Miranda do Douro: Município pede à PGR investigação à forma como barragens foram avaliadas

Miranda do Douro: Município pede à PGR investigação à forma como barragens foram avaliadas

O município de Miranda do Douro anunciou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma “investigação rigorosa” ao “ilegal comportamento da Autoridade Tributária (AT)” na avaliação das barragens de Miranda e Picote, localizadas no concelho.

“A avaliação das barragens, que seguiu fielmente as instruções ilegais da AT, não é uma avaliação de barragens, ou de centros eletroprodutores como lhe chama a lei”, disse o vereador do município de Miranda Douro Vítor Bernardo.

Segundo o autarca, a Câmara foi notificada do valor da avaliação há poucos dias e o que foi avaliado “não é um prédio, mas uma ficção”, porque é feita uma avaliação de centros de produção hidroelétrica apenas compostos por betão armado e alvenaria, portanto, sem capacidade para produzir energia.

“O que foi avaliado foi a estrutura das barragens como a quantidade de metros cúbicos de betão, as toneladas de aço ou os edifícios de apoio ao centro eletroprodutor, ou seja todas as construções em alvenaria”.

Vítor Bernardo referiu que “todo o grupo gerador de energia como as turbinas, o circuito hidráulico, os geradores e transformadores, entre outros equipamentos imprescindíveis à produção de energia elétrica, não foram avaliados”.

Por discordar da avaliação efetuada, a autarquia apresentou a 6 de dezembro uma reclamação da mesma junto da Repartição de Finanças de Miranda do Douro.

“As instruções da hierarquia da AT, que determinam o método de avaliação, violam frontalmente a letra da lei e a jurisprudência consolidada e uniforme do Supremo Tribunal Administrativo, que estabelecem que só são prédios as construções e equipamentos capazes de produzirem rendimento”, disse, referindo que o valor apurado na avaliação “retira metade do valor patrimonial tributário dos prédios a avaliar”.

O vereador advertiu que quando as concessionárias das barragens recorrerem para os tribunais, “há o sério risco de que imóveis não tenham o elemento económico, que é a produção de eletricidade, porque não há rendimento”.

A Câmara garante ainda que foi notificada da avaliação “num momento em que já é impossível evitar a caducidade do direto à liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) relativamente a 2019”.

“O município exigirá responsabilidades, pessoais e institucionais por esta caducidade e pela correspondente perda de receita de IMI referente a 2019”, indicou.

A Câmara Municipal de Miranda do Douro garante que responsabilizará, em seu tempo, pela via financeira e criminal, todos os agentes da administração tributária envolvidos na prática deste atos ilegais, e que persistem em os praticar mesmo perante a denuncia pública que tem vindo a ser feita”.

Em 22 de novembro, o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) revelava que entregou na PGR um documento que alerta para possíveis “indícios de crime” na cobrança de IMI das barragens.

Óscar Afonso, membro do MCTM, afirmou que o documento que alerta para “indícios de crime” foi também enviado para a Presidência da República, Tribunal de Contas e Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

 A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Política: Presidente da República formaliza hoje a demissão do Governo

Política: Presidente da República formaliza hoje a demissão do Governo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá formalizar na noite desta quinta-feira, dia 7 de dezembro, a demissão do Governo, que ficará limitado a atos de gestão.

Esta formalização acontece um mês depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter apresentado a sua demissão ao Presidente da República, em 7 de novembro, que a aceitou de imediato e, consecutivamente, decidiu dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Antes, hoje ao fim da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa vão estar juntos na sessão de apresentação de uma edição revista e ampliada do livro “Portugal Amordaçado – Depoimento sobre os anos do fascismo”, de Mário Soares, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no dia em que o antigo Presidente da República completaria 99 anos de idade.

A demissão do Governo “por efeito da aceitação do pedido de demissão apresentado pelo primeiro-ministro” é oficializada por decreto assinado pelo Presidente da República e publicado em Diário da República.

Aquando da recente visita ao Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa indicou que tencionava formalizar a demissão do Governo na noite de 7 de dezembro, para permitir ainda a aprovação de “algumas votações importantes para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” em Conselho de Ministros, e que o decreto de demissão produzirá “efeitos na sexta-feira, dia 8”.

Quanto à dissolução da Assembleia da República, o chefe de Estado confirmou que será decretada em 15 de janeiro, último dia possível para que haja legislativas em 10 de março, tendo em conta que nos termos da Constituição e da lei eleitoral isso tem de acontecer no período entre o 55.º e o 60.º dias anteriores à data escolhida para as eleições.

Segundo o artigo 186.º, n.º 5 da Constituição, “após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou a sua demissão ao Presidente da República em 7 de novembro, por causa de uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio que levou o Ministério Público a instaurar um inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça em que é visado.

O chefe de Estado aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro, embora sem a formalizar, e nos dois dias seguintes ouviu os partidos com assento parlamentar e o Conselho de Estado.

Terminada a reunião do Conselho de Estado, em 09 de novembro, anunciou que decidiu dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Nessa comunicação ao país, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que iria adiar o processo formal de demissão do Governo para “inícios de dezembro”, para permitir a aprovação final do Orçamento do Estado para 2023 e a sua entrada em vigor.

Segundo o Presidente da República, impunha-se “a garantia da indispensável estabilidade económica e social que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado para 2024”.

“A aprovação do Orçamento permitirá ir ao encontro das expectativas de muitos portugueses e acompanhar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que não para nem pode parar com a passagem do Governo a Governo de gestão ou mais tarde com a dissolução da Assembleia da República”, justificou.

O Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado em votação final global na Assembleia da República em 29 de novembro, com votos a favor da maioria absoluta de deputados do PS, abstenções dos deputados únicos de PAN e Livre e votos contra das restantes bancadas.

O artigo 195.º, n.º 1, alínea b) da Constituição estabelece que “a aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo primeiro-ministro” é uma das circunstâncias que “implicam a demissão do Governo”.

O primeiro-ministro e respetivo executivo continuam em funções até à posse do seu sucessor e do novo Governo e só nesse momento são exonerados.

Nos termos do artigo 186.º da Constituição, “em caso de demissão do Governo, o primeiro-ministro do Governo cessante é exonerado na data da nomeação e posse do novo primeiro-ministro”, enquanto “as funções dos restantes membros do Governo iniciam-se com a sua posse e cessam com a sua exoneração ou com a exoneração do primeiro-ministro”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Sala de cinema estreia com o filme de Leonel Vieira

Miranda do Douro: Sala de cinema estreia com o filme de Leonel Vieira

O cinema está de regresso a Miranda do Douro, a partir de 8 de dezembro, com a exibição do filme “O Último Animal”, do realizador mirandês, Leonel Vieira, um filme que vai ser projetado com o novo equipamento de imagem e som de última geração, recentemente instalado no miniauditório da cidade.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a oferta de cinema na cidade visa diversificar a oferta cultural e proporcionar à população um novo espaço de entretenimento.

“A inauguração da sala de cinema, com a estreia do novo equipamento vai ser feita no serão de sexta-feira, dia 8 de dezembro, com a projeção do filme “O Último Animal”, do realizador Leonel Vieira, que é natural de Miranda do Douro”, disse.

As duas sessões do filme “O Último Animal” estão agendadas para os serões de 8 e 10 de dezembro, às 21h00, no miniauditório, em Miranda do Douro.

Segundo o município, a entrada para a estreia da sala de cinema é gratuita, mas o público deve levantar os bilhetes na Casa da Cultura Mirandesa, para efetuar a reserva dos lugares.

“Após a estreia, a sala de cinema de Miranda do Douro vai exibir filmes com uma periodicidade quinzenal, aos fins-de-semana, mais concretamente no serão de sexta-feira e na tarde (ou noite) de Domingo, consoante o género de filme, de animação infantil, por exemplo”, explicou.

Após as sessões inaugurais, o bilhete de entrada no cinema terá um custo de 3 euros para adultos.

O município de Miranda do Douro informou que a aquisição e instalação do moderno equipamento, de projeção de imagem e som, teve um custo de cerca de 23 mil euros.

O filme de drama e ação “O Último Animal”, do realizador Leonel Vieira, tem uma duração de 109 minutos e no elenco conta com a participação dos atores Joaquim de Almeida, Júnior Vieira, Duran Fulton Brown e Alejandra Toussaint.

A história do filme descreve a vida nas favelas do Rio de Janeiro e é inspirado numa história real, a de um português emigrante que foi o líder do jogo ilegal.

Sinopse:

Didi sonha melhorar a sua condição económica e social e procura sair da comunidade (favela) onde cresceu. No entanto, descobre que indiretamente trabalha para Casemiro Alves – um emigrante português, conhecido como Dr. Ciro – um famoso líder do jogo do bicho, no Rio de Janeiro. Esta realidade vai transformar o sonho de Didi, num inferno de violência, narcotráfico e corrupção.

O ÚLTIMO ANIMAL

HA

Miranda do Douro: Rio Fresno está a ser reabilitado

Miranda do Douro: Rio Fresno está a ser reabilitado

Continuam a decorrer em Miranda do Douro, as obras de reabilitação do rio Fresno e dos seus afluentes, uma intervenção ambiental que decorre ao longo de 40 quilómetros e que tem por finalidade desobstruir o leito do rio e as margens, construir pequenos açudes naturais para armazenar água e proteger a biodiversidade existente.

De acordo com o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, o projeto de “Reabilitação e Valorização do Rio Fresno e Principais Afluentes” consiste na realização de trabalhos ambientais, como as podas seletivas da vegetação e das árvores e silvados envolventes ao rio.

Entre os problemas existentes no rio Fresno e seus afluentes foram ainda identificados a deposição de lixo e entulho, sinais de erosão das margens e consequente sedimentação no leito do rio, o que leva à obstrução dos cursos de água.

Segundo o autarca, este projeto ambiental estende-se ao longo de 40 quilómetros da linha de água e abrange a requalificação das ribeiras de Ifanes, Malhadas e Duas Igrejas.

Outro dos objetivos da recuperação ambiental do rio Fresno é, segundo o município de Miranda do Douro, tornar os espaços envolventes do rio mais atrativos para as populações locais e os visitantes.

Relativamente aos trabalhos de reabilitação do rio Fresno, a jusante da ponte de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, adiantou que essa área vai ser intervencionada quando o matadouro municipal encerrar definitivamente e for transferido para Sendim.

O projeto de “Reabilitação e valorização ambiental do rio Fresno e principais afluentes” tem um custo total de 1.009.506,45€, sendo totalmente financiado por fundos europeus, através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A execução da obra foi adjudicada à empresa Crismaga – Trust and Building.

“Os trabalhos de reabilitação e valorização ambiental do rio Fresno decorrem até 31 de dezembro de 2023 e a monitorização da obra está a ser feita por técnicos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)”, indicou.

Ainda na área ambiental, continua a decorrer nas várias freguesias do concelho de Miranda do Douro o projeto “Oito mil árvores, oito mil habitantes”, que consiste na plantação de carvalhos, freixos e azinheiras nas zonas afetadas por incêndios e em baldios.

HA e fotos (MMD)

Mogadouro: Corrida de São Silvestre com 300 atletas

Mogadouro: Corrida de São Silvestre com 300 atletas

A vila de Mogadouro acolhe no sábado, dia 9 de dezembro, a prova de atletismo São Silvestre, um evento que pretende ser uma referência no calendário nacional desta modalidade, típica do final de ano, informou a autarquia.

A corrida de São Silvestre de Mogadouro vai reunir cerca de três centenas de participantes, contando entre eles com três dezenas de atletas reconhecidos, com grandes resultados em outras competições de nível nacional e internacional, com prémios no valor global de seis mil euros.

Os atletas em prova são oriundos de vários países, conferindo a este evento um caráter internacional e potenciando um maior alcance ao nível de divulgação do território de Mogadouro.

“É também de realçar a participação de atletas que compõem os melhores e mais conceituados clubes de atletismo nacionais. Este ano, pela primeira vez, a São Silvestre de Mogadouro tem uma vertente competitiva para atletas adaptados, promovendo assim a inclusão e a universalização da prática desportiva”, indica o município de Mogadouro, a entidade promotora da prova.

Fonte: Lusa

Política: Cerca de 60 mil militantes socialistas podem votar na eleição do novo líder

Política: Cerca de 60 mil militantes socialistas podem votar na eleição do novo líder

Cerca de 60 mil militantes socialistas estão em condições de votar nas eleições diretas internas, agendadas para os dias 15 e 16 de dezembro, para a escolha do novo secretário-geral do PS e de 1.400 delegados ao congresso que vai realizar-se no mês de janeiro de 2024.

Estes dados foram divulgados em comunicado pela Comissão Organizadora do Congresso (COC) do PS, estrutura presidida pelo dirigente e deputado socialista Pedro do Carmo.

As eleições para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS vão ser disputadas entre o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro e deputado Pedro Nuno Santos e o dirigente socialista Daniel Adrião.

De acordo com a COC, dos 80 mil membros inscritos no PS, cerca de 60 mil regularizaram o pagamento das suas quotas até à passada sexta-feira e podem assim votar nos dias 15 e 16 para a escolha do novo secretário-geral e dos 1.400 delegados ao congresso, que se realizará na Feira Internacional de Lisboa (FIL) entre 5 e 7 de janeiro.

Além dos 1.400 delegados eleitos pelas “bases”, estarão no congresso mais 1.100 delegados que têm direito a inerência (mas sem direito a voto) por pertencerem a órgãos nacionais de estruturas do partido, ou por exercerem cargos de nomeação política pelo PS.

Em termos de distribuição do número de militantes socialistas pelo território nacional, segundo a COC, a Federação do Porto continua a ser a maior do país, mas a de Braga ultrapassou a FAUL Federação da Área Urbana de Lisboa) no segundo lugar.

Tal como tem sido habitual no PS, as eleições diretas para a escolha do novo líder e dos delegados ao congresso fazem-se em dois dias.

Na sexta-feira, dia 15 de dezembro, votam os militantes da FAUL e os das federações de Aveiro, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Leiria, Portalegre, Oeste, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real.

No sábado, dia 16 de dezembro, há eleições nas federações do Algarve, Baixo Alentejo, Braga, Coimbra, Porto, Santarém, Viseu, Açores e Madeira. As votações terminam às 22:00 de sábado.

Ainda segundo a COC, entre quinta-feira e 11 de dezembro, decorre o período de entrega das listas concorrentes aos mais de 1.400 delegados a eleger para o XXIV Congresso Nacional do PS.

Fonte: Lusa

Ensino: Alunos portugueses pioraram a Matemática e a Leitura

Ensino: Alunos portugueses pioraram a Matemática e a Leitura

Os alunos portugueses de 15 anos registaram piores desempenhos nos testes internacionais de Matemática e Leitura, segundo o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2022, invertendo a tendência de melhoria que se vinha registando na última década.

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) voltou a analisar os conhecimentos a Matemática, Leitura e Ciência de alunos de todo o mundo – em 2022 participaram cerca de 690 mil alunos de 81 países e economias – e o retrato do desempenho dos estudantes releva “uma quebra sem precedentes”, em que Portugal não foi exceção.

Os quase sete mil alunos de 224 escolas portuguesas que realizaram as provas de 2022 obtiveram piores resultados do que os seus colegas em 2018, colocando Portugal entre os países que mais baixaram de pontuação a Matemática, refere o relatório da OCDE hoje divulgado.

“Em comparação com 2018, o desempenho médio caiu dez pontos de pontuação em Leitura e quase 15 pontos de pontuação em Matemática, o que equivale a três quartos de um ano de aprendizagem”, sublinha Mathias Cornmann, secretário-geral da OCDE, no texto introdutório do relatório.

Em Portugal, os resultados dos alunos foram ainda mais graves: Os estudantes obtiveram 472 pontos a Matemática, ou seja, menos 20,6 pontos do que nas provas realizadas em 2018. Já em comparação com os resultados nas provas de 2012, desceram 14,6 pontos.

Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados.

Três em cada dez alunos não conseguiram demonstrar ter conhecimentos mínimos a Matemática, ou seja, não atingiram o nível dois numa escala de seis valores.

Apenas 7% dos estudantes portugueses se destacaram, atingindo os níveis de proficiência mais elevados (5 e 6) a Matemática, uma disciplina que voltou a ser dominada por seis países asiáticos.

Em Singapura, 41% dos estudantes demonstrou conhecimentos bastante elevados, assim como 32% dos estudantes de Taiwan.

Seguiram-se os alunos de Macau e China (29% com muito bons resultados), Hong Kong (27%), Japão (23%) e Coreia (23%).

A condição socioeconómica é um dos fatores que mais influencia os resultados académicos e, em Portugal, os estudantes portugueses de famílias mais privilegiadas tiveram uma pontuação média de 522 pontos, ou seja, 101 pontos acima da média dos alunos mais carenciados.

Esta diferença de resultados não se afasta muito da média dos países da OCDE (93 pontos), segundo o estudo hoje divulgado, que procurou os casos de sucesso entre os mais carenciados.

Em Portugal, cerca de 9% dos estudantes desfavorecidos conseguiram estar entre os melhores alunos a Matemática, sendo a média da OCDE de 10%.

Apesar de o PISA de 2022 estar mais focado no retrato dos conhecimentos a Matemática, também foi feita uma prova de Leitura e, mais uma vez, os resultados médios pioraram: Os estudantes portugueses obtiveram 477 pontos, o que representa uma descida de 15,2 pontos em relação a 2018 e de 12,8 pontos face a 2012.

Apesar da descida, 77% dos alunos portugueses conseguiram atingir, pelo menos, o nível dois, ficando acima da média da OCDE (74%). Este resultado significa que estes jovens conseguem, pelo menos, identificar as ideias principais num texto de extensão moderada, encontrar informação e refletir sobre o propósito e a forma de um texto.

Apenas 5% dos portugueses conseguiram obter um nível 5 ou 6 em Leitura (7% é a média da OCDE), um nível que já implica ser capaz de compreender textos bastante longos, lidar bem com conceitos abstratos e conseguir estabelecer distinções entre um facto e uma opinião.

Já na prova de Ciências, Portugal surge como um caso de sucesso, ao contrariar a tendência de agravamento dos resultados: Em 2022, obtiveram 484 pontos, apenas menos 7,3 pontos do que em 2018 e do que em 2012.

O relatório indica que 78% dos alunos conseguiram ter, pelo menos, nível dois (OCDE é 76%). Entre estes, 5% tiveram desempenhos muito bons (nível 5 e 6), mostrando ser capazes de aplicar de forma criativa e autónoma os seus conhecimentos de ciência numa variedade de situações.

Numa comparação entre sexos, os rapazes portugueses voltam a ser melhores a Matemática (mais 11 pontos) e as raparigas a Leitura (mais 21 pontos).

No texto introdutório do relatório, Mathias Cornmann alertou que “um em cada quatro jovens de 15 anos é atualmente considerado como tendo um fraco desempenho em Matemática, Leitura e Ciências, em média, nos países da OCDE”.

Fonte: Lusa

Vimioso: Seminário dedicado à inovação no interior

Vimioso: Seminário dedicado à inovação no interior

Na sexta-feira, dia 8 de dezembro, em Vimioso, aquando da abertura da XXII Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS) vai realizar-se o seminário “A inovação no interior como fator de competitividade”, um evento que pretende informar sobre como ser empreendedor em territórios de baixa densidade populacional, inspirando-se nos exemplos das termas, do ensino e investigação, da agropecuária e do turismo.

O seminário tem início às 14h30, no auditório do pavilhão multiusos, em Vimioso, onde o presidente da Câmara Municipal, Jorge Fidalgo, tem a missão de dar as boas-vindas aos oradores e abrir a sessão dedicada à inovação no interior.

Ao longo da tarde vão ser abordadas as pespectivas e as inovadoras experiências de trabalho de entidades e empresas, como o IAPMEI, a Prototermas, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), a Cooperativa Agropecuária Mirandesa e a empresa turística Glamping Hills.

Cabe à represenante do IAPMEI, Marília Santos, iniciar o seminário com o tema “O papel das incubadoras no Interior”.

De seguida, é a vez da empresa Protermas dar a conhecer de que modo as termas são um fator de inovação no território.

Por sua vez, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), através da professora Vera Lebres vai abordar o papel desta institutição de ensino e investigação, na fixação de pessoas na região e no modo como contribuem para desenvolver projetos inovadores.

No âmbito da agropecuária, cabe ao engenheiro agrónomo e gestor da cooperativa agropecuária Mirandesa, Nuno Paulo, expor de que modo as raças autóctones da região também são um fator de inovação e desenvolvimento local e regional.

Por fim, no turismo, a empresa Glamping Hills, mediante o testemunho do engenheiro, João Madureira, vai explicar as razões de sucesso deste empreendimento turístico, localizado na aldeia de Santa Comba de Rossas (Bragança).

De acordo com a vereadora do município de Vimioso, Carina Lopes, o objetivo do seminário “Inovação no Interior como Fator de Competitividade” é proporcionar ao público e às empresas, mais conhecimento e incentivos para investir e desenvolver atividades de negócio nos territórios do interior, como é o caso do concelho de Vimioso.

“Convidámos várias personalidades ligadas ao IAPMEI, a incubadoras, ao Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a empresas para realizarem uma conferência dedicada ao tema na inovação no interior, porque acreditamos que na nossa região há oportunidades que devem ser exploradas e aproveitadas”, justificou.

O seminário “Inovação no Interior como Fator de Competitividade” é uma iniciativa do município de Vimioso, que conta com a colaboração da Incubadora 3INT – Incubadora para a Inovação do Interior e Negócios Transfronteiriços, sediada em Vimioso.

HA

Vimioso: Passeio BTT vai reunir 100 ciclistas portugueses e espanhóis

Vimioso: Passeio BTT vai reunir 100 ciclistas portugueses e espanhóis

No âmbito da Feira de Artes Ofícios e Sabores (FAOS) vai realizar-se na manhã de Domingo, dia 10 de dezembro, o IX Passeio BTT, uma prova de bicicleta todo-o-terreno que vai atravessar os vales dos rios Angueira e Maçãs e que vai contar com a participação de uma centena de ciclistas, portugueses e espanhóis.

A prova de Bicicleta Todo-o-Terreno (BTT) é organizada pelo município de Vimioso e de acordo com Vitor Ventura, o concelho vimiosense oferece excelentes condições para a prática desta modalidade.

“Nesta IX edição, o passeio BTT oferece dois percursos: a meia maratona de 30 quilómetros e a maratona de 50 quilómetros. Todos os participantes vão partir do Estádio Municipal de Vimioso em direção ao vale do rio Angueira, para passar pela aldeia de São Joanico. Depois seguem para Vale de Frades e Pinelo, onde os ciclistas vão ter um momento de descanso para um reforço alimentar”, adiantou.

Segundo o responsável pela organização da prova, após a paragem na localidade de Pinelo, os participantes da meia maratona regressam a Vimioso, enquanto os cicistas da maratona dirigem-se para a aldeia de Vale de Pena, para só depois regressar a Vimioso, seguindo o curso do rio Maçãs.

“Tal como o nome diz, esta prova de BTT não é uma competição, é acima de tudo um passeio desportivo, com o qual pretendemos proporcionar o convívio e convidar as pessoas a visitarem Vimioso e a Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS)”, disse.

Entre a centena de ciclistas participantes no Passeio BTT “Vales de Vimioso” são esperados muitos espanhóis, vindos das localidades de Alcañices e de toda a província de Zamora.

“No final do passeio, todos os participantes da meia maratona e da maratona têm direito ao almoço convívio, no recinto da Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS). Neste encontro vai ser entregue um brinde a todos os ciclistas, que consiste na camisola oficial do passeio BTT Vales de Vimioso”, adiantou.

O IX Passeio BTT “Vales de Vimioso” é uma atividade organizada pelo município de Vimioso e que conta com a colaboração da freguesia de Pinelo e da associação “Os Furões”.

HA

Cinema: Filme “Alma Viva” nomeado para prémios espanhóis Goya

Cinema: Filme “Alma Viva” nomeado para prémios espanhóis Goya

O filme “Alma Viva”, da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira, é candidato aos prémios Goya, que vão ser entregues no dia 10 de fevereiro de 2024, em Valladolid (Espanha), no decorrer da 38.ª edição do festival.

“Alma Viva” está nomeado para o Goya de Melhor Filme Ibero-americano, juntamente com “La memoria infinita” (Chile), “Puan” (Argentina), “La pecera” (Porto Rico), e “Simón” (Venezuela).

Primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira, produzida pela Midas Filmes, “Alma Viva” é uma ficção que aborda a emigração, o misticismo e a cultura transmontana, e foi integralmente rodada em Junqueira, concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes maternas.

“Alma Viva”, que se estreou em 2022 na Semana da Crítica em Cannes, já recebeu duas dezenas de prémios, entre os quais seis Sophia da Academia Portuguesa de Cinema.

De acordo com a lista de nomeados anunciada pela Academia de Cinema de Espanha, na categoria de Melhor Filme de Animação está a longa-metragem “They shot the piano player”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal, com coprodução portuguesa pela Animanostra, apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual e participação da RTP.

O filme tem como pano de fundo a música brasileira, em particular os primeiros anos da Bossa Nova, mas também aborda a “brutalidade dos regimes ditatoriais” que marcaram a América Latina nos anos de 1960 e 1970, refere a sinopse.

O mote é a vida trágica do pianista brasileiro Francisco Tenório Jr., considerado um dos nomes fundamentais da Bossa Nova, que desapareceu em Buenos Aires, em março de 1976, numa ocasião em que acompanhava Toquinho e Vinicius de Moraes num concerto.

A 38.ª edição dos Goya está marcada para 10 de fevereiro em Valladolid e os filmes mais nomeados são “20.000 Espécies de Abelhas”, de Estíbaliz Urresola, com 15 nomeações, e “A sociedade da neve”, de Juan Antonio Bayona, com 13.

Fonte: Lusa