Ambiente: Prazo de limpeza de terrenos terminou a 30 de abril

O prazo para a limpeza de terrenos florestais terminou a 30 de abril e os proprietários em incumprimento arriscam a aplicação de coimas, que podem chegar até aos 5.000 euros para pessoas singulares e até 25.000 euros para pessoas coletivas.

A partir de 30 de abril, as câmaras municipais podem substituir-se aos proprietários na limpeza do mato, que ficam obrigados a permitir o acesso aos seus terrenos e a pagar as despesas à câmara.

A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) defendeu a prorrogação do prazo para limpeza de terrenos de 30 de abril para meados de maio, justificando que os trabalhos têm sido prejudicados pelo tempo seco e pelos alertas de risco de incêndio.

Vários municípios afetados por incêndios nos últimos anos disseram que está a ser mais difícil cumprir o prazo para a limpeza de terrenos, devido ao aumento dos preços deste tipo de trabalho, à falta de mão-de-obra e à falta de cadastro para identificação dos proprietários.

Não houve qualquer decisão do Governo para prorrogar esse prazo, tendo o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, feito um “balanço positivo” do esforço que entidades públicas e privados têm feito na limpeza de terrenos e matas, no âmbito da prevenção dos incêndios rurais.

Neste âmbito, a Guarda Nacional Republicana (GNR) começa, a partir de segunda-feira, 1 de maio, a fase de fiscalização dos trabalhos de limpeza da floresta, contabilizando já a identificação de quase 14.000 locais em risco de incumprimento da limpeza obrigatória de terrenos.

De acordo com o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, decreto-lei n.º 82/2021, o incumprimento dos deveres de gestão de combustível, ou seja, de redução de material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação do fogo, através do corte de ervas, arbustos e árvores em algumas áreas, é qualificado com contraordenação grave.

As coimas variam entre 500 euros e 5.000 euros, no caso de pessoas singulares, e 2.500 euros e 25.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

A GNR indicou que, no âmbito da campanha “Floresta Segura 2023”, foram identificados, até 9 de abril, 13.949 locais em risco de incumprimento da limpeza obrigatória de terrenos, com o objetivo de minimizar os riscos de incêndio em zonas prioritárias, que, de acordo com a lei, deve ser feita até 30 de abril.

O número deste ano é superior ao de 2022, em que foram identificados 10.989 locais de risco.

No mesmo período deste ano, a GNR registou 16 autos de contraordenação por queimas e 58 por queimadas de sobrantes não autorizadas, quando em 2022 foram um total de 362 e 123, respetivamente.

Este ano já foram detidas 34 pessoas por incêndio florestal, quando em todo o ano passado foram detidas 72.

Relativamente às contraordenações, em 2022 foram 4.359 as coimas por incumprimento da limpeza de terrenos florestais, segundo dados da GNR.

Os proprietários de terrenos estão obrigados a proceder à gestão de combustível (limpeza de vegetação) numa faixa de largura não inferior a 50 metros à volta de habitações e outras edificações inseridas em espaços rurais, sendo que no caso de aglomerados populacionais, parques de campismo e zonas industriais, esta faixa de proteção se estende até aos 100 metros.

Em março deste ano, foi publicada uma lista com 998 freguesias prioritárias, que deverão ter precedência na fiscalização e cumprimento da lei em vigor (em https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/3780-2023-210931890).

No âmbito dos incêndios rurais, a GNR realçou que a proteção de pessoas e bens é uma das suas prioridades estratégicas, com base na prevenção e no reforço de patrulhamento nas áreas florestais.

“Considerando que a maioria das ocorrências de incêndio se deve ao uso negligente do fogo, a GNR recomenda que nas atividades agroflorestais sejam utilizados métodos alternativos à queima de sobrantes de exploração (por exemplo estilhaçamento e incorporação no solo) para diminuição do risco de incêndio”, sublinhou.

A Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, funciona em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

Fonte: Lusa

1.º maio: Igreja Católica associa-se à celebração, evocando São José Operário

A Igreja Católica celebra a 1 de maio, desde 1955, a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.

A celebração litúrgica de São José operário foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos: “Longe de despertar discórdia, ódios e violência, o 1º de maio é e será um recorrente convite à sociedade moderna a realizar aquilo que ainda falta à paz social”.

São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX.

A 8 de dezembro de 2021, o Papa Francisco assinalou no Vaticano o final do Ano de São José, que convocou para assinalar o 150º aniversário da sua declaração como padroeiro da Igreja Universal.

Foi nesse dia, em 2020, que Francisco proclamou o Ano de São José com a carta apostólica ‘Patris corde’, com o objetivo de ajudar as pessoas a redescobrir esta “extraordinária figura”.

A carta do Papa apresentava “algumas reflexões pessoais” sobre São José, destacando que “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício”, ligado também ao mundo laboral.

“Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo”, sustentou Francisco.

O Dia do Trabalhador, celebrado anualmente a 1 de maio, destaca não só as conquistas no campo dos direitos dos trabalhadores, mas pretende também sensibilizar para a falta de condições de trabalho que ainda se verificam por todo o mundo.

Esta data teve origem na histórica greve geral de Chicago, ocorrida a 1 de maio de 1886, na qual foram reivindicadas melhores condições laborais e salariais. A data foi oficializada a 14 de julho de 1989, no Congresso Operário Internacional, em Paris.

Em Portugal, o feriado do Dia do Trabalhador começou a ser assinalado em 1890. Todavia, as comemorações cessaram com o início do regime do Estado Novo. Posteriormente, o 1.º de maio voltou a ser ceelbrado em maio de 1974, 8 dias após a Revolução dos Cravos.

Fonte: Ecclesia

DOMINGO IV DA PÁSCOA – ANO A / DOMINGO DO BOM PASTOR / ÚLTIMO DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

A quem sigo?

At 2, 14a.36-41 / Slm 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 / 1 Pe 2, 20b-25 / Jo 10, 1-10

O Domingo IV de Páscoa é chamado «Domingo do Bom Pastor». Esta é uma imagem bíblica muito cara ao povo de Israel que Jesus assume para si. Em tempo pascal, esta narrativa fala-nos dos traços do Senhor ressuscitado. Como canta o Salmo: «O Senhor é meu pastor: nada me falta».

O Evangelho de São João traz-nos três imagens simbólicas muito claras: o Pastor, a porta e o ladrão. O Pastor é descrito como alguém de confiança que entra pela porta do redil das ovelhas, cuja voz é conhecida por elas, a quem chama individualmente pelo nome e que caminha à sua frente com autoridade. De seguida, a porta é vista aqui como um lugar de passagem, de modo que quem entra por ela será salvo e em seu redor encontra pastagens verdejantes. Por fim, o ladrão é aquele que entra por uma porta dos fundos, escondida, possui uma voz estranha ao rebanho e vem para roubar e matar.

Jesus é o Bom Pastor que nos congrega junto de si, que nos conhece e nos chama a fazer parte do seu rebanho. Ao mesmo tempo, Jesus é a porta pela qual entramos numa vida em Deus. Sabemos que a porta não é necessariamente larga, por vezes é estreita e apertada, mas vale a pena o esforço de a poder ultrapassar.

Por fim, o ladrão remete-nos para os falsos pastores que, com propostas de felicidade fáceis e imediatas, nos fecham em nós próprios, como se fôssemos autossuficientes.

A partir daqui, somos convidados a refletir nas dinâmicas do Bom Pastor que aparece às claras na nossa vida, de forma transparente, falando a linguagem do amor. Por outro lado, vale a pena pensar nas dinâmicas sedutoras que seguem a lógica do ladrão: vêm às escuras e em segredo, para dividir e enganar, destruindo a paz na vida interior e nas relações. Onde identifico estas dinâmicas na minha vida?

Termina neste dia a Semana de Oração pelas Vocações. No rebanho da Igreja há lugar para todos. Uns são chamados à participação laical na comunidade eclesial, muitos a partir do matrimónio; outros a uma vida consagrada, seja em vida ativa ou em vida contemplativa; outros ainda são chamados ao sacerdócio ministerial. Mas todos comungamos da mesma alegria de sermos reunidos em redor do Bom Pastor. Como diz a Carta de São Pedro, outrora «éramos como ovelhas desgarradas, mas agora voltamos ao Pastor e Guarda das vossas almas».

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Economia: Vídeo sobre a cortiça conquista ouro no WorldMediaFestivals

O WorldMediaFestivals atribuiu à APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça o prémio ‘gold’, na categoria Marketing and Promotions: Marketing Strategies, pelo vídeo de promoção da cortiça ‘The Corkologist’.

‘The Corkologist’ é uma produção portuguesa, lançada em setembro pela APCOR com o objetivo de reforçar o posicionamento da cortiça e dos seus produtos à escala internacional, com uma difusão alargada em mercados-chave do setor da cortiça, como os Estados Unidos, França, Itália, Espanha e o Reino Unido, explica a APCOR em comunicado.

O vídeo está inserido no projeto de comunicação internacional InterCork, que foi também distinguido, na sexta-feira passada (21 de abril), como vencedor no Prémio Nacional da Sustentabilidade 20|30, na categoria Comunicação em Sustentabilidade Micro, Pequenas e Médias Organizações.

Fonte: Lusa

Cultura: Algoso integra Aldeias de Portugal

A aldeia de Algoso, localizada no concelho de Vimioso é uma das oito novas Aldeias de Portugal, anunciou a Associação do Turismo de Aldeia (ATA), que atribuiu a certificação.

Segundo a Associação do Turismo de Aldeia (ATA), o distrito de Bragança totaliza quatro novas aldeias classificadas: Podence, no concelho de Macedo de Cavalheiros, conhecida pelo Entrudo Chocalheiro, classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2019; Algoso, no concelho de Vimioso; Moimenta da Raia, no concelho de Vinhais, e Sambade, em Alfândega da Fé.

A sul, a rede de Aldeias de Portugal é reforçada com a entrada da Alte, em Faro.

No concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, as Argas (de Baixo, Cima e de São João), situadas na Serra d’Arga, atualmente em processo de classificação como Paisagem Protegida Regional, é a única União de Freguesias certificada.

No distrito de Aveiro, Folhense, no concelho de Vale de Cambra, e Vale de Ílhavo, no município de Ílhavo, são as novas aldeias classificadas com o selo que “atesta a identidade dos territórios mais genuínos do país”.

“Estamos particularmente orgulhosos destas adesões ao universo das Aldeias de Portugal, porque, além de evidenciarem a especial força da região norte na preservação dos seus territórios mais tradicionais, também refletem o reforço geográfico da marca no sul do país, cuja menor representatividade na rede era uma lacuna que lamentávamos”, afirmou diretora da ATA, Teresa Pouzada, citada na nota.

A responsável admitiu que “o processo de adesão é particularmente minucioso e obriga ao envolvimento de várias entidades, para garantia de que toda a comunidade associada ao povoado está efetivamente envolvida na candidatura e motivada para o projeto de desenvolvimento que a marca ‘Aldeias de Portugal’ preconiza”.

Mas, disse, “esperamos que a entrada de Alte na rede confira uma nova dinâmica à promoção dos territórios mais genuínos do Algarve, que está cheio de potencial neste domínio do turismo rural”.

A classificação agora anunciada põe fim a “alguns meses de análise dos diferentes aspetos exigidos para candidatura”.

“Estas novas adesões só provam como as Aldeias de Portugal, mesmo nas circunstâncias mais rurais, podem ser ativas, dinâmicas e, na realidade, uma verdadeira fonte de inspiração no que se refere à qualidade de vida a que todos devemos aspirar enquanto sociedade”, frisou Teresa Pouzada.

A ATA foi fundada em 1999 e é composta por várias instituições empenhadas em potenciar o desenvolvimento socioeconómico, a promoção turística e a preservação patrimonial dos territórios rurais mais representativos das origens da genuína identidade portuguesa.

Atualmente, a instituição conta com 17 associados de todo o país.

O selo Aldeias de Portugal “distingue os povoados mais característicos da ruralidade portuguesa, em vertentes como o património histórico e cultural, gastronomia e artesanato, práticas e costumes sociais, recursos naturais e agrícolas, ofícios e produtos regionais”.

Fonte: Lusa

Agricultura: Eduardo Oliveira e Sousa deixa presidência da CAP

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, vai deixar o cargo, passando para a mesa da assembleia-geral, e deverá ser substituído por Álvaro Mendonça e Moura, da Amêndoacoop – Cooperativa de produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo.

A 17 de abril, terminou o prazo para a apresentação das listas candidatas aos órgãos sociais da confederação para o triénio 2023-2026, tendo sido apresentada uma única, subscrita por 129 organizações associadas da CAP.

Apesar dos estatutos não preverem um número máximo de mandatos, Eduardo Oliveira e Sousa vai deixar o cargo, aparecendo agora como candidato à presidência da mesa da assembleia-geral.

Já como presidente é apontado Álvaro Mendonça e Moura, da Amêndoacoop – Cooperativa de produtores de Amêndoa de Torre de Moncorvo.

Como vice-presidentes são candidatos Domingos Filipe dos Santos (FNOP – Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas), Francisco Pavão (APPITAD – Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro), Gonçalo Andrade (Portugal Fresh), Joaquim Capoulas (Associação de Produtores do Mundo Rural da Região de Montemor-o-Novo), Jorge Rita (Federação Agrícola dos Açores) e Pedro Pimenta (Anpromis – Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo).

Como vogais da direção são candidatos António Marques, Bruno Marques, Fermelinda Carvalho, José Estêvão, José Duarte, Manuel Costa e Silva, Manuel Pereira e Sousa, Rita Bonacho, Rodrigo Vinagre e Sérgio Ferreira.

Integram ainda a candidatura a este órgão, como vogais suplentes, Amadeu Fernandes, Cláudio Soares, Eduardo Cruz, José Azevedo, José Maia, Luís Marcos, Luís Robalo, Pedro Batista, Rui Batista e David Alves.

Além de Eduardo Oliveira e Sousa, a proposta para a mesa da assembleia-geral integra Vitor Galantinho (vice-presidente), Fernando Moreira (secretário efetivo) e Joaquim Morgado (secretário suplente).

Por sua vez, a lista aponta para o Conselho Fiscal da CAP António Soares (presidente), António Raposo (membro efetivo), Henrique Damásio (membro efetivo) e Carla Pinto (membro suplente).

Álvaro Mendonça e Moura, nasceu em 1951 no Porto e é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.

O candidato a presidente da CAP foi secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, representante permanente junto das Nações Unidades, embaixador em Madrid e representante permanente junto da Comissão Europeia e dos organismos e organizações internacionais em Genebra.

Antes disso, foi embaixador em Viena, em 1992 foi chefe do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, depois de ter sido chefe do gabinete do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

Em 1990, foi diretor de serviços da África Subsariana, membro das negociações de Bicesse para a paz em Angola, depois de também ter passado pela embaixada em Pretória e pela delegação permanente junto da EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre) e do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), em Genebra.

Álvaro Mendonça e Moura dedica-se ao olival, à vinha e ao amendoal, é sócio da APPITAD, foi professor universitário e membro fundador do Círculo de Estudos do Centralismo.

As eleições dos titulares dos órgãos sociais da CAP vão ter lugar no dia 17 de maio.

Fonte: Lusa

Genísio: Bombeiros informam população sobre prevenção e medidas em caso de incêndio

Dada a proximidade do verão e das altas temperaturas, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (AHBVMD) realizou ao início da tarde desta quarta-feira, dia 26 de abril, uma ação de sensibilização junto da população de Genísio, para informar sobre os perigos de incêndio e as medidas a implementar na atividade agrícola.

Dando continuidade às ações de sensibilização junto da população do concelho de Miranda do Douro, os bombeiros voluntários estiveram no salão de festas, em Genísio, onde prestaram informações a cerca de 30 pessoas.

Na referida sessão, Paulo Almeida, da AHBVMD, lembrou a população sobre a importância de solicitar a prévia autorização para realizar as queimadas, junto da freguesia local ou na Câmara Municipal de Miranda do Douro.

“Estamos a iniciar a época do verão e convém alertar a população sobre os cuidados e os riscos na realização de queimadas. A necessária autorização para as queimadas permite que os bombeiros estejam presentes e informados sobre o local e o tipo de material ou sobrantes que pretendem queimar”, indicou.

Outros conselhos para a realização das queimadas são lavrar e limpar a área circundante, queimar os sobrantes em pequenas quantidades e de preferência em dias húmidos e sem vento e não abandonar o local sem que o fogo esteja extinto.

Em situações de descontrolo das queimadas, os bombeiros aconselham contatar o 112 ou ligar diretamente para os Bombeiros de Miranda do Douro (273 432 122).

“Tem-se verificado que muitas das queimadas que dão origem a incêndios são feitas por pessoas com idade avançada, que já não têm a agilidade e destreza física para controlar o fogo e que por vezes acabam por falecer nestes incêndios”, alertou.

Perante o deflagrar do incêndio, os bombeiros voluntários recomendam evitar a exposição ao fumo e a remoção das viaturas do caminho de acesso para facilitar a intervenção dos bombeiros.

Após a sessão de esclarecimento, os bombeiros voluntários proporcionaram à população de Genísio ações de medição dos parâmetros vitais, como o controlo da glicemia, da oximetria e medições da tensão arterial.

Para o presidente da Freguesia de Genísio, José Marcelino Antão, estas ações de esclarecimento junto da população são sempre bem-vindas, dado que revelam a atenção e a vigilância dos bombeiros locais.

“É importante recordar às pessoas o que devem fazer em caso de incêndio e quem devem contatar. Em Genísio, não há muita floresta, no entanto é aconselhável ser prudente na limpeza dos terrenos e das imediações das casas”, indicou.

No âmbito desta obrigatoriedade de autoproteção e limpeza dos terrenos, o autarca, adiantou que em Genísio as pessoas têm correspondido de um modo “prático e voluntário” às recomendações feitas pela freguesia.

No concelho de Miranda do Douro, as ações de sensibilização sobre os perigos de incêndio e as precauções a implementar nas atividades agrícolas vão continuar segundo o seguinte calendário: 

27 de abril, em São Pedro da Silva, às 14h00
27 de abril, na Granja, às 15h00
27 de abril, em Fonte Ladrão, às 17h00

 28 de abril, em Duas Igrejas, às 14h00

2 de maio, em Cércio, às 14h00
2 de maio, em Vale de Mira, às 15h00

3 de maio, em Vila Chã da Braciosa, às 14h00
3 de maio, na Freixiosa, às 15h00

HA

Constantim: Festa de Nossa Senhora da Luz nos dias 29 e 30 de abril

No próximo fim-de-semana de 29 e 30 de abril vai realizar-se em Constantim, a romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz, um evento religioso e comercial que decorre em plena fronteira e que junta habitualmente milhares de portugueses e espanhóis.

Este ano, a festa vai começar na tarde de sábado, dia 29 de abril, às 16h00, com a procissão de Constantim até à ermida de Nossa Senhora da Luz, que dista 2 quilómetros da aldeia.

Anualmente, esta procissão atrai a vinda de milhares de pessoas das localidades de Portugal e da vizinha Espanha.

Os vizinhos espanhóis da aldeia de Moveros, por exemplo, organizam todos os anos uma peregrinação para acompanhar a procissão de Constantim até à ermida, construída a 895 metros de altitude, em plena fronteira com Espanha.

Para muitas pessoas, participar na procissão e acompanhar Nossa Senhora até à capela da Luz é o ponto alto da festa. Vão para agradecer a Nossa Senhora as promessas e os benefícios recebidos.

Antigamente, os peregrinos de Nossa Senhora da Luz tinham por tradição oferecer produtos da terra como trigo, batatas e ramos enfeitados com doces, que eram leiloados no final da festa.

A romaria prossegue no Domingo de manhã e o destaque deste dia é a descarga de morteiros, que assinala a abertura da feira internacional, um certame que atrai a vinda de muitos portugueses e espanhóis.

Noutros tempos, esta romaria internacional, em Constantim, foi considerada uma das mais importantes do nordeste transmontano.

No decorrer desta feira, os portugueses compravam habitualmente os cântaros espanhóis para guardar a água fresca no verão, assim como as tortilhas e o escabeche (peixe enlatado).

Do lado espanhol, “nuestros hermanos” apreciavam sobretudo a carne de vitela e a qualidade do café em Portugal.

Outra peculiaridade da festa em honra de Nossa Senhora da Luz é a tradição das famílias merendarem nas imediações da capela, com o frango guisado, os fritos e o presunto cozido.

Todos os anos, a romaria internacional em honra de Nossa Senhora da Luz é organizada por três casais da aldeia de Constantim, os chamados mordomos. A estes casais é confiada a manutenção da capela de Nossa Senhora da Luz, a limpeza do recinto, a montagem do palco para a realização da missa campal e a venda das lembranças nos dias da festa.

HA

Cultura: Venda de livros aumenta 8,3% face a 2022

Mais de 31 mil livros por dia foram vendidos em Portugal nos primeiros três meses deste ano, o que traduz um aumento de 8,3%, face ao período homólogo, segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

De acordo com dados disponibilizados pela Gfk, entidade independente que faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano, entre janeiro e março de 2023, foram vendidos mais de 2,8 milhões de livros em Portugal (2.804.879), o que representou um encaixe de 39.314.512 euros.

Em termos de vendas, estes 39,3 milhões de euros representam um acréscimo financeiro de mais de 12,6% face ao primeiro trimestre de 2022.

Para tal terá contribuído igualmente o preço médio do livro, que subiu 4%, para os 14,02 euros.

Nestes primeiros três meses do ano, entraram em circulação no mercado 2.419 novos livros, menos 214 do que no ano passado.

Relativamente aos pontos de venda, 70,03% dos livros vendidos no primeiro trimestre foram escoados por livrarias, enquanto 29,7% foram vendidos por hipermercados. Isto reflete-se igualmente nos valores de venda, já que 80,2% do total (31,5 milhões de euros) foram para as livrarias e 19,8% (7,8 milhões de euros) para os hipermercados.

Os dados relativos a este primeiro trimestre revelam um ligeiro aumento da procura de livros em livrarias, em detrimento dos hipermercados, quando comparados com o período homólogo de 2022.

Por categoria, o género mais procurado foi o infantojuvenil, com um peso médio de 33,6% no total das vendas, um preço médio de 10,67 euros por livro e um valor apurado correspondente a 25,6% do total.

Em segundo lugar, surgem os livros de não ficção (33,3%), a um preço médio de 16,86 euros, correspondendo a 40,1% do valor total angariado.

Seguem-se os livros de ficção, cujas vendas representaram 29,2% do total e contribuíram em 33,3% para o encaixe financeiro total. O preço médio a que estes livros foram vendidos foi de 15,95 euros.

O género menos representativo é o das campanhas/exclusivos, que contribuíram com 3,9% em número de unidades vendidas, com 1,1% do valor final apurado, tendo o preço médio destas publicações rondado os 3,91 euros.

Segundo dados anteriores da Gfk, o mercado livreiro em Portugal tem vindo a demonstrar uma tendência crescente desde 2021, depois de uma quebra abrupta verificada em 2020, devido à pandemia.

Fonte: Lusa

Saúde: Quase todas as crianças receberam as vacinas em 2022

Em 2022, as crianças até 1 ano de idade receberam todas as vacinas recomendadas, com o Programa Nacional de Vacinação (PNV) a atingir “excelentes coberturas” também nos restantes grupos etários.

“Durante os anos da pandemia e agora em 2022, continuamos com excelentes resultados no Plano Nacional de Vacinação (PNV), com excelentes taxas de cobertura”, salientou Teresa Fernandes.

Os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na Semana Mundial da Imunização, indicam que, no primeiro ano de vida, 98% a 99% das crianças foram vacinadas com todas as vacinas e doses previstas no PNV para essa faixa etária.

A cobertura vacinal nas crianças até aos sete anos de idade também foi elevada, ultrapassando a meta dos 95% na maioria das vacinas, enquanto nos adolescentes ficou em mais de 90% e nos adultos acima dos 80%, adiantou ainda a DGS na avaliação de 2022 do programa.

Quanto à vacinação completa de raparigas com a vacina do HPV (papilomavírus humano), passou a meta de 85% a partir do ano em que completam os 12 anos, mesmo durante a pandemia, enquanto a cobertura vacinal dos rapazes revela uma “excelente adesão à vacinação”, com coberturas muito próximas das obtidas no sexo feminino para a primeira dose.

No entanto, como a vacinação dos rapazes só foi introduzida em 2020, ainda não foi possível atingir a meta dos 85% para o esquema vacinal completo, o que quer dizer que “esta vacina ainda não atingiu a rotina na população masculina”, reconhece a DGS.

De acordo com os dados de 2022 do PNV, a cobertura vacinal das grávidas, para proteger o recém-nascido contra a tosse convulsa, mantém também níveis elevados de cerca de 90% e, desde a implementação da vacinação na gravidez, em 2017, que a “incidência da doença desceu significativamente”.

O cumprimento da vacinação de reforço contra o tétano e a difteria ao longo da vida variou entre 97% para quem completou dois anos de idade, 83% para quem tem 45 anos, e 84% aos 65 anos.

Para a coordenadora do programa, a cultura vacinal que se verifica em Portugal deve-se ao facto de o PNV ter tido “um bom berço” quando foi criado em 1965, com um planeamento e organização que fez com que a vacinação se “tornasse acessível a todas as pessoas, qualquer que fosse a sua condição social e económica”.

“As pessoas foram confiando ao longo do tempo” na importância da imunização, adiantou Teresa Fernandes, ao salientar que os princípios da gratuitidade e da universalidade da vacinação em Portugal também “ajudaram a fortalecer o PNV”.

Como exemplo da agilidade e da acessibilidade da vacinação no país, a coordenadora do PNV adiantou que, ao contrário do que se verifica em muitos outros países, em Portugal não é necessário marcar uma consulta médica para se ser vacinado, além de que o Serviço Nacional de Saúde disponibiliza uma rede de unidades vacinadoras em todo o território.

“Mesmo em 2020 e 2021, que foram anos fortes da pandemia, não houve uma perda de coberturas vacinais. A nível internacional, há alguma tendência de descrédito e de as pessoas procurarem informação não credível sobre a vacinação, mas em Portugal as pessoas continuam a acreditar na vacinação”, assegurou Teresa Fernandes.

Segundo disse, o PNV está em constante avaliação e foi revisto pela última vez em 2020, sendo possível que, em breve, sejam atualizadas as estratégias de acordo com novas vacinas que estão agora disponíveis no mercado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a assinalar a Semana Mundial da Imunização, uma iniciativa que decorre anualmente na última semana de abril e que, este ano, pretende sensibilizar para a importância de recuperar as taxas de vacinação para os níveis de 2019, depois de terem baixado devido à pandemia da covid-19.

Dados da OMS indicam que, a nível mundial, 25 milhões de crianças perderam pelo menos uma vacina essencial em 2021 e 18 milhões não receberam nenhuma vacina, uma situação que se verificou especialmente nos 20 países de com menores rendimentos, onde vivem mais de três quartos das crianças que não foram imunizadas.

Segundo a DGS, as vacinas que integram o PNV são as consideradas de primeira linha, isto é, que são comprovadamente eficazes e seguras e de cuja aplicação é possível obter os maiores ganhos em saúde.

Fonte: Lusa