Espanha: Salário mínimo aumenta para 1.184 euros

Espanha: Salário mínimo aumenta para 1.184 euros

Em Espanha, o salário mínimo aumenta 4,41%, para 1.184 euros mensais, pagos 14 vezes por ano, anunciou a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.

O valor do novo salário mínimo (16.576 euros anuais), acordado entre sindicatos e Governo, será já aplicado aos salários de janeiro, segundo a ministra Yolanda Diaz, que é também dirigente do partido Somar, uma plataforma de forças de esquerda que faz parte do Governo de coligação liderado pelos socialistas.

O salário mínimo em Espanha aumenta 50 euros mensalmente este ano. Em 2018, o valor do salário mínimo era 735,9 euros e na atual coligação do governo espanhol já aumentou 60,91%.

Estes aumentos são justificados pelo Governo com o objetivo, estabelecido na Carta Social Europeia, de que o salário mínimo seja pelo menos 60% do salário médio do país.

No entanto, o cálculo do salário médio não é consensual em Espanha, com uma comissão de peritos, formada por académicos e constituída pelo Governo, a ter concluído que para o objetivo dos 60% ser alcançado este ano, o salário mínimo teria de aumentar entre 3,44% e 4,41%, em função, precisamente, do método escolhido para fazer aquele cálculo.

O Governo espanhol optou, assim, pelo aumento de 4,41% e só conseguiu o apoio dos sindicatos.

Já as patronais, que estiveram na mesa da negociação e numa atitude elogiada tanto pelo Governo como pelos sindicatos, propunham um aumento de 3%, para 1.167 euros, acompanhado por ajudas específicas ao setor da agricultura e da revisão de contratos públicos de serviços.

Segundo os patrões, o aumento do salário mínimo afeta, essencialmente, pequenas empresas com pouca margem financeira para suportar mais custos, mas também empresas que prestam serviços a organismos públicos (como limpezas), pelo que pediam essa revisão dos contratos.

“O diálogo social funciona no nosso país e damos um passo em frente com esta boa notícia para os trabalhadores. Quero agradecer aos agentes sociais a sua participação, também às patronais, que desta vez apresentaram propostas concretas, embora não tenha sido possível alcançar um acordo a três [partes]”, disse Yolanda Diaz, numa declaração aos jornalistas.

Atualmente, o salário mínimo em Espanha está isento de impostos sobre o rendimento singular (IRS), mas o Governo ainda não esclareceu se assim continuará com o aumento anunciado.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas recebem o salário mínimo em Espanha, a maioria mulheres que trabalham no setor dos serviços.

Nos 21 países da União Europeia que têm salário mínimo, em 2023, os valores oscilavam entre os 2.508,24 euros pagos 12 vezes por ano no Luxemburgo e os 398,81 euros na Bulgária.

Em Portugal, o salário mínimo está atualmente nos 870 euros, pagos 14 vezes por ano.

Fonte: Lusa

Ambiente: Prevenção de incêndios rurais

Ambiente: Prevenção de incêndios rurais

O Governo vai investir 52 milhões de euros no reforço da prevenção de incêndios rurais e na promoção da resiliência e da sustentabilidade dos territórios, anunciou o Ministério da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

Em comunicado, o ministério explicou que os 52 milhões de euros serão realocados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objetivo de “proteger as populações e o território face ao risco crescente de incêndios, num contexto marcado pelas alterações climáticas”.

O reforço da capacidade de intervenção das Organizações de Produtores Florestais titulares de Equipas de Sapadores Florestais e dos municípios, com um financiamento previsto superior a 30 milhões de euros (para aquisição de tratores com equipamento especializado para gestão de combustíveis) é uma das medidas previstas.

“Está também prevista a aquisição de novas viaturas para promover a operacionalidade no terreno do Programa de Sapadores Florestais, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e das Organizações de Produtores Florestais”, o que representa um valor total de cerca de 10,4 milhões de euros, acrescentou.

Segundo o ministério, as Comunidades Intermunicipais (CIM) serão apoiadas com 6,7 milhões de euros, destinados à aquisição de equipamento pesado (como buldózeres) “para a beneficiação e manutenção da Rede Viária Florestal e apoio direto às ações de combate a incêndios rurais”.

Está igualmente previsto “o apoio técnico aos projetos das Operações de Gestão Integrada de Paisagem (OIGP) e dos Condomínios de Aldeia, através da criação de Equipas Técnicas Multidisciplinares, fundamentais para a implementação eficaz destas iniciativas, subvencionadas em mais de 2,5 milhões de euros”, acrescentou.

O Ministério da Agricultura e Pescas avançou ainda que “a renovação do equipamento motomanual das Equipas de Sapadores Florestais (como motorroçadoras), num valor superior a 2,3 milhões de euros”, é outro dos objetivos, tal como o “reforço da rede de pontos de água de apoio ao combate a incêndios, num valor superior a meio milhão de euros”.

“A resiliência florestal e a sustentabilidade ambiental são prioridades estratégicas que vão ao encontro das necessidades das comunidades locais e do país como um todo, para construir um futuro mais seguro e sustentável para Portugal”, sublinhou.

Fonte: Lusa

Economia: Portugal e Espanha sobressaem com turismo e imigração

Economia: Portugal e Espanha sobressaem com turismo e imigração

Em 2024, Portugal e Espanha tiveram um desempenho acima da média europeia, assumindo o papel impulsionador da economia da zona euro, à boleia do turismo, imigração e menores custos energéticos, um caminho que os economistas acreditam que se vá manter.

Segundo os dados divulgados pelo Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro aumentou 0,7% em 2024 e o da União Europeia 0,8%.

Entre os países da zona euro, Portugal apresentou, no quarto trimestre de 2024, o terceiro maior crescimento homólogo do PIB (2,7%), depois da Lituânia (3,6%) e de Espanha (3,5%) e o maior na variação trimestral (1,5%), com Espanha em terceiro (0,8%).

Por outro lado, as economias da Alemanha, conhecida como o motor da Europa, e da Áustria foram as que mais recuaram na variação homóloga, com uma contração de 0,2%. Já na variação trimestral, as maiores quebras observaram-se na Irlanda, Alemanha e França.

Portugal e Espanha estão entre as economias com melhor desempenho, tendo representado cerca de 50% do crescimento do euro no último trimestre do ano, segundo analistas da JP Morgan.

As perspetivas são para que estas economias ibéricas sigam a tendência: “Esperamos que as economias espanhola e portuguesa continuem a ter um desempenho claramente superior numa zona euro em dificuldades este ano”, salienta uma nota de análise da Oxford Economics.

Além disso, ambos os países reduziram as suas vulnerabilidades macrofinanceiras de longa data. “Uma melhoria das perspetivas demográficas também significa que estamos mais otimistas em relação ao crescimento a longo prazo de Espanha e Portugal do que outras economias periféricas”, notam os economistas.

“O crescimento está a ser impulsionado por alguns fatores comuns, tais como a natureza orientada para os serviços de ambas as economias, a expansão dos setores do turismo e os fortes fluxos migratórios líquidos”, que permitem crescimento populacional, salientam.

Para Filipe Grilo, especialista em Economia da Porto Business School, o “crescimento diferenciado destas duas economias em relação ao restante espaço europeu pode ser explicado por três grandes conjuntos de fatores: a estrutura económica, os custos energéticos e fatores conjunturais específicos”, segundo indica.

Economias mais orientadas para os serviços do que para a indústria contribuem para este desempenho, bem como a menor exposição ao choque energético provocado pela guerra na Ucrânia, afirma o economista.

Além disso, outro fator é a imigração, que “tem sido fundamental para sustentar o crescimento dos serviços, sobretudo os de menor valor acrescentado”, diz.

Ricardo Ferraz, professor no ISEG e na Universidade Lusófona, também destaca, em declarações à Lusa, que “o consumo das famílias teve um papel decisivo no desempenho da economia portuguesa, e que o turismo terá voltado a dar um contribuído importante”, com o mesmo a aplicar-se ao caso espanhol.

“As projeções apontam para que Portugal e Espanha voltem a crescer este ano à boleia do consumo privado e do turismo, sendo também esperada uma aceleração do investimento”, avança o economista. Pelo que, “não sucedendo nenhuma catástrofe, os próximos anos deverão continuar a traduzir-se em aumentos dos rendimentos das famílias, o que alimentará o consumo privado, e num bom desempenho do turismo (ambas as economias beneficiam de excelentes condições enquanto destinos turísticos)”.

No entanto, ressalva que “os grandes motores da zona euro estão a marcar passo”, e por isso, “Portugal não pode contentar-se com o facto de estar a crescer acima da média europeia, dado que essa média é baixa”, defende o economista.

Os analistas da Oxford Economics dizem também que ainda preveem “pouca convergência adicional para os níveis de rendimento ‘per capita’ da zona euro para Espanha e Portugal”.

“A prevalência de empregos de baixo valor acrescentado, mantendo a produtividade baixa e o fraco investimento prolongado, serão fatores-chave que atrasarão as suas perspetivas a longo prazo”, defendem.

Quanto ao impacto deste novo equilíbrio nas economias da zona euro, Filipe Grilo admite que o crescimento português “dificilmente terá um impacto económico significativo noutros países, como a cadeia de valor dos setores que mais crescem em Portugal e Espanha não está fortemente interligada com os restantes países europeus”.

Ainda assim, é possível existir um efeito político, já que “se o diferencial de preço da eletricidade persistir, poderá gerar pressão política para que França desbloqueie o acesso do resto da Europa à energia produzida na Península Ibérica”.

Fonte: Lusa

Ensino: Escolas estão preparadas para as provas digitais

Ensino: Escolas estão preparadas para as provas digitais

O secretário de Estado da Educação acredita que as escolas têm condições e estão preparadas para as provas digitais, que vão ser testadas a partir desta segunda-feira, dia 10 de fevereiro, pelos alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos.

“Com esta preparação das provas-ensaio, com o acompanhamento das escolas, com as garantias tecnológicas que estamos a dar às escolas e, claro, com o apoio que os serviços do Ministério da Educação têm dado (…), acreditamos que todas as condições estão reunidas”, disse Alexandre Homem Cristo.

A partir de 10 de fevereiro, os alunos do 4.º, 6.º e 9.º anos vão realizar provas-ensaio para testar o formato digital e identificar eventuais falhas antes das provas finais de 3.º ciclo e das provas Monitorização da Aprendizagem (ModA) em maio e junho.

O secretário de Estado e Adjunto da Educação explicou que o objetivo é permitir que os alunos se familiarizem com o formato digital em contexto de avaliação e ajudar as escolas a testar a sua preparação tecnológica, organizativa e logística.

“No ano letivo anterior percebemos que os alunos que iam realizar as provas em suporte digital (…) não estavam preparados”, referiu, sublinhando que este teste permitirá “dar-lhes essa habituação num contexto de avaliação para no final do ano letivo não serem surpreendidos pelo formato”.

Um eventual regresso ao papel nas provas oficiais, como aconteceu no ano passado com as provas finais do 3.º ciclo, não está em cima da mesa, adiantou Alexandre Homem Cristo, manifestando-se confiante de que as escolas estão preparadas, incluindo no que respeita aos aspetos tecnológicos.

No primeiro período, as escolas reportaram necessidades de reparação ou aquisição de 45.024 computadores e, a poucos dias do início das provas, os diretores continuam a manifestar-se preocupados com a falta de equipamentos e alguns problemas de conectividade, mas o secretário de Estado garante que essas questões estão a ser acauteladas.

“Desde novembro que o Ministério da Educação fez a distribuição de uma verba no valor de 10 milhões de euros e (as escolas) tiveram oportunidade de fazer a manutenção dos equipamentos ou mesmo adquirir novos”, sublinhou o governante, ressalvando também que os 45 mil computadores em falta abrangiam todo o universo de alunos, e só os dos 4.º, 6.º e 9.º anos vão realizar as provas digitais.

Quanto à conectividade, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação contratualizou aparelhos de ‘hotspot’ (‘routers’ portáteis) para todos os alunos que realizam as provas digitais e para cada sala de aula.

Outra dimensão que o Governo pretende assegurar através das provas-ensaio é um mínimo de equidade nas provas ModA e nas provas finais do 9.º ano e, por isso, as provas que arrancam a partir de segunda-feira são obrigatórias, apesar de não contarem para avaliação.

“Se tivermos alunos que no dia em que chegam à prova ModA nunca fizeram uma avaliação em suporte digital, vamos estar a avaliar mais a sua capacidade de adaptação a uma novidade do que o seu conhecimento”, justificou, sublinhando que o objetivo é que as provas de maio e junho sejam “representativas daquilo que os alunos aprenderam ao longo do ano letivo”.

Os alunos dos 4.º e 6.º anos realizam testes às provas ModA de Português e os do 9.º às provas finais do ensino básico. Na semana seguinte, os alunos do 4.º ano serão chamados para demonstrar os seus conhecimentos de Inglês e os do 6.º de História e Geografia. Já na última semana de fevereiro, será a vez das provas-ensaio de Matemática.

Para aqueles dias estão convocadas greves da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que criticam o recurso a bolsas solidárias de professores classificadores.

Questionado sobre as críticas, Alexandre Homem Cristo explicou que a opção segue a prática dos anos anteriores, mas adiantou, sem avançar detalhes, que a classificação das provas oficiais será feita de maneira diferente.

Fonte: Lusa

Em Deus posso confiar!

V Domingo do Tempo Comum

Em Deus posso confiar!

Is 6, 1-2a.3-8 / Slm 137 (138), 1-2a. 2bc-3.4-5.7c-8 / 1 Cor 15, 1-11 ou 1 Cor 15, 3-8.11 / Lc 5, 1-11

O profeta Isaías reconhece a grandeza de Deus, faz a experiência de ser chamado para uma missão e é convidado a cumpri-la. O Senhor concede-lhe o perdão e santifica-o (1.ª Leitura). A nossa fé baseia-se na Boa Nova da Ressurreição de Jesus. Ele está sempre vivo para interceder por nós. Ele envia-nos a anunciar a Boa Nova de que está sempre connosco (2.ª Leitura). Apesar da consciência de serem pecadores, Pedro e os Apóstolos – os de então e os de agora – confiam naquele que os convida a ser seus seguidores (Evangelho).

Como Isaías e como Simão Pedro, damo-nos conta da nossa fragilidade, da nossa inclinação para o mal e de como, por mais que nos esforcemos, não conseguimos mudar, converter-nos. É Deus quem toma a iniciativa de transformar os corações, porque é misericordioso e, apesar dos nossos erros, nos ama, ilimitadamente, como somos. N’Ele posso e devo confiar.

Não basta nem convence limitarmo-nos a ser canais que deixam passar o que transportam, sem conterem em si aquilo de que são transmissores. Temos de procurar ser conchas, recipientes que, bem repletos, derramem sobre os demais, como fonte inesgotável, a energia vital que deles transborda com abundância. Ninguém dá o que não tem, palavras não bastam. Alimentada pela oração, a fé impulsiona para a caridade e serviço em favor do próximo a quem somos enviados.

Com Deus podemos contar! Apesar dos fracassos, das desilusões, dos aparentes «becos sem saída», da falta de fervor na oração. De que precisamos? De confiar n’Ele, como Pedro, de nos apaixonarmos pela pessoa de Cristo, pelo seu exemplo, pela Palavra do Evangelho, até o nosso coração transbordar de fé e de amor agradecido ao Deus das surpresas.

Contar com Deus! Ele não falha, aguarda-nos, de braços abertos, quando se apodera de nós a saudade do seu amor de Pai de misericórdia. O Senhor convida-nos a, confiando n’Ele cegamente, sermos seus imitadores, «misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso». Uma vez mais: com Deus podemos contar! Ele não desiste de nós. Não desistamos de Deus!

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: Flickr

Cércio: Há festa na aldeia em honra de São Brás

Cércio: Há festa na aldeia em honra de São Brás

A aldeia de Cércio, no concelho de Miranda do Douro, celebra este sábado, dia 8 de fevereiro, a festa em honra de São Brás, uma festividade que começa com o peditório animado pelas danças dos pauliteiros locais, tem o momento central com a celebração da eucaristia e encerra com o baile animado pelo grupo Unos.

Na localidade de Cércio, a festa começa com o peditório matinal, animado pelo grupo de pauliteiros locais.

A celebração da eucaristia em honra de São Brás, está agendada para as 14h30.

Durante a tarde, com a tradição do acender da fogueira ocorre a entrega da festa à nova mordomia.

Em Cércio, a festa dedicada a São Brás encerra com a animação musical dos do grupo UNOS e do DJ Jorge Barroso.

São Brás

São Brás viveu entre os séculos III e IV e exerceu a profissão de médico. 

O culto a São Brás foi trazido para a Europa e tornou-se um dos santos mais populares da Idade Média, muito provavelmente por ter sido médico e por lhe terem sido atribuídas muitas curas miraculosas.

São Brás é considerado protetor da garganta e patrono dos médicos otorrinolaringologistas.

HA

Agricultura: Reprogramação do PEPAC aumenta rendimento dos agricultores

Agricultura: Reprogramação do PEPAC aumenta rendimento dos agricultores

A Comissão Europeia aprovou a reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores em 50%, anunciou o Ministério da Agricultura.

“Esta reprogramação vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores portugueses em mais de 50%, dos 82 euros por hectare – inicialmente previstos – para 126 euros por hectare, já a partir do Pedido Único de 2025”, indicou o Ministério da Agricultura.

A terceira reprogramação PEPAC para 2023-2027 recebeu ‘luz verde’ non dia 4 de fevereiro.

De acordo com o executivo, esta reprogramação vai também promover uma maior flexibilidade, ao disponibilizar 50 milhões de euros para a criação de instrumentos financeiros, que vão mobilizar cerca de 500 milhões de euros de investimento.

Entre 17 de fevereiro e 15 de maio decorre o período de apresentação do Pedido Único (PU), referente à campanha de 2025.

O PU abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Citado na mesma nota, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, defendeu que, com estas medidas, a implementação da PAC será mais equilibrada, com maior rendimento para os agricultores.

Esta vai ainda promover “a renovação geracional, assegurando o aproveitamento completo dos recursos disponíveis sem perder um único cêntimo”.

O Governo precisou, no documento da reprogramação, que o principal objetivo prende-se com o reforço da resiliência do solo com utilização agrícola, florestal e agroflorestal, “respondendo a alterações de contexto económico e de políticas europeias e corrigindo opções disruptivas anteriores”.

Conforme apontou, a instabilidade dos mercados tem causado o adiamento da execução de investimentos, verificando-se um desfasamento temporal dos instrumentos de apoio, nomeadamente do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Por outro lado, a inflação diminuiu o valor dos apoios da PAC e levou a uma diminuição do rendimento, o que coloca em causa “uma parte importante da superfície agroflorestal”.

Fonte: Lusa

Vimioso: Curso em “Armadilhagem fotográfica” com 25 formandos

Vimioso: Curso em “Armadilhagem fotográfica” com 25 formandos

Em Vimioso, termina a 6 de fevereiro, o curso em “Armadilhagem fotográfica para estudos de ecologia e monitorização da fauna silvestre”, uma iniciativa que nesta sexta edição contou com a participação de 25 formandos, vindos de várias regiões de Portugal, Espanha, Itália, Brasil e Argentina.

A professora universitária, Patrícia Mateo Tomás, foi uma das formadoras do curso que decorreu em Vimioso.

O curso denominado “Uso e Potencialidades da Armadilhagem Fotográfica em Estudos de Ecologia e Monitorização de Fauna Silvestre” decorreu de 3 a 6 de fevereiro, no Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA), em Vimioso e foi organizado pela Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural.

O biólogo da Palombar, João Santos, explicou que esta formação destina-se a alunos de licenciatura, mestrado, doutoramento em biologia e áreas afins, assim como a técnicos de monitorização e gestores de fauna silvestre.

“Aproveitámos a pausa letiva no ensino superior, entre o primeiro e segundo semestre, para ministrar o curso, que tem como principal objetivo dotar os participantes de conhecimentos técnicos e científicos sobre o uso da armadilhagem fotográfica como ferramenta de estudo e monitorização de populações de fauna silvestre, em particular mamíferos e aves”, começou por dizer.

O primeiro dia de formação em sala, foi orientado pelo professor Pablo Palência, tendo os participantes adquirido conhecimentos sobre o que é a técnica da armadilhagem fotográfica, os equipamentos utilizados e as normas a adoptar na sua utilização.

Nos dias 4 e 5 de fevereiro, sob a orientação dos formadores espanhóis, Pelayo Acevedo e Patrícia Mateo Tomás, foram analisados em estudo, os dados recolhidos através da armadilhagem fotográfica.

De acordo com a professora universitária, Patrícia Mateo Tomás, a técnica da armadilhagem fotográfica tem múltiplas utilidades, quer na ecologia, quer na conservação e gestão das espécies.

“Ao longo do curso, mostramos aos formandos as potencialidades desta técnica, desde a analise ecológica descritiva até aos crimes ambientais”, informou.

Questionada sobre a existência de lobos no norte de Portugal, a investigadora da universidade de Oviedo (Espanha), disse que a coexistência desta espécie com as populações nunca foi pacífica, mas atualmente há políticas que asseguram a compensação de danos.

“Com um trabalho baseado na ciência, isto é, no conhecimento do comportamento do lobo ibérico, penso que é possível a coexistência da espécie com atividades como a criação de gado. Quando acontecem conflitos e problemas, também há medidas preventivas e mecanismos de compensação de danos e prejuízos”, disse.

A formação "Uso e Potencialidades da Armadilhagem Fotográfica em Estudos de Ecologia e Monitorização de Fauna Silvestre” termina esta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, numa jornada em que está programada uma saída de campo, para a aldeia de Uva. 

Nesta localidade do concelho de Vimioso, os formandos vão conhecer o trabalho desenvolvido pela Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural.

Entre os formandos, Luana Teles, com formação em zoologia, veio do Algarve até Vimioso, para participar no curso em “Uso e Potencialidades da Armadilhagem Fotográfica em Estudos de Ecologia e Monitorização de Fauna Silvestre”.

“Aproveitei o estágio que estou a realizar na Palombar, para frequentar o curso, dado que a técnica da fotoarmadilhagem é muito importante no trabalho de conservação da biodiversidade e no conhecimento do comportamento dos animais”, justificou.

Por sua vez, Óscar Gomez, veio de Madrid (Espanha), onde é vigilante florestal, para adquirir mais conhecimentos na utilização das câmaras fotográficas.

“Decidi participar neste curso para otimizar o trabalho na vigilância da floresta e na gestão da fauna, em Madrid. Outra razão são os delitos e infrações ambientais, que temos que reportar e esta técnica da armadilhagem fotográfica é muito útil no combate e dissuasão de crimes”, justificou.

O curso foi organizado em parceria com o Instituto de Investigación en Recursos Cinegéticos – Universidad de Castilla-La Mancha (IREC, CSIC-UCLM-JCCM) e o Instituto Mixto de Investigación en Biodiversidad – Universidad de Oviedo (IMIB, UO-CSIC-PA), de Espanha.

A formação contou com o apoio da Câmara Municipal de Vimioso, Vales de Vimioso e PINTA – Parque Ibérico de Natureza e Aventura de Vimioso.

HA

Ambiente: ICNF cria novo incentivo para cabras sapadoras

Ambiente: ICNF cria novo incentivo para cabras sapadoras

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a preparar uma nova medida, para apoiar o pastoreio de cabras, no âmbito da prevenção de incêndios, depois do anterior apoio ter ficado aquém das expectativas.

Os concursos para apoiar as chamadas cabras sapadoras – rebanhos de ovelhas e cabras que asseguram a limpeza de terrenos – surgiram após os grandes incêndios de 2017, mas a sua procura ficou muito aquém do esperado, com as candidaturas aprovadas a totalizarem cerca de 800 mil euros, quando havia um total de dez milhões de euros disponíveis nos três avisos lançados entre 2018 e 2019.

A fraca procura de candidatos levou a uma reflexão dentro do ICNF, que concluiu que “o valor financiado por hectare de pastoreio era baixo, tendo em conta a exigência que uma atividade de pastoreio acarreta”, afirmou à agência Lusa a instituição, em resposta escrita.

Segundo o ICNF, também terá contribuído a “inexistência de uma medida financiadora que permitisse ao pastor obter assistência técnica para a submissão de candidaturas e pedidos de pagamento”.

Com a execução das candidaturas dos três avisos anteriores terminada (a última a 31 de dezembro de 2024), o ICNF está agora a elaborar “uma medida que visa apostar na prevenção dos incêndios rurais”, com recurso, “designadamente, ao pastoreio”, disse.

De acordo com o ICNF, esta nova medida deverá ser lançada ainda este ano.

Os três avisos lançados no passado permitiram apoiar 48 rebanhos de cabras e ovelhas, com 10.033 efetivos aprovados, dos quais cerca de sete mil eram caprinos.

Dos 48 rebanhos, quatro são geridos por entidades públicas, estando a maioria concentrados nas regiões Centro (15) e Norte (21).

Nas candidaturas aprovadas, ficou contratualizada a limpeza de um total de 3.346 hectares por estes rebanhos ao longo de cinco anos, disse.

Nos três avisos de candidaturas, registaram-se ainda 13 desistências, afirmou o ICNF.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Bodas de ouro sacerdotais de Adelino Paes

Bragança-Miranda: Bodas de ouro sacerdotais de Adelino Paes

No Domingo, dia 9 de janeiro, a Diocese de Bragança-Miranda celebra o 50º aniversário da ordenação sacerdotal do monsenhor Adelino Fernando Paes, vigário-geral diocesano, natural de Picote, no concelho de Miranda do Douro.

“A Diocese vai comemorar a data, na Catedral de Bragança, com um conjunto de iniciativas para as quais convida todos os fiéis, clero e agentes pastorais”, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O programa inclui um momento evocativo às 16h30, seguido de uma Eucaristia, às 18h00, presidida pelo bispo D. Nuno Almeida; após a celebração eucarística é servido um porto de honra, na cripta.

Natural de Picote (Mirando do Douro), monsenhor Adelino Paes, de 78 anos, frequentou os Seminários de Vinhais, Bragança, Conciliar de Braga, e Olivais (Lisboa), formou-se em Teologia Sistemática pela Universidade Católica Portuguesa, e em Teologia Pastoral pelo Instituto Superior de Pastoral, em Madrid.

Em 1975, é ordenado presbítero, por D. Manuel de Jesus Pereira, tendo sido docente e pároco em Bragança (Santos Mártires, Santo Condestável, vicariato de S. Tiago, Castro de Avelãs, Formil, Castanheira e Gostei).

Além disso, o cónego do Cabido da Catedral constitui em 2011, com o tio, cónego Aníbal Folgado, a Fundação Betânia – Centro de Apostólico de Acolhimento e Formação, da qual é presidente.

“Em 2015 foi nomeado capelão do Papa Francisco tendo-lhe sido atribuído o título de Monsenhor”, indica a diocese.

O monsenhor Adelino Fernando Paes exerceu vários cargos pastorais na diocese e desempenhou o cargo de administrador, entre fevereiro de 2022 e junho de 2023. Atualmente, é vigário-geral e presidente do Instituto diocesano do clero.

Fonte: Ecclesia