Ambiente: Escassez de água em Portugal

Ambiente: Escassez de água em Portugal

A Agência Europeia do Ambiente considerou que são necessárias políticas concretas para resolver a “escassez de água, de maneira sustentável, que já é um problema premente” em Portugal, Espanha, Grécia e Itália.

“A área do [Mar] Mediterrâneo é o ponto alto das consequências das alterações climáticas, é preciso adaptar não só as cidades e as infraestruturas [desses países], mas também a agricultura”, disse a diretora executiva da Agência Europeia do Ambiente, Leena Ylä-Mononen, em conferência de imprensa, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições da União Europeia (UE).

A responsável considerou que é preciso resolver o flagelo da “escassez de água, de maneira sustentável, que já é um problema” na maioria destes países, pedindo decisões concretas para a “resiliência da água”.

Apesar da apresentação do relatório, a Comissão Europeia, representada pela comissária com a pasta do Ambiente, Jessika Roswall, e a vice-presidente Teresa Rivera, não apresentou propostas para tentar solucionar os problemas apresentados pelo relatório, que pede ações mais urgentes.

O executivo comunitário limitou-se a reconhecer que há urgência em tentar debelar as alterações climáticas, mas manteve as propostas que já estão a ser implementadas ou que foram previamente anunciadas.

Portugal, Espanha, Grécia e Itália podem chegar a consumir 71% do total de energia na UE utilizada para arrefecimento de edifícios, por causa do aquecimento global, segundo um relatório divulgado.

De acordo com um relatório divulgado hoje pela Agência Europeia do Ambiente, os problemas para a segurança energética variam na Europa, no entanto, nos países do sul há riscos “cada vez maiores” de ondas de calor, secas e escassez de água.

Estes fenómenos serão responsáveis por alterações nos comportamentos de consumo de energia, nomeadamente os sistemas de refrigeração dos edifícios.

“No futuro, Grécia, Itália, Portugal e Espanha poderão consumir 71% do total anual de energia utilizado para arrefecer edifícios residenciais na UE”, alertou a Agência Europeia do Ambiente.

No que diz respeito à descarbonização, o desígnio ecológico da União Europeia para as próximas décadas e que está a ser alvo de um debate cada vez mais intenso entre os países do bloco político-económico europeu, Portugal é apresentado como um “bom filho” de Bruxelas e um “exemplo na dianteira” deste objetivo.

Em 2023, as energias renováveis forneceram 73% da energia consumida no país, “posicionando-o como um dos países dianteiros na transição energética”.

“Portugal investiu imenso em energia hidroelétrica e eólica desde o princípio da década de 2000 e nos últimos anos aumentou rapidamente a capacidade da energia solar através de projetos de painéis fotovoltaicos e pela construção de instalações solares em telhados”, acrescentou o documento.

Em 2021, a conclusão do encerramento das centrais que produziam energia a partir do carvão representou “um momento decisivo na redução das emissões” de gases com efeito de estufa.

No entanto, ao nível da União Europeia a situação não é boa.

O relatório da Agência Europeia do Ambiente reconhece que houve “progressos significativos” na redução das emissões de gases com efeito de estufa e na poluição do ar, mas o “cenário não é bom”.

A UE está atrasada nos objetivos a que se propõe e a natureza “continua a sofrer degradação, sobre-exploração e perda de biodiversidade”.

O alerta chega numa altura em que vários setores, por exemplo, o automóvel, e um conjunto alargado de Estados-membros disseram à Comissão Europeia que é necessário refazer os calendários e dilatar os prazos para cumprir as ambições climáticas, em prol da assegurar a competitividade da UE.

A indústria, de maneira generalizada, advertiu Bruxelas de que o ritmo de descarbonização é incompatível com a transformação da indústria, mantendo-a competitiva.

Fonte: Lusa | Fotos: HA

Autárquicas: Eleições vão mudar muitos dirigentes autárquicos

Autárquicas: Eleições vão mudar muitos dirigentes autárquicos

Começa a 30 de setembro, a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 12 de outubro, um escrutínio que vai mudar um grande número de dirigentes autárquicos, por chegarem ao limite de mandatos permitidos, além de reposição de 302 das freguesias agregadas em 2013.

São estes os principais dados a ter em conta nestas eleições:

Candidatos em 2025

Em 2025, segundo dados ainda provisórios da Comissão Nacional de Eleições (CNE), candidatam-se pelo menos 817 forças políticas e grupos de cidadãos, que apresentaram 12.860 listas candidatas a 3.837 órgãos autárquicos.

Nas autárquicas de 12 de outubro, os eleitores vão eleger os órgãos dirigentes de 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e assembleias de 3.221 freguesias.

Outras 37 freguesias vão escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes.

São candidatos 618 grupos de cidadãos eleitores, além das candidaturas de 181 coligações partidárias diferentes e de 18 partidos políticos.

De acordo com os números provisórios, no total, às câmaras municipais concorrem 1.588 listas e às assembleias municipais 1.524, além de 9.750 listas a assembleias de freguesia.

O Chega apresentou candidaturas a 307 das 308 câmaras municipais (99,6%), a CDU (PCP/PEV) a 299 (97,0%), o PS (isolado ou em coligação) a 298 (96,7%) e o PSD (isolado ou em coligação) a 293 (95,1%).

Segundo os dados reunidos pela CNE, há mais de 300 freguesias que têm apenas uma lista candidata.

Eleitores

De acordo com a Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estavam inscritos nos cadernos eleitorais 9.285.175 eleitores até ao dia 15 de junho.

Estes eleitores são chamados a votar em três boletins: um boletim verde (para a Câmara Municipal), um amarelo (para a Assembleia Municipal) e um branco (para a Assembleia de Freguesia).

Reposição de freguesias

Nestas autárquicas vão ser repostas 302 freguesias que foram agregadas ou extintas nos termos administrativos e territoriais em que existiam antes da reforma de 2012. Deixam de existir 135 uniões de freguesias.

Para o cidadão eleitor, segundo a CNE, só muda a designação da freguesia em que se encontra inscrito. A generalidade dos locais de voto de anteriores eleições permanecerão os mesmos.

Foram criadas comissões de extinção das uniões de freguesia que tiveram de tomar as ações necessárias à extinção, através da atualização dos mapas de pessoal, bens, direitos e obrigações a atribuir a cada freguesia a repor.

Por cada freguesia a repor foi também constituída uma comissão instaladora, que a lei incumbe de preparar a realização das eleições para os órgãos das autarquias locais e de definir as sedes das freguesias a repor.

Os atuais presidentes das juntas e os órgãos das uniões de freguesia a desagregar mantêm os poderes e funções até à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos e reposição concreta da nova freguesia.

Atualmente são 3.091 juntas de freguesia (o Corvo é o único concelho do país que não tem uma Junta de Freguesia, sendo as competências desta desempenhadas pela Câmara Municipal) e, na sequencia das eleições, Portugal ficará com 3.258 (além da situação específica do Corvo).

Em mais de 300 freguesias portuguesas, segundo dados divulgados pela CNE, existe apenas uma lista candidata às eleições, a maioria delas do PSD, pelo que os vencedores são já conhecidos.

Plenários de cidadãos

Em 37 freguesias, as juntas vão ser escolhidas através de plenários de cidadãos eleitores, a realizar no interior das regiões Norte e Centro e nos Açores.

Nestas 37 freguesias, os cidadãos recenseados escolhem diretamente a composição da junta.

Estes plenários decorrem nas freguesias com 150 ou menos eleitores, que no dia das autárquicas apenas votam nas urnas convencionais para a escolha dos órgãos municipais.

Nas eleições anteriores, em 2021, 22 autarquias estavam nesta situação e em 2017 apenas seis.

O distrito com mais casos é o da Guarda, com 11 casos, mas também ocorrem plenários de cidadãos no distrito de Bragança (oito), Viseu (sete), na ilha açoriana das Flores (cinco), Castelo Branco (três) Vila Real (dois) e um no de Coimbra.

A freguesia com menos leitores é a de Mosteiro, na ilha das Flores, com 27 votantes.

Câmaras municipais

São 89 os presidentes de câmara que estão de saída nestas eleições por terem chegado ao limite de três mandatos consecutivos na mesma autarquia.

Dos 89 presidentes de câmara em fim de mandato, 49 são socialistas, 21 social-democratas ou de coligações lideradas pelo PSD, 12 da CDU (PCP/PEV), três do CDS-PP e quatro independentes.

Além destes, outros 46 que também estavam no limite dos mandatos já deixaram os cargos, sobretudo desde as eleições legislativas e europeias de 2024, para ocuparem lugares no Governo, como deputados na Assembleia da República ou na Europa e outros cargos públicos: 28 do PSD ou coligações social-democratas, 16 do PS, um CDU e um do Juntos Pelo Povo (JPP).

Devido à limitação de mandatos, pelo menos oito dos presidentes de câmaras municipais que têm de deixar os municípios a que atualmente presidem decidiram candidatar-se a concelhos vizinhos. Quatro deles são socialistas e outros quatro da CDU.

Mais de 30 antigos presidentes de câmaras municipais, alguns eleitos pela primeira vez há mais de 20 anos, voltam este ano a candidatar-se, entre os quais Maria das Dores Meira, independente com o apoio do PSD, que se candidata à Câmara de Setúbal, onde foi presidente entre 2009 e 2021, pela CDU.

Outro candidato de regresso é Luís Filipe Menezes, antigo presidente do PSD, que é candidato a Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), município a que presidiu durante quatro mandatos (1997, 2001, 2005 e 2009), sempre com maioria absoluta.

Nas freguesias, segundo a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), mais de 400 presidentes têm de sair devido à limitação de mandatos, incluindo 18 dos 21 dirigentes que compõe o atual conselho diretivo da associação.

Escolha dos novos dirigentes das associações de municípios e freguesias

Os conselhos diretivos da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Anafre são eleitos após as autárquicas em congressos eletivos, cabendo, tradicionalmente, a presidência de cada associação ao partido que mais autarquias obteve (independentemente do número global de votos obtido no país).

O PS já anunciou pretender manter a presidência de ambas as associações, mas o PSD estabeleceu como objetivo “a ambição clara” de aumentar o número de câmaras, votos e mandatos face a 2021.

Os social-democratas têm deixado fugir para o PS a presidência da ANMP desde 2013.

Nas últimas autárquicas, em 2021, o PS venceu a presidência de 149 câmaras, o PSD de 114, os candidatos de grupos independentes em 20, a CDU em 19 e o CDS-PP manteve seis.

O Chega não ganhou em nenhuma Câmara, mas teve votos em 218 concelhos e elegeu 19 vereadores. Entretanto perdeu cerca de metade destes vereadores, com a saída dos eleitos, sobretudo devido a divergências internas no partido.

Como partido mais votado em maior número de câmaras, o PS ficou com a presidência da ANMP, que pela primeira vez elegeu uma mulher: Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, que está a concluir o segundo mandato consecutivo.

Também nas 3.091 freguesias o PS venceu: elegeu 1.248 presidentes de junta, o PSD 757, a CDU 112 e o CDS-PP 41. O Chega não obteve nenhuma.

O PS conquistou a presidência da Anafre, presidida por Jorge Veloso, presidente da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades (Coimbra), que não se recandidata por ter chegado ao limite de mandatos permitidos por lei.

Liderança de 27 municípios nunca mudou de cor política

A liderança de 27 concelhos nunca mudou de cor política desde as eleições de 1976, as primeiras em democracia.

Destas, o PSD ocupa 12 autarquias, os socialistas nove e os comunistas seis.

Nas eleições autárquicas de 2021, sete câmaras municipais trocaram de partido pela primeira vez desde as eleições de 1976.

Há ainda o caso do município de Odivelas, no distrito de Lisboa, que sempre foi presidido pelo PS, mas apenas foi criado em 1998, após a separação de Loures.

Reivindicações das autarquias que ficaram por cumprir

Tanto a ANMP, como a Anafre, têm exigido nos últimos anos uma nova lei das finanças locais e o aprofundamento da descentralização de competências.

No caso da lei das finanças locais, ambas as associações têm exigido aos governos mais recentes uma lei que contenha pelo menos o reforço da participação das autarquias nos impostos do Estado, mas a sua aprovação tem sido sucessivamente adiada.

Chegou a ser negociada com os governos socialistas de António Costa, já esteve prometida para 2025, mas o atual ministro da Coesão remeteu, em novembro de 2024, a sua entrada em vigor para 2026. Agora, o executivo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro prevê negociar a nova lei apenas com a direção da ANMP que resultar das eleições, adiando mais uma vez o processo.

Sobre a descentralização de competências, a associação de municípios afirmou-se expectante em relação aos ajustes ao modelo de descentralização que o Governo defendeu, mas que até agora não foram apresentados.

Os municípios desempenham, desde 2019, mais de 20 competências que antes eram da administração central, sobretudo nas áreas da educação, saúde, ação social e cultura, que envolvem transferências de mais de 1.405,3 milhões de euros através do Orçamento do Estado de 2025.

Também para a Anafre, no próximo mandato autárquico será necessário alargar as áreas de delegação de competências para as freguesias, segundo as áreas que estão previstas na lei, acompanhadas do devido envelope financeiro.

De acordo com o presidente da associação de freguesias, estas autarquias querem ainda que seja recuperado o atraso no processo de acesso a fundos europeus: em dezembro, o primeiro-ministro anunciou que as freguesias iriam finalmente ter a possibilidade de apresentar candidaturas num valor de 120 milhões de euros ao Portugal 2030, mas este é mais um processo que fica para o próximo mandato autárquico.

Assembleias municipais

A Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM),que representa mais de 200 destas autarquias, tem reivindicado a criação de um novo quadro legal “claro e transparente para a fiscalização das políticas públicas autárquicas” e um maior envolvimento destes órgãos na apreciação prévia dos orçamentos municipais.

Fonte: Lusa

Economia: Síntese de execução orçamental

Economia: Síntese de execução orçamental

A Entidade Orçamental vai divulgar a síntese de execução orçamental até agosto, depois de o Estado ter registado um excedente de 2.327,6 milhões de euros até julho, uma melhoria de 1.386,7 milhões de euros face ao ano anterior.

De acordo com a síntese de julho, divulgada pela Entidade Orçamental, antiga Direção-Geral do Orçamento (DGO), para este resultado pesou o aumento da receita de 7,1%, que foi superior ao da despesa (5,1%).

No período em análise, a receita fiscal do Estado totalizou 35.553,6 milhões de euros, um aumento de 2.126,6 milhões de euros (6,4%) face ao mesmo período do ano anterior.

Do lado dos impostos diretos houve um crescimento de 501,4 milhões de euros (+3,2%), devido à evolução da receita líquida do IRS – Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares, que cresceu 14,4%.

Por sua vez, a receita líquida de IRC – Imposto sobre o rendimento de pessoas Coletivas baixou 670,1 milhões de euros ou 9,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Já nos impostos indiretos houve uma evolução de 1.625,2 milhões de euros (9,1%), face ao período homólogo, que foi justificada pelo desempenho da receita líquida do IVA – Imposto sobre o valor Acrescentado (1.206,8 milhões de euros).

Destaca-se também o acréscimo da receita líquida do ISP – Imposto sobre os Produtos Petrolíferos em 11,6% e do Imposto sobre o Tabaco em 18%, relativamente ao período homólogo.

Até julho, os pagamentos em atraso das entidades públicas fixaram-se em 736 milhões de euros, mais 126,7 milhões de euros relativamente ao período homólogo.

Já o excedente da Segurança Social subiu para 3.214,9 milhões de euros nos primeiros sete meses do ano, superior aos 2.712,4 milhões de euros reportados no mesmo período de 2024.

No entanto, até junho, o excedente estava em 3.673,9 milhões de euros, pelo que se verificou um recuo face ao mês anterior.

Fonte: Lusa

Vimioso: Acidente no “King of Portugal” causa a morte de um comissário da prova

Vimioso: Acidente no “King of Portugal” causa a morte de um comissário da prova

A 27 de setembro, último dia da prova de todo-o-terreno motorizado “King of Portugal”, que decorreu em Vimioso, ocorreu um acidente que levou ao falecimento de um comissário da prova, com 52 anos.

Segundo fonte da proteção civil e dos bombeiros, o comissário, José Carlos Patrício, residente em Lisboa, desempenhava a função de comissário de prova e foi atropelado por um dos veículos em competição.

“O óbito foi declarado no local pela equipa médica do helicóptero do Instituto Nacional de Energia Médica (INEM)”, indicou o comandante sub-regional da Proteção Civil Terras de Trás -os – Montes. João Noel Afonso.

Ainda de acordo com o comandante, o atropelamento ocorreu no troço conhecido como “Ovos de Dinossauros”, assim designado pela grande dimensão das pedras que os carros têm que ultrapassar.

Segundo as autoridades, ao local acorreram oito operacionais dos bombeiros de Vimioso, apoiados por dois veículos, a GNR e a equipa médica do helicóptero do INEM, vinda de Macedo de Cavaleiros.

Em comunicado, a organização do King of Portugal, a associação Norte 4×4, escreveu na página oficial da rede social facebook, o profundo pesar e tristeza pelo falecimento do Zé Carlos Patrício.

“Perdemos não só um Comissário, mas acima de tudo um grande amigo e membro desta família”, escrevem.

Por sua vez, o município de Vimioso emitiu um comunicado, no qual expressa profundo pesar pela morte do comissário do King of Portugal, José Carlos da Graça Patrício e decretou um dia de luto municipal, a 28 de setembro.

“À associação Norte 4×4, organizadora da prova, aos participantes e de um modo particular, à família e amigos de José Carlos da Graça Patrício apresentamos as sinceras condolências, orações e solidariedade”, pode ler-se.

Anualmente, o King of Portugal é coorganizado pelo Clube NorteX4, o município de Vimioso, o motoclube “Os Furões”, a Federação Portuguesa do Automóvel e Karting (FPAK).

Fonte: Lusa e HA

Vimioso: “Alimentação Vara” e “Pensão Russo” foram 5º e 7º classificados no King of Portugal

Vimioso: “Alimentação Vara” e “Pensão Russo” foram 5º e 7º classificados no King of Portugal

No X King of Portugal, que decorreu em Vimioso de 24 a 27 de setembro, as equipas “Alimentação Vara” e “Pensão Russo” alcançaram os 5º e 7º lugares, respetivamente, nos carros modificados, uma classificação que poderia ter sido ainda melhor, se não fosse o muito pó, que se levantou no circuito ao longo dos três dias da prova.

No final da prova, as duas equipas da região “Alimentação Vara” e “Pensão Russo” estavam satisfeitos com as prestações, na corrida dos carros “Modificados”. A equipa do Nissan Patrol, Luís Vara e Flávio Fernandes, alcançou o 5º lugar na categoria modificados, tendo realizado quatro voltas, em 5 horas 18 minutos 53 segundos.

“Este ano, a maior dificuldade do King of Portugal foi a constante poeira que dificultou muito a visibilidade e obrigou a andar mais devagar. Na última volta tivemos um furo, o que nos obrigou a reduzir muito a velocidade para chegar à meta. Apesar do todo-o-terreno ser um desporto muito caro, decidimos voltar a participar na prova porque se realiza em Vimioso, a nossa terra”, disse o piloto vimiosense.

Na equipa “Pensão Russo”, Guillaume Rodrigues e Luís Santiago, ao volante de um Land Rover, alcançaram o 7º lugar, na categoria “Modificados”, tendo realizado quatro voltas ao circuito, em 5 horas 21 minutos.

“Estamos muito satisfeitos com a nosso desempenho no X King of Portugal. Não houve avarias no carro, que é o mais importante. Com a experiência vamos melhorando o nosso desempenho. Esta prova em Vimioso é espetacular porque o circuito é longo, tem muitos e diferentes obstáculos para ultrapassar e exige uma grande resistência quer aos carros, quer aos pilotos”, disse o piloto mogadourense.

Outra equipa da região, a GR Team 4×4, formada pelo piloto, Paulo Afonso e o co-piloto, Paulo Cameirão, em Nissan Patrol, concluíram o X King of Portugal, com duas voltas realizadas, num tempo de 3 horas 3 minutos e 6 segundos, sendo-lhes atribuído o 14º lugar na classificação dos modificados.

Na categoria Unlimted, os vencedores foram novamente a dupla, Emanuel Costa e Ricardo Silva, num carro Jimmy’s Dragon, ao concluírem a prova com 6 voltas ao circuito, num tempo de 6 horas 4 minutos e 35 segundos.

Também nesta categoria, o piloto, André Henriques, natural de Mangualde, foi um dos participantes no X King of Portugal, mas viu-se obrigado a abandonar a competição devido a uma avaria na caixa de velocidades do carro. Ainda assim, o piloto português, elogiou a prova de todo-o-tereno em Vimioso.

“Na minha opinião, Vimioso dispõe das melhores condições singulares para a prática do desporto motorizado de todo-o-terreno. Paralelamente `^a competição este ambiente natural é uma região muito bonita para descansar, contemplar a natureza e degustar a excelente gastronomia local”, disse.

Entre o público que veio a Vimioso para acompanhar o espétáculo do todo-o-terreno motorizado, destaque para os muitos aficionados espanhóis. Foi o caso de Pilar Juan, que veio da capital espanhola, Madrid, para acompanhar a equipa Auto Extreme 4×4, que participou no X King of Portugal, na categoria Unlimited.

“A nossa equipa participa no King of Portugal desde 2013. Esta competição é uma das provas mais duras e impressionantes da Europa, que testa até ao limite a resistência das máquinas e a destreza e a capacidade física dos pilotos”, disse a jovem espanhola.

Sobre a estadia na vila de Vimioso, a visitante espanhola elogiou a simpatia, a generosidade e a hospitalidade dos vimiosenses.

O King of Portugal realiza-se em Vimioso desde 2013 e nesta X edição participaram 70 equipas, de 12 nacionalidades, nas categorias de carros: Unlimited, Legends, Modificados e UTV.

Anualmente, o King of Portugal é coorganizado pelo Clube NorteX4, o município de Vimioso, o motoclube “Os Furões”, a Federação Portuguesa do Automóvel e Karting (FPAK).

HA



Espanha: Economia cresceu 3,1% no segundo trimestre

Espanha: Economia cresceu 3,1% no segundo trimestre

Entre maio e junho deste ano, a economia espanhola cresceu 3,1%, comparando com o mesmo período de 2024, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE), de Espanha.

No primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha tinha crescido 3,2% em termos homólogos (comparando com os mesmos meses de 2024) e 0,6% em cadeia.

O crescimento no segundo trimestre (abril a junho) deveu-se à procura nacional (investimento e consumo, sobretudo, o consumo das famílias), que contribuiu com 3,5 pontos para o aumento do PIB em termos homólogos e 0,8 pontos no aumento em cadeia.

Já a procura externa (exportações e importações) teve um contributo negativo de 0,5 pontos na comparação com o mesmo período de 2024 e teve um impacto nulo no crescimento em cadeia.

A economia espanhola cresceu 3,5% em 2024, segundo uma estimativa atualizada do INE divulgada na semana passada que melhorou em três décimas o cálculo anterior.

O Governo de Espanha e o Banco de Espanha melhoraram as previsões de crescimento da economia do país este ano, para 2,7% e 2,6%, respetivamente.

Em 2025, o executivo previa anteriormente um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,6% , enquanto a última estimativa do Banco de Espanha era de um crescimento de 2,4%.

“Apesar do complexo contexto internacional em que nos movemos, a economia espanhola continua a apresentar sinais claros de fortaleza tanto no curto como no médio prazo”, disse o ministro da Economia, Carlos Cuerpo, numa conferência de imprensa em Madrid em 16 de setembro para apresentar as novas perspetivas e em que realçou que “em 2024 Espanha foi a economia avançada que mais cresceu no mundo”.

Em 2026, o Governo espera que a economia espanhola cresça 2,2 %. Nos anos de 2027 e 2028, as previsões do governo apontam para 2,1%, com um impacto positivo no mercado de trabalho que deverá permitir baixar a taxa de desemprego no país até 8,7% em 2028.

Espanha tem atualmente a maior taxa de desemprego da União Europeia, com o Governo a estimar que se situará nos 10,3% no final deste ano.

Em todo este período de estimativas, a procura interna (consumo e investimento) será o motor do crescimento da economia, em especial o consumo das famílias, enquanto o contributo da procura externa (exportações e importações) será negativo até 2028, segundo o Governo.

Quanto ao Banco de Espanha, melhorou em duas décimas, para 2,6%, as previsões de crescimento do PIB de Espanha em 2025, mantendo a estimativa de aumento de 1,8% em 2026 e de 1,7% em 2027.

Também o banco central espanhol baseia as novas estimativas no dinamismo da procura interna, em especial, do consumo privado.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de 2,5% para a economia espanhola este ano, seguido de um aumento de 1,8% em 2026, segundo estimativas reveladas em julho.

Já a Comissão Europeia estima que o PIB de Espanha aumente 2,6% este ano, segundo as previsões mais recentes de Bruxelas, divulgadas em maio.

Fonte: Lusa | Foto; Flickr

Espanha: Inflação sobe para 2,9%

Espanha: Inflação sobe para 2,9%

Em Espanha, os preços subiram 2,9% neste mês de setembro, em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo uma estimativa da inflação do Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.

Se se confirmar esta estimativa, a inflação homóloga (subida dos preços comprando com o mesmo período do ano anterior) em setembro em Espanha aumentou duas décimas este mês, depois de se ter mantido nos 2,7% em julho e agosto.

A evolução dos preços em setembro deveu-se, sobretudo, aos combustíveis e à eletricidade, que diminuíram, mas menos do que no mesmo mês de 2024, segundo o INE.

Quanto à taxa de inflação subjacente (sem a energia e os produtos alimentares frescos, tradicionalmente os mais voláteis do cabaz de compras), diminuiu uma décima em setembro, para 2,3%, segundo a mesma estimativa.

Na evolução em cadeia (comparação com o mês anterior), a estimativa é que os preços em Espanha baixaram 0,4% em setembro.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Economia: Famílias são responsáveis pelo maior desperdício alimentar

Economia: Famílias são responsáveis pelo maior desperdício alimentar

Em Portugal, a maior parte do desperdício alimentar é produzido nas famílias, indica um estudo da ‘Too Good To Go’, empresa que luta contra o fenómeno.

A propósito do dia internacional da consciencialização sobre perdas e desperdício alimentar, que se assinala a 29 de setembro, a ‘Too Good To Go’ refere que os agregados familiares “concentram a maior parte das perdas (67%), o que mostra a importância de apoiar as famílias com informação e soluções práticas para transformar hábitos do quotidiano”.

Esta empresa vende a comida que não foi consumida nos restaurantes a um preço reduzido através da aplicação ‘Too Good To Go’.

Segundo um estudo da empresa, em que foram questionadas 700 pessoas, “os três momentos críticos em que se concentra o desperdício nas casas” são as compras de comida, o armazenamento de alimentos e a confeção.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, foram desperdiçadas 1,93 milhões de toneladas de alimentos em 2023, um aumento ligeiro de 0,3% face a 2022.

Segundo a ‘Too Good To Go’, muitos consumidores são atraídos pelas promoções (41%) ou por embalagens de grandes dimensões (29%).

Com base nos dados, quando os cidadãos vão às compras trazem mais comida para casa e depois não conseguem comer os alimentos que trouxeram antes de se estragarem.

A ‘Too Good To Go’ refere ainda que nem todos os consumidores planeiam as compras, sendo que 22% dos cidadãos não usa listas, 31% compra por impulso e 60% adquirem produtos “por precaução”.

Os hábitos podem levar à acumulação de alimentos que vão ser descartados.

Em relação ao armazenamento de comida, 61% dos inquiridos procuram organizar os alimentos, ainda que muitos reconheçam que não dominam as melhores formas de conservação.

No momento da confeção da comida, 32% dos consumidores admitiu ter dificuldade em calcular porções, cerca de três em cada 10 não sabem como aproveitar integralmente os alimentos e 28% referem a falta de tempo para cozinhar.

De acordo com a ‘Too Good To Go’, das pessoas inquiridas, 83% dos portugueses defendem que o desperdício alimentar é “um problema bastante preocupante”, sublinhando que 90% apoiaria uma lei contra o desperdício.

Os dados mostram que o desperdício alimentar em casa não resulta da falta de preocupação dos cidadãos, mas de hábitos do quotidiano que podem ser repensados e transformados com informação prática e soluções acessíveis, segundo o estudo.

“Existe uma forte consciência social e ambiental, acompanhada por uma vontade real de mudança”, refere a empresa.

Para a ‘Too Good To Go’, as soluções para o problema passam por planear as compras e aproveitar melhor os alimentos, para que as intenções se transformem em hábitos do dia-a-dia.

A empresa alertou ainda para a necessidade de combater o desperdício alimentar destacando que quase 40% de toda a comida produzida no mundo nunca é consumida, enquanto 673 milhões de pessoas vivem em situação de fome.

A ‘Too Good To Go’ foi fundada em 2016, em Copenhaga, na Dinamarca, para combater o desperdício alimentar, encontrando uma solução para a comida desperdiçada em restaurantes, super e minimercados, entre outros estabelecimentos.

Desde o seu lançamento, a empresa já salvou mais de 450 milhões de refeições do desperdício, o equivalente a mais de um milhão de toneladas de CO2e (dióxido de carbono equivalente) evitadas.

A aplicação chegou a Portugal em outubro de 2019 e a comida dos estabelecimentos é vendida a um preço, entre 30% e 50% mais barato do que o original, sendo que a aplicação tem mais de dois milhões de utilizadores e mais de 4.000 parceiros.

A ‘Too Good To Go’ diz que já salvou mais de 6,5 milhões de `Surprise Bags´(embalagens de alimentos que não são vendidos pelos estabelecimentos) por todo o país, o equivalente à emissão de 17.500 toneladas de CO2e, disse o diretor Interino da empresa em Portugal, Tiago Figueiredo.

Fonte: Lusa

A riqueza pode ser perigosa

XXVI Domingo do Tempo Comum / Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

A riqueza pode ser perigosa

Am 6, 1a.4-7 / Slm 145 (146), 7-10 / 1 Tim 6, 11-16 / Lc 16, 19-31

Jesus, com quem nos encontramos na Eucaristia, quer ser encontrado também nos pobres. Jesus Cristo, «sendo rico, fez-se pobre por vós, a fim de que vós fôsseis ricos pela sua pobreza» (2 Cor 8, 9).

A parábola do pobre Lázaro e do rico avarento transmite-nos a mensagem de que a riqueza se pode tornar muito perigosa. Quem possui muitos bens está sujeito à tentação de se transformar em egoísta açambarcador que só pensa em si mesmo. Facilmente brota e cresce nele a presunção de ser superior a outras pessoas.

Corre o risco de se deixar cegar pela fortuna e de fechar os olhos e o coração à miséria existente à sua volta. Dar-se-á conta, um dia, de que se deixou possuir pelas posses a que se apegou e que lhe tiraram a liberdade. De possuidor passa a possuído, de livre a escravo. A vida faustosa origina isolamento, preocupações, falta de paz e de alegria no coração.

Se, a tempo, pensasse na morte e se lembrasse de que, por mais rico que seja, irá de mãos vazias para o Além, abriria os olhos, veria a carência dramática dos seus irmãos e começaria a dar e a repartir, descobrindo e confirmando que é dando que se recebe e que «dá mais felicidade dar do que receber». No fim da vida, seremos julgados sobre o amor.

Por mais que a riqueza seja adquirida com honestidade e não fraudulentamente, mesmo que os pedintes não sejam expulsos da porta da igreja e/ou da proximidade da nossa rua ou da nossa casa, o problema está na insensibilidade com que se despreza, se explora ou simplesmente se ignora e se fecha os olhos às situações angustiantes dos pedintes, desempregados, migrantes, desterrados.

O Papa Francisco convidou-nos e incitou-nos a «viver em saída», a ir às periferias, a fim de percebermos o que significa pobreza e dependência e como temos de abrir os olhos, as mãos, o coração, a carteira, para ir em auxílio de quem não tem possibilidade de se ajudar a si mesmo. Nunca esquecer a palavra do Evangelho: «O que fizeste ou não fizeste a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste ou não fizeste» (Mt 25).

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Cidade celebra Dia Mundial do Turismo

Miranda do Douro: Cidade celebra Dia Mundial do Turismo

De 26 a 29 de setembro, a cidade de Miranda do Douro oferece um programa com degustações de produtos regionais, animação de rua, passeios de comboio turístico e a iniciativa “Há Feira na Praça!”, para celebrar o Dia Mundial do Turismo.

De acordo com o programa, a comemoração do Dia Mundial do Turismo, em Miranda do Douro começa as boas vindas aos turistas e a degustação de produtos locais na Porta da Rota da Terra Fria, a antiga Alfândega fronteiriça.

Esta sexta-feira, dia 26 de setembro, as ruas da cidade de Miranda do Douro são animadas com as atuações da Universidade Sénior.

No sábado, dia 27 de setembro, a praça Dom João III o local da iniciativa “Há Feira na Praça”, um certame que tem o objetivo de promover e comercializar os produtos que se produzem no concelho de Miranda do Douro. Outros motivos de interesse para visitar a cidade são as danças dos pauliteiros e e passeio no comboio turístico.

No Domingo, dia 28 de setembro, os destaques são o passeio pedonal “O Douro a Teus Pés”, do Posto de Turismo até ao Cais Fluvial. No cais, o público tem a oportunidade de participar no passeio de caiac pelo rio Douro, na iniciativa “O Turismo é Feito de Descoberta”.

Ainda no cais fluvial do rio Douro, os chef’s mirandeses vão presentear o público com o show cooking “O turismo é feito de sabores que despertam memórias à mesa”.

​​​O Dia Mundial do Turismo assinala-se anualmente a 27 de setembro, com o objetivo de sensibilizar para a importância do turismo enquanto motor de desenvolvimento económico, social, cultural e político a nível global.

Em 2025, o tema proposto pela ONU Turismo para as comemorações é “Turismo e transformação sustentável”, sublinhando o contributo essencial do setor para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

HA