Carção: “Cachico – Mercado Rural” pretende valorizar a vida agrícola

Carção: “Cachico – Mercado Rural” pretende valorizar a vida agrícola

O “Cachico – Mercado Rural” vai voltar a animar a localidade de Carção, no fim-de-semana de 18, 19 e 20 de novembro, com a comercialização dos produtos caraterísticos da localidade como são a castanha, o pão de abóbora, a aguardente, as ervas aromáticas entre outros produtos agrícolas.

Na localidade de Carção vivem atualmente 350 pessoas, que continuam a dedicar-se à pequena agricultura familiar. Segundo Daniel Ramos, presidente da freguesia de Carção, como tantos outros eventos, o “Cachico – Mercado Rural” surgiu com o propósito de dinamizar a economia local da aldeia e ajudar os pequenos agricultores a comercializar o excedente dos seus produtos.

“Em Carção, este mercado rural tem como produtos mais caraterísticos o mel, a castanha, a noz, o azeite, a abóbora e o pão de abóbora, a aguardente, o vinho e os licores”, indicou.

A aguardente é um dos produtos em destaque no certame e vai ter mesmo um concurso, com os propósitos de incentivar os produtores locais a participar e a preservar esta tradição. Recorde-se que antigamente, Carção foi conhecida pela destilaria de vinho, onde existiram duas fábricas.

“Porque estamos na época do São Martinho e dos magustos, o concurso consiste na degustação de várias aguardentes, com os objetivos de selecionar os melhores produtos e valorizar o fabrico artesanal”, justificou.

Outra novidade na edição deste ano do “Cachico – Mercado Rural”, é o passeio de reconhecimento das ervas aromáticas e comestíveis, que nascem naturalmente no termo de Carção. A formação vai estar a cargo da engenheira agrónoma, Natalina Pires.

No sábado, dia 19 de novembro, o certame vai iniciar-se bem cedo, às 8h30, da manhã, com a concentração dos caçadores para a montaria ao javali. Também a caça teve grande importância na aldeia, onde existiam perdizes, lebres e coelhos, que habitavam as serranias com grandes matas e arvoredos.

“A montaria ao javali tem como limite máximo 120 portas. Cerca de 50% dos caçadores são do concelho de Vimioso e os outros 50% são caçadores vindos da zona norte do país, principalmente da zona do grande Porto”, informou.

Segundo o presidente da freguesia de Carção, Daniel Ramos, os caçadores são também um público que aprecia os produtos locais, como o fumeiro, o azeite, a castanha e alguns produtos hortícolas, como é o caso das cebolas.

Ao longo dos três dias, o “Cachico – Mercado Rural” vai ser animado musicalmente pelos Gaiteiros de Serapicos, pelo grupo ”Pilha Galinhas” e pelos “Marotos flavienses”.

“A condizer com a ruralidade do mercado, a nossa escolha musical incidiu em grupos tradicionais. Ao longo do evento haverá ainda a animação permanente de atores, que vão evocar o mundo rural e interagir com o público”, adiantou.

No Domingo, dia 20 de novembro, um dos destaques é a concentração de tratores. Segundo o autarca de Carção, o objetivo desta reunião das máquinas agrícolas é sublinhar a identidade rural da aldeia.

“A concentração dos tratores é mais uma estratégia para motivar a população local a participar no evento. No decorrer da concentração vai realizar-se um sorteio para premiar a participação dos agricultores”, explicou.

No Domingo, às 15h00, vai celebrar-se a Missa campal, com a benção dos produtos da terra.

Depois, a IV edição do Cachico – Mercado Rural, em Carção, vai encerrar-se com um magusto, gratuito, onde o público terá a oportunidade de degustar o porco no espeto, as castanhas assadas, a jeropiga e a aguardente.

“Desde sexta-feira, dia 18 de novembro, aquando da abertura do evento, o público poderá provar o vinho dos produtores locais, que estará exposto em pipas no recinto do mercado rural. Depois, no final do certame, no dia 20, vai proceder-se à lavagem das pipas, para assim assinalar o encerramento do mercado”, informou.

O Cachico – Mercado Rural é um evento organizado pela freguesia de Carção e pela AMARTES – Associação de Desenvolvimento Artístico, Cultural e Desportivo, e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Futsal: Mirandeses objetivos venceram o Vila Flor

Futsal: Mirandeses objetivos venceram o Vila Flor

À 4ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) venceu o Centro Social e Paroquial Vila Flor (CSPVF), num jogo em que a maior capacidade física e objetividade dos mirandeses lhe valeu uma expressiva vitória por 6-2.

O inspirado, Nickas, fez o 2-0, num remate surpreendente junto à linha lateral.

No jogo realizado na sexta-feira, dia 11 de novembro, às 21h30, no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, os mirandeses entraram determinados em assumir a iniciativa do desafio.

No entanto, os mirandeses confrontaram-se com a dificuldade de jogar contra com um adversário constituído por jogadores jovens e evoluídos tecnicamente.



O jogo começou a descomplicar-se para os mirandeses, aos 5 minutos, na sequência de uma falta não assinalada, que Ricky aproveitou para numa “biqueirada” de fora da área, fazer um primeiro golo do jogo (1-0).

No minuto seguinte, o Vila Flor respondeu com um remate ao poste da baliza mirandesa. Este lance deu confiança aos visitantes e aos 8 minutos, o guarda-redes mirandês, Pina, efetou duas grandes defesas consecutivas impedindo assim, o empate aos vilaflorenses.

Os mirandeses afastaram a pressão visitante aos 9 minutos, através de Nickas, que num remate surpreendente junto à linha lateral, dirigiu a bola para o fundo da baliza visitante, fazendo assim o 2-0.

O segundo golo desconcentrou os vilaflorenses que logo a seguir cometeram o erro de derrubar o mirandês, Ricky, dentro da área. Na conversão da grande penalidade, Castro, ampliou a vantagem para 3-0.

A equipa de Vila Flor conseguiu reerguer-se e aos 11 minutos, obrigou novamente o guardião Pina a aplicar-se para evitar o primeiro golo visitante.

E aos 16 minutos, os visitantes conseguiram mesmo chegar ao golo, através de João Lopes e assim reduziram a desvantagem para 3-1.

Antes do final da primeira parte, os vilaflorenses dispuseram de um penalti a seu favor, mas na conversão, Fernando, rematou ao lado da baliza mirandesa.

Após o intervalo, o técnico Vitor Hugo, como habitualmente faz, trocou de guarda-redes e para o lugar de Pina entrou Guilherme. E foi precisamente o recém-entrado Guilherme, que aos 25 minutos, ampliou a vantagem do Clube Desportivo de Miranda do Douro, para 4-1, na sequência de uma jogada em que avançou no campo.

Animados pela confortável vantagem, os mirandeses, voltariam a festejar segundos depois, graças a uma assistência de Nickas a Ricky, o que lhe permitiu fazer o 5-1.

O Vila Flor reagiu e aos 26 minutos testou a atenção defensiva de Guilherme. No minuto seguinte, o vilaflorense, Quevin, insistiu e numa jogada individual, reduziu para 5-2.

O resultado final foi estabelecido por Nickas, aos 37 minutos, após uma receção da bola no ar, rodou sobre o adversário e rematou alto para fazer o 6-2.

A vitória expressiva dos mirandeses premiou a maior objetividade da equipa treinada por Vitor Hugo.

Por seu lado, a equipa de Vila Flor mostrou que tem jogadores evoluídos tecnicamente e que dificultaram bastante a vitória mirandesa.

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Renato, Couto (cap.), Vitó, David, Nickas, Ricky, Diogo, Guilherme, Gaby, Firmino. Castro e Rúben.

Treinador: Vitor Hugo

“Foi mais um grande jogo de futsal, em que entrámos muito determinados em pôr em prática as dinâmicas que treinámos durante a semana. Conseguimos chegar ao 3-0. E aí houve um ligeiro relaxamento da nossa parte, o que permitiu ao Vila Flor reduzir para 3-1. Ao intervalo, fizemos alguns ajustamentos, voltamos a assumir o controlo do jogo e voltamos a aumentar a vantagem. Realço que o Vila Flor é uma equipa que já tem tradição do futsal, aposta muito na formação e nos jovens jogadores do concelho. Há dois anos atrás competiram na III Divisão de futsal. ” – Vitor Hugo.

Centro Social e Paroquial de Vila Flor: Daniel, Veiga, Flávio, Quevin, Tiago, Fernando, José Pereira, Zé Manuel, Francisco e João Lopes.

Treinadores: Emílio Almendra e Rafael Pinheiro

“No jogo tivemos muita dificuldade em adaptarmo-nos às dimensões do campo, dado que o pavilhão é muito estreito. A nossa equipa é formada por jovens, muito bons executantes e que gostam de jogar com espaço. Hoje, tivemos muita dificuldade em realizar simples movimentos como o domínio de bola, também pela pressão constante da equipa de Miranda. Aqui, é muito difícil criar desequilíbrios. No lance do primeiro golo do Miranda foi muito difícil para os nossos jovens jogadores aceitar aquela decisão dos árbitros, dado que o nosso jogador estava no chão. Mesmo assim, quero dar os parabéns à equipa de Miranda pela vitória, pois foi mais competente do que nós” – Emílio Almendra.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: João Martins

2º Árbitro: Miguel Tronco

Cronometrista: Rui Domingues

4ª jornada – resultados

Águia FC Vimioso2-2EF Arnaldo Pereira (Bragança)
 CD Miranda Do Douro6-2CSP Vila Flor
 GD Torre Dona Chama0-4Sp. Moncorvo
 Alfandeguense2-5GD Sendim
Pioneiros Bragança4-5ACRD Ala

Classificação

PJVEDGMGSDG
1Sp. Moncorvo842202012+8
2CD Miranda Do Douro84220169+7
3Águia FC Vimioso842201915+4
4GD Sendim742111312+1
5GD Torre Dona Chama74211139+4
6EF Arnaldo Pereira (Bragança)742111211+1
7ACRD Ala441121415-1
8CSP Vila Flor341031520-5
9Alfandeguense341031121-10
10Pioneiros Bragança04004615-9

Próxima jornada (18/11/2022)

ACRD AlavsÁguia FC Vimioso
 Arnaldo Pereira (Bragança)vsCD Miranda Do Douro
 Sp. MoncorvovsPioneiros Bragança
 GD SendimvsGD Torre Dona Chama
 CSP Vila FlorvsAlfandeguense

Vimioso: “Os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado» – Carlos Ventura, biólogo.

Vimioso: “Os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado» – Carlos Ventura, biólogo.

De 14 a 19 de novembro, vai decorrer na junta de freguesia de Vimioso um curso gratuito, em horário pós-laboral, dedicado à apanha e identificação de cogumelos silvestres, um recurso que tem um alto valor económico na vizinha Espanha e que estranhamente continua a ser desaproveitado em Portugal.

A apanha de cogumelos silvestres foi sempre uma atividade praticada pelas populações, aproveitando um recurso que cresce espontaneamente nos montes e florestas.

Na Terra de Miranda, os cogumelos silvestres mais conhecidos são o míscaro (que se encontra nos pinhais), os boletos (mais comuns nos castanheiros e nos carvalhais) e a marifusa.

De acordo com o biólogo, Carlos Ventura, o curso “Colheita e identificação de cogumelos silvestres” visa informar as pessoas sobre os métodos de apanha dos cogumelos silvestres e ensinar a distinguir as espécies comestíveis, das venenosas e alucinogénias.

A fornação que decorre de segunda a sexta-feira, a partir das 20h30, vai culminar com uma saída de campo, para recolha e identificação das várias espécies de cogumelos silvestres, que existem no concelho de Vimioso.

“No final vai realizar-se um almoço-convívio entre todos os participantes e vamos cozinhar uma açorda de cogumelos no pote”, adiantou.

Segundo Carlos Ventura, os cogumelos silvestres continuam a ser um recurso desaproveitado na economia do nordeste transmontano.

“Os cogumelos que nascem no nosso território são vendidos aos espanhóis por preços irrisórios e insignificantes. E depois, em Espanha, são vendidos a preços elevados. Para dar um exemplo, aqui na região, se um restaurante quiser comprar cogumelos silvestres certificados não encontra. E porquê? Porque a nossa produção é toda vendida, ao desbarato, para Espanha. Vendemos o quilo de cogumelos silvestres a cinco euros e depois os espanhóis vendem o quilo de cogumelos aos restaurantes a 25 euros/quilo”, disse.

Para aproveitar melhor este recurso endógeno, o biólogo defende que o governo português deve criar legislação específica, que regulamente a apanha e a comercialização dos cogumelos silvestres.

“Também é importante sensibilizar e consciencializar os apanhadores de cogumelos silvestres, para que no decorrer da apanha não utilizem utensílios como sachos e ancinhos, pois acabam por destruir a cobertura florestal. A apanha deve ser feita unicamente com um canivete para cortar o pé do cogumelo”, indicou.

Para além do valor económico, Carlos Ventura, recorda que os cogumelos têm uma importante função ecológica na decomposição da matéria orgânica.

“Os cogumelos silvestres desempenham um papel fundamental, dado que contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, decompondo, tal como as bactérias, os organismos vegetais e animais”, concluiu.

HA

Vimioso: Caminhada de São Martinho vai inaugurar a “Rota da Batoqueira”

Vimioso: Caminhada de São Martinho vai inaugurar a “Rota da Batoqueira”

No próximo sábado, dia 12 de novembro, a junta de freguesia de Vimioso vai organizar a 4ª Caminhada de São Martinho, uma atividade desportiva e de lazer, que este ano tem como novidade a inauguração do percurso pedestre “Rota da Batoqueira”.

De acordo com o presidente da freguesia de Vimioso, José Manuel Alves Ventura, o projeto da “Rota da Batoqueira” iniciou-se em 2021.

«A inauguração da “Rota da Batoqueira” agendada para o dia 12 de novembro visa assinalar a conclusão dos trabalhos de sinalização e homologação deste novo percurso pedestre, em Vimioso”, disse.

A caminhada do próximo sábado na “Rota da Batoqueira”, tem início marcado para as 9h00 da manhã e vai iniciar-se no parque municipal (junto à sede da junta de freguesia).

Ao longo do percurso, os cerca de 80 caminhantes inscritos na atividade vão puder conhecer a paisagem retalhada dos terrenos agrícolas, tão caraterística do nordeste transmontano.

A meio de percurso, aos 5 quilómetros, os participantes vão chegar ao Castro da Batoqueira. Este antigo povoado, foi construído numa zona de especial beleza natural e com uma vista privilegiada para o rio Maçãs. Aí chegados, os caminhantes vão ser presenteados com um reforço alimentar.

Após o descanso e no caminho de regresso a Vimioso, os participantes vão atravessar uma mata de densa de carvalhos, para depois percorrer novamente as paisagens agrícolas.

Chegados a Vimioso e concluído o percurso pedestre, os caminhantes vão almoçar e convíver no salão da junta de freguesia, onde não vai faltar o magusto e a jeropiga, para assim celebrar o dia de São Martinho.

Após o almoço, a rota da Batoqueira sugere ainda aos caminhantes a visita aos monumentos de interesse histórico e turístico na vila. É o caso do pelourinho, que terá sido erguido no reinado de D. Manuel I, o monarca que concedeu o foral a Vimioso, no ano 1516.

Ao final da tarde (18h00), vai realizar-se na igreja paroquial de Vimioso, o concerto musical “O livro de bolso”, uma
iniciativa da associação Inter+Value.

HA

Miranda do Douro: Aumento do preço dos alimentos está a mudar os hábitos de consumo do público

Miranda do Douro: Aumento do preço dos alimentos está a mudar os hábitos de consumo do público

Desde o final de fevereiro, com o deflagrar da guerra na Ucrânia, o preço dos alimentos tem aumentado significativamente. Em Miranda do Douro, os administradores do “Intermarché” e do supermercado “Zona Norte – Aqui é Fresco” falaram-nos sobre o impacto da subida dos preços nos hábitos de consumo dos seus clientes.

Em Portugal, o aumento dos alimentos deve-se à grande dependência do país dos mercados externos, sobretudo por causa da importação de cereais, onde o país importa cerca de 80% dos cereais que consome.

Por outro lado, a escassez de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, sobretudo da energia como fator indispensável para a produção agroalimentar, estão a refletir-se no aumento generalizado dos preços dos bens alimentares.

Eduardo e Paula Santos, administradores do Intermarché de Miranda do Douro, informaram que o público tem manifestado preocupação pelo constante aumento generalizado dos preços dos alimentos.

“As pessoas têm contestado o aumento dos preços, o que faz com que não comprem em tanta quantidade e escolham sobretudo os bens essenciais como o pão, o leite, o arroz, a massa, farinha, o açúcar, o óleo, etc.”, indicaram.

Outra mudança nos hábitos dos clientes é a preferência pelos produtos da marca do distribuidor ou marca “branca”, dado que apresentam um preço mais económico.

«As pessoas estão mais ponderadas, não compram por impulso e focam-se sobretudo nos bens essenciais. A nossa marca ´”Por Si” está a vender muito bem, o que confirma que é uma das melhores marcas em termos de qualidade/preço”, disseram.

Por seu lado, no supermercado “Zona Norte – Aqui é Fresco”, em Miranda do Douro, Ângelo Delgado, enfatizou que o aumento do preço dos alimentos tem sido “estrondoso e gigante” e por isso, registou-se um aumento no consumo de bens essenciais e uma redução dos bens não essenciais.

“Verifico que nas compras as pessoas continuam a gastar o mesmo montante. No entanto, a grande diferença é que agora levam menos produtos com o mesmo dinheiro. Daí que haja uma maior procura dos bens essenciais, cujo preço é mais acessível como é o caso do pão, do arroz, da massa, etc.”, disse.

Segundo Ângelo Delgado, os clientes do supermercado “Zona Norte – Aqui é Fresco” estão também a dispensar os produtos processados como as refeições pré-cozinhadas (pizzas, lasanhas, hambúrgeres), as bolachas, os alimentos sem glúten, os refrigerantes, etc..

“Recentemente, verificámos outro aumento nos preços do arroz, da polpa de tomate, do peixe, dos produtos de cosmética e nos detergentes. Se antes as pessoas optavam pela qualidade, agora procuram os produtos mais baratos, como são os bens de marca branca”, indicou.

A época natalícia

Estamos a aproximarmo-nos da época do Natal, período caraterizado pelo grande fluxo comercial.

Relativamente às previsões de vendas para este Natal, Eduardo e Paula Santos, do Intermarché de Miranda do Douro, informaram que a época natalícia naquele espaço comercial vai decorrer de 10 de novembro até 24 de dezembro.

“A nossa previsão é a de que, tal como sucedeu no passado mês de agosto, em que a população de Miranda do Douro duplicou, também no período festivo de Natal, esperamos uma maior afluência de público e por conseguinte um aumento do volume de vendas”, responderam.

Já no supermercado “Zona Norte – Aqui é Fresco”, o responsável, Ângelo Delgado, também prevê que o público continue a realizar as habituais compras para a época festiva, mas antevê dificuldades no próximo ano.

“Conto que o Natal seja idêntico ao do ano passado, com as pessoas a aproveitarem o subsídio de Natal para fazerem as suas compras para esta época festiva. No entanto, receio que, em janeiro, com outro possível aumento dos preços dos bens alimentares, as pessoas tenham que enfrentar novas dificuldades económicas”, disse.

“Receio que, em janeiro, com outro possível aumento dos preços dos bens alimentares, as pessoas tenham que enfrentar novas dificuldades económicas”, disse.

Novo posto de combustível 24 horas

O Intermarché de Miranda do Douro abriu portas no passado dia 14 de julho. Segundo Eduardo e Paula Santos, este novo hipermercado abriu recentemente o posto de abastecimento de combustíveis, com um serviço permanente de 24 horas.

“O público ficou contente por ter mais um posto de combustível em Miranda do Douro, com preços competitivos e mais próximos daquilo que se pratica na vizinha Espanha. A partir de agora, já não compensa atravessar a fronteira para ir abastecer em Espanha”, disseram.

Os administradores do Intermarché de Miranda do Douro informaram também, que estão a instalar coberturas no parque de estacionamento, com painéis solares.

“O grupo Intermarché aconselha-nos a investir nas energias renováveis e por isso estamos a colocar painéis solares em cima das coberturas do parque de estacionamento. Este investimento vai permitir-nos poupar entre 60% a 70% dos gastos em energia. Na prática, se atualmente temos um gasto mensal de 3 mil euros em eletricidade, com a energia solar vamos reduzir a despesa para apenas 600 euros/mês”, indicaram.

Após 4 meses de trabalho em Miranda do Douro, Eduardo e Paula Santos, afirmaram que o mais gratificante tem sido o interesse e a crescente adesão da população ao novo hipermercado, que veem como uma mais-valia para a cidade.

Sobre os maiores desafios a enfrentar, os administradores do Intermarché indicaram que é importante agir contra o despovoamento do interior do país.

“A cidade e o concelho de Miranda do Douro são belíssimos e são o local ideal para viver. No entanto, apercebemo-nos que é importante estancar o êxodo demográfico e atrair novos habitantes para criar um maior dinamismo económico na cidade e no concelho de Miranda do Douro”, concluíram.

HA

Miranda do Douro: Concertos de outono levam a música às localidades do concelho

Miranda do Douro: Concertos de outono levam a música às localidades do concelho

No serão do próximo sábado, dia 12 de novembro, a igreja paroquial de Paradela, vai ser o palco do primeiro concerto de Outono, protagonizado pelo trio de músicos Luís Velho, Rúben Metralha e Bruno Serra.

Segundo a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, os “Concertos de Outono” visam dar continuidade à política de descentralização da atividade cultural, oferecendo espetáculos musicais às populações das várias localidades do concelho.

“Quando iniciámos funções decidimos dar continuidade ao ciclo de concertos no inverno, estendendo-os depois à primavera e agora ao outono. No verão e dadas as festas e romarias existentes nas várias localidades do concelho achamos que os concertos não seriam oportunos”, justificou.

Helena Barril sublinhou ainda que estes concertos visam apoiar e incentivar os músicos do concelho de Miranda do Douro, pelo seu esforço e dedicação à música, e em especial, à música tradicional mirandesa.

Para a realização dos concertos, a autarca de Miranda do Douro agradeceu ainda a colaboração da Diocese de Bragança-Miranda, ao permitir que os espetáculos se realizem nas várias igrejas paroquiais do concelho.

O programa dos “Concertos de outono”, que vão decorrer nos meses de novembro e dezembro, é o seguinte:

12 de novembro, às 21h00, concerto de Luís Velho, Rúben Metralha e Bruno Serra, na igreja paroquial de Paradela;

19 de novembro, concerto de Poetas do Douro – Quarteto Abalon, na igreja paroquial de Atenor;

27 de novembro, concerto de Músicas da Raia, na igreja paroquial de Cicouro;

3 de dezembro, concerto de Hardança, na igreja paroquial de Malhadas;

8 de dezembro, concerto de Poetas do Douro – Quarteto Abalon, na igreja paroquial de Águas Vivas;

17 de dezembro, concerto de Natal, interpretado pelo Ensemble Vocal Pro Música, na Concatedral de Miranda do Douro;

1 de janeiro, concerto de Ano Novo, interpretado pela Mie Miranda, na Concatedral de Miranda do Douro.

O município de Miranda do Douro adiantou que na Primavera haverá um novo ciclo de concertos musicais, que vão realizar-se nas outras localidades do concelho, que ainda não foram presenteadas com esta oferta cultural.

HA

Miranda do Douro: “Há Feira na Praça” dá a conhecer os produtos mirandeses

Miranda do Douro: “Há Feira na Praça” dá a conhecer os produtos mirandeses

No próximo sábado, dia 12 de novembro, o Largo Dom João III, em Miranda do Douro, acolhe a I edição do certame “Há Feira na Praça”, um novo evento mensal que tem por finalidade dar a conhecer e comercializar os produtos locais mirandeses, com destaque para o artesanato, a doçaria, o fumeiro e os produtos hortícolas.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a iniciativa “Há Feira na Praça” visa, simultaneamente, apoiar os produtores do concelho a comecializar a sua produção e também ajudar os pequenos agricultores a escoar o excedente de produtos hortícolas.

“A primeira edição do certame vai coincidir com a festa de São Martinho, no dia 12 de novembro. O nosso propósito é realizar a´Feira na Praça” todos os últimos sábados de cada mês, aproveitando assim a animação proporcionada pelas atuações mensais dos pauliteiros de Miranda”, explicou.

Segundo a autarca, as próximas edições do certame vão desenvolver feiras temáticas dedicadas a produtos caraterísticos do concelho de Miranda do Douro como o mel, a abóbora, os cogumelos, as cebolas, etc.

O evento mensal vai decorrer no Largo Dom João III, a praça central da cidade de Miranda do Douro, onde inicialmente vão ser instalados 10 stands para os expositores locais.

“Quando apresentámos a iniciativa ´Há Feira na Praça`´´ foram os próprios produtores a contatar o município para exporem os seus produtos. Este interesse é revelador do quão importante é criar sinergias entre todos, de modo a divulgar e valorizar o nosso concelho”, indicou.

Assim sendo, no próximo sábado, dia 12 de novembro, quem pretenda visitar a “Feira na Praça”, no Largo Dom João III, em Miranda do Douro, vai aí encontrar inúmeros produtos mirandeses. Para além do artesanato e dos produtos hortícolas, os visitantes poderão ainda comprar o pão, o mel, o azeite, os frutos secos, a bola doce mirandesa, o folar, os roscos e os sodos, o fumeiro, os vinhos e os licores e muitos outros produtos caraterísticos da Terra de Miranda.

HA

Miranda do Douro: Município vai plantar um “pulmão verde” na cidade

Miranda do Douro: Município vai plantar um “pulmão verde” na cidade

O município de Miranda do Douro vai investir cerca de um milhão de euros na reflorestação do parque do rio Fresno e com a plantação de espécies autóctones pretende criar um “pulmão verde” da cidade, informou a presidente da câmara municipal, Helena Barril.

“Com este projeto, pretende-se potenciar a promoção dos valores naturais, a valorização das áreas protegidas, das paisagens e da biodiversidade, privilegiando as espécies autóctones e dos serviços dos ecossistemas neste espaço da cidade”, explicou Helena Barril.

O município de Miranda do Douro pretende com este projeto potenciar a promoção dos valores naturais, a valorização das áreas protegidas, das paisagens e da biodiversidade, privilegiando as espécies autóctones e dos serviços dos ecossistemas.

“Abraçámos este projeto com todo empenho e carinho e sentimos que este projeto é urgente para o concelho. Tendo em conta o aquecimento global, plantarmos árvores e criarmos um “pulmão verde” na cidade faz todo o sentido para amenizar os efeitos de estufa”, vincou a autarca social-democrata.

Esta intervenção abrange os terrenos envolventes do rio Fresno que atravessa Miranda do Douro, onde serão plantadas espécies como carrascos, olmos ou freixos.

Nas margens do rio Fresno que atravessa Miranda do Douro, vão ser plantadas espécies como carrascos, olmos e freixos.

“Com este projeto pretendemos promover o território assente nos princípios de sustentabilidade, com a valorização da paisagem, dos recursos endógenos, do património natural e cultural e beneficiar as comunidades locais e construir pontos de atração para os visitantes e residentes”, enfatizou Helena Barril.

O município de Miranda do Douro pretende ainda colmatar algumas falhas provocadas por anteriores projetos de reflorestação com espécies não autóctones, como aconteceu por todo o planalto mirandês.

O projeto ambiental está avaliado em mais de um milhão de euros e ´é totalmente financiado por Fundos Europeus e cuja candidatura foi aprovada.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Peregrinações na raia continuam a criar laços de amizade entre portugueses e espanhóis

Miranda do Douro: Peregrinações na raia continuam a criar laços de amizade entre portugueses e espanhóis

Cerca de oitenta peregrinos, portugueses e espanhóis, das paróquias de Miranda do Douro e de Zamora percorreram no sábado, dia 5 de novembro, os dez quilómetros de distância entre a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim e o Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa.

A peregrinação fez parte do ciclo de caminhadas transfronteiriças “Peregrinos por um dia”, que junta mensalmente, paroquianos portugueses e espanhóis e os leva a visitar vários santuários marianos, na raia luso-castelhana.

Desta vez, a caminhada levou os 64 peregrinos espanhóis e 20 portugueses, a percorrer a distância entre da ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim, e o Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa.

A peregrinação iniciou-se às 8h00, do dia de sábado, com a oração da manhã, na capela de Nossa Senhora da Luz. Depois, os peregrinos iniciaram a caminhada, descendo para a aldeia de Constantim, onde seguiram pelo caminho pedestre em direção ao Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Tal como vem sendo habitual, estas peregrinações proporcionam a atividade física, o contato com a natureza, a vivência da espiritualidade, a visita ao património religioso e histórico e momentos de convívio entre os participantes.

João Paulo Miranda participou pela segunda vez na atividade “Peregrinos por um dia” e sublinhou que “caminhar faz bem à saúde”. Sobre a convívio com os vizinhos espanhóis, o peregrino português disse que “é muito fácil comunicar com os espanhóis, pois são um povo muito extrovertido e sociável”.

Matias Esteban veio de Zamora e nestas peregrinações destaca a possibilidade de praticar exercício físico na natureza e conhecer melhor o povo português. Relativamente à espiritualidade, o peregrino espanhol, afirmou que é crente em Deus, mas reconheceu que não é um católico muito praticante.

“Costumo participar na vida da Igreja nos dias de festa, como é a Semana Santa. E aqui em Portugal, sou um assíduo visitante nas romarias de Nossa Senhora da Luz e Nossa Senhora da Ribeira”, disse.

Por sua vez, Marisa, revelou que a sua grande motivação para participar nas caminhadas organizadas pela Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora é a vontade de agir contra ao sedentarismo, o convívio e descobrir novos lugares.

“Desde 2010 que participo nestas caminhadas e gosto muito. Sobre a convivência com os portugueses acho a ideia formidável, pois é uma excelente oportunidade dos dois povos vizinhos se conhecerem melhor”, disse.

Ao seu lado caminhava a amiga, Aurora, que disse que começou a participar nas peregrinações pelo exercício físico.

“Comecei a participar porque precisava ganhar mais resistência física. E ao fazê-lo comecei a desfrutar destas caminhadas nas suas várias dimensões: a natureza, o convívio e também a espiritualidade, pois ao caminhar vais refletindo sobre a tua vida”, disse.

Nestas peregrinações mensais aos santuários marianos, o português, Fernando Mendes, destacou o espírito de grupo, o convívio e a união que existe entre todos os participantes, portugueses e espanhóis.

“Destaco também a excelente organização conjunta das paróquias de Zamora e de Miranda do Douro, que faz destas peregrinações jornadas inesquecíveis”.

Questionado sobre as razões para a realização desta atividade, o padre espanhol, Javier Fresno, respondeu que são as próprias pessoas a pedir que se organizem as peregrinações com os vizinhos portugueses.

“Ao praticar este exercício tão simples como é caminhar, as pessoas estão também a aprofundar a sua espiritualidade. Veja-se o interesse que as pessoas têm pelo Caminho de Santiago! Ou seja, o rezar caminhando é outra forma de oração. Destaco ainda o encontro e o convívio que se estabelece entre todos os peregrinos! E esta dimensão comunitária também ajuda à espiritualidade”, disse.

Sobre a melhor maneira de despertar o interesse dos jovens para estas peregrinações, Javier Fresno sublinhou que “os jovens são os melhores evangelizadores de outros jovens”.

“Neste momento, em Zamora, estamos a preparar os jovens para a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa. Nesta preparação vejo que aos jovens motiva-os o encontro com outros jovens. E é esse encontro que os anima a participar. A nossa tarefa é acompanhar os jovens e ajudá-los a descobrir que Deus é Quem sacia o nosso desejo mais profundo, como ensinava Santo Agostinho”, disse.

O jovem Henrique Alonso, de 26 anos, também participou na peregrinação entre a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim, e o Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa.

“Gostei muito de participar na peregrinação. Caminhei, contemplei a natureza neste bonito dia de sol, convivi e falei com muita gente. Foi muito interessante!”, disse.

Quando lhe perguntámos sobre a melhor estratégia para motivar outros jovens a participar nestas peregrinações, o jovem seminarista de diocese de Zamora, concordou que os jovens são os melhores “influencers” dos outros jovens.

“Em primeiro lugar, têm que ser os jovens a animá-los para que participem nas atividades. Depois, se gostarem da experiência, serão eles próprios a quererem participar noutras atividades”, disse.

Relativamente à dificuldade em juntar jovens e adultos numa mesma atividade, Henrique Alonso, disse que o desafio é criar uma relação de confiança entre as diferentes gerações, para que os mais novos vejam nos mais crescidos exemplos a seguir, imitar e aprender.

Sobre a sua segunda participação nestas peregrinações na raia portuguesa e espanhola, Henrique Alonso, disse que é enriquecedor conhecer outros lugares e outras pessoas.

“Na zona da raia é muito importante cuidar da relação entre os dois povos vizinhos, português e espanhol. Aqui continuam a estabelecer-se contínuas relações comerciais, de vizinhança e é muito comum participar nas festividades, nos dois lados da fronteira”, concluiu.

A próxima caminhada “Peregrinos por um dia” está agendada para o dia 3 de dezembro, entre a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim e a Iglesia da Virgem de la Salud, em Alcañices.

HA

Miranda do Douro: “Castro de São João das Arribas pode ser um antigo povoado histórico” – Mónica Salgado, arqueóloga.

Miranda do Douro: “Castro de São João das Arribas pode ser um antigo povoado histórico” – Mónica Salgado, arqueóloga.

No dia 4 de novembro, foi apresentada na Biblioteca Municipal, António Maria Mourinho, em Miranda do Douro, a exposição de arqueologia “Castro de São João das Arribas”, que consiste numa coleção de objetos arqueológicos encontrados no antigo povoado dos séculos III d. C e IX d. C, em Aldeia Nova.

De acordo com a arqueóloga Mónica Salgado, a exposição sobre o “Castro de São João das Arribas” é o culminar de um trabalho de quatro anos, iniciado em 2016 e concluído em 2019, e que contou com o apoio do município de Miranda do Douro, da Freguesia de Miranda do Douro, da associação Palombar e da população de Aldeia Nova.

Aquando da inauguração da exposição, na tarde do dia 4 de novembro, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, agradeceu o trabalho arqueológico realizado no Castro de São João das Arribas, um local que está classificado como monumento nacional desde 1910.

Por sua vez, a arqueóloga, Mónica Salgado, indicou que entre 2016 e 2019, foram identificados inúmeros vestígios arqueológicos no Castro de São João das Arribas, tais como epígrafes, cerâmicas, estelas funerárias romanas, aparos, pregos, moedas, colares, entre outros objetos.

“Estou convencida que o Castro de São João das Arribas é uma antiga ‘Citânia de briteiros’, isto é, trata-se das ruínas de um povoado da época da Alta Idade Média. E se este local for devidamente estudado e divulgado poderá ser um importante centro de interesse histórico e turístico para o concelho de Miranda do Douro”, disse.

O trabalho de pesquisa arqueológico contou com a colaboração da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, que angariou voluntários de vários países, para participar nas escavações no Castro de São João das Arribas, em Aldeia Nova.

Américo Guedes, da Palombar, agradeceu o acolhimento da população local aos voluntários e sublinhou que o trabalho arqueológico é um instrumento importante para conhecer a história e valorizar o património local.

“Gostaríamos de continuar a colaborar neste projeto de investigação arqueológica, em colaboração com a arqueóloga Mónica Salgado”, disse.

Após estas introduções, seguiu-se uma visita guiada à exposição de arqueologia “Castro de São João das Arribas”. que vai estar em exibição até ao dia 30 de dezembro, na Biblioteca Municipal António Maria Mourinho, em Miranda do Douro.

HA