Saúde: Teleconsultas no distrito de Bragança

Saúde: Teleconsultas no distrito de Bragança

A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) tem um novo projeto de teleconsultas, para ser implementado no distrito de Bragança e que visa contribuir para a redução de deslocações às unidades de saúde.

Esta iniciativa de telemedicina começou nas primeiras semanas deste ano e está a abranger o Serviço de Epidemiologia, Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (SEPCIRA), com acompanhamento de doentes algaliados em risco de infeção, e as especialidades de Psiquiatria e Saúde Mental, Anestesiologia, Medicina Interna e Cuidados Paliativos, detalhou, em comunicado, a ULSNE.

Este reforço dos serviços digitais na área da prestação de cuidados de saúde associado “num distrito caracterizado pela dispersão geográfica”, descreveu a ULSNE, vai contribuir para “a redução das deslocações às Unidades de Saúde”, com garantias da manutenção da privacidade dos pacientes.

Fonte da ULS acrescentou que esta modalidade é prescrita apenas aos utentes que têm condições para poderem utilizar a teleconsulta, sendo o acesso ao serviço feito através da aplicação SNS24.

Esta solução tecnológica surgiu no seguimento do Dia Digital e Telessaúde, que aconteceu em 01 de outubro, quando se verificou uma “forte adesão dos profissionais de saúde da instituição às soluções digitais disponibilizadas na área dos telecuidados”.

Foram depois levadas a cabo reuniões técnicas entre os serviços envolvidos e, em articulação com Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), “foram ultrapassadas as principais questões operacionais e tecnológicas” que permitiram o arranque das teleconsultas já este ano, refere a ULS.

Para a administração da ULS, esta nova plataforma potencia a eficiência ao nível do atendimento, “proporcionando igualmente uma maior comodidade, tanto para os utentes como para os profissionais”.

Esta ULS presta cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados à população do distrito de Bragança, contando com os hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela e 14 centros de saúde, de acordo com informação disponível na página de Internet da unidade.

Fonte: Lusa

Carnaval: Cecília Reis Rosa veste fato dos «caretos»

Carnaval: Cecília Reis Rosa veste fato dos «caretos»

Desde 1968, Cecília Reis Rosa veste o traje de careto de Podence, numa tradição habitualmente atribuída aos homens mas que esta professora aposentada não deixa esquecer.

“A primeira vez que eu vesti o fato foi porque eu fui maltratada por um careto. Deixou-me as nádegas todas negras, apalpou-me. Na minha família não havia fatos de careto – a minha mãe dizia que eram a incarnação do diabo, mas o meu pai mandou-me vestir de careto para me defender”, conta Cecília Reis Rosa programa ECCLESIA.

Professora de ensino especial aposentada, recorda como “antigamente” os homens “eram loucos” e faziam de tudo para “chegar à dama amada”.

“Desde há muito tempo, é-lhes tudo permitido. Antigamente andavam pelos telhados, partiam portas, andavam aos pulos, ficavam cansados e iam para as adegas beber ou roubar chouriças, galos e galinhas para fazer tainadas, partiam tudo, mas era para chegarem à dama amada”, explica.

A tradição dos Caretos de Podence foi reconhecida em 2019 como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, e à aldeia de Trás-os-Montes chegam por estes dias cerca de 65 mil visitantes que reconfiguram um local habitado por 200 pessoas.

Egas Soares veste o traje de careto há cerca de 30 anos, atualmente um dos mais velhos do grupo que continua a tradição, e junta, na sua famílias diferentes gerações, uma vez que já se faz acompanhar pelo neto vestido de careço, com três anos.

“Vestir o fato é uma sensação muito linda, porque é uma adrenalina que uma pessoa sente. Só o estar a preparar o saco, estar a preparar as calças, as botas e os chocalhos, as campainhas, uma pessoa parece que esquece de tudo o que se passa à nossa volta. E depois é a força de vontade, porque há uma força suplementar que nos aparece e que conseguimos fazer-lhe ultrapassar tudo e mais alguma coisa”, explica.

A deslocação a Podence, localidade de Macedo de Cavaleiro, na diocese de Bragança-Miranda, conduz as pessoas que procuram “conhecer as tradições” e o “Carnaval genuíno de Portugal”.

Cecília Rosa Reis lamenta uma população envelhecida na aldeia e explica que hoje são os imigrantes que levam a tradição dos caretos além fronteiras.

Egas Soares aponta, em entrevista ao programa ECCLESIA (RTP2), a importância do reconhecimento mundial após a indicação da UNESCO, em 2019, facto que tem levado o grupo de caretos a viajar para dar a conhecer a tradição.

A Associação Grupo de Caretos de Podence desenvolve projetos culturais e educacionais para manter junto das novas gerações a tradição dos caretos.

O fato, feito de lã e com as cores da bandeira portuguesa – vermelho, verde e amarelo – é feito num tear e, explica Cecília, “um metro demora hora e meia a fazer”.

Cristiano enverga um fato, cuja manta veio dos seus bisavós.

“A manta foi-me oferecida pela minha avó, veio dos meus bisavós. Mas eu não tinha idade ainda para usar. São mais crescido é que fiz o fato para continuar a servir e não estragar, antes alugava. Para mim é uma honra usar um fato que está na minha família há muitos anos”, conta.

O fato fica completo com os chocalhos que “antigamente andavam no pescoço das vacas, do gado, das vacas”.

“Os chocalhos e as correias estavam relacionadas com o poder económico do lavrador. Quanto mais campainhas o careto trouxesse e mais chocalhos, mais rico era o pai, o avô e o tio”, explica Cecília.

A Associação Grupo dos Caretos de Podence inaugurou a 3 de março, um mural de homenagem ao Papa Francisco, em que aparece ladeado de dois caretos, num agradecimento pela audiência que o grupo teve em janeiro, no Vaticano, ocasião em que ofereçam “uma casaca de honra dos caretos”.

Fonte: Ecclesia

São Martinho: Dom Nuno Almeida presidiu à eucaristia e visitou o lar de idosos

São Martinho: Dom Nuno Almeida presidiu à eucaristia e visitou o lar de idosos

No dia 1 de março, o bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, iniciou a visita à Unidade Pastoral de Santa Maria Maior, no concelho de Miranda do Douro, com a celebração da eucaristia na igreja paroquial e a visita ao Centro Social e Paroquial de São Martinho de Angueira.

Na tarde do passado sábado, dia 1 de março, o pároco, padre Manuel Marques e a população de São Martinho de Angueira aguardavam no adro da igreja paroquial, a chegada do bispo diocesano, Dom Nuno Almeida.

Após as saudações à população, o 45º Bispo da diocese de Bragança-Miranda presidiu à missa vespertina do VIII Domingo do Tempo Comum e na homília, referiu-se à importância da correção fraterna.

“Sempre que há necessidade de corrigir alguém, na nossa família, no trabalho ou na comunidade devemos fazê-lo com cuidado e amizade. Para corrigir e ser corrigidos precisamos de coragem e humildade”, disse.

O prelado acrescentou que, frequentemente, muitos desentendimentos e conflitos surgem da falta de diálogo e escuta entre as pessoas.

“Peçamos ao Senhor, um coração pacificado e bondoso, porque é do coração que nascem as boas ações e palavras”, exortou.

Referindo-se ao propósito da visita pastoral às comunidades de toda a diocese, Dom Nuno Almeida, afirmou que pretende lembrar que “a igreja (diocesana) é uma família, composta por muitas famílias”.

No âmbito da visita pastoral, os frades Capuchinhos vai orientar nos dias 11, 12, 13 e 14 de março, um curso bíblico, às 21h00, no salão paroquial, em Miranda do Douro.

“Todos precisamos conhecer melhor a Palavra de Deus, a Bíblia. Por isso, animo-vos a participar neste curso bíblico! No final, o objetivo é formar grupos permanentes de leitura da Bíblia, nas várias comunidades paroquiais”, explicou.


Aquando do final da visita à Unidade Pastoral de Santa Maria Maior, está também prevista a realização de uma Assembleia Geral da Unidade Pastoral, com o objetivo de promover a sinodalidade (Caminhar juntos) e definir um rumo comum para a igreja diocesana.

Programa da visita pastoral

- No sábado, dia 8 de março, D. Nuno Almeida visita Ifanes (15h00) e Constantim (16h30); 

- No Domingo, 9 de março, o bispo diocesano celebra a eucaristia dominical na igreja matriz de Malhadas (15h00) e visita os idosos. Às 17h00 desloca-se a Paradela.

- A 23 de março, na concatedral de Miranda do Douro, Dom Nuno Almeida administra o sacramento da confirmação, às 11h00. À tarde, pelas 14h30, visita as pessoas idosas e os colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro. Às 16h30, celebra a eucaristia, em Cicouro.

- O encerramento da visita pastoral à Unidade de Santa Maria Maior está previsto para o dia 29 de março e prevê celebrações em Aldeia Nova (10h30), Vale D’Águia (11h30), Palancar (15h00) e Pena Branca (16h00).

O pároco da Unidade Pastoral Santa Maria Maior (UPSMM) é o padres Manuel Marques (UPSMM), que conta com a colaboração das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado.

No mês de abril, o bispo diocesano vai visitar a Unidade Pastoral da Santíssima Trindade, confiada ao padre António Ferreira Pires. Nesta unidade foi construído em Palaçoulo, o Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, das monjas trapistas. E também há eremitas.

Fonte: DBM e UPSMM

HA

Miranda do Douro: Desfile de Carnaval animou a cidade

Miranda do Douro: Desfile de Carnaval animou a cidade

Na tarde de 28 de fevereiro, o tradicional desfile de Carnaval, do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) voltou a animar as ruas da cidade, com a participação de centenas de alunos, professores, funcionários e outros foliões.

Em Miranda do Douro, o desfile ou cortejo de Carnaval juntou as comunidades escolares da Escola Básica e Secundária (EBS), da Escola Básica (EB1) e da creche, aos quais se juntaram ainda o grupo da Universidade Sénior e outros foliões.

O diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), António Santos, indicou que o desfile de Carnaval é uma tradição muito apreciada pela comunidade escolar e que todos os anos proporciona o contato próximo com a população da cidade.

“Este ano, o desfile de Carnaval aconteceu numa tarde de sol e registou uma grande adesão por parte de alunos, professores e funcionários. Todos os anos, este evento proporciona momentos de convívio, de brincadeira e proximidade à população da cidade. Para os alunos é sempre agradável sair da rotina das aulas e do perímetro da escola”, disse.

Sobre a grande adesão dos alunos aos trajes, máscaras e coreografias para participar no desfile de Carnaval, o diretor do AEMD justificou que isso se deve ao gosto dos mirandeses pelo teatro e pela representação.

O professor de português do AEMD, António Rodrigues, foi um dos participantes no desfile de Carnaval e afirmou que este é um modo de estreitar a relação de amizade com os alunos.

“Juntamente com os alunos preparámos os trajes e a coreografia para o participar no desfile de Carnaval. Este ano, o nossa sátira teve como tema “Limpar Portugal”, numa alusão à política extremista do partido Chega”, disse.

Do lado dos alunos, o jovem Jantarada e a sua turma do 11º ano foram mascarados de tartarugas ninjas, tendo feito os seus trajes com cartão, sacos do lixo verdes. Por sua vez, Leonor Garcia, a estudar no 12º ano, afirmou que quis participar no desfile de Carnaval para incentivar os alunos mais novos.

“Neste último ano de estudo no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), a minha turma decidiu participar sobretudo para passar o testemunho aos alunos mais novos, sobre a importância de participar ativamente nas atividades e eventos da escola, como é o Desfile de Carnaval, que é uma oportunidade única para conviver e sermos criativos”, justificou.

Até Terça-feira de Carnaval, dia 4 de março, o Carnaval ou Entrudo é festejado por todo o país, por miúdos e graúdos, com desfiles, concursos de máscaras e bailes.

Nas escolas, há três dias de pausa letiva, sendo que as aulas recomeçam na próxima quinta-feira, dia 6 de março.

HA

Escolas: Crianças do interior sem ensino artístico

Escolas: Crianças do interior sem ensino artístico

No interior do país, os alunos continuam sem acesso ao ensino artístico articulado, porque a rede de escolas deixa várias “regiões a descoberto”, criando uma “injustiça gritante” que impede um direito legalmente previsto, alertou uma especialista.

Desde os anos 80 do século passado que os alunos das escolas públicas podem optar pelo ensino especializado da música, frequentando as disciplinas musicais numa escola de música e as restantes na sua escola de ensino geral.

“Há um decreto de 1983 que colocou Portugal à frente de muitos países europeus em termos do ensino da música, porque permitiu esta visão integrada em que o ensino especializado da música deixou de ser algo marginal e integrou-se no sistema geral de ensino em termos de equiparação dos níveis de ensino e de articulação com as escolas de ensino geral, e isto é muito raro a nível mundial. Nesse aspeto Portugal foi pioneiro”, dissea professora universitária Maria Helena Vieira.

No entanto, ainda há regiões sem oferta de escolas especializadas públicas. O alargamento da rede pública, desde a criação do Conservatório de Lisboa em 1835, deu-se muito lentamente, até aos atuais 12 conservatórios públicos: oito no continente, um na Madeira e três nos Açores. Alguns com polos em regiões próximas, conseguindo chegar a mais alunos. Já a rede particular e cooperativa cresceu rapidamente e tem hoje cerca de 140 escolas. Mas tanto as escolas públicas como as privadas estão concentradas sobretudo no litoral.

Resultado: Nem todos os distritos têm conservatórios públicos e a única solução para muitas famílias são o particular, ficando maioritariamente sujeitas a pagar por disciplina.

“Esta é a minha luta de 30 anos”, contou a professora do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho, alertando para o incumprimento da legislação que garante a todas as crianças o direito a estudar no ensino articulado da música.

“A distribuição destas escolas acompanha um pouco a população em número de habitantes, mas deixa a descoberto áreas de uma forma gritantemente injusta”, alertou, baseando-se nos resultados do levantamento realizado com a aluna do doutoramento Helena Almeida e Silva.

O estudo encontrou “um país a duas velocidades”: Se a Madeira e os Açores têm as ilhas cobertas com o ensino especializado público, não havendo sequer necessidade de escolas oficiais particulares e cooperativas, há outras zonas do continente sem qualquer oferta pública.

“Toda a gente paga os mesmos impostos, mas o interior do país não tem o mesmo acesso”, lamentou, baseando-se nos resultados do estudo, no qual se lê que há “poucas escolas” e “nem todos os alunos que vivem nas proximidades destas escolas podem frequentá-las”.

As investigadoras cruzaram mapas com as várias tipologias de oferta e descobriram muitos distritos do interior sem qualquer oferta pública: Mesmo contando com os polos da rede pública, apenas nove distritos portugueses têm uma escola pública especializada de música.  

Nas zonas de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Évora e Beja o mapa mostra “zero escolas do ensino especializado de música”, sublinhou a docente. 

Até a rede particular e cooperativa é limitada na cobertura do país. O estudo foi atualizado no ano passado, mas esta “é uma realidade dinâmica e, neste momento, pode estar a abrir ou a fechar uma escola”, advertiu, dando o exemplo do Conservatório de Vila Real que, no final de 2024, passou a público, “mostrando o dinamismo da região a lutar pelos seus direitos”.

Quando a única oferta é privada, salientam as investigadoras, as famílias podem ter de pagar propinas, uma fatura à qual é preciso muitas vezes somar as contas de transporte e alojamento.

Por isso defendem que haja, pelo menos, uma escola pública por distrito, cumprindo “os princípios estabelecidos na Lei de Bases do Sistema Educativo no que respeita à cobertura das necessidades de toda a população e à eliminação de “desigualdades e assimetrias locais e regionais”.

A estes problemas soma-se um outro, denunciado num estudo de 2007 coordenado pelo atual presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes: Nos conservatórios públicos chega a haver três vezes mais procura do que a oferta disponibilizada e para a aprendizagem de alguns instrumentos pode haver apenas oito vagas para mais de 100 candidatos.

A professora critica também a ideia, plasmada na lei, de que o ensino especializado é para os mais talentosos, razão pela qual serão feitas provas de admissão.

A investigadora lamenta esta visão, questionando se alguém se lembraria de ensinar Matemática ou dar aulas de Educação Física apenas aos que mostrassem maior apetência.

O professor Hugo Brito, na Universidade do Minho, defende que essas provas de seleção “não testam aptidões musicais nem supostas “inclinações vocacionais”, existindo apenas porque a procura é superior à oferta”.

A especialista alertou para os perigos de umas crianças serem “arrumadas” precocemente em “gavetas” de “talentosos” no ensino especializado e outras no ensino genérico ou geral.

“Está muito enraizado nas pessoas a ideia de que quem tem talento é que vai para um conservatório. Não é verdade. É quem tem sorte” concluiu, defendendo a generalização do acesso, só possível com a oferta de ensino de música de qualidade a todas as crianças, desde pequenas.

As escolas, no ensino geral, já oferecem educação musical, mas apenas a partir do 2.º ciclo a disciplina começa a ser dada por um professor especialista. “Para muitos pais esta oferta é insuficiente”, revelou, alertando para a falta de formação musical de educadores e professores que ensinam as crianças até ao 1.º ciclo.

Fonte: Lusa

Economia: Movhera quer rever contibuições das barragens  do Baixo Sabor e Foz Tua

Economia: Movhera quer rever contibuições das barragens  do Baixo Sabor e Foz Tua

A Movhera, empresa concessionária de seis barragens transmontanas, mostrou-se disposta a iniciar negociações para rever as contribuições financeiras para os Fundos do Baixo Sabor e de Foz-Tua, após as eleições autárquicas deste ano.

A elétrica mostrou-se “preparada para estas negociações dos dois fundos assim que o processo eleitoral autárquico esteja finalizado e os resultados das eleições oficialmente publicados”.

A concessionária dos aproveitamentos hidroelétricos do Baixo Sabor e de Foz-Tua espera ainda que as negociações “sejam regidas pelo espírito de boa-fé e seriedade que caracteriza as suas relações no território, e que seja outro passo em frente para o desenvolvimento da região”.

Os fundos do Baixo Sabor e Foz-Tua são contrapartidas financeiras criadas pelas Declaração de Impacto Ambiental (DIA) dos respetivos aproveitamentos hidroelétricos.

No caso do Baixo Sabor, o concessionário é obrigado a dotar “anualmente com uma verba calculada de base de 3 % do valor líquido anual médio de produção do Aproveitamento Hidroelétrico e no caso de Foz Tua, o montante é de 2,25%, revertendo os restantes 0,75% para o Fundo Ambiental”.

Em 4 de abril de 2022, a Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS) e a Movhera chegaram a um acordo para o financiamento do Fundo Baixo Sabor, que estabelece um montante de 400 mil euros por ano.

Este memorando de entendimento foi assinado na altura em Alfândega da Fé, durante uma reunião do Conselho Estratégico do Baixo Sabor, que junta os quatro municípios abrangidos pela albufeira – Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros -, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), entre outros organismos.

O documento de entendimento entre a AMBS e a Movhera, empresa do grupo francês Engie, estabelece um pagamento de 400 mil euros por ano por parte da concessionária “sem obedecer a qualquer fórmula de cálculo” nos próximos quatro anos.

A AMBS e a Movhera acordaram igualmente negociar os termos de um novo acordo entre si, “que espelhe os princípios deste memorando e que possibilite a revogação dos protocolos anteriormente em vigor”.

O Fundo Baixo Sabor (FBS) é um instrumento financeiro que está previsto na DIA e na avaliação comparada dos aproveitamentos hidroelétricos do Alto Côa e Baixo Sabor, emitida a 15 de junho de 2004.

Através deste protocolo, as entidades acordaram o aumento da contribuição anual da Movhera para o FBS, “respondendo às necessidades manifestadas pela AMBS, para permitir um maior desenvolvimento de projetos de valorização da região”.

O FBS foi criado no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hídrico do Baixo Sabor (AHBS), com a missão de financiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a conservação da natureza e da biodiversidade.

No documento ficou expresso que o FBS teria um financiamento de 3% sobre a receita líquida do AHBS.

Este fundo aposta na valorização ambiental dos recursos naturais e patrimoniais da região de implantação do AHBS e áreas naturais envolventes, com particular destaque para compensação e recuperação do custo ambiental causado pela construção e operação do empreendimento hidroelétrico do Baixo Sabor.

Numa reunião que juntou a AMBS e Movehera, em 10 de março de 2022, os quatro municípios do território do Baixo Sabor ameaçaram abandonar as negociações caso não fosse aprovado o montante proposto de 400 mil euros a repartir pelos concelhos envolvidos.

A albufeira do Baixo Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.

Fonte: Lusa

Autárquicas: PS candidata Jocelino Bragança Rodrigues à Câmara Municipal de Miranda do Douro

Autárquicas: PS candidata Jocelino Bragança Rodrigues à Câmara Municipal de Miranda do Douro

Nas eleições autárquicas deste ano, Jocelino Bragança Rodrigues é o candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Miranda do Douro, avançou a concelhia do partido, que aprovou o nome por unanimidade.

Jocelino Bragança Rodrigues disse que apresentou a sua candidatura pelo PS à Câmara Municipal de Miranda do Douro, “com humildade, determinação e um profundo sentido de dever.”

O candidato socialista à Câmara Municipal de Miranda do Douro, acrescentou que “é um filho da terra, conhece cada freguesia, cada rua, cada rosto que faz de Miranda do Douro um lugar único”.

Este coronel de cavalaria na situação de reserva tem 64 anos e tem como ‘slogan’ de campanha “Miranda Somos Todos!”

Jocelino Bragança Rodrigues propõe “construir um concelho mais forte, mais justo e mais próspero.

“Sei que os desafios são grandes, mas aprendi que nenhuma missão é impossível quando há estratégia, coragem, entrega, liderança e espírito de equipa”, disse o candidato socialista.

O candidato acredita “numa Miranda que honra a sua história, mas que olha para o futuro com a necessária ousadia e ambição”.

“Defendo uma gestão transparente e eficaz, que coloca as pessoas em primeiro lugar”, assinalou o candidato cujo compromisso assenta no desenvolvimento da economia local, na criação de mais oportunidades para todos, no reforço das infraestruturas e dos serviços públicos, na valorização da cultura e identidade mirandesa, na atração de investimentos que tragam emprego e qualidade de vida e na garanta de uma governação séria, com ordem, planeamento e resultados.

“O tempo de promessas vazias acabou. Chegou a hora de agir, da responsabilidade e da liderança pelo exemplo e a partir da frente”, vincou.

Jocelino Bragança Rodrigues é natural de Paradela, no concelho de Miranda do Douro, e ao longo da sua  carreira militar, serviu Portugal em missões na Alemanha, Afeganistão, Austrália, Cabo Verde, EUA, ex-Jugoslávia, Kosovo, ao serviço da NATO e da União Europeia (EU), entre outras.

Desempenhou cargos de comando, direção, chefia, estado-maior, assessoria e cooperação técnico-militar nas Forças Armadas, Exército, NATO e UE.

Neste concelho do planalto mirandês, a atual presidente da câmara, Helena Barril, é a candidata do PSD.

Atualmente, o executivo é composto por cinco elementos: três da coligação PSD e dois do PS.

As eleições autárquicas vão decorrer entre setembro e outubro.

Fonte: Lusa

Para perdoar é preciso amar

VIII Domingo do Tempo Comum

Para perdoar é preciso amar

Sir 27, 5-8 / Slm 91 (92), 2-3.13-14. 15-16 / 1 Cor 15, 54-58 / Lc 6, 39-45

Os pensamentos que invadem a nossa mente, as palavras que proferimos e o modo como reagimos às provações podem ajudar-nos a conhecermo-nos a nós mesmos e a não julgarmos nem condenarmos o próximo (1.ª Leitura).

O caráter efémero da existência terrena confronta-nos com a finitude e a morte. A ressurreição de Jesus dá-nos a garantia de que também somos assumidos por Ele na novidade de um mundo que nem somos capazes de imaginar (2.ª Leitura).

Jesus chama-nos a atenção para a cegueira e a hipocrisia de quem se atreve a julgar e condenar o próximo, ignorando os próprios defeitos e esquecendo que só a Deus pertence julgar com divina misericórdia (Evangelho).

Permanecemos aprendizes durante toda a vida. Nas coisas deste mundo e nas questões de fé e compreensão da Palavra de Deus. Cristo é o nosso Mestre insuperável. Após o Lava-pés, na Última Ceia, pergunta aos discípulos se compreenderam aquele gesto de humildade, recordando-lhes ser Ele o Mestre e Senhor, que «o servo não é maior que o seu senhor» e que é bem-aventurado quem imita as ações que Jesus praticou.

Quem tudo compreende, tudo perdoa. Jesus previne-nos: «com a mesma medida com que medirdes para os outros, será medido para vós» (Lc 6, 38). Que direito temos de julgar o próximo?

Quanto mais de perto conhecemos as pessoas, mais facilmente as podemos aceitar como são, porque estamos informados da sua história passada e da motivação dos seus defeitos e qualidades. Também nos vamos conhecendo melhor a nós mesmos, verificando que não somos melhores que os outros e que somos hipócritas quando ousamos impor aos demais comportamentos que, pessoalmente, não observamos.

Em geral, condenamos nos irmãos os nossos próprios erros. Somos alunos do Senhor, não podemos ter a pretensão de interpretar a mensagem de Jesus melhor do que o Mestre, que tem «palavras de vida eterna» e que traduziu em atos concretos o que pregou. Irritam-nos e queremos corrigir os argueiros nos outros, ao mesmo tempo que ignoramos a trave que nos cega e que entra pelos olhos alheios.

Condenar seja quem for? No dia do Juízo Final, Deus encarar-nos-á com olhos de amor e bondade, transmissores de confiança, porque conhece o mais profundo do nosso coração.

Não julgar contribui para a mútua reconciliação interior. Vamos procurar desistir de lançar suspeitas sobre os outros e deixar de nos arvorarmos em juízes que condenam os seus irmãos.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Ruas da cidade são o palco do festival “Douro Superior”

Miranda do Douro: Ruas da cidade são o palco do festival “Douro Superior”

No Domingo, dia 2 de março, o Festival “Douro Superior com Vida em Movimento” está de regresso a Miranda do Douro, com a atuação pelas ruas da cidade, de grupos e associações culturais dos oito concelhos que integram a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS).

De acordo com o município de Miranda do Douro, o evento, que já vai na terceira edição, tem como objetivo dar a conhecer a cultura popular e tradições de cada um dos oito concelhos durienses, através dos grupos e associações culturais e recreativas.

O Festival Cultural “Douro Superior com Vida e Movimento” envolve a participação dos municípios de Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Carrazeda de Ansiães e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, aos quais se juntam Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Vila Nova de Foz Côa, na Guarda.

HA

Bragança-Miranda: Jornadas pastorais dedicadas à sinodalidade

Bragança-Miranda: Jornadas pastorais dedicadas à sinodalidade

As jornadas pastorais da Diocese de Bragança-Miranda têm como tema a «chave sinodal» e vão decorrer nos dias 28 de fevereiro e 1 de março, no Centro D. Abílio Vaz das Neves, em Macedo de Cavaleiros.

“Depois das reflexões feitas nas reuniões arciprestais, temos, agora, a oportunidade como Igreja Diocesana de procurar juntos as melhores formas de lançarmos as redes em fidelidade ao Evangelho”, refere o padre José Bento ao Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda.

Estes dois dias de encontro, formação e diálogo serão orientados pelos padres Paulo Terroso e Tiago Freitas da Arquidiocese de Braga.

As jornadas destinam-se “ao clero e aos demais agentes pastorais que cada padre queira convidar para nos ajudarem a semear o Evangelho da esperança”, adianta o coordenador da pastoral diocesana.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias e decorreram até ao dia 25 de fevereiro.

Fonte: Ecclesia