Miranda do Douro: Cerca de 1200 pessoas já aderiram ao Seguro Municipal de Saúde

Miranda do Douro: Cerca de 1200 pessoas já aderiram ao Seguro Municipal de Saúde

Cerca de 1200 pessoas residentes no concelho de Miranda do Douro já aderiram ao Seguro Municipal de Saúde, uma medida implementada pelo município com a finalidade de proporcionar um acesso mais rápido da população a consultas de especialidade e a exames de diagnóstico.

Segundo dados dos serviços municipais, entre 8 de novembro de 2023 e 4 de fevereiro de 2024, foram inscritas 1159 pessoas no Seguro Municipal de Saúde, residentes no concelho de Miranda do Douro.

Neste novo serviço que funciona de segunda-feira a sexta-feira, no piso inferior da Junta de Freguesia de Miranda do Douro, os beneficiários do denominado cartão “Miranda Saudável” podem agendar consultas com um médico de clínica geral.

“Até ao momento foram realizadas 205 consultas de medicina geral e familiar. O horário das consultas médicas é à quarta-feira, das 15h00 às 19h00. E à sexta-feira, das 14h00 às 18h00”, informam.

Posteriormente, os utentes podem ser encaminhados para as consultas ou exames especializados, no Hospital Casa de Saúde São Mateus, em Viseu.

“As viagens são gratuitas e 51 munícipes já beneficiaram de consultas de especialidade, assim como de análises e exames de diagnóstico e terapêutica. Nas especialidades médicas, foram realizadas consultas de urologia (1), oftalmologia (3), dermatologia (2), otorrinolaringologia (2), ortopedia (3), reumatologia (2), gastroenterologia (1), imunoalergologia (1)”, indicam.

No que concerne às análises clínicas e aos exames, os munícipes de Miranda do Douro realizaram 19 análises clínicas e efetuaram exames de radiografia ou raio x (11); ecografia (15); tomografia computorizada (TAC) (10); mamografia (1); endoscopia (2); e ressonância magnética (2).

De acordo com a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, “a implementação do seguro municipal de saúde visa reduzir o tempo de espera da população – uma parte considerável com mais de 65 anos – por cuidados médicos especializados e serve para ultrapassar as falhas existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

A medida denominada “Aquisição de serviços de saúde – Cartão de Saúde Municipal”, tem uma validade de dois anos e implicou um investimento por parte do município de 690 mil euros.

HA

Turismo: Igreja Católica vai dar a conhecer «projetos inovadores» na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL)

Turismo: Igreja Católica vai dar a conhecer «projetos inovadores» na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL)

A Pastoral do Turismo – Portugal (PTP) e o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), da Igreja Católica, vão dar a conhecer “projetos inovadores ligados ao Turismo Religioso/Espiritual” na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa 2024.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) informa que o lançamento da obra ‘Caminhos e Destinos da Pastoral do Turismo Laudato Si’, no dia 29 de fevereiro, pelas 15h00, é o destaque das diversas ações previstas para a “maior feira de turismo nacional”.

“Este é um documento fundamental, na nossa perspetiva, para a reflexão e trabalho futuros nesta área, em que a Igreja Católica deve ter uma presença forte, já que o turismo é, atualmente, uma das maiores indústrias do mundo e, no nosso país, representa uma percentagem muito elevada do PIB, para além de ser uma enorme fonte de emprego e de acolhimento de muitos turistas, provenientes de muitos países”, explica o diretor da Pastoral do Turismo – Portugal, o padre Miguel Neto.

O livro ‘Caminhos e Destinos da Pastoral do Turismo Laudato Si’ reúne “todo o trabalho e reflexão” desenvolvido nas V Jornadas Nacionais da PTP (2 a 4 de fevereiro 2023), com o tema ‘A Caminho de uma pastoral Laudato Si’, em Coimbra (Seminário Maior).

A nova publicação vai ser apresentada numa conferência/debate na Bolsa de Turismo de Lisboa com a presença de Carlos Costa, coordenador científico e relator da estratégia para o caminho futuro de uma Pastoral Laudato Si, de D. José Traquina,  bispo de Santarém e presidente da Pastoral Social e Mobilidade Humana, a comissão episcopal que tem a área do turismo na CEP, e o padre Miguel Neto.

A Pastoral do Turismo – Portugal (PTP) informa que vai também assinar, durante a apresentação desta obra, a proposta de adesão à Plataforma Nacional de Turismo (PNL).

A Pastoral do Turismo – Portugal e o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja vão dinamizar outras ações na BTL 2024, entre 28 de fevereiro a 3 de março, na FIL – Feira Internacional de Lisboa, onde marcam presença a convite do Município de Ourém, que junta no seu espaço diversas instituições, procurando “dar grande destaque à temática do Turismo Religioso e Espiritual”.

O programa oficial do evento conta com a apresentação da página na internet e aplicação (app) do ‘Quo Vadis’, serviço ligado ao Turismo Religioso do Patriarcado de Lisboa, pelo seu coordenador, José Manuel Pimenta, pelas 14h00, do dia 28 de fevereiro.

No mesmo dia, o primeiro da Bolsa de Turismo de Lisboa, o reitor do Seminário Maior de Coimbra, o padre Nuno Santos, vai apresentar o projeto que se desenvolve nesse espaço diocesano, numa conversa sobre Turismo Espiritual, pelas 15h00.

Ainda no dia 29 de fevereiro (quinta-feira), o Santuário de Cerejais, na Diocese de Bragança-Miranda, vai dar a conhecer o projeto que dinamiza, que tem com profunda ligação a Fátima e à sua mensagem, pelas 16h00; no dia 2 de março é apresentado o livro ‘Bom caminho para Santiago’, de José Carreto, da equipa da Pastoral do Turismo da diocese transmontana, pelas 14h00.

As propostas da Pastoral do Turismo – Portugal e do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja na BTL 2024 terminam a 1 de março, no último dia da Bolsa de Turismo de Lisboa, com a exposição do trabalho da ArtGilão, a empresa de promoção das igrejas da Paróquia de Tavira (Diocese do Algarve), e uma prova de vinhos, às 14h30, e a apresentação da “programação diferenciada” do Mosteiro de São Vicente de Fora (Patriarcado de Lisboa), por Joana Santos Coelho, às 15h15.

A Conferência Episcopal Portuguesa adianta ainda que, entre 28 de fevereiro e 3 de março, quem visitar o stand onde vai estar a presença da Igreja Católica na “maior feira de turismo nacional” poderá “trocar impressões com membros da equipa nacional” e obter material e dados sobre várias iniciativas desenvolvidas em diferentes geografias nacionais – como Lisboa, Santarém, Viana do castelo, Braga, Figueira da Foz, Viseu, Coimbra – com ligação ao Turismo Religioso/Espiritual, para além dos Caminhos Marianos e dos Caminhos de Santiago.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Quase mil freguesias identificadas como prioritárias para limpeza de florestas

Ambiente: Quase mil freguesias identificadas como prioritárias para limpeza de florestas

No corrente ano, foram identificadas quase mil freguesias como prioritárias para limpeza de florestas, no âmbito das medidas de combate aos incêndios rurais, segundo despacho publicado em Diário da República.

O despacho avança que são 991 as freguesias prioritárias para efeitos de fiscalização da gestão de combustível este ano, menos sete do que em 2023.

“Para efeito da seleção das freguesias, mantiveram-se os critérios adotados desde 2022, que incorporam as componentes de perigosidade conjuntural de incêndio rural e de valor dos ecossistemas. Como resultado, foram agora identificadas 991 freguesias (34% do número total), cobrindo 2.844.170 hectares de área total (32% da superfície de Portugal Continental) e englobando 1.983.590 hectares de espaços florestais (37 % da sua área total)”, precisa o diploma, que é publicado anualmente.

O despacho indica que “a definição destas prioridades não isenta os agentes gestores do território do cumprimento de todas as disposições previstas na legislação de gestão de fogos rurais, não se limitando naturalmente o âmbito da fiscalização pelas entidades competentes às áreas e prazos referidos”.

De acordo com o documento, a fiscalização da gestão de combustível nas 991 freguesias prioritárias é realizada entre 1 e 31 de maio, nos terrenos confinantes a edifícios em espaços rurais (numa faixa de 50 metros) e nos aglomerados populacionais.

Para as redes viária, ferroviária e nas linhas de transporte e distribuição de energia elétrica será feita entre 01 e 30 de junho.

O despacho que procede à identificação das freguesias prioritárias para efeitos de fiscalização da gestão de combustível em 2024 é assinado pela secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar e pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Catarino, e entra em vigor no dia 28 de fevereiro.

Fonte: Lusa

Economia: Portugal com maior aumento do preço do azeite na UE

Economia: Portugal com maior aumento do preço do azeite na UE

Em Janeiro, o preço do azeite subiu 69% em Portugal, registando o maior aumento homólogo do produto na União Europeia (UE, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

De acordo com os dados do serviço estatístico europeu, na UE, o preço do azeite disparou na segunda metade de 2023, com um pico inflacionário de 51% em novembro, face ao mesmo mês de 2022.

Em dezembro de 2023, o aumento homólogo do preço do azeite abrandou ligeiramente para 47% e voltou a acelerar em janeiro.

Em janeiro, o preço do azeite aumentou em todos os Estados-membros.

Para além de Portugal (69%), também a Grécia (67%), Espanha (63%) e Estónia (52,2%) registaram taxas de inflação do azeite acima dos 50% em janeiro.

Já a Roménia (12,7%), a Irlanda (15,9%) e os Países Baixos (17,6%) apresentaram as menores subidas homólogas no preço do azeite, em janeiro.

Fonte: Lusa

Entrevista: «A marca “Aldeias de Portugal” é uma distinção que trouxe orgulho e responsabilidade a Algoso» – Cristina Miguel

Entrevista: «A marca “Aldeias de Portugal” é uma distinção que trouxe orgulho e responsabilidade a Algoso» – Cristina Miguel

Desde 1 de outubro de 2023, Algoso passou a integrar a rede “Aldeias de Portugal”, uma distinção que segundo a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, veio reconhecer a singularidade desta localidade, onde se destaca o património cultural, com o castelo construído nos inícios da nacionalidade (século XII) mas também a preservação de antigas tradições como o Sábado de Aleluia, que se celebra na Páscoa.

Terra de Miranda – Notícias: A 1 de outubro de 2023, Algoso assinou a carta de compromisso de adesão à rede “Aldeias de Portugal”. O principal objetivo desta rede é a promoção do desenvolvimento local. Que recursos existem e quais são as potencialidades de Algoso?

Cristina Miguel: A localidade de Algoso foi escolhida para integrar a marca “Aldeias de Portugal” porque apresenta um património material e imaterial distintivo, onde se destacam o castelo do século XII e o pelourinho do século XVI – dois imóveis de interesse público -, assim como igreja matriz, a fonte santa, as capelas de São João Batista, São Roque, Misericórdia, a antiga Câmara Municipal, as pontes românicas sobre os rios Maçãs e Angueira, entre outros edificados que fazem parte do património local.

T.M:N.: O castelo de Algoso é a principal atração turística da localidade. As visitas decorrem em que horário?

C.M.: As visitas ao centro de acolhimento do castelo e à torre do castelo decorrem de terça-feira (à tarde) a Domingo. As visitas podem ser acompanhadas por uma vigilante, que é contratada anualmente, ora pelo município de Vimioso, ora pela Freguesia de Algoso e pelo Instituto Público do Património Cultural.

T.M.N.: A rede “Aldeias de Portugal” visa apoiar as localidades na definição de estratégias de aproveitamento turístico do património cultural e natural. Concretamente em que consiste esse apoio?

C.M.: Juntamente com a Corane, a Associação do Turismo de Aldeia (ATA) e o Município de Vimioso, a freguesia de Algoso elaborou um plano de desenvolvimento e valorização da aldeia. Este plano envolve a conservação do património cultural edificado e no âmbito do património imaterial, o plano contempla a preservação das festas populares, a valorização do património religioso, os jogos tradicionais e tradições como o Ramo de São João e a segada tradicional.

T.M.N.: Portanto, é definido um plano anual de atividades?

C.M.: Sim, é um plano de atividades anual que começou em janeiro com a celebração da festa do padroeiro de Algoso, São Sebastião. Seguiu-se depois a Festa do Ramo de São João, uma antiga tradição que envolve a população da aldeia na confecção dos roscos, na ornamentação do andor do ramo, na arrematação e na corrida da rosca. No final de março, o Sábado de Aleluia e o Mercado Medieval vai animar a celebração da Páscoa. Em junho, vamos recriar a antiga ceifa ou segada comunitária, na festa de São João. Seguem-se as romarias de verão, o magusto de São Martinho e as oficinas de Natal.

T.M:N.: No que concerne ao património imaterial, Algoso integrou recentemente o projeto “Aldeias sem Fronteiras”. Que outro projeto é este?

C.M.: Este projeto visa quebrar o isolamento dos idosos, recolher os seus saberes e ao mesmo tempo promover o convívio com as crianças e jovens. Este projeto intergeracional visa aproveitar o conhecimento que as pessoas idosas têm de Algoso, como são as histórias, memórias, receitas, tradições, cantigas, danças, jogos tradicionais, lendas, toponímia dos lugares da aldeia, trabalhos comunitários, etc. e transmiti-los aos mais jovens.

T.M:N.: Na natureza, Algoso é circundada pelos vales dos rios Angueira e Maçãs. De que modo estão a promover o turismo ambiental?

C.M.: Em Algoso, uma das atrações ambientais é o percurso pedestre do Trilho do Castelo. Com uma distância de 6,2 quilómetros, esta caminhada tem início no centro da aldeia, passa pela antiga Câmara Municipal e o pelourinho e sobe em direção ao castelo. Depois desce em direção à ponte e a calçada medieval sobre o rio Angueira. De seguida, os caminhantes voltam a subir em direção à aldeia, passando por vinhas e olivais. À chegada a Algoso, está edificada a capela de São João Batista, com a fonte santa, onde os peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela costumavam repousar. O percurso pedestre termina junto à igreja matriz.

T.M:N.: Segundo a ATA, o desenvolvimento de uma aldeia deve envolver os atores locais na conceção de estratégias socioeconómicas e na sua implementação. Qual é a recetividade e participação da população de Algoso na preservação e promoção do seu património?

C.M.: Felizmente, a população de Algoso é muito participativa e adere com facilidade aos desafios e atividades propostas. Em determinados períodos do ano, como a Páscoa e as férias de verão, a junta de freguesia conta com a vinda dos muitos emigrantes que vivem e trabalham maioritariamente em Espanha e em França, para recriar antigas tradições como é o caso do Sábado de Aleluia, na Páscoa ou a romaria de Nossa Senhora do Castelo, no mês de agosto.

T.M:N.: O que é o “Sábado de Aleluia”?

C.M.: Em Algoso, a celebração da Páscoa da Ressurreição do Senhor, inicia-se na noite do Sábado Santo, com a tradição da benção da água e aspersão do povo, na igreja matriz. De seguida, o povo ruma em procissão até à capela de Nossa Senhora da Assunção, edificada junto ao castelo. Esta procissão é acompanhada de estandartes e com cânticos de louvor ou das “alvíssaras”. Na chegada ao castelo é lançado fogo de artifício e canta-se o “Aleluia” ao som da gaita-de-foles. No regresso à aldeia, o povo entoa cânticos de aleluia e começam a repicar os sinos da igreja matriz, anunciando a Ressurreição de Jesus.

T.M:N.: Este ano, no fim-de-semana da Páscoa, que acontece nos dias 30 e 31 de março, vai realizar-se também o V Mercado Medieval. Com este evento pretendem valorizar o património histórico da aldeia?

C.M.: Sim, o Mercado Medieval é uma recriação dos usos e costumes da Idade Média, período da construção do castelo de Algoso. Com este evento pretende-se promover a história da localidade e simultaneamente comercializar produtos locais e regionais, como o folar, os dormidos, o fumeiro, o vinho, os licores, o artesanato, entre outros produtos. Nos dias 30 e 31 de março, a animação também vai ser uma constante com teatro de rua, dança, jogos tradicionais, arruadas de gaiteiros, tabernas e concertos medievais.

T.M:N.: Outra riqueza das aldeias são os produtos agrícolas. O que é se produz em Algoso?

C.M.: Em Algoso, produz-se azeite, amêndoas, figos, nozes, uvas, medronhos, fumeiro, caça, roscos, pão, folares, dormidos, bolo centeio, licores, compotas, vinho, cortiça e na gastronomia local destaca-se o “bulho com cascas”.

T.M:N.: Algoso dispõe de uma albergaria que oferece os serviços de restauração e alojamento, o que contribui para a estadia dos turistas. Quem são os turistas que visitam a localidade?

C.M.: No inverno, Algoso recebe a visita de muitos caçadores que vêm do litoral para as zonas de caça desta região. Nestas estadias, os caçadores e as suas famílias visitam os principais locais de interesse da aldeia e também aproveitam para comprar produtos locais como o azeite, a amêndoa e o fumeiro. Ao longo do ano, também se verifica um cada vez maior afluência de turistas estrangeiros, que apreciam muito as paisagens do nordeste transmontano e a tranquilidade desta região.

T.M:N.: Outro objetivo do projeto “Aldeias de Portugal” é dar a conhecer as mais valias de viver no mundo rural, como é o maior contato com a natureza, a alimentação feita com produtos biológicos, o ar puro, o menor custo de vida e assim agir contra o despovoamento. Que oportunidades há em Algoso, para a fixação de novas famílias e em particular dos jovens?

C.M.: Em Algoso, há jovens casais que estão a instalar-se na aldeia. Dou os exemplo de um casal que está a investir no cultivo de árvores de fruto, para depois confeccionar e comercializar compotas. Também na agropecuária, recentemente, regressou à aldeia outro casal de jovens para se dedicarem à criação de bovinos de raça mirandesa. Existe ainda uma cozinha regional que se dedica à criação de suínos bísaros e à produção de fumeiro. E no turismo, destaco a existência da albergaria, com serviços de alojamento e restaurante, o que atrai a vinda e a estadia dos turistas e visitantes.

T.M:N.: A adesão à rede “Aldeias de Portugal” que novo impulso pode dar a Algoso?

C.M.: A marca “Aldeias de Portugal” é uma distinção que enche de orgulho e responsabilidade a população de Algoso. Ao mesmo tempo, este prémio incentiva-nos a continuar a trabalhar na promoção das localidades que compõem a União de Freguesias. Para isso, quero agradecer o contributo de muitos casais de emigrantes, que após a reforma, regressam à terra natal e estão sempre disponíveis e entusiasmados para recuperar as tradições e participar nas atividades ao longo do ano.

Perfil

Cristina Maria de Oliveira Miguel nasceu em França, filha de pais emigrantes, naturais de Algoso. Regressou a Portugal, onde estudou do 2º ao 6º ano, em regime presencial e em tele-escola, na escola de Algoso. Prosseguiu os estudos no Liceu Nacional de Bragança.

Licenciou-se em Administração, no Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto. E concluiu uma pós-graduação em Gestão Pública, no Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Em outubro de 2017, assumiu o cargo de presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, que compreende ainda as aldeias de Mora, Vale de Algoso e Vila Chã.

HA

Vimioso: GNR constitui arguida mulher de 48 anos por furto em residência

Vimioso: GNR constitui arguida mulher de 48 anos por furto em residência

Militares da GNR afetos ao Núcleo de Investigação Criminal de Miranda do Douro constituíram arguida uma mulher de 48 anos por furto em residência, no concelho de Vimioso.

Em comunicado, a GNR dá conta de que, no âmbito de uma investigação que decorria desde o início deste ano, por furto em residência, os militares da Guarda levaram a cabo diligências policiais que culminaram com o cumprimento de um mandado de busca domiciliária, que permitiu a apreensão de 15 objetos em ouro, 25 munições, 26 artigos em linho e um telemóvel.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Saúde: Importância da prevenção do cancro digestivo em destaque no IPO do Porto

Saúde: Importância da prevenção do cancro digestivo em destaque no IPO do Porto

O Instituto Português de Oncologia do Porto, a Europacolon Portugal e a Digestive Cancers Europe promoveram uma sessão focada na prevenção do cancro digestivo, uma doença que mata 24 pessoas por dia em Portugal.

“Para prevenir a doença, os portugueses devem adotar comportamentos saudáveis e aderir às medidas de rastreio ou de diagnóstico precoce, designadamente conhecendo se pertencem a grupos de risco”, sublinhou o diretor do Departamento de Medicina do IPO do Porto, Mário Dinis Ribeiro.

De acordo com os dados mais atualizados do Registo Oncológico Nacional (RON), referentes a 2020, o cancro digestivo representa 25% da incidência global do cancro e 35% de todas as mortes relacionadas com o cancro.

Em Portugal, estima-se que até 2050 a incidência de cancro digestivo aumente 25%.

Numa antecipação à conferência sobre ‘Cancro Digestivo – Abordagens Atuais e Futuras Centradas na Prevenção’ que decorreu a 26 de fevereiro, no IPO do Porto, o gastrenterologista referiu que o cancro digestivo “tem registado aumento nos últimos anos”.

Em causa está uma doença que representa aproximadamente 12% da mortalidade portuguesa e agrega os tipos de cancro do cólon e do reto, estômago, fígado, pâncreas e esófago.

Na região Norte, em particular, a maior incidência reflete-se no cancro do estômago, não existindo, no entanto, “uma explicação certa ou única”, disse o especialista.

“Pode estar associado a fatores genéticos e hábitos alimentares muito próprios do Norte. É um facto, mas não se consegue dizer porquê”, referiu Mário Dinis Ribeiro, sublinhando sempre a importância da prevenção.

“Não fumar, praticar exercício físico, não consumir álcool, fazer uma dieta saudável, ou seja pobre em sal e evitando as carnes vermelhas e as carnes fumadas, aderir aos programas de rastreios e à mínima queixa ou suspeita procurar o médio assistente”, frisou.

Questionado sobre os programas de rastreio, Mário Dinis Ribeiro explicou que só existe um definido, o do intestino grosso, e que há a sugestão da União Europeia para se explorar programas piloto para o cancro do estômago.

“Não há demonstração de custo/benefício, de uma perspetiva social, para rastreios ao esófago, pâncreas e fígado. Portanto, as pessoas que têm fatores de risco acrescidos devem fazer despistagem específica nesses campos. Mas, para o intestino grosso, a mensagem fundamental é: adiram, façam. O cancro do intestino grosso representa uma em cada 20 mortes portuguesas”, apontou.

Igual apelo faz o presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves, que lamenta que “um problema de saúde pública gravíssimo em Portugal não esteja a merecer o apoio e cuidado e dos decisores políticos”.

“Têm de colocar instrumentos de prevenção de forma inteligente ao dispor dos cidadãos. Os números estão a crescer. E temos de aproveitar o interesse europeu na saúde oncológica. Temos de esquecer o passado, olhar para o futuro e arranjar as medidas para que o rastreio do cancro do intestino se implemente no país de uma forma igual e que hajam tratamentos disponíveis para o tratamento dos casos positivos. Em suma vontade de que não morram 24 pessoas por dia com esta doença”, disse Vítor Neves.

O presidente da Europacolon Portugal destacou, ainda, o papel das unidades de cuidados de saúde primários e dos médicos de família e defendeu o aumento da comunicação com uma linguagem descodificada.

A Europacolon Portugal dedica-se à luta pelos direitos dos doentes, à promoção de um acesso equitativo e rápido a tratamentos avançados, à busca pela melhoria da qualidade de vida dos pacientes e à procura da implementação dos rastreios de base populacional disponíveis.

A conferência ‘Cancro Digestivo – Abordagens Atuais e Futuras Centradas na Prevenção’ que decorreu no IPO do Porto foi aberta a especialistas, não especialistas, doentes, familiares, cuidadores, sobreviventes e a população em geral.

Fonte: Lusa

Eleições: As legislativas em números

Eleições: As legislativas em números

Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro são chamados a votar nas eleições legislativas de 10 de março, para escolher 230 deputados.

Número de eleitores: 10.819.122

Deputados eleitos: 230

Número de círculos eleitorais: 22

18 círculos em Portugal continental, Açores e Madeira, Europa e Fora da Europa

Maiores círculos eleitorais:

(no território nacional)

Lisboa – 1.915.377 eleitores – 48 deputados

Porto – 1.591.947 eleitores – 40 deputados

Braga – 780.228 eleitores – 19 deputados

Setúbal – 751.385 eleitores – 19 deputados

Aveiro – 642.185 eleitores – 16 deputados

Círculos eleitorais mais pequenos:

(em território nacional)

Portalegre – 93.120 eleitores – 2 deputados

Beja – 119.112 eleitores – 3 deputados

Évora – 133.414 eleitores – 3 deputados

Bragança – 134.237 eleitores – 3 deputados

Guarda – 141.450 eleitores – 3 deputados

Número de forças políticas concorrentes: 18

– PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal e PCTP/MRPP

Novos partidos concorrentes: Nova Direita

Orçamentos das campanhas:

(principais partidos)

Total: 7,7 milhões de euros

PS – 2,55 milhões de euros

AD – 2,5 milhões de euros

CDU – 785 mil euros

BE – 508 mil euros

Chega – 700 mil euros

IL – 385 mil euros

PAN – 204 mil euros

Livre – 95 mil euros

Custo das eleições:

24 milhões de euros

Membros mesas de voto: previstos 65.910

Mesas de voto: previstas 13.182

Voto antecipado em mobilidade – 3 de março
Votação de presos e doentes – 26 e 29 fevereiro
Votação de deslocados no estrangeiro – 27 a 29 de fevereiro
Votação postal de residentes no estrangeiro – de 9 fevereiro a 10 de março

Fontes: Comissão Nacional de Eleições (CNE), Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), Ministério da Administração Interna

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Caritas apresentou o Grupo de Emergência e Catástrofes (GEC)

Miranda do Douro: Caritas apresentou o Grupo de Emergência e Catástrofes (GEC)

No dia 26 de fevereiro, os alunos da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro receberam a visita da Caritas Diocesana de Bragança-Miranda, que apresentou o Grupo de Emergência e Catástrofes (GEC), com o qual presta apoio às populações em caso de calamidades, como os incêndios florestais.

Em Miranda do Douro, a apresentação do GEC contou com a colaboração dos Bombeiros e da Proteção Civil.

Esta iniciativa insere-se na Semana Nacional da Cáritas, que está a decorrer de 25 de fevereiro até 3 de março, com o tema: “Cáritas, O Amor que Transforma”.

De acordo com a diretora da Caritas Diocesana de Bragança-Miranda, Cristina Figueiredo, a vinda a Miranda do Douro teve como propósito apresentar o Grupo de Emergência e Catástrofes (GEC) e sensibilizar os jovens estudantes para o voluntariado.

“O trabalho do GEC é feito em articulação com outras entidades como a proteção civil e os bombeiros. A vinda a Miranda do Douro também teve o propósito retribuir o investimento financeiro realizado pelo município local e estabelecer um protocolo institucional de atuação, no âmbito do plano municipal de proteção civil. ”, disse.

Na Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, os técnicos da Cáritas Diocesana começaram por ministrar uma palestra sobre os serviços que prestam às populações, em caso de emergência e catástrofes, como são a alimentação e hidratação; a instalação de zonas de acolhimento e conforto; o apoio psicossocial; e as operações de socorro.

Depois da palestra e em colaboração com a Proteção Civil do município e as corporações de bombeiros de Miranda do Douro e de Sendim, o Grupo de Emergência e Catástrofes (GEC), liderado por Hélder Pires, elucidou os jovens estudantes sobre os meios de socorro, os equipamentos utilizados e a montagem de uma zona de concentração de apoio à população (ZCAP).

“O GEC foi criado em 2017, na sequência dos graves incêndios que ocorreram em Pedrogão Grande. Aquando dessa tragégia, a igreja católica apercebeu-se de que não dispunha de uma resposta imediata para agir nessas situações. Por isso, foi criada uma estrutura organizada, com ligação às entidades responsáveis pelas operações de socorro, com o objetivo de prestar apoio imediato às populações, prestando auxílio no fornecimento de bens necessários como alimentação, agasalhos, evacuação, apoio psicológico, etc.”, explicou.

Como anfitrião, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, sublinhou a importância de preparar os alunos para lidar com situações de emergência e catátrofe.

“A cultura da prevenção é essencial na juventude. E por isso, a escola tem o dever de apoiar e divulgar todas as atividades e as organizações que trabalham nesta área da proteção civil”, disse.

Na perspectiva do diretor do AEMD, esta ação de sensibilização e demonstração de equipamentos também foi uma oportunidade para dar a conhecer possíveis profissões como são os psicólogos, engenheiros, assistentes sociais, bombeiros, médicos, enfermeiros, etc., que trabalham na área da proteção civil.

A acompanhar uma turma do 9º ano que participou na sessão de esclarecimento e demonstração, o professor António Bárbolo Alves, destacou a importância de ensinar os mais jovens a viver numa lógica de planificação e prevenção.

“Nestas idades, vive-se muito no imediato e por isso, estas ações de sensibilização ajudam os jovens a viverem mais conscientes e precavidos. No caso dos incêndios florestais, creio que a política deveria investir muito mais na prevenção a médio e longo prazo e não apenas no combate. Em percentagem, o investimento deveria ser 80% na prevenção e 20% no combate”, disse.

Após a ação de sensibilização na escola, a equipa da Caritas Diocesana de Bragança-Miranda reuniu-se com os serviços municipais de proteção civil e as corporações de bombeiros de Miranda do Douro, Sendim e Vimioso.

Em paralelo a estas atividades, no decorrer desta semana está a realizar-se o peditório nacional para a Caritas, que é feito por voluntários e o valor angariado destina-se a apoiar famílias carenciadas.

Recorde-se que a Caritas Portuguesa é um serviço de ação social da Igreja Católica.

Em Portugal, a rede Caritas é constituída por 20 Caritas Diocesanas e inúmeros grupos locais que atuam em proximidade nas paróquias.

Cada Cáritas Diocesana tem a sua autonomia jurídica e canónica o que quer dizer que, apesar da estrutura nacional, cada organização tem especificidades próprias, podendo estabelecer as suas prioridades e agir em função delas.

“Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social que se poderia, mesmo, deixar aos outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência”. (Papa Bento XVI)

HA

Mogadouro: Município com retenção de água para consumo para os próximo quatro anos

Mogadouro: Município com retenção de água para consumo para os próximo quatro anos

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, indicou que a barragem de Bastelos assegura o abastecimento de água ao concelho mogadourense nos próximos quatro anos, mesmo que não chova.

“Em 2022 estive na barragem de Bastelos a contar os metros cúbicos para que não faltasse água à população de Mogadouro. Este ano estamos mais tranquilos porque a água armazenada, a esta data, naquela barragem, assegura o abastecimento às populações nos próximos quatros anos, mesmo que não chova”, disse o responsável da APA.

Pimenta Machado afirmou que o concelho de Mogadouro, consome cerca de 500 mil metros cúbicos de água por ano e, por este motivo, tem “uma folga muito grande” em termos de armazenamento face ao consumo.

Face às alterações climáticas, Pimenta Machado deixou ainda um alerta aos municípios recomendando que prepararem as infraestruturas necessárias para garantir o abastecimento de água às populações.

“Apesar da barragem de Bastelos estar completamente cheia é necessário criar outras alternativas de abastecimento de água a este concelho, a partir da barragens de Bemposta, no rio Douro, para dar segurança e resiliência a esta região e mitigar eventuais situações de rutura que possam acontecer”, exemplificou.

De acordo com Pimenta Machado, o país é muito diferente no seu todo, em que há um Algarve seco e um norte e centro húmidos.

“A região Norte esta muito melhor em termos de armazenamento de água face a 2022, que foi um dos anos mais secos de sempre. Recordo que durante esse ano, que foi o mais seco de sempre, as barragens estiveram a um nível muito baixo em termos de armazenamento”, vincou.

Nesse ano, verificou-se um abaixamento de armazenamento de água nas barragens como a do Lindoso (Alto Minho), que esteve a 15% da sua capacidade, ou a barragem de Vila Chã, em Alijó (Vila Real), onde se verificaram níveis muito baixos.

“Felizmente as barragens a norte estão literalmente cheias, e estamos muito melhor que em 2022”, indicou.

Pimenta Machado deixou ainda a garantia de que a APA está a trabalhar em conjunto com outras entidades no Plano de Eficiência Hídrica para Trás-os-Montes.

“Temos de estar preparados para o que o clima nos diz, e diz-nos que vamos ter cada vez menos água”, acrescentou.

O vice-presidente da APA falava em Mogadouro, durante o ato inaugural de dois equipamentos no valor de cerca de cinco milhões de euros destinados à melhoria do abastecimento e tratamento de água para as populações deste concelho.

Fonte: Lusa