77%), Arade (75,7%) e Lima (71,5%)

No final de agosto, a bacia Barlavento era a que tinha menor quantidade de água com 48,4%, seguida da do Sado com 51,7%, Mira com 54,5% e Ave com 57,1%

A bacia hidrográfica do Barlavento algarvio foi durante muitos meses a que menos água retinha, tendo recuperado no último inverno. Há um ano tinha 16,7%.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Azinhoso: Restaurante “Baraço” abre as portas no dia 17 de setembro

Azinhoso: Restaurante “Baraço” abre as portas no dia 17 de setembro

O chef Luís Martins inaugurou no dia 29 de agosto, o restaurante “Baraço”, uma nova cozinha tradicional transmontana que está edificada num antigo palheiro, na aldeia do Azinhoso, no concelho de Mogadouro e abre as portas ao público a 17 de setembro.

O jovem empreendedor e chef de cozinha, Luís Martins, adiantou que a estratégia para vingar no mundo rural é apresentar bons produtos aos clientes, proporcionando-lhes um serviço de excelência e inovação na gastronomia.

“Acredito que com um serviço e produtos de excelente qualidade vamos conseguir atrair clientes ao restaurante Baraça, edificado na aldeia do Azinhoso, no concelho de Mogadouro. A minha família é natural desta aldeia e por isso sou conhecedor das potencialidades gastronómicas do planalto mirandês, onde se destacam o cordeiro mirandês, a vitela mirandesa, os produtos hortícolas e também a caça como o javali e a perdiz”, indicou.

Sobre a escolha do nome “Baraço” para o novo restaurante, o chef Luís Martins, explicou que a designação pretende homenagear a avó, Ana Moura, que confecionava uma deliciosa sopa, com ervas aromáticas, que atava num baraço.

“A minha avó materna, Ana Moura, fazia uma sopa, a tradicional canja de galinha que é um prato habitual nas festas das aldeias desta região, no qual utilizava uma técnica gastronómica, o ramo de cheiros preso com um baraço, que dava um delicioso sabor e aroma à sopa. A verdade é que a sopa era elogiada por todos e ficou conhecida como a sopa do baraço!”, contou.

O jovem Luís Martins fez o curso de Cozinha, em Lisboa, onde trabalhou até 2020, ano em que com o surgimento da pandemia e o consequente encerramento dos restraurantes ficou sem tabalho. Decidiu então viajar para a terra-natal da sua família, Azinhoso, no concelho de Mogadouro, onde se apaixonou pelo ritmo de vida do campo e pela qualidade dos produtos locais.

«Comecei a perguntar-me: e porque não trabalhar nesta região, onde há tão bons produtos, mesmo aqui à mão? Decidi então requalificar um antigo edifício do meu avô, Francisco Xavier, para instalar o restaurante Baraço, que foi inaugurado a 29 de agosto, data de aniversário do meu avô, que hoje faria 100 anos!”, disse.

A inauguração do “Baraço” consistiu num encontro com a população local, entidades e amigos e que inclui uma benção pelo pároco local, Duarte Gonçalves, seguida de um lanche-convívio e um momento musical protagonizado pelo grupo Alma de Esteva.

Para o pároco local, Duarte Gonçalves, a abertura deste novo restaurante na aldeia histórica do Azinhoso é um motivo de satisfação, dado o envelhecimento e o despovoamento.

“Tem sido difícil fixar e atrair os jovens nas aldeias, por isso é com grande satisfação que agradecemos a coragem e a iniciativa do Luís Martins, em abrir este restaurante na aldeia de Azinhoso, o que por sua vez vai atrair a vinda de pessoas e turistas”, disse.

Presente na inauguração do restaurante “Baraço”, o presidente do município de Mogadouro, António Pimentel, felicitou o jovem empreendedor, Luís Gonçalves, pela coragem em investir e desenvolver a sua atividade profissional na aldeia do Azinhoso.

“O município de Mogadouro é uma referência de vanguarda nos vários apoios que presta à fixação de pessoas e ao desenvolvimento de atividades profissionais. Relembro, por exemplo, que o município atribui 5 mil euros pela criação de cada posto de trabalho e se o contrato for sem termo acresce o pagamento de 48 meses das contribuições para a Segurança Social”, indicou.

Sobre a importância histórica da aldeia do Azinhoso, António Pimentel, referiu que esta localidade do concelho de Mogadouro recebeu foral em 1386, pelo reio D.João I e em 1520, D.Manuel I renovou a carta de foral da aldeia. Mais tarde, em 1647 chegou a ter hospital e Misericórdia. Atualmente, uma das principais atrações do Azinhoso é a Igreja Românica e o pelourinho, símbolo da autonomia administrativa.

Também presente na aldeia do Azinhoso, para a inauguração do restaurante “Baraço”, o produtor de vinhos, António Picotês, congratulou-se com a iniciativa do amigo, Luís Martins.

“Depois de ter adquirido conhecimentos e experiência profissional noutras latitudes, o Luís Martins, descobriu que o planalto mirandês oferece excelentes condições para viver e trabalhar na gastronomia. É por isso com muito regozijo que vim apoiar o Luís no inicio desta nova empresa”, disse.

Sobre a requalificação do edifício do novo restaurante “Baraço”, o empreiteiro, David Amado, disse que foi realizado um restauro com materiais como o xisto, madeira, ferro e betão.

“O espaço do restaurante é muito apelativo, dado que os clientes vão ver a cozinha e a lareira, onde o chef Luís Martins vai confecionar os diferentes pratos gastronómicos. O rês-do-chão é uma cave esculpida na rocha”, descreveu.

Em Azinhoso, o restaurante “Baraço” está localizado na rua do Bostelo e vai abrir as portas ao público no dia 17 de setembro.

HA





Ecologia: Papa convida a celebrar Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Ecologia: Papa convida a celebrar Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

O Papa Leão XIV associou-se à celebração ecuménica e ecológica do ‘Tempo da Criação’, uma iniciativa anual que reúne milhões de cristãos em oração e ações em defesa do ambiente, entre 1 de setembro e 4 de outubro.

“1 de setembro é o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. Há dez anos, o Papa Francisco, em sintonia com o patriarca ecuménico Bartolomeu I, instituiu esse dia para a Igreja Católica. Ele é mais importante e urgente do que nunca, e este ano tem como tema ‘Sementes de Paz e Esperança’”, referiu Leão XIV.

A iniciativa encerra-se simbolicamente a 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis.

“No espírito do Cântico do Irmão Sol, composto por ele há 800 anos, louvamos Deus e renovamos o compromisso de não destruir o seu dom, mas de cuidar da nossa casa comum”, concluiu o Papa.

O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, da Santa Sé, refere que “consciente da importância da ecologia humana integral, viver o Tempo da Criação é uma oportunidade de unir-se aos muitos esforços de cristãos e pessoas de boa vontade em todo o mundo que trabalham pela conversão ecológica”.

A iniciativa anual é promovida e apoiada por várias entidades, incluindo o Movimento ‘Laudato Si’, o Conselho Mundial de Igrejas, a Federação Luterana Mundial e a Comunhão Anglicana.

Em julho, Leão XIV publicou a sua primeira mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, alertando para o impacto das alterações climáticas, em particular sobre os mais pobres.

“Em várias partes do mundo, já é evidente que a nossa terra está a cair na ruína. Por todo o lado, a injustiça, a violação do direito internacional e dos direitos dos povos, a desigualdade e a ganância provocam o desflorestamento, a poluição, a perda de biodiversidade. Os fenómenos naturais extremos, causados pelas alterações climáticas provocadas pelo homem, estão a aumentar de intensidade e frequência, sem ter em conta os efeitos, a médio e longo prazo, de devastação humana e ecológica provocada pelos conflitos armados”, escreve.

“Parece ainda haver uma falta de consciência de que a destruição da natureza não afeta todos da mesma forma: espezinhar a justiça e a paz significa atingir principalmente os mais pobres, os marginalizados, os excluídos. A este respeito, o sofrimento das comunidades indígenas é emblemático”, acrescenta.

Leão XIV denuncia que a natureza se torna, “por vezes”, um instrumento de troca, “uma mercadoria a negociar para obter ganhos económicos ou políticos”, e, nessas dinâmicas, “a criação transforma-se num campo de batalha pelo controlo dos recursos vitais”, como testemunham as zonas agrícolas e as florestas, “perigosas por causa das minas, a política da ‘terra queimada’”, os conflitos nas fontes de água, “a distribuição desigual das matérias-primas”.

Segundo o Papa, a justiça ambiental – “implicitamente anunciada pelos profetas” – “já não pode ser considerada um conceito abstrato ou um objetivo distante”, mas representa uma necessidade urgente que “ultrapassa a mera proteção do ambiente”, é verdadeiramente uma questão de justiça social, económica e antropológica.

Para os que creem em Deus, além disso, é uma exigência teológica, que para os cristãos tem o rosto de Jesus Cristo, em quem tudo foi criado e redimido. Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das alterações climáticas, do desflorestamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade.”

‘Sementes de Paz e Esperança’, é o tema do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025 e foi ainda escolhido pelo Papa Francisco; Leão XIV acrescenta que “adquire todo o seu significado”, no contexto do Ano Santo, o Jubileu ‘peregrinos de Esperança’.

Para o Papa chegou verdadeiramente o tempo de “dar seguimento às palavras com obras concretas”, trabalhar com dedicação e ternura, “muitas sementes de justiça podem germinar, contribuindo para a paz e a esperança”, e das iniciativas da Igreja, que são como sementes, destaca o projeto ‘Borgo Laudato si’, que o Papa Francisco deixou como “herança” em Castel Gandolfo, “uma semente que pode dar frutos de justiça e paz”.

Leão XIV lembra que Jesus, na sua pregação, usa com frequência a imagem da semente para falar do Reino de Deus, “na véspera da Paixão, aplica-a a Si mesmo”, e explica que a semente se entrega “inteiramente à terra e, com a força impetuosa do seu dom, a vida germina, mesmo nos lugares mais inesperados”, como as flores que crescem à beira da estrada, que “conseguem decorar o cinzento do asfalto e penetrar na sua dura superfície”.

Fonte: Ecclesia Fotos: HA e Flickr

Sociedade: Contributo dos afrodescendentes em Portugal

Sociedade: Contributo dos afrodescendentes em Portugal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu o reconhecimento da “contribuição da diáspora africana para a sociedade portuguesa”, na celebração do Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes.

“A contribuição da diáspora africana para a sociedade portuguesa deve ser reconhecida e acompanhada pelo combate a todas as formas de discriminação e violência contra as pessoas afrodescendentes, assinalada também neste dia”, indica a nota divulgada pela presidência.

Marcelo diz pretender homenagear os afrodescendentes que “revigoram e enriquecem” Portugal.

“Que nos possamos encaminhar no sentido de uma vizinhança fraterna e sem preconceitos, em que vivemos como iguais no sentido de um Portugal mais justo e menos desigual”, adianta.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, a população afrodescendente representava 6,1% dos residentes em Portugal, com idades entre os 18 e os 74 anos e cerca de um terço (31,7%) já tinha sofrido discriminação.

Quase três quartos (72,8%) dos afrodescendentes consideravam existir discriminação em Portugal e mais de metade (55,2%) já tinha testemunhado situações de discriminação.

Dos 462,4 mil afrodescendentes que em 2023 residiam no país, 201,6 mil (2,7%) eram de primeira geração, 238,6 mil (3,1%) de segunda geração e 22,3 mil (0,3%) de terceira geração.

Proclamado pelas Nações Unidas em 2020, o Dia Internacional dos Afrodescendentes visa a promoção e proteção dos direitos das pessoas de ascendência africana e destacar as suas contribuições para a sociedade, bem como reconhecer a riqueza das culturas africanas e afrodescendentes e reforçar o compromisso com a igualdade, justiça e desenvolvimento para todos os povos de ascendência africana.

Em 17 de dezembro de 2024, a Assembleia-Geral da Nações Unidas aprovou a Segunda Década Internacional para Pessoas de Ascendência Africana, com o tema “Pessoas de ascendência africana: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, que se iniciou a 01 de janeiro deste ano e termina a 31 de dezembro de 2034.

Fonte: Lusa | Foto: FPF

Ensino Superior: 2.ª fase de acesso com quase 16 mil vagas

Ensino Superior: 2.ª fase de acesso com quase 16 mil vagas

As universidades e politécnicos vão disponibilizar quase 16 mil vagas para a 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujas candidaturas terminam a 3 de setembro.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), vão a concurso 15.923 vagas, sendo a esmagadora maioria lugares para os quais não houve candidatos durante a 1.ª fase.

Na primeira tentativa para entrarem no ensino superior, mais 43 mil alunos ficaram colocados numa instituição pública, mas ficaram por ocupar 11.513 vagas.

A esse número, somam-se 4.401 lugares para os quais houve estudantes colocados, que acabaram por não se inscrever, e outras 20 vagas adicionais.

Entre os cursos com mais vagas disponíveis na 2.ª fase há vários na área de Engenharia Informática e sobretudo em instituições do interior do país, como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, os institutos politécnicos de Bragança, Castelo Branco e Guarda.

O prazo de candidatura à 2.ª fase do concurso nacional de acesso arrancou no dia 25 de agosto e termina na quarta-feira, dia 3 de setembro.

Até 31 de agosto, tinham-se candidatado 12.889 estudantes, segundo os dados atualizados diariamente na página da Direção-Geral do Ensino Superior. 

Os resultados serão divulgados em 14 de setembro, seguindo-se depois uma 3.ª fase, entre 23 e 25 de setembro, com as vagas sobrantes.

Fonte: Lusa

Póvoa: Festa em honra de Nossa Senhora do Naso nos dias 6, 7 e 8 de setembro

Póvoa: Festa em honra de Nossa Senhora do Naso nos dias 6, 7 e 8 de setembro

A Festa em honra de Nossa Senhora do Naso celebra-se nos dias 6, 7 e 8 de setembro, com as celebrações religiosas e atividades como o concurso de asininos, a feira anual, as chegas de touros mirandeses e os espetáculos musicais, no renovado recinto do Santuário do Naso, localizado na Póvoa (Miranda do Douro).

A Festa em honra de Nossa Senhora do Naso iniciou-se a 29 de agosto, com a oração da novena, na igreja matriz da Póvoa e as celebrações religiosas da Lutuosa e da Lutuosa Geral, na capela do santuário do Naso.

Esta sexta-feira, dia 5 de setembro, a festividade prossegue na aldeia da Póvoa, com o Dia da Mocidade, dedicado aos grupos de gaiteiros e pauliteiros locais.

Ao longo do dia sábado, 6 de setembro, realiza-se no recinto do Santuário do Naso, o já tradicional Concurso Nacional de Raça Asinina de Miranda. À noite (20h00), conclui-se a oração da Novena, com a procissão de velas desde a igreja matriz da Póvoa até ao Santuário do Naso. Após a celebração religiosa, inicia-se a programação musical com os concertos da Banda MM Show e a Discoteca Chocolate.

Na manhã de Domingo (7 de setembro), inicia-se a feira anual, que decorre até 8 de setembro, sendo esperados mais de uma centena de feirantes no recinto do santuário do Naso. A missa dominical está agendada para as 15h00. Na tarde de Domingo, a confraria do Naso programou uma novidade, as Chegas de Touros Mirandeses, com início às 17hh00. Para o serão, o programa festivo inclui a animação musical dos grupos NV3, a Banda Cordosom e a discoteca Space.

Na segunda-feira, dia 8 de setembro, a missa solene da Natividade de Nossa Senhora celebra-se às 14h00, com a animação musical da Banda Filarmónica Mirandesa. A festa prossegue ao longo do dia e encerra com os concertos dos grupos Mega W e Costa Verde.

A Festa em honra de Nossa Senhora do Naso é organizada anualmente, por três casais da aldeia da Póvoa, que assumem essa missão durante três anos consecutivos. Ao longo do ano, os mordomos da Confraria de Nossa Senhora do Naso, organizam várias atividades, com a finalidade de angariar dinheiro para a realização da festa em setembro.

“Durante o ano trabalhamos no bar da confraria, na loja de artigos religiosos e na organização de várias atividades como o magusto de São Martinho, a festa de São João Baptista e os jantares convívio mensais, com o objetivo de juntar dinheiro para pagar as despesas festa no mês de setembro”, indicou o mordomo e juiz da festa, Aquilino Ginjo.

Este ano, a Festa em honra de Nossa Senhora do Naso tem como novidade a construção de um muro no recinto do santuário. De acordo com Aquilino Ginjo, mordomo e juiz da Confraria do Naso, a obra teve um custo de 50 mil euros, sendo comparticipado com 25 mil euros pelo município de Miranda do Douro e 2500 euros pela freguesia da Póvoa.

“A obra visa embelezar e delimitar o recinto do Santuário do Naso, tornando também o espaço mais seguro. Apelo a ajuda de todos para que façam donativos de modo a angariar o dinheiro que falta para pagar a despesa da obra”, apelou o mordomo.

Outra novidade no programa da festa é a introdução das chegas de touros mirandeses. Com esta nova iniciativa, a comissão da Festa em honra de Nossa Senhora do Naso pretende recuperar uma antiga tradição das aldeias do planalto mirandês.

“Antigamente, a agricultura e a pecuária eram as principais atividades das gentes nas aldeias do planalto mirandês e as chegas de touros de raça mirandesa faziam parte da animação das feiras e romarias. Com a introdução desta antiga tradição na festa em honra de Nossa Senhora do Naso, pretendemos atrair ainda mais gente ao Santuário do Naso”, justificou o mordomo.

HA