IRS: Maioria dos municípios registaram subidas nos rendimentos declarados

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 96% dos municípios do continente, aumentou o número de sujeitos passivos que subiram dois ou mais decis na distribuição do rendimento bruto declarado no IRS, entre 2018 e 2020.

Segundo o Instituto Nacional de estatística (INE), esta análise retrata a mobilidade dos sujeitos passivos na distribuição do rendimento, ao nível dos municípios, entre 2018 e 2020.

No relatório, agora divulgado, o INE revelou que a maior proporção de sujeitos passivos que subiram dois ou mais decis na distribuição do rendimento bruto declarado deduzido do IRS, entre 2018 e 2020, foi registada no município de Odemira (16,9%) e a menor no município de Bragança (8,5%).

Na análise municipal da proporção de sujeitos passivos que desceram dois ou mais decis na distribuição do rendimento no mesmo período é destacado o município de Albufeira com o maior valor (16,9%) e o município de Montalegre (6,9%) com o menor valor, acrescentou o INE.

“A análise conjunta dos dois indicadores anteriores, ao nível municipal, revela que em 96% dos municípios (em 297 municípios com informação disponível), a deslocação em sentido ascendente na distribuição do rendimento entre 2018 e 2020 foi mais expressiva do que a mobilidade descendente e indicia também uma associação positiva forte entre a intensidade da mobilidade ascendente e descendente na distribuição do rendimento”, sublinhou.

Ainda segundo o INE, os maiores níveis de mobilidade ascendente verificaram-se em municípios localizados sobretudo na Região Autónoma dos Açores, no Algarve e no Alentejo.

O INE destacou também que a análise no Continente sugere um contraste Norte/Sul, “registando os municípios do Norte do país menor expressão neste indicador, evidenciando-se, contudo, maiores níveis de mobilidade em municípios em torno das áreas metropolitanas”.

O Alentejo Litoral foi a sub-região onde se verificou a maior amplitude entre municípios da proporção de sujeitos passivos que subiram dois ou mais decis na distribuição do rendimento, com o menor valor a registar-se em Santiago do Cacém (11,0%) e o maior em Odemira (16,9%).

A Região de Leiria registou a menor disparidade entre municípios, com a menor proporção a verificar-se em Ansião (11,2%) e a maior em Porto de Mós (12,9%).

Quanto aos maiores níveis de mobilidade descendente, entre 2018 e 2020, Albufeira registou a maior proporção de sujeitos passivos que desceram dois ou mais decis na distribuição do rendimento (16,9%) e “o valor mais baixo observou-se em Montalegre: em 2020, apenas 6,9% dos sujeitos passivos desceram dois ou mais decis na distribuição do rendimento, face a 2018”.

A sub-região da Beira Baixa registou a menor diferença entre municípios da proporção de sujeitos passivos que desceram dois ou mais decis na distribuição do rendimento – o menor valor registou-se em Oleiros (8,1%) e o maior em Penamacor (9,8%), enquanto o Algarve registou a maior disparidade – entre os municípios de Faro (11,3%) e Albufeira (16,9%).

O INE destacou ainda que, no período em análise, o PIB do país registou um decréscimo nominal de 2,3%, refletindo os efeitos da crise pandémica na atividade económica, que foram assimétricos ao nível sub-regional, com oscilações da taxa de variação nominal do PIB entre -18,6% no Alentejo Litoral e +4,4% em Viseu Dão Lafões.

Na Área Metropolitana de Lisboa, a sub-região com maior contributo para o PIB do país, a taxa de variação foi -2,7%, segundo o instituto de estatística.

Já o rendimento ao nível local, o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo registou, em 2020, um crescimento de 5,9% face a 2018, com variações entre os +3,0% no Algarve e +10,4% na sub-região do Douro.

O relatório completo do INE está disponível no ‘site’ do instituto, em www.ine.pt.

Fonte: Lusa

São Pedro da Silva: Passeio pelas grutas de Santo Adrião

No próximo Domingo, dia 28 de maio, vai realizar-se a II edição do Passeio Pedestre pelas Grutas de Santo Adrião, uma iniciativa da Associação Cultural e Recreativa de São Pedro da Silva (ACRSPS), que tem por finalidade dar a conhecer a história e a beleza natural das antigas minas de mármore, alabastro e calcário.

Segundo Pedro Fidalgo Gonçalves, da Associação Cultural e Recreativa de São Pedro da Silva (ACRSPS), esta é a II edição do passeio pedestre até às grutas de Santo Adrião, sendo que a primeira edição se realizou em 2019.

“Após a interrupção forçada por causa da pandemia, a associação ACRSPS decidiu voltar a organizar o passeio pedestre, como os objetivos de dar a conhecer a história das minas de Santo Adrião. E ao mesmo tempo, mostrar aos participantes, a beleza natural e a biodiversidade existente na freguesia de São Pedro da Silva”, disse.

Durante o século XX, as grutas ou minas de Santo Adrião tiveram uma relevante importância económica na região. Durante esse período, várias empresas instalaram-se no planalto mirandês para extrair rochas como o alabastro e o mármore, duas pedras ornamentais muito utilizadas na decoração de interiores ou para esculpir estatuetas. Outra riqueza extraída das minas era o calcário, com o qual se fabricava a cal utilizada para pintar as paredes.

Os tempos mudaram e atividade mineira terminou. Atualmente, as antigas minas de Santo Adrião são sobretudo locais de interesse turístico, quer pela sua história, quer pela beleza natural do local.


De acordo com a associação Palombar, as grutas de Santo Adrião são também um sítio de grande importância para a conservação de várias espécies de morcegos, onde se destaca o morcego-rato-pequeno (Myotis blythii). Outrora, este local também integrou a área de distribuição do lobo (Canis lupus).

Segundo o programa do passeio pedestre, esta atividade vai iniciar-se na localidade de São Pedro da Silva, com partida às 8h30, na manhã do próximo Domingo, dia 28 de maio.

Ao longo da caminhada, os participantes vão seguir o curso da ribeira até chegar à área das minas de Santo Adrião, onde, segundo Pedro Gonçalves, poderão visitar algumas grutas.

“Nas grutas vamos contar a história da extração mineira no local e explicar como se fabricava, antigamente, a cal, nos fornos”, adiantou.

Depois da visita às grutas, os participantes vão almoçar no santuário de Nossa Senhora do Rosário. Segundo a organização, o passeio pedestre tem uma distância total de 9 quilómetros.

“Após o almoço, os caminhantes que pretendam percorrer o caminho de regresso a São Pedro da Silva podem fazê-lo, sendo que a distância do Santuário de Nossa Senhora do Rosário até à aldeia é de 4 quilómetros”, indicou.

A participação no passeio (com oferta de boné, reforço e almoço) tem um custo de 10€ para não sócios, 8€ para sócios e 5€ para crianças até aos 12 anos. As inscrições para o passeio pedestre realizam-se através dos seguintes contatos: 937878517 (telemóvel) e acrspsilva@gmail.com (email).

Aos participantes recomenda-se o uso de calçado confortável e roupa adequada para a época.

O II Passeio Pedestre pela Grutas de Santo Adrião é uma iniciativa da Associação Cultural e Recreativa de São Pedro da Silva, que conta com os apoios da União de Freguesias de Silva e Águas Vivas e da associação Palombar.

HA

Igreja: Papa visita Portugal de 2 a 6 de agosto

O Papa vai visitar Portugal de 2 a 6 de agosto deste ano, para presidir à JMJ Lisboa 2023, deslocando-se ainda ao Santuário de Fátima, anunciou o Vaticano.

“Por ocasião da próxima Jornada Mundial da Juventude, acolhendo o convite das autoridades civis e eclesiais de Portugal, Sua Santidade, o Papa Francisco deslocar-se-á a Lisboa, de 2 a 6 de agosto deste ano, realizando no dia 5, uma visita ao Santuário de Fátima”, assinala o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em declaração enviada aos jornalistas.

A Fundação JMJ Lisboa 2023 refere que “recebeu com muita alegria a notícia da oficialização, pela Santa Sé, da visita do Papa Francisco a Portugal”.

A chegada a Lisboa está prevista para o dia 2 de agosto e o seu regresso a Roma ocorrerá a dia 6 de agosto.

“Por vontade expressa do Papa Francisco, no programa oficial da visita constará ainda uma deslocação a Fátima, que decorrerá a 5 de agosto”, acrescenta o comunicado.

A organização da JMJ Lisboa 2023 sublinha que “a visita de cinco dias do Papa Francisco a Portugal constitui a mais longa estada alguma vez realizada por um Sumo Pontífice ao nosso País”.

Em maio de 2017, Francisco tornou-se o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (13 de maio de 1967), João Paulo II (12-15 de maio de 1982; 10-13 de maio de 1991; 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de 2010); São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.

No início de maio, o Papa dirigiu uma mensagem aos jovens participantes na JMJ Lisboa 2023, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto, convidando-os ao diálogo com os mais velhos, para preparar o encontro mundial.

“Um segredo para que se preparem bem: é bom olhar para as raízes. Procurem encontrar-se com os idosos. Muitos de vocês têm avós, visitem-nos e perguntem-lhes: no teu tempo, havia Jornada Mundial da Juventude? Não, claro. E a ti, que te parece que eu tenho de fazer?”, refere Francisco, em vídeo divulgado pela organização portuguesa da JMJ.

O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

O encontro mundial, que Portugal recebe pela primeira vez, inclui na sua programação um conjunto de eventos culturais, religiosos e desportivos, protagonizados pelos peregrinos da JMJ no “Festival da Juventude”, espalhado por 80 espaços da cidade.

O Comité Organizador Local (COL) explica que o Festival da Juventude quer proporcionar aos peregrinos da JMJ 2023 e à cidade de Lisboa “uma experiência de alegria, juventude, universalidade e fé, mostrando que a Igreja Católica é uma igreja viva e jovem, capaz de usar as linguagens e formas de arte da atualidade sem comprometer a mensagem que pretende transmitir”.

O evento decorre por toda a cidade de Lisboa, em palcos e espaços exteriores, mas também em espaços interiores (auditórios, salas de cinema, teatros, museus, espaços de exposições, igrejas).

Outro ponto central da programação vai ser a “Cidade da Alegria”, no Jardim Vasco da Gama, em Belém, que acolhe a Feira Vocacional e o Parque do Perdão.

O espaço vai contar ainda com uma capela, para que os peregrinos possam parar e rezar.

Feira Vocacional é apresentada pelo COL como o “espaço onde os jovens peregrinos podem entrar em contacto com diversos movimentos, associações, comunidades, ordens religiosas e projetos de cariz social”.

A iniciativa estará aberta de terça-feira a sexta-feira (1 a 4 de agosto de 2023) das 09h00 às 20h00, incluindo ‘talks’ e testemunhos em dois coretos no centro da Feira Vocacional e ainda momentos de oração na capela e nos jardins.

Quanto ao Parque do Perdão, o COL propõe um espaço onde “os peregrinos podem fazer um encontro com o Cristo Misericordioso através do Sacramento da Reconciliação”, entre os dias 1 a 4 de agosto de 2023, das 10h00 às 18h00.

A construção dos 150 confessionários, onde estarão padres de diferentes nacionalidades, foi confiada a reclusos dos Estabelecimentos Prisionais de Coimbra, Paços de Ferreira e Porto.

As tradicionais catequeses – nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira -, dão lugar em Lisboa a um novo modelo de encontro entre os jovens e os bispos, o ‘Rise Up’, para que as novas gerações “possam falar daquilo que as preocupa”.

Os eventos centrais incluem a Missa de Abertura, a 1 de agosto, que vai ser presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, no Parque Eduardo VII.

Dois dias depois, o mesmo espaço recebe a celebração de acolhimento do Papa; ainda no Parque Eduardo VII, a 4 de agosto, vai ser celebrada a Via-Sacra, colocando os jovens a rezar com Francisco, acompanhados pelo coro e a orquestra da JMJ.

Já no Parque Tejo, entre os municípios de Lisboa e Loures, decorre a Vigília, na noite de 5 de agosto.

Após pernoitarem no local, os peregrinos participam na Missa de Envio, presidida pelo Papa no domingo, dia 6 de agosto; antes de regressar ao Vaticano, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ.

Desde a sua eleição pontifícia, em 2013, Francisco visitou 60 países: Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos),  Malta, Canadá, Cazaquistão, Barém, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Hungria; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Genebra (Suíça).

Fonte: Ecclesia

Economia: Apenas 16% das empresas tem um canal de vendas online

O mercado português do comércio eletrónico deverá valer 7.130 milhões de euros este ano e 9.300 milhões em 2025, mas apenas 16% das empresas em Portugal tem um canal de vendas ‘online’, segundo um estudo da Deloitte.

De acordo com o estudo “E-Commerce & Last Mile 2023”, as receitas do comércio ‘online’ “têm vindo a aumentar consistentemente desde 2017”, tendo-se esta tendência amplificado “devido ao período de confinamento devido à pandemia da covid-19, em que os hábitos de consumo dos portugueses sofreram grandes alterações e se deu o surgimento de novas lojas ‘online’”.

Neste contexto, a Deloitte estima que o mercado português de e-‘commerce’ (comércio eletrónico) se “valorize para 7.130 milhões de euros até ao final de 2023 e atinja os 9.300 milhões de euros até 2025”.

Embora aponte que a maioria (62%) das empresas em Portugal tem presença ‘online’ – ‘website’ ou redes sociais –, o estudo nota que “apenas 16% aproveita estas plataformas para gerar negócio”, ou seja, tem ativo um canal de vendas na Internet.

Para as empresas que utilizam as ferramentas digitais, o peso estimado das vendas através destas plataformas é de 23%, sendo os setores do “vestuário e moda”, “eletrónica” e “beleza, higiene pessoal e doméstica” as categorias com maior volume de compras ‘online’ em 2022.

Do trabalho resulta ainda que 64% dos inquiridos têm intenção de voltar a realizar compras ‘online’ no futuro e 71% escolheria esta opção em alternativa a uma deslocação à loja física, destacando-se “a conveniência, a disponibilidade e a variedade de produtos” como “as mais-valias” deste modo de compra.

Entre os utilizadores de Internet portugueses, mais de metade (53,4%) refere ter efetuado compras ‘online’ no último ano, o que representa um aumento de seis pontos percentuais em relação ao período pré-pandémico, prevendo a Deloitte “que os números continuem a aumentar, para 56,8% em 2025”.

Segundo o estudo da Deloitte, a proteção e privacidade dos dados pessoais é um fator importante para os consumidores ‘online’, tendo 79% afirmado sentir que as suas informações pessoais estavam bem protegidas, sendo que 83% considera a experiência de compra tão importante como a qualidade dos produtos, 69% acredita que uma boa experiência aumenta as expectativas em relação a outras marcas e 59% está disposto a pagar mais por uma boa experiência de compra.

Contudo, da análise feita aos canais ‘online’ da amostra de operadoras com loja ‘online’, resultou que a velocidade dos ‘websites’ de ‘e-commerce’ em Portugal “apresenta-se, de um modo geral, inferior à recomendada, afetando a experiência de navegação do consumidor”.

“Apesar de uma ligeira melhoria face a 2020, a quase totalidade dos operadores analisados continua a registar tempos de carregamento superiores ao esperado”, lê-se no estudo.

Além da velocidade, os utilizadores valorizam uma experiência de compra simples, pelo que “a possibilidade de realizar compras como convidado se torna um fator de atratividade para o consumidor e diminui a probabilidade de abandono do processo de compra no carrinho”, mas o facto é que apenas 65% das empresas analisadas permitem que os utilizadores concluam a compra sem necessidade de efetuar registo ou ‘login’.

O processo de devolução é apontado também como “determinante na experiência do consumidor”, com 76% dos inquiridos a considerarem que as devoluções gratuitas são uma das características mais relevantes no processo de compra ‘online’, sendo o setor “vestuário e moda” aquele em que mais empresas disponibilizam esta opção (47%).

Segundo as conclusões do estudo, 98% dos clientes afirma ser mais provável voltar a comprar numa loja ‘online’ em que teve uma boa experiência de devolução e 86% consulta a política de devoluções antes de efetuar uma compra.

De acordo com a consultora, também a rapidez das entregas, a disponibilização de informação sobre estas em tempo real e a simplicidade dos processos de devolução “são aspetos essenciais para que os consumidores considerem ter tido uma boa experiência de compras ‘online’”, tendo as práticas adotadas pelas empresas na área da sustentabilidade vindo a ganhar importância na perceção das marcas pelo público.

“Apesar de a larga maioria dos inquiridos (98%) estar satisfeita com a sua experiência de compras ‘online’, é evidente o aumento da expectativa dos consumidores em relação a este setor”, conclui a Deloitte.

Citado no comunicado, o ‘partner’ da Deloitte José Augusto Silva considera que “a presença digital das empresas é cada vez mais importante, porque é aí que está o mercado”, sustentando que “o primeiro passo para o sucesso nesta área de enorme explosão é conhecer e compreender o que procuram os consumidores finais”.

O estudo “E-Commerce & Last Mile 2023” foi realizado pela Deloitte em parceria com a Associação Portuguesa de Logística (APLOG) tendo por base uma amostra de 186 empresas com loja ‘online’ e operação em Portugal (74% das quais têm também loja física) e 555 respostas recolhidas junto de consumidores.

Fonte: Lusa

Finanças: Reembolsos de IRS em atraso por falta de IBAN

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) disponibilizou, no Portal das Finanças, liquidações do IRS de 2022 que estão “em tratamento”, o que indica que os contribuintes não registaram um IBAN ou o mesmo não se encontra válido.

Num comunicado divulgado no portal, a AT informa que “está a desenvolver esforços, para que o pagamento dos reembolsos de IRS, seja efetuado em prazo substancialmente mais reduzido, do que aquele que lhe é legalmente imposto (até 31 de agosto, se a declaração de rendimentos for entregue dentro do prazo legal)”.

Por isso, “foram disponibilizadas no Portal das Finanças as liquidações de IRS/2022 que estão ‘em tratamento’, dado não ter sido indicado IBAN na declaração de IRS ou porque o IBAN aí indicado não se encontra válido”, de acordo com a mesma nota.

Para que os contribuintes com liquidações nessas condições possam receber o seu reembolso por transferência bancária, reduzindo assim o prazo de pagamento”, é dada a possibilidade de “indicarem ou alterarem o seu IBAN no cadastro da AT ou, nas situações em que exista informação de IBAN válido, autorizem receber o reembolso nessa conta bancária, através do seguinte procedimento:

Autenticação no Portal das Finanças na opção: Cidadãos > Serviços > Situação Fiscal-Pagamentos > Reembolsos e indicar/atualizar o seu IBAN”.

Por outro lado, no caso de a “liquidação pertencer a um agregado, a autorização para a utilização do IBAN de cadastro, para o pagamento do reembolso de IRS/2022, é efetuada por ambos os titulares de rendimentos com as credenciais de acesso ao Portal das Finanças”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Balbina Mendes apresentou “A segunda pele” em livro

Na tarde de Domingo, dia 21 de maio, a artista, Balbina Mendes, apresentou no miniauditório, em Miranda do Douro, o seu novo livro “A segunda pele”, uma obra com textos e imagens da exposição dedicada às máscaras.

O livro, agora publicado, é uma reprodução da exposição “A segunda pele”, que esteve em exibição no Museu da Terra de Miranda, de 19 de agosto até 23 de outubro de 2022 e contou com o apoio do município de Miranda do Douro.

Na sessão de apresentação, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, afirmou que a artista, natural de Malhadas, é uma marca identitária da Terra de Miranda.

Esta opinião foi corroborada pela diretora do Museu da Terra de Miranda (MTM), Celina Pinto, que moderou a sessão, realizada no miniauditório.

“Quando nos sentimos identificados com o território somos capazes de realizar feitos extraordinários”, disse, referindo-se a Balbina Mendes.

Outra marca identitária da região, a língua mirandesa, também teve um lugar de destaque na apresentação do novo livro da artista, já que foram recitados vários poemas, em mirandês, por António Bárbolo, Teresa Subtil e Alfredo Cameirão.

Na crítica ao livro “A segunda pele”, o escritor, Joaquim da Silva e o jornalista, Djalme Neves, expressaram a sua admiração pela profunda ligação de Balbina Mendes à sua terra de origem.

“Balbina Mendes nunca saiu da Terra de Miranda. É uma habitante permanente desta região”, disseram.

Na sua intervenção, a artista, Balbina Mendes, agradeceu a presença do público na apresentação do seu novo livro e mais uma vez, destacou a importância da língua mirandesa na identidade cultural da região.

Sobre a série de pinturas “A Segunda Pele”, que agora estão presentes em livro, Balbina Mendes havia explicado que estes trabalhos resultam do fascínio pela máscara.

“As máscaras ocultam e denunciam, escondem e revelam”, disse.

A apresentação do livro contou com a animação musical do trio “Hardança”, que pela voz de Fabiola Mourinho, interpretaram temas, em português e mirandês, tais como “Daqui não saio, daqui ninguém me tira” e “As froles de las arribas”.

No final da apresentação, Balbina Mendes disponibilizou-se para autografar o novo livro e seguiu-se um porto de honra, acompanhado da degustação da Bola Doce Mirandesa.

HA

Miranda do Douro: Mirandeses celebraram o aniversário da diocese com o anúncio da visita do novo bispo

No Domingo, dia 21 de maio, a comemoração dos 478 anos da fundação da diocese em Miranda do Douro, contou com a visita do administrador diocesano, monsenhor Adelino Paes, que veio saudar os mirandeses e mirandesas e anunciar que o novo bispo, D. Nuno Almeida, vem visitar a cidade (berço da diocese) após a tomada de posse, a 25 de junho.

No final da eucaristia realizou-se a tradicional procissão à volta da Concatedral, com a imagem de Santa Maria Maior, patrona da cidade de Miranda do Douro.

A comemoração do 478º anoversário da elevação de Miranda do Douro a sede de diocese, iniciou-se na manhã de Domingo, dia 21 de maio, com o repicar dos sinos em todas as igrejas do concelho.

Depois, na cidade, às 10h30 iniciou-se o desfile dos estandartes paroquiais, acompanhados pela Associação Filarmónica Mirandesa, até à concatedral.

Na antiga sé, celebrou-se a Eucaristia às 11h00. No início desta celebração, o administrador diocesano, monsenhor Adelino Paes, quis estar presente para saudar os mirandeses e mirandesas, nesta data histórica, em que se assinala a fundação da diocese.

Segundo a história, a antiga “Diocese de Miranda” foi fundada a 22 de Maio de 1545, pelo Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III. Nessa época, a diocese de Miranda do Douro era constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.

Na sua visita, o administrador diocesano anunciou que o novo bispo, D. Nuno Almeida, virá a Miranda do Douro, após a tomada de posse, marcada para o dia 25 de junho, na Sé de Bragança.

Por sua vez, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, presente na celebração, agradeceu a visita do monsenhor Adelino Paes, bem como o trabalho que o sacerdote desenvolveu à frente da diocese, no período vacante.

Agora que foi nomeado o novo bispo, a autarca mirandesa expressou alegria pela vinda de D. Nuno Almeida a Miranda do Douro e sugeriu que a visita se realize no dia 9 de julho.

Na celebração da Eucaristia, alusiva ao 478º aniversário da elevação de Miranda do Douro a sede de diocese, o padre Manuel Marques, leu a mensagem que o recém nomeado bispo dirigiu aos diocesanos.

Na referida carta, Dom Nuno Almeida, começou por saudar “as famílias e as comunidades que na vasta região do nordeste transmontano, louvam o Senhor e procuram viver o Evangelho”.

O novo bispo de Bragança-Miranda dirigiu-se, em particular, “aos que mais sofrem e vivem momentos difíceis, enviando-lhes uma palavra de alegria e de esperança e a certeza da sua disponibilidade para servir as crianças, os jovens, os adultos, os pais, as mães de família e os mais velhos em idade e no caminho percorrido.”

D. Nuno Almeida agradeceu a dedicação dos “leigos e leigas, que nos serviços diocesanos, nas paróquias e nos movimentos eclesiais colocam ao serviço dos outros o próprio tempo e capacidades, na catequese, na liturgia e na caridade.”

Na mensagem, o bispo de Bragança-Miranda pede orações aos diocesanos para que o ajudem a viver com entusiasmo esta nova missão.

«A missão da igreja é anunciar a alegria do Evangelho e construir comunidades fraternas! E o bispo deve ser a primeira testemunha! A todos peço a vossa oração, para que me ajudem a viver o lema episcopal: “Estou entre vós como aquele que serve
(Lc 22,27)”», escreveu o novo bispo de Bragança-Miranda.

No final da celebração eucarística realizou-se a tradicional procissão à volta da concatedral, com a imagem de Santa Maria Maior, patrona da cidade de Miranda do Douro, acompanhada dos estandartes paroquiais e da Associação Filarmónica Mirandesa.

Após a celebração religiosa, a presidente do município de Miranda do Douro, agradeceu a participação das várias paróquias do concelho, que “embelezaram e dignificaram” a comemoração do 478º aniversário da diocese.

“O município de Miranda do Douro associou-se desde logo a esta iniciativa da unidade pastoral de Santa Maria Maior e ao seu impulsionador, o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, para que juntos consigamos perpetuar a memória da fundação da diocese e sublinhar a importância que Miranda do Douro teve e continua a ter na história da igreja local”, disse.

A comemoração do 478º aniversário da diocese encerrou com um almoço convívio entre todos os participantes.

HA

Ambiente: Praias do Azibo com bandeira azul e galardão de ouro

As duas praias fluviais do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, por onde passam no verão em média “entre 350 a 400 mil pessoas”, preparam-se para mais uma época balnear com a bandeia azul hasteada e o galardão de ouro pela qualidade da água.

Há 20 anos consecutivos que a praia da Fraga da Pegada ostenta a bandeia azul, enquanto a praia da Ribeira soma 14 anos consecutivos com a distinção.

A Câmara de Macedo de Cavaleiros divulgou que voltou a ser atribuída bandeia azul aos dois barcos solares que fazem passeios na albufeira do Azibo, classificada como Paisagem Protegida.

Segundo o município, “nos últimos anos as praias da albufeira do Azibo têm recebido entre 350 mil a 400 mil visitantes nos mês de junho, julho e agosto”, números que, acredita, serão alcançados novamente neste verão.

Fonte: Lusa

Cultura: Museu da Terra de Miranda recebe 700 mil euros para reabilitação

A reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para o Património Cultural, prevê mais 40 milhões de euros de investimento e intervenções em 29 monumentos, sítios arqueológicos e museus, entre os quais está o Museu da Terra de Miranda (MTM).

Segundo o Ministério da Cultura, os 40 milhões de euros que resultam da reprogramação juntam-se aos 150 milhões inicialmente previstos para a reabilitação do património cultural e as novas 29 intervenções acrescem às 49 já programadas.

Além das 29 intervenções em monumentos, sítios arqueológicos e museus, a reprogramação inclui ainda a construção de um novo edifício para instalação do Arquivo Nacional do Som, em Mafra, num investimento de 4,5 milhões de euros.

Segue-se a lista completa das 29 intervenções em monumentos, sítios arqueológicos e museus incluídas na proposta de reprogramação do PRR para o Património Cultural que foi anunciada pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, em Évora:

Museu Frei Manuel do Cenáculo (Évora) – intervenção na Igreja das Mercês – 900.000 euros

Museu de Lamego – renovação da exposição permanente – 1,3 milhões de euros (ME)

Museu Nacional da Música (Mafra) – museografia da exposição permanente – 700.000 euros

Museu Nacional de Machado de Castro (Coimbra) – intervenção na Igreja de Almedina – 1,5 ME

Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro) – 700.000 euros

Abrigo do Lagar Velho, sítio arqueológico (Leiria) – 900.000 euros

Arco da Vila (Faro) – 250.000 euros

Casa das Artes (Porto) – reabilitação e infraestruturas – 850.000 euros

Convento da Saudação (Montemor-o-Novo) – 5,9 ME

Forte de S. Filipe (Setúbal) – 1,1 ME

Igreja do Colégio – Santo Inácio de Loyola (Angra do Heroísmo) – 600.000 euros

Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta (Freixo de Espada à Cinta) – 1,2 ME

Igreja Matriz de Vila do Conde – 250.000 euros

Igreja do Mosteiro de Santa Clara (Vila do Conde) – 1,65 ME

Igreja de Nossa Senhora das Salvas (Sines) – 450.000 euros

Igreja de S. João Baptista e Centro Interpretativo da Fortaleza de S. João Baptista (Angra do Heroísmo) – 700.000 euros

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra) – 1,1 ME

Mosteiro da Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia) – 1,2 ME

Muralhas de Alcácer do Sal (Alcácer do Sal) – 1,6 ME

Muralhas de Castelo Mendo (Almeida) – 1,7 ME

Muralhas e Castelo de Trancoso (Trancoso) – 890.000 euros

Muralhas de Pinhel (Pinhel) – 360.000 euros

Muralhas e Porta da Almedina de Silves (Silves) – 2,2 ME

Muralhas de Santarém (Santarém) – 2,5 ME

Órgão da Sé da Guarda (Guarda) – 450.000 euros

Palácio de S. Lourenço (Funchal) – 1,85 ME

Sé de Viseu (Viseu) – 800.000 euros

Torre e muralhas da Fortaleza de Sagres (Vila do Bispo) – 1,6 ME

Villa Romana de Torre de Palma (Monforte) – 300.000 euros

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida toma posse a 25 de junho

D. Nuno Almeida, o novo bispo de Bragança-Miranda vai entrar na diocese e iniciar o ministério no dia 25 de junho.

“A entrada e o início do ministério de D. Nuno Almeida em Bragança-Miranda será no dia 25 de junho, às 16h, em celebração na Catedral de Bragança”, informa o site da arquidiocese de Braga.

O novo responsável pela diocese transmontana era bispo auxiliar da arquidiocese de Braga desde novembro de 2015. Assumiu funções de vogal na Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, entre 2020 e 2023; em abril deste ano, foi eleito presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o triénio 2023-2026.

D. Nuno Almeida assume agora a diocese de Bragança-Miranda que se encontrava sem bispo desde a saída de D. José Cordeiro para a arquidiocese de Braga, a 12 de fevereiro de 2022.

Na data da sua ordenação episcopal, 31 de janeiro de 2016, numa cerimónia presidida na Sé de Viseu por D. Ilídio Leandro, escolheu como lema «Estou entre vós como aquele que serve (Lc 22,27)».

D. Nuno Almeida nasceu a 1 de Agosto de 1962, em Sátão, na diocese de Viseu, tendo ingressado, em 1972, no Seminário Menor de S. José, em Fornos de Algodres e concluído o curso de Teologia no Seminário Maior de Viseu, no ano letivo de 1983/1984; em 1996, terminou a licenciatura em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa com uma tese sobre «O Diálogo com os não crentes».

A formação de D. Nuno Almeida passou ainda por Florença, junto do Instituto Internacional de Cultura Mystici Corporis (do Movimento dos Focolares), em Loppiano, Florença, onde frequentou um curso de atualização teológico-espiritual; em 2016 defendeu, na Universidade Salesiana de Roma, tese de doutoramento em teologia dogmática com o tema «Busca de Sentido da Vida e Reconciliação Cristã. Leitura teológica do pensamento de Viktor Frankl».

O novo responsável pela diocese de Bragança-Miranda foi ordenado sacerdote em Sátão, no dia 19 de Outubro de 1986, tendo assumido funções de pároco entre 1986 a 1989, em Arões, concelho de Vale de Cambra, e 1994 a 2004, em Sezures, Esmolfe e Trancoselos, no concelho de Penalva do Castelo.

Entre 1989 a 1994, D. Nuno Almeida foi secretário de D. António Monteiro, e posteriormente chefe de gabinete de D. António Marto, entre 1994 e 2004, ambos responsáveis pela diocese de Viseu.


Desde outubro de 2013 era pároco «in solidum» das 11 paróquias do arciprestado de Fornos de Algodres.

Fonte: Ecclesia