Construção: Portugal precisa de mais mão de obra para a habitação

Construção: Portugal precisa de mais mão de obra para a habitação

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou no Brasil, que Portugal precisa de mais mão de obra para concretizar o programa de investimento público em habitação, referindo que está a haver dificuldade em acorrer às solicitações.

“Precisamos, efetivamente, de mais capacidade, de mais capacidade empresarial, de mais capacidade de mão de obra, tal é o investimento que, eu não me importo aqui de confessar, estamos a ter dificuldade, com a nossa capacidade na indústria da construção, de poder aceder e acorrer a tantas solicitações”, afirmou o primeiro-ministro, num Fórum Empresarial Brasil-Portugal, em São Paulo.

Neste discurso, Luís Montenegro considerou que os resultados económicos de Portugal só são possíveis graças ao “esforço de muitos estrangeiros, à cabeça dos quais estão os brasileiros” – que representam mais de metade dos imigrantes no país – “a trabalhar em Portugal, e também de muito investimento empresarial brasileiro”.

“Mas nós não devemos olhar para isto de forma contemplativa. Eu acho que isto ainda é pouco. Acho que ainda podemos fazer muito mais. Acho que ainda temos capacidade para acolher mais pessoas, mais talento e, sobretudo, mais empresas e mais investimento”, acrescentou.

Perante uma plateia de empresários, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Luís Montenegro descreveu Portugal como “um país de oportunidades”, com um Governo com “vontade férrea” em investir e que tem em curso “um dos maiores programas de investimento público de que há memória”, com apoio dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

De acordo com o primeiro-ministro, trata-se de uma mudança, depois de “um período, nos últimos anos, de suspensão de muitos dos investimentos que estavam projetados”, e “aquilo que não se fez até aqui tem que ser feito agora”.

Como exemplos de investimentos em curso, apontou: “Nós temos já em curso o processo de construção de um novo aeroporto de Lisboa, uma infraestrutura crucial para a economia, nas suas mais diversas áreas de atividade. Temos também já em curso o projeto de alta velocidade ferroviária para o transporte de passageiros e de mercadorias. Temos em curso a valorização dos nossos portos e, portanto, de todo o ecossistema portuário”.

Como tinha feito antes o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, Luís Montenegro convidou “as empresas brasileiras a olharem para esta oportunidade de investimento nas infraestruturas em Portugal”.

Neste ponto, destacou, então, o investimento na habitação: “Um investimento que não tem paralelo nos últimos 50 anos de vida do país, houve apenas um programa que se aproximou. E para o qual nós precisamos, efetivamente, de mais capacidade, de mais capacidade empresarial, de mais capacidade de mão de obra”.

“Precisamos mesmo de mais empresas, de mais mão de obra, ainda por cima temos um calendário que não podemos ultrapassar, para nos próximos anos podermos construir, no caso concreto, só no perímetro do Estado, 59 mil novas habitações, num investimento que é superior a 4 mil milhões de euros”, reforçou.

Fonte: Lusa

Ucrânia: Terceiro ano de guerra é «efeméride vergonhosa» para a humanidade – Papa Francisco

Ucrânia: Terceiro ano de guerra é «efeméride vergonhosa» para a humanidade – Papa Francisco

O Papa Francisco evocou o terceiro ano da invasão russa da Ucrânia, que se assinala a 24 de fevereiro, falando numa “efeméride vergonhosa” para a humanidade.

“Amanhã [24 de fevereiro] marca o terceiro ano da guerra em larga escala contra a Ucrânia: uma efeméride dolorosa e vergonhosa para toda a humanidade”, escreve Francisco, desde o Hospital Gemelli, onde se encontra internado há dez dias, devido a problemas respiratórios, encontrando-se atualmente com prognóstico reservado.

“Ao renovar a minha proximidade ao martirizado povo ucraniano, convido-vos a recordar as vítimas de todos os conflitos armados e a rezar pelo dom da paz na Palestina, em Israel e em todo o Médio Oriente, em Myanmar, no Kivu [RD Congo] e no Sudão”, acrescentou, na reflexão para a oração dominical do ângelus, publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.

A 19 de novembro de 2024, nos mil dias da guerra na Ucrânia, Francisco reafirmou que “a guerra é sempre uma derrota”, apelando a uma “paz justa e duradoura”.

“Peço mais uma vez que se ponha fim à loucura da violência e de um comprometimento por uma paz justa e duradoura”, apelou.

Desde o início da guerra, o Papa refere-se à Ucrânia como “martirizada”, tendo promovido encontros entre a diplomacia da Santa Sé, Kiev e Moscovo, que permitiram trocas de prisioneiros e o regresso de crianças ucranianas ao seu país.

Na sua primeira autobiografia, que chegou às bancas em janeiro deste ano, Francisco manifestava a sua disponibilidade para mediar a guerra na Ucrânia.

“Estava e continuo à disposição, como um operário, disposto a fazer tudo o que servir o objetivo da paz; também por isso, única entre todas, a representação diplomática do Vaticano nunca deixou a sua sede na capital ucraniana, nem durante os mais brutais bombardeamentos. O povo ucraniano não é apenas um povo invadido, é um povo mártir”, pode ler-se na obra intitulada ‘Spera’ (Esperança) na qual Jorge Mario Bergoglio recorda a sua vida desde a infância em Buenos Aires ao atual pontificado.

Francisco defende a intervenção da comunidade internacional para “identificar caminhos para o diálogo, as negociações, a mediação”, procurando travar o conflito que se intensificou com a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.

“Os interesses imperiais, de todos os impérios, não podem, uma vez mais, ser postos à frente das vidas de centenas de milhares de pessoas”, advertiu.

Fonte: Ecclesia | Fotos: Flickr

Sê misericordioso

VII Domingo do Tempo Comum

Sê misericordioso

1 Sam 26, 2.7-9.12-13.22-23 / Slm 102 (103), 1-2.3-4.8.10.12-13 / 1 Cor 15, 45-49 / Lc 6, 27-38

O rei Saul, invejoso do jovem David, devido às vitórias deste na guerra e à fama que daí lhe advinha, odiava-o e perseguia-o de morte. Num dado momento, David tem a oportunidade propícia para ser ele a vingar-se e dar a morte ao rei de quem virá a ser sucessor. Não aproveita essa ocasião, dá mostras de um coração magnânimo e misericordioso, e perdoa (1.ª Leitura).

Uma vez batizados, os cristãos são e devem comportar-se como novas criaturas revestidas de Cristo (2.ª Leitura). Uma das mensagens centrais do Evangelho de São Lucas é a misericórdia de Deus para com os humanos pecadores. Jesus convida-nos a imitar a Deus, aprendendo d’Ele a praticar, sem limites, essa virtude divina (Evangelho).

Na continuação da proclamação das Bem-aventuranças, Jesus exorta os seus discípulos e a multidão a praticar ações exigentes e concretas: amar os inimigos, fazer bem a quem nos faz mal, dar de graça sem esperar retribuição, não julgar, não condenar, perdoar.

Refere, na sua formulação positiva, a chamada «Regra de ouro», que diz: «o que quereis que vos façam os homens, fazei-o vós também a eles». No Antigo Testamento, no Livro de Tobias, a Regra de ouro é aconselhada na fórmula negativa: «aquilo que não queres para ti, não o faças aos outros» (Tb 4, 15).

Como tudo mudaria, em cada um e na sociedade, se esta Regra, nas duas formulações, fosse praticada!

Mas Jesus pede ainda mais: o amor aos inimigos. Quer que sejamos «misericordiosos como o nosso Pai celeste é misericordioso». É pedir demasiado? Trata-se de, como filhos e filhas de Deus, imitarmos o nosso Pai, que ama de igual forma a todos os homens sem exceção. Isso sim, nos distinguiria dos ateus e de todos os que não se comportam segundo os ensinamentos e critérios de Jesus Cristo. Trata-se de um ideal a ter em conta e pelo qual devemos lutar. Para Deus tudo é possível, e a nós, com Ele, nada nos é impossível. Se não conseguirmos corresponder a este radicalismo divino, não deixemos de, pelo menos, rezar pelos que nos caluniam ou nos prejudicam de qualquer modo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Viagem de estudo: “You quiero ser ambestigador na Fundaçon Champalimaud”

Viagem de estudo: “You quiero ser ambestigador na Fundaçon Champalimaud”

No passado dia 31 de janeiro, um grupo de quatro dezenas de alunos da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro foi recebido no Grande Auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Antes da visita aos laboratórios de investigação em neurociência e Fisiologia e Cancro, ao hospital, ao Centro Botton onde funciona o Projeto Wurth para estudo, análise, pesquisa e desenvolvimento de novas terapias e tratamento do Cancro do Pâncreas, bem como às instalações da antiga Lota da DocaPesca onde vai ser construído um enorme e moderníssimo espaço de inovação em Inteligência Artificial, jogos de computador com funções terapêuticas houve uma sessão de boas vindas.

Depois foram projetados dois filmes sobre a atividade da Fundação, desde a história do ato fundador até à investigação científica de ponta, a nível mundial.

Os documentários informaram ainda sobre os cuidados médicos e o Prémio Visão, famoso em todo o mundo, não só pelo elevado valor em jogo mas também, e sobretudo, pelos resultados já conhecidos, mormente nas zonas mais pobres e carenciadas do nosso planeta a responsável pela equipa de procura e apoio ao financiamento das atividades científicas dos grupos que ali trabalham, teve uma animada conversa com todos os rapazes e rapazas vindas do Planalto.

Depois de ter posto à prova o conhecimento, atenção e perspicácia dos alunos, que responderam a contento, explicou, com algum detalhe os grandes projetos em curso, naquela instituição com especial foco num que está em preparação e que é muito acarinhado por todos quantos estão envolvidos no seu desenho e processo de candidatura.

Se tiver financiamento (e há a forte convicção que assim acontecerá, a curto prazo) irá constituir um marco na prática clínica: a Fundação Champalimaud, juntamente com parceiros nacionais e internacionais está a desenvolver uma terapia não invasiva de tratamento de doenças neurodegenerativas com recurso a um robot que vai permitir que o doente possa dialogar com o médico e pessoal de apoio, na sua língua nativa, qualquer que ela seja. Sim, uma das línguas que está no rol das que integrarão o cardápio inicial será, justamente, o Mirandês!

Para tornar ainda mais atrativo o trabalho dos investigadores foi revelado que uma das terapias em estudo é o uso exaustivo de jogos de computador para tratar quer a reativação das funções de memória como a mobilidade afetada ou perdida por causa de incidentes cardiovasculares.

Mesmo antes de recolherem a caixa de cartão onde estava o almoço oferecido pelos responsáveis da Fundação que foi depois degustado, em frente ao Tejo, no anfiteatro ao ar livre onde, anualmente, se anuncia e entrega o Grande Prémio da Visão, era visível, nos olhos de muitos dos mirandesicos a vontade de, um dia destes, mais cedo do que tarde, voltarem ali, já não como visitantes mas como integrantes de uma das muitas equipas com que se cruzaram, durante esta memorável visita.

José Leite

Miranda do Douro: Alterada limitação da Rede Ecológica para construção do hotel Vila Galé “Mirandum”

Miranda do Douro: Alterada limitação da Rede Ecológica para construção do hotel Vila Galé “Mirandum”

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) aprovou a alteração da Reserva Ecológica Nacional (REN) de Miranda do Douro, solicitada pela Câmara Municipal, para a construção do hotel Vila Galé “Mirandum”, segundo despacho publicado em Diário da República.

De acordo com o despacho, esta proposta foi aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) após o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Administração Regional Hidrográfica do Norte.

“A Câmara Municipal de Miranda do Douro apresentou em 22 de agosto de 2024, uma proposta para alteração da REN a qual previa a exclusão de 1.450,00 metros quadrados de área, integrada na topologia de ‘Áreas com Risco de Erosão’, para a instalação de um empreendimento turístico promovido pelo grupo Vila Galé”, pode ler-se no Diário da República.

A carta da REN e a memória descritiva podem, agora, ser consultadas na CCDR-N e na Direção-Geral do Território.

Para o vereador das obras Públicas no município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, com esta aprovação as obras para a construção deste empreendimento turístico vão podem iniciar-se até junho, o que representa um atraso de quatro meses em relação ao prazo anunciado.

Em 23 de maio de 2024, o grupo Vila Galé anunciou a construção de um hotel temático, em Miranda do Douro, onde o investimento previsto poderá ultrapassar os 14 milhões de euros, com 100 quartos e 40 postos de trabalho diretos.

O município de Miranda do Douro cedeu, após concurso público dos direitos de superfície e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem, em pleno Douro Internacional.

Fonte: Lusa

Saúde: Apelos à dádiva de sangue

Saúde: Apelos à dádiva de sangue

A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apelou à dávida de sangue, para evitar faltas nos hospitais, alertando que as reservas estão abaixo das necessidades.

Em comunicado, a FEPODABES chama a atenção para a necessidade de criar novas estratégias de promoção eficazes para levar mais pessoas a dar sangue, aumentar o número de dádivas e envolver os mais jovens para se tornarem dadores regulares.

O apelo da federação está publicado nas redes sociais pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), que pede a todos os dadores que estejam em condições de fazer uma nova dádiva de sangue que o façam, sobretudo nos grupos sanguíneos A+, A-, O+ e O-.

O IPST explica o impacto nas reservas de sangue com a sazonalidade relacionada com as doenças respiratórias e assume que atualmente, nestes grupos sanguíneos, as reservas são “insuficientes para dar resposta às necessidades dos doentes”.

A presidente do instituto, Maria Antónia Escoval, disse tratar-se de uma “situação sazonal que acontece todos os anos” e que se verifica em todo o país.

No caso da região de Lisboa, a responsável indicou que a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, a ULS São José, a ULS Amadora/Sintra estão “realmente com falta destes grupos sanguíneos”.

Maria Antónia Escoval disse ainda que, entre 01 de janeiro e até ao dia de hoje, foram realizados em Portugal 118 transplantes de fígado, de rim, de coração, de pulmão e de pâncreas, que “leva também a consumos em componentes sanguíneos”.

“Além destes doentes, a que temos que dar respostas, porque são vidas humanas, temos também todos os doentes oncológicos, os doentes hemato-oncológicos, que necessitam de terapêutica com sangue e componentes sanguíneos, os doentes com trauma, com acidentes e aqueles doentes que têm doenças de sangue e que precisam regularmente de transplantes de sangue”, acrescentou.

Citado no comunicado, o presidente da FEPODABES, Alberto Mota, apela a todos só cidadãos com mais de 18 anos, que tenham mais de 50 quilos e sejam saudáveis para darem sangue, sublinhando que se trata de um gesto simples que “contribui para salvar muitas vidas”.

A FEPODABES recorda ainda que são necessárias cerca de mil unidades de sangue todos os dias e uma única unidade de sangue “pode servir para ajudar até três vidas”.

A informação sobre os locais oficias de recolha de sangue está disponível em www.fepodabes.pt e no portal www.dador.pt.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Inauguração da exposição “Cortiça – Origem, extração, utilidades e sustentabilidade”

Mogadouro: Inauguração da exposição “Cortiça – Origem, extração, utilidades e sustentabilidade”

No Centro de Interpretação do Mundo Rural, em Mogadouro foi inaugurada a 20 de fevereiro, a exposição “Cortiça – origem, extração, utilidades e sustentabilidade” , com o propósito de dar a conhecer ao público um dos produtos endógenos do concelho.

O presidente do município de Mogadouro, António Pimentel, apresentou a exposição sobre a cortiça.

Na inauguração da exposição, a vereadora do município de Mogadouro, Márcia Barros, frisou que a cortiça é um dos produtos caraterísticos de Mogadouro e tem um valor económico relevante para o concelho.

“Em Mogadouro existem montados de sobreiros em freguesias como Valcerto, São Martinho do Peso, Brunhoso, Castro Vicente, Zava e Figueira. Nestas localidades, os produtores dedicam-se à extração e comercialização desta matéria prima que é cada vez mais procurada para múltiplos fins como as adegas, o isolamento térmico na construção civil e mais recentemente o fabrico de vestuário e calçado”, disse.

No Centro de Interpretação do Mundo Rural, a exposição dedicada à cortiça dá a conhecer ao público etapas como a extração, secagem e comercialização deste produto, que é cada vez mais apreciado pela sua versatilidade e sustentabilidade ambiental.

Segundo a exposição, Portugal é o maior produtor mundial de cortiça e em 2023, as exportações deste produto atingiram o recorde de 1.232 milhões de euros.

O agricultor António Aleixo, da localidade de Castro Vicente, é um dos produtores de cortiça do concelho de Mogadouro e revelou que o trabalho de extração é uma tarefa árdua.

“A extração da cortiça só acontece quando uma árvore atinge cerca de 25 anos, desde que tenha uma espessura de 70 centímetros e um metro de altura. Dado que a extração acontece nos meses de verão, com o calor e a localização dos montados em ladeiras onde os tratores não conseguem chegar, o nosso trabalho é muito difícil pois temos que andar com a cortiça às costas”, descreveu.

No Centro de Interpretação do Mundo Rural, a exposição está patente ao público até ao dia 30 de maio e inclui ainda várias peças de artesanato feitas de cortiça, por artesãos do concelho de Mogadouro.

“Estas obras de arte são feitas por produtores de cortiça, que aproveitam esta matéria prima para fazer peças de artesanato como os antigos carros de bois, utensílios agrícolas, tratores e edifícios emblemáticos do concelho de Mogadouro, entre outras peças artísticas”, informou a vereadora da cultura.

Em Mogadouro, o Centro de Interpretação do Mundo Rural está localizado no parque verde, junto à Ponte Romana sobre a ribeira do Juncal.

O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira: 09:00 – 13:00 14:00 – 17:00. Aos sábados, Domingos e feriados o horário é das 09:30 – 13:00, 14:00 – 17:30.

Os contatos do Centro de Interpretação do Mundo Rural são: 279 340 100; 967 250 071: email: cim.rural@mogadouro.pt

HA

Miranda do Douro: Filme “Ainda estou aqui” recorda a ditadura militar no Brasil

Miranda do Douro: Filme “Ainda estou aqui” recorda a ditadura militar no Brasil

Nomeado para os prémios Óscares, o filme “Ainda estou aqui” recorda os crimes da ditadura militar no Brasil (1964-1985) e vai ser exibido no serão desta sexta-feira, dia 21 de fevereiro, no miniauditório, em Miranda do Douro.

O filme baseia-se no livro homónimo “Ainda Estou Aqui”, do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do político brasileiro Rubens Paiva e de Eunice Paiva.

A obra cinematográfica relata a repressão e os atos de tortura sofridos pelo pai, cujo corpo nunca foi encontrado, durante a ditatura militar brasileira e a capacidade de superação e resistência da mãe até ao final da vida.

Recorde-se que a ditadura militar no Brasil iniciou-se em 1964, com um golpe militar e civil contra o então presidente João Goulart e estendeu-se até 1985, período marcado pela repressão na sociedade brasileira.

Em Miranda do Douro, os bilhetes para o filme têm um custo de 3€ e podem ser adquiridos no posto de turismo, de segunda a sábado, entre as 9h00-12h30 e 13h30 – 17h00.

O filme “Ainda Estou Aqui” está nomeado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, para os prémios Óscares, em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.

Fernanda Torres, que interpreta a protagonista, Eunice Paiva, está nomeada na categoria de Melhor Atriz.

A 97.ª edição dos Óscares está marcada para 2 de março de 2025, em Los Angeles, Califórnia (EUA).

HA



Sendim: Freguesia instala bidões metálicos para recolher a cinza das lareiras

Sendim: Freguesia instala bidões metálicos para recolher a cinza das lareiras

A freguesia de Sendim colocou 20 bidões metálicos nas ruas da zona urbana da vila, para recolha da cinza proveniente das lareiras, uma medida inovadora que visa evitar a deposição da cinza nos caixotes de lixo de plástico e o consequente incêndio e destruição dos mesmos.

O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, explicou que após a ocorrência de alguns incêndios nos caixotes do lixo da vila, provocados pela deposição de cinza ainda em brasa, a autarquia encomendou a uma serralharia local depósitos metálicos.

“Os bidões metálicos para a cinza foram instalados nas ruas da zona mais urbana de Sendim, onde os moradores não dispõem de um quintal ou terreno para depositar as cinzas das lareiras”, justificou.

Na vila de Sendim os bidões estão colocados junto aos caixotes do lixo e a sua utilidade está devidamente sinalizada.

“Já informámos a população sobre esta inovação, que contribui para um sistema de recolha de resíduos mais organizado e ecológico. Após a missa dominical, nos tradicionais conselhos, a freguesia de Sendim também informou as pessoas sobre a instalação dos bidões metálicos e a sua utilidade”, acrescentou o autarca.

A população sendinesa acolheu a iniciativa da freguesia com surpresa e agrado. Foi o caso da senhora Fernanda Chumbo, residente em Sendim, que qualificou a instalação dos recipientes metálicos como uma medida “formidável”.

“Felicito a freguesia de Sendim pela extraordinária ideia de instalar os bidões metálicos. Assim, aquando da deposição da cinza incandescente evitam-se os incêndios e a destruição dos caixotes do lixo, que agora são feitos de plástico”, disse.

A freguesia de Sendim apela à população para aderir à iniciativa e informa que a cinza recolhida poderá servir de fertilizante para os olivais e as hortas.

HA




Economia: Preço do gás engarrafado acima da estimativa do regulador

Economia: Preço do gás engarrafado acima da estimativa do regulador

Em janeiro, os preços do gás engarrafado ficaram entre 4,2% e 7,2%, acima da estimativa da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

De acordo com o relatório mensal de supervisão de preços da ERSE, na garrafa G26 de propano, “registou-se uma diferença de 5,0%, com o preço anunciado superior ao preço eficiente em 1,560 euros/garrafa”.

Por sua vez, a garrafa G110 de propano tem uma diferença de 4,2% ou de 4,718 euros por garrafa entre o preço anunciado e o eficiente.

Já na garrafa G26 de butano a discrepância é de 7,2%, “com o preço anunciado superior ao preço eficiente em 2,299 euros/garrafa”.

O preço médio mensal eficiente é determinado pela ERSE e soma componentes como o preço do GPL nos mercados internacionais, logística, componente de retalho, frete marítimo e tarifas portuárias.

O preço anunciado, por seu turno, resulta da média dos preços reportados no Balcão Único de Energia pelos operadores com um volume de negócios superior a 1.000 garrafas por ano.

Relativamente aos últimos quatro meses, para a garrafa de propano G26, os preços anunciados estiveram acima do preço eficiente, variando entre 1,2% e 5,0%, mas apresentaram desvios negativos em relação ao preço eficiente com margens até dezembro, oscilando entre -0,6% e -2,4%, registando-se um diferencial positivo em janeiro (1,2%).

Já no caso da garrafa de butano G26, os preços anunciados foram sempre superiores ao preço eficiente, com desvios entre 3,3% e 7,2%, enquanto em relação ao preço eficiente com margens, apenas novembro registou um desvio negativo (- 0,2%).

Já na garrafa de propano G110, os desvios face ao preço eficiente oscilaram entre – 0,6% e 4,2%, mantendo se negativos face ao preço eficiente com margens até dezembro, registando-se um desvio positivo em janeiro (0,6%).

Considerando as margens máximas, em janeiro observou-se uma diferença de 1,2% na garrafa G26 de propano, com o preço anunciado a ser superior ao preço eficiente majorado em 0,383 euros/garrafa, uma diferença de 0,6% na garrafa G110 de propano, com o preço anunciado acima do preço eficiente majorado em 0,677 euros/garrafa, e uma diferença de positiva de 3,5% na garrafa G26 de butano, com o preço anunciado a superar o preço eficiente majorado em 1,162 euros/garrafa.

A ERSE sublinhou que, no último mês, as cotações internacionais do GPL registaram uma evolução positiva nos dois principais produtos do mercado, com o preço do propano a evidenciar uma subida de 11,6%, e o butano a acompanhar esta tendência, valorizando-se 10,4%.

A ERSE revelou ainda que, em fevereiro, já tendo em conta as trajetórias nas cotações dos mercados internacionais, os preços eficientes são de 32,24 euros para a garrafa G26 de propano, mais 2,99% face ao preço eficiente de janeiro.

No caso da garrafa G110 de propano o preço é de 116,33 euros, uma subida de 3,29%, enquanto para a garrafa de G26 de butano o preço é de 32,96 euros, uma subida de 3,09%.

Fonte: Lusa