Picote: Voltou a celebrar-se a Festa em honra do Divino Santo Cristo

A festa em honra de Santo Cristo, em Picote, decorreu no fim-de-semana de 5 e 6 de agosto, num programa festivo, cujos destaques foram a assembleia comunitária no Dia da Freguesia, e no Domingo, a missa solene, seguida da procissão até à capela de Santo Cristo, acompanhada pela Banda Filarmónica Mirandesa.

Após a eucaristia realizou-se a procissão em direção à capela de Santo Cristo, em Picote.

No Domingo, dia 6 de agosto, a festa em honra de Santo Cristo iniciou-se com o peditório da comissão de festas, pelas ruas de Picote, acompanhados pela música da Banda Filarmónica Mirandesa.

Às 14h00, celebrou-se na igreja matriz de Picote, a missa solene em honra de Santo Cristo, uma celebração que contou com a participação da população local, de emigrantes e de outros picoteses, que vivem noutras localidades do país.

No decorrer da celebração, o padre António Pires, fez referência ao encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude e elogiou os milhares de jovens que “apressadamente” viajaram para Lisboa, para partilhar a fé em Deus.

“Nesta festa de Santo Cristo também nós somos transfigurados na esperança! Para entrar na vida eterna é necessário escutar e seguir Jesus”, disse.

Após a celebração, seguiu-se a procissão até à capela de Santo Cristo, em Picote.

Finalizada a celebração religiosa, a Banda da Associação Filarmónica Mirandesa interpretou dois temas musicais, no antigo coreto da localidade, que é considerado um ícone da localidade.

Num comentário às festas da localidade, durante as quais se celebrou também o Dia da Freguesia, o autarca, Jorge Lourenço, elogiou o trabalho da comissão de festas, ao longo do ano, para voltar a celebrar a festa em honra do Divino Santo Cristo.

Na chegada à capela de Santo Cristo, foi entoado um cântico de prece a Nossa Senhora, para que interceda pelos picoteses junto de seu Filho, Jesus.

Sobre o Dia da Freguesia, assinalado a 5 de agosto, o presidente da freguesia, Jorge Lourenço, referiu que a cerimónia iniciou-se às 10h00, com o hastear da bandeira. À tarde realizou-se a assembleia comunitária, no salão da casa do povo.

“No decorrer da assembleia comunitária apresentámos alguns dos projetos que estão em curso na freguesia de Picote, como são o projeto da gestão sustentável dos terrenos baldios ou a limpeza dos terrenos não cultivados, dada a perigosidade do risco de incêndio. Para este efeito, até ao final do ano, pretendemos constituir uma cooperativa, que terá entre outras responsabilidades a agropecuária, o turismo e a gestão da natureza”, indicou.

Segundo o autarca de Picote, há outros projetos em curso na freguesia, como é a limpeza da linha de água até ao rio Douro e os arranjos urbanísticos na localidade, obras que contam com o apoio do município de Miranda do Douro.

No âmbito desportivo, a freguesia de Picote associou-se à iniciativa do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), que está a preparar a primeira edição do “Ultra Trail Tierra de Miranda”, agendado para o dia 24 de setembro, em Picote.

“De modo a proporcionar um bom acolhimento às várias centenas de atletas e visitantes esperados em Picote, no fim-de-semana de 22, 23 e 24 de setembro, a freguesia e a associação Frauga vão organizar a I Feira da Línguas, com o objetivo de promover a língua e a cultura mirandesas”. adiantou.

HA

Cultura: Curso sobre a língua mirandesa em Coimbra

Numa época em que o mirandês se encontra “severamente ameaçado”, a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) propõe um estudo sobre a língua, com a primeira edição do curso “Mirandês: Linguística e Didática”, cujas inscrições estão abertas até 14 de setembro.

“O mirandês é, atualmente, uma língua seriamente ameaçada”, afirma a responsável pelo curso Mirandês: Linguística e Didática, Cristina Martins. No entanto, a formação agora lançada pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) “não é um curso de mirandês, mas sim um curso sobre a língua mirandesa e o seu ensino”, explica.

O objetivo é desenvolver “conhecimento linguístico explícito sobre a língua e a sua didática”, encontrando instrumentos para promover o ensino do mirandês.

No concelho de Miranda do Douro, existem apenas três mil e quinhentos falantes ativos. O mirandês ouve-se, mas apenas entre os mais idosos. A língua não está a ser usada pelos jovens, situação que coloca o mirandês entre as categorias de “severamente ameaçado” e “criticamente ameaçado”, segundo a escala de vitalidade das línguas de Krauss.

“Ensinar mirandês é fundamental”, defende Cristina Martins, “a presença desta língua minoritária na escola é uma forma de a valorizar aos olhos dos seus próprios falantes, não apenas os atuais, mas também os potenciais.” Perante o cenário de abandono do mirandês em contexto doméstico, “a escola assume uma função decisiva na transmissão da língua às crianças e jovens”.

Este é o primeiro curso sobre a língua mirandesa que a FLUC organiza. A formação decorre em sessões síncronas por videoconferência e cada tópico é lecionado por um especialista. No curso participam docentes da FLUC, mas também professores e investigadores de outras instituições que se dedicam ao estudo do mirandês.

Com 20 vagas disponíveis, o curso destina-se a interessados na língua mirandesa com formação académica superior e está acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico de Formação Contínua para Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário. As inscrições estão abertas até 14 de setembro. Para mais informações consulte a página do curso.

Fonte: Notícias UC | Ana Bartolomeu

Política: Autarcas satisfeitos com aprovação da linha Porto, Zamora e Madrid 

Os autarcas transmontanos congratularam-se se com a aprovação, por unanimidade, da declaração de apoio do Conselho Provincial de Zamora, em Espanha, para ligar as cidades do Porto, Zamora e Madrid através de uma ferrovia de alta velocidade por Trás-os-Montes.

“Foi aprovado por unanimidade, pelos partidos políticos com representação no Conselho Provincial de Zamora, o apoio à proposta de construção da uma ligação de via-férrea a alta velocidade entre o Porto e Madrid via Trás-os-Montes”, disse à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo.

De acordo com o líder da CIM transmontana, o traçado apresentado tem prevista passagem por Mirandela, Bragança, Macedo de Cavaleiros e pela designada Terra de Miranda.

“Penso que todos os concelho que integram a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) estão imbuídos neste desejo de que esta ligação à alta velocidade se possa concretizar”, vincou o também autarca de Vimioso.

Já o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, indicou que esta aprovação por parte do Conselho Provincial de Zamora se traduz “ numa vontade clara” de trabalho transfronteiriço o que dá sinal de um entendimento claro de que “é necessário promover os territórios raianos”.

“Esta ligação ferroviária à alta velocidade é de facto extremamente relevante, não só sob o ponto de vista social, económico e do desenvolvimento do território, mas também pela capacidade para se contribuir para debelar problemas resultantes das alterações climáticas, tendo em conta que o transporte ferroviário é mais ecológico”, defendeu o autarca de Bragança.

Já a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, referiu que há união de esforços para escrever o futuro do território nordestino e do Norte em geral.

“Não podemos reescrever o passado, mas hoje é novo capítulo que se iniciou na cooperação transfronteiriça. Este estudo da Associação Vale d’Ouro a ser incluído no nosso Plano Nacional Ferroviário [PNF] alavancará o desenvolvimento da região Norte, principalmente no território transmontano”, descreveu.

A proposta/estudo aprovada no Conselho Provincial de Zamora foi uma iniciativa da Associação Vale d’Ouro que sugere uma ligação de pouco mais de duas horas entre o Porto e Madrid, via Trás-os-Montes, com ligação à rede de alta velocidade espanhola em Zamora, podendo ser também uma alternativa à ligação Lisboa–Madrid.

“Manifestamos o nosso apoio aos presidentes das câmaras municipais transfronteiriças de Bragança, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros e Vimioso, bem como à Associação Vale d’Ouro, em todas as ações e iniciativas realizadas para a concretização deste projeto que consideramos vital para o progresso tanto da província de Zamora como da região Norte de Portugal”, pode ler-se num documento, assinado pelo presidente da Deputación de Zamora, Xavier Fauende.

A Associação Vale D’Ouro, sediada no Pinhão, no distrito de Vila Real, divulgou em outubro de 2021 um estudo que propõe uma linha de alta velocidade ferroviária que colocaria o Porto a três horas de Madrid, em Espanha, passando pelas capitais transmontanas Vila Real e Bragança, e por Zamora, onde ligaria à rede de alta velocidade espanhola.

Autarcas e outras entidades regionais portuguesas também fizeram chegar as pretensões locais durante o período de discussão pública do plano, que terminou em 28 de fevereiro, nomeadamente a de que a ligação ferroviária Porto/Vila Real/Bragança tenha perfil de alta velocidade e ligação a Espanha, em Zamora, com passagem no planalto mirandês.

O Plano Ferroviário Nacional (PFN) tem como principais objetivos “passar de 4,6% para 20% de quota modal no transporte de passageiros”, “passar de 13% para 40% de quota modal no transporte de mercadorias”, “assegurar ligação com elevada qualidade de serviço aos 28 centros urbanos de relevância regional, que incluem todas as capitais de distrito, potenciando o seu desenvolvimento”.

Fonte: Lusa

Ferrovia: Zamora apoia alta velocidade Porto-Madrid por Trás-os-Montes

Os partidos políticos representados no Conselho Provincial de Zamora, em Espanha, manifestaram apoio à proposta que defende ligar as cidades do Porto, Zamora e Madrid através de uma ferrovia de alta velocidade por Trás-os-Montes.

A proposta/estudo foi uma iniciativa da Associação Vale d’Ouro que sugere uma ligação de pouco mais de duas horas, entre o Porto e Madrid, via Trás-os-Montes, com ligação em Espanha por Zamora, podendo ser também uma alternativa na ligação Lisboa – Madrid, e já recebeu o apoio da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes que representa nove concelhos do distrito de Bragança.

“Manifestamos o nosso apoio aos presidentes das câmaras municipais transfronteiriças de Bragança, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros e Vimioso, bem como à Associação Vale d’Ouro, em todas as ações e iniciativas realizadas para a concretização deste projeto que consideramos vital para o progresso tanto da província de Zamora como da região Norte de Portugal”, pode ler-se num documento a que Lusa teve acesso, assinado pelo presidente da Deputación de Zamora, Xavier Fauende.

A Associação Vale D’Ouro, sediada no Pinhão, no distrito de Vila Real, divulgou em outubro de 2021 um estudo que propõe uma linha de alta velocidade ferroviária que colocaria o Porto a três horas de Madrid, em Espanha, passando pelas capitais transmontanas Vila Real e Bragança, e por Zamora, onde ligaria à rede de alta velocidade espanhola.

“Ficámos positivamente surpreendidos com esta tomada de posição por parte da Deputacón de Zamora, sendo um sinal positivo do lado de Espanha de um manifesto interesse na nossa proposta”, defendeu o presidente da associação Vale D’Ouro, Luís Almeida.

De acordo com o responsável, o estudo da Associação Vale d‘Ouro foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para a discussão pública do Plano Nacional Ferroviário (PNF).

“O estudo está no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para avaliação estratégica ambiental que se espera concluído no final de 2023 ou início de 2024”, acrescentou Luís Almeida.

O Conselho Provincial de Zamora exorta igualmente as restantes administrações públicas, os agentes económicos e sociais da província, todos os grupos e associações, e a sociedade zamorana em geral, a juntarem-se à reivindicação de unir forças com os vizinhos portugueses.

O texto de apoio foi apresentado em Zamora, no dia 4 de agosto, na presença dos presidentes dos municípios de Bragança, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros e Vimioso.

O texto desta declaração institucional, de acordo com os representantes da Deputación  de Zamora, será enviado ao Governo da Espanha e à Junta de Castela e Leão.

Autarcas e outras entidades regionais portuguesas também fizeram chegar as pretensões locais, durante o período de discussão pública do plano, que terminou em 28 de fevereiro, nomeadamente que a ligação ferroviária Porto/Vila Real/Bragança tenha perfil de alta velocidade e ligação a Espanha, em Zamora, com passagem no Planalto Mirandês.

O Plano Ferroviário Nacional (PFN) tem como principais objetivos “passar de 4,6% para 20% de quota modal no transporte de passageiros”, “passar de 13% para 40% de quota modal no transporte de mercadorias”, “assegurar ligação com elevada qualidade de serviço aos 28 centros urbanos de relevância regional, que incluem todas as capitais de distrito, potenciando o seu desenvolvimento”.

Fonte: Lusa

Lisboa 2023: «JMJ faz parte duma história que continua» – Francisco

O Papa Francisco encontrou-se com os voluntários da JMJ Lisboa 2023, afirmando que o encontro mundial “não pode ser reduzido” a um momento.

Perante 25 mil pessoas, Francisco disse que a JMJ “faz parte duma história que a precede e a segue”.

No Passeio Marítimo de Algés, o Papa agradeceu também o trabalho realizado pelos voluntários que “tornaram possível estes dias inesquecíveis”.

Os voluntários deram respostas a inúmeras necessidades, mas sempre “com o sorriso e de olhos luminosos, porque cheios de amor”, referiu Francisco.

Trabalhastes nos momentos de preparação, depois no acolhimento e no serviço de orientar multidões enquanto se deslocavam de um encontro para outro”.

Os voluntários correram, mas “não numa corrida frenética e sem meta que às vezes carateriza o nosso mundo; esse tipo de corrida não leva ao encontro com os outros, podendo até tornar-se uma fuga das relações”, afirmou o pontífice

Depois de ouvir três testemunhos de voluntários – Clara, Francisco e Filipe – que falaram de “um encontro especial com Jesus”, o Papa Francisco lembrou que o “encontro mais belo, o motor de todos os outros, aquele que faz a vida avançar é o encontro com Ele”.

“Para pôr ordem na vida, não servem as coisas, as distrações e o dinheiro; o que serve é dilatar o coração, ampliá-lo abrindo-o ao amor”, sublinhou.

A JMJ, indicou, “continua amanhã, em casa, na paróquia, na escola e na universidade, levando por diante a caminhada de grupo juntamente com os outros e dando testemunho!”.

Ao fazer referência à Nazaré, uma localidade a norte do Patriarcado de Lisboa, onde “se podem admirar ondas que chegam aos trinta metros de altura tornando-se uma atração mundial”, o Papa Francisco disse que nesta jornada os peregrinos também “enfrentaram uma onda enorme, não de água, mas de jovens que afluíram a esta cidade”.

Por fim, pediu aos voluntários para “continuarem a cavalgar as ondas da caridade”.

“Sede «surfistas do amor»! Seja o serviço da JMJ a primeira de tantas ondas boas; cada vez sereis levados mais alto, mais perto de Deus, e isto permitir-vos-á ver duma perspetiva melhor o vosso caminho” apelou.

No final, antes de conceder a sua bênção, Francisco insistiu no convite a “galgar a onda”.

O Papa segue para o Aeroporto de Figo Maduro, onde encerra uma viagem de cinco dias a Portugal, onde presidiu à JMJ 2023 e visitou o Santuário de Fátima.

Fonte: Ecclesia

Lisboa 2023: «Não tenham medo!» – Papa Francisco

O Papa pediu em Lisboa que os jovens “não tenham medo” da vida, falando aos 1,5 milhões de participantes na JMJ 2023, durante a Missa do envio, último evento central do encontro.

“Ele [Jesus] diz-lhes hoje, aqui em Lisboa, nesta Jornada Mundial da Juventude: não tenham medo! Não tenham medo, animem-se, não tenham medo!”, referiu, na homilia da celebração, sublinhada com uma salva de palmas dos peregrinos dos cinco continentes.

Francisco destacou a “bonita” experiência da JMJ, iniciada na última terça-feira, e quis deixar uma pergunta aos jovens: “Que levamos connosco?”.

O Papa respondeu a esta pergunta com três verbos, a partir do relato da transfiguração de Jesus – “resplandecer, ouvir, não ter medo” -, com especial destaque para a última expressão.

A intervenção, em espanhol, voltou a ser largamente improvisada pelo Papa – à imagem do que tem acontecido nos últimos dias -, em volta do apelo “não tenham medo”, uma expressão que se repete nos Evangelhos.

Francisco destacou que esse imperativo se dirigia a cada um dos participantes: “A vocês, jovens, que viveram esta alegria, podemos dizer esta glória – porque algo de glória tem este encontro entre nós-; a vocês, que cultivam sonhos grandes, mas às vezes ofuscados pelo medo de não os ver realizados; a vocês, que às vezes pensam que não serão capazes – de vez em quando mete-se em nós um pouco de pessimismo”.

A vocês, jovens, tentados neste tempo pelo desânimo, pela ideia de se julgarem fracassados, talvez, ou por tentar esconder a dor com um sorriso; a vocês, jovens, que querem mudar o mundo – e é bom que queiram mudar o mundo –, a vocês que querem mudar o mundo e lutar pela justiça e a paz; a vocês que colocam vontade e criatividade na vida, mas parece não ser suficiente; a vocês, jovens, de que a Igreja e o mundo precisam, como a terra precisa da chuva; a vocês, jovens, que são o presente e o futuro. Sim, precisamente hoje, Jesus diz: não tenham medo! Não tenham medo!”.

Francisco pediu que cada um, em silêncio, repetisse no seu coração estas palavras: “Não tenham medo!”.

“Queridos jovens, gostaria de poder olhar cada um de vocês nos olhos e dizer: não tenham medo! Não tenham medo!”, insistiu.

Digo-lhes algo ainda mais bonito: já não sou eu, é Jesus que está a olhar para vocês, está a olhar. Ele conhece cada um, conhece o coração de cada um de vocês, conhece a vida de cada um. Conhece as alegrias, conhece as tristezas, os sucessos e os fracassos”.

O Papa lembrou que Jesus rompeu com a imagem de um “messias poderoso, mundano” e que o momento da transfiguração, “um banho de luz”, prepara os discípulos “para a noite da Paixão”.

“Amigos, queridos jovens, também hoje precisamos de algo de luz, uma centelha de luz que seja esperança para enfrentar tantas escuridões que nos assaltam na vida, tantas derrotas quotidianas”, apontou.

“Jesus é a luz que não se apaga, a luz que brilha onde é noite”, acrescentou.

Francisco advertiu que ninguém se torna “luminoso” quando se coloca “debaixo dos holofotes” ou apresenta uma “imagem perfeita”, “forte”.

“Brilhamos quando, acolhendo Jesus, aprendemos a amar como Ele. Amar como Jesus, isso faz-nos luminosos, faz de nós obras de amor”, sustentou.

O Papa falou ainda do verbo “escutar”, considerando que ouvir Jesus representa “tudo o que se deve fazer na vida”.

“Escutar Jesus, o segredo está aí, escutar o que de diz Jesus”, prosseguiu, recomendando que cada jovem possa pegar no Evangelho para encontrar “palavras de vida eterna”.

“Ele revela que Deus é Pai, é amor, Ele revela-nos o caminho do amor”, precisou.

A homilia advertiu para “caminhos que parecem ser do amor”, mas que no fim são “egoísmos disfarçados de amor”.

Simbolicamente, o Papa entrega uma Cruz da JMJ 2023 a jovens dos cinco continentes, como sinal de envio missionário.

Francisco chegou ao altar em cadeira de rodas e ocupou a cadeira da presidência; a celebração no altar foi confiada a D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, devido aos problemas que têm afetado o Papa nos últimos anos.

A celebração reuniu 1,5 milhões de pessoas e foi concelebrada por 700 bispos e 10 mil sacerdotes.

Lisboa recebeu de 1 a 6 de agosto a primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em território português, com a presença de centenas de milhares de participantes dos cinco continentes.

Portugal é o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).

Fonte: Ecclesia

Festa da Transfiguração do Senhor

Ser luz para os outros!

Dan 7, 9-10.13-14 / Slm 96 (97), 1-2.5-6.9.12 / 2 Pe 1, 16-19 / Mt 17, 1-9

A luz é o invisível no qual tudo se torna visível. É o que não se vê e sem o qual não conseguimos ver. No episódio da Transfiguração, a luz é a graça do Espírito, que vem para recordar a gloriosa meta da nossa vida: o amor e comunhão plena, com todos, em Deus.

No Evangelho deste domingo, Jesus sobe ao monte Tabor com três discípulos. Pedro, Tiago e João devem imaginar que vão rezar com Ele, como era comum. Ocorre então algo que os surpreende: a Transfiguração de Jesus, uma fugaz aparição da luz da Ressurreição.

No cume do Tabor, as fronteiras do tempo colapsam: passado, presente e futuro encontram-se naquele instante. Elias e Moisés, profetas de outros tempos, aparecem e falam com Jesus. Elias, o maior dos profetas, dirige-se à Palavra de Deus, Jesus. Moisés, aquele que recebeu a Lei, fala com Jesus, a Lei feita carne.

Através destes profetas, o passado do povo escolhido faz-se presente; e o presente está lá, representado por Pedro, Tiago e João. É deste encontro que se abre a possibilidade de futuro, pois aqueles que anunciaram o amor de Deus e aqueles que testemunharão o amor feito carne encontram-se no Tabor, em torno de Jesus, o Filho do Pai.

Hoje, nas margens do Tejo, toda a Igreja está reunida no encontro de Pedro com a juventude do mundo. No centro deste encontro está a luz de Cristo, a luz do Senhor que vem, que se faz presente para transfigurar todos na luz do seu amor. E cada um de nós, participando na mesma Eucaristia de Jesus, está também com eles. Este é o Milagre de cada Eucaristia, que hoje ganha um sabor particular a luz.

Em todas as Eucaristias, na luz da graça, o passado faz-se presente e o agora ruma ao futuro, ao que está por vir. Deixemos que a luz da Transfiguração nos toque e nos levante do chão, tal como Jesus faz hoje com os discípulos.

No meio dos nossos afazeres, das nossas dores, dos nossos lamentos, subamos ao Tabor, a Eucaristia, e aceitemos o convite a descer com o Senhor, banhados pela luz da graça, disponíveis para ser luz.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Picote: Fim-de-semana de festa com o Santo Cristo e o Dia da freguesia

No fim-de-semana de 4, 5 e 6 de agosto, Picote vai celebrar a festa honra de Santo Cristo, uma das mais importantes festas religiosas da localidade e no sábado, dia 5 de agosto, vai assinalar-se também o Dia da Freguesia, com o hastear da bandeira e a assembleia comunitária, na Casa do Povo.

Nesta sexta-feira, dia 4 de agosto, a festa em Picote, inicia-se na capela de Santo Cristo, com a celebração da eucaristia, seguida da procissão para a igreja matriz. Segundo o programa está prevista uma surpresa, no monte de Santo Cristo. Após a celebração religiosa, a festa continua com a animação musical do grupo “Chamamusical”.

No sábado, dia 5 de agosto, a par da festa religiosa vai assinalar-se também o Dia da Freguesia de Picote, com o hastear da bandeira, às 10h00. À tarde (16h00) vai realizar-se a assembleia comunitária, no salão da Casa do Povo. Ao serão, o grupo “Musical Norte” vai pôr os picoteses a dançar.

No Domingo, a festa começa com o peditório pelas ruas de Picote, acompanhado pela música da Banda Filarmónica Mirandesa. A missa dominical, em honra de Santo Cristo, vai celebrar-se às 14h00, seguida da procissão para a capela. A festa termina na noite de Domingo, com a atuação musical do grupo “Só Baile” e a festa da espuma.

HA

JMJ2023: «Vulnerabilidade» é tema central da Via-Sacra – padre João Goulão

O padre João Goulão SJ, diretor do Centro Universitário Padre António Vieira, anunciou que o tema de fundo da Via-Sacra da JMJ Lisboa 2023 é a “vulnerabilidade”, a fragilidade que as pessoas vivem no dia-a-dia.

“Uma forma de perceber como a experiência da fé pode iluminar e dar sentido à vida”, disse aos jornalistas o padre João Goulão.

Integrada na Jornada Mundial da Juventude, a Via-Sacra com os Jovens vai realizar-se, às 18h00, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII) e é presidida pelo Papa Francisco.

“Para pensá-la e construí-la foi feita uma auscultação mundial, através do Dicastério dos Leigos e da Família, aos jovens sobre as suas fragilidades nos vários continentes”, sublinhou.

Temas como a saúde mental, os dramas vividos na Igreja, solidão, digitalização, guerra, precariedade laboral, desemprego vão ser objeto nas reflexões das 14 estações da Via-sacra.

“A Via Sacra traz a luz e indica que é possível recomeçar”, referiu o diretor do CUPAV.

O trajeto deste momento de oração vai ser acompanhado “pela estética” que o local proporcionada e vai ser criado “uma espécie de imaginário artístico criado pelo padre Nuno Branco”.

“A música e a coreografia” também vão estar presentes na Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

Fonte: Ecclesia

JMJ Lisboa: Papa pede aos jovens para não se deixarem enganar pelas ilusões do mundo virtual

O Papa Francisco pediu aos jovens para não se deixarem enganar pelas ilusões do mundo virtual, na cerimónia de acolhimento na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa.

“São as ilusões do virtual e devemos estar atentos para não nos deixarmos enganar, porque muitas realidades que nos atraem e prometem felicidade depois mostram-se pelo que são, coisas vãs, coisas supérfluas, coisas que não servem e que nos deixam vazios por dentro”, disse Francisco, no Parque Eduardo VII, denominado por estes dias Colina do Encontro.

Antes, Francisco disse aos jovens, tratando-os por tu, que muitos, hoje, não são chamados pelo nome.

“Com efeito, o teu nome é conhecido, aparece nas redes sociais, é processado por algoritmos que lhe associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a tua singularidade, mas a tua utilidade para estudos de mercado”, alertou, questionando: “Quantos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que sabem quem és, mas sem te querer bem, insinuando que creem em ti e prometendo que serás alguém, para depois te deixarem sozinho, quando já não lhes fores útil”.

Fonte: Lusa e Ecclesia