Ambiente: Dois incêndios destroem 2.672 hectares – ANEPC

Ambiente: Dois incêndios destroem 2.672 hectares – ANEPC

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) classificou o incêndio que assolou os concelhos de Vimioso e Miranda do Douro, como o maior registado desde janeiro, com uma área ardida provisória de 2.182 hectares de terreno.

Também o incêndio que deflagrou no Parque Natural de Montesinho (PNM), em Soutelo e Carragosa, destruiu uma área de cerca de 490 hectares de terreno, sendo o segundo maior registado este ano.

Estes dois incêndios que deflagraram no distrito de Bragança foram combatidos por 1.246 bombeiros.

No fogo que deflagrou na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, estiveram envolvidos ao longo de três dias cerca de 625 operacionais que foram apoiados por 207 veículos, 11 máquinas de rasto e 17 meios aéreos portugueses e espanhóis.

Apesar do “ataque musculado” o fogo acabou por alastrar a São Martinho de Angueira e Cicouro, localidades do concelho de Miranda do Douro, causando sobressalto nestas aldeias raianas, dada a intensidade das chamas e as mudanças repentinas do vento.

Este incêndio chegou a ser dado como dominado ao início do dia de domingo, mas acabou por sofrer um “forte reacendimento”.

O comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, disse na altura que o incêndio “teve um forte reacendimento, e que foi combatida uma frente com grande intensidade”.

Este incêndio entrou “em fase de vigilância” ao final do dia de segunda-feira, dia 12 de agosto.

Já no incêndio do Parque Natural de Montesinho estiveram envolvidos 621 operacionais, 217 veículos quatro maquinas de rastos e 12 meios aéreos.

Segundo João Noel Afonso, neste incêndio um principais entreves na luta conta a chamas foi o facto de o fogo se encravar numa escarpa profunda, sem possibilidade de acesso aos meios de combate.

Fonte oficial da GNR disse que para já todos elementos disponíveis “são provisórios”, justificando “que é necessário dividir a área ardida em floresta, agrícola e mato, remetendo para o final da semana dados oficiais deste dois incêndios no Nordeste Transmontano.

Fonte: Lusa

Elevação de Maria

Assunção da Virgem Santa Maria (Solenidade)

Elevação de Maria

Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab / Slm 44 (45), 10.11.12.16 / 1 Cor 15, 20-27 / Lc 1, 39-56

Do alto da cruz, Jesus diz a Maria: «Mulher, aqui tens o teu filho». Em seguida, diz a João: «Filho, aqui tens a tua mãe». Desde esse momento, João e Maria tornaram-se uma família, casa para todos os amigos de Jesus. Anos mais tarde, Maria parte para o Céu de forma misteriosa, afirmando a tradição da Igreja que a Virgem Mãe foi assunta em corpo e alma.

A Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao Céu, dogma da Igreja que hoje celebramos, confirma-nos em dois pontos basilares da fé: o desejo mais profundo do Senhor é que todos estejamos com Ele; que Maria se encontra junto da Trindade e intercede por nós junto do Filho, para que este alcance do Pai as graças que com esperança pedimos e de que tanto precisamos.

Porque tememos e sofremos tanto nas nossas vidas? Porque confiamos tão pouco no nosso Deus? Aprendamos com Maria, como nos relata o Evangelho de hoje, a sair de casa e a partir apressadamente até junto daqueles que amamos, que precisam de nós, que partilham esta terra connosco. Aprendamos com Maria a dar graças a Deus porque nos ama, nos escolhe e conta connosco. E rezemos com ela: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador».

Maria é a primeira pessoa que o Evangelho põe em movimento. É a primeira a deixar-se mover pelo Evangelho. Olhando-a, não restam dúvidas sobre o que o Evangelho é: levar Jesus aos outros, ficar com eles e partilhar a alegria.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Espanhóis, turistas e emigrantes visitam a feira de artesanato

Miranda do Douro: Espanhóis, turistas e emigrantes visitam a feira de artesanato

A cidade de Miranda do Douro tem registado uma maior afluência de visitantes espanhóis, de turistas e emigrantes que aproveitam as férias de verão para visitar a cidade, almoçar nos restaurantes, fazer compras no comércio local e na feira de artesanato que decorre até ao dia 18 de agosto.

A Famidouro decorre de 9 a 18 de agosto, na avenida Aranda del Duero, em Miranda do Douro.

Neste mês de agosto, um dos motivos de interesse na cidade de Miranda do Douro é a XXVI Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, onde participam cinquenta artesãos, com peças em madeira, pele, burel, ourivesaria, cutelaria, entre outros artigos.

Na bijuteria, a artesã, natural de Águas Vivas, Daniela Alves, participa pelo terceiro ano consecutivo, na Famidouro. Neste evento, a jovem artesã tem em exposição vários tipos de brincos, feitos com argila de polímero; e peças em aço banhado a ouro, como colares, pulseiras e anéis.

“O certame deste ano começou calminho, mas a partir de 13 de agosto registou uma maior afluência de pessoas, entre os quais espanhóis, emigrantes e alguns clientes portugueses”, disse.

Dada a sua experiência noutras feiras de artesanato, nomeadamente na cidade do Porto, onde afluem muitos turistas, Daniela Alves, sugeriu à organização da Famidouro uma maior aposta na animação de rua durante o dia, como por exemplo, com músicos ao vivo.

Na cutelaria, o artesão, Ângelo Torrão, natural de Sendim, tem em exposição facas de cozinha e navalhas artesanais.

“São peças trabalhadas manualmente, uma a uma, na forja, sem recurso a moldes e os cabos de maderia são feitos com matéria-prima desta região, as madeiras de carrasco e do bucho. As pessoas que fazem compras neste certame procuram produtos e artigos originais e de inquestionável qualidade”, disse.

Do lado do público, Pilar Fernandez veio de Ledesma (Salamanca) até Miranda do Douro, para visitar a zona histórica da cidade e degustar a gastronomia mirandesa. Nesta visita à cidade, a visitante espanhola aproveitou para conhecer a Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades.

“Na feira apreciei sobretudo a doçaria tradicional e o mobiliário artesanal”, disse.

Já o turista português, Júlio Gonçalves, que veio de Pombal, acompanhado da esposa e dos dois filhos, gozar férias em Trás-os-Montes, disse que em Miranda do Douro, gosta particularmente da arquitetura das casas na zona histórica da cidade e da beleza das arribas do rio Douro.

A XXVI Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades decorre até Domingo, dia 18 de agosto e é uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD).

HA

Miranda do Douro: Teresinha Landeiro, Carlão e Nininho vão animar as Festas da Cidade

Miranda do Douro: Teresinha Landeiro, Carlão e Nininho vão animar as Festas da Cidade

De 12 a 18 de agosto, a cidade de Miranda do Douro está em festa, num programa cujos destaques são os concertos musicais Teresinha Landeiro, Carlão, Nininho Vaz Maia e na tarde de Domingo a festa culmina com a celebração religiosa em honra de Santa Bárbara.

As Festas da Cidade são organizadas pela Comissão de Festas em honra de Santa Bárbara e o programa iniciou-se a 12 de agosto, com a Pool Party – Festa da Juventude, na piscina municipal.

Para esta quarta-feira, dia 14 de agosto, está programada uma animação de rua, protagonizada pelo grupo de percussão Porbatuka.

No fim-de-semana de 16, 17 e 18 de agosto, os destaques da festa são os concertos musicais, que vão decorrer no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

Assim, no serão de sexta-feira, dia 16, a Banda Sense antecede o concerto de Teresinha Landeiro.

No sábado, o Grupo Kapital e Carlão vão animar a noite na cidade de Miranda do Douro.

No Domingo, dia 18 de agosto, a festa em honra de Santa Bárbara tem o ponto alto, às 16h00, com a missa e a procissão em honra de Santa Bárbara. À noite, o grupo Midnes e Nininho Vaz da Maia encerram as festividades.

De 9 a 18 de agosto, decorre simultaneamente na cidade de Miranda do Douro, a XXVI Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, que este ano reúne meia centena de artesãos e outros expositores.

As Festas da Cidade de Miranda do Douro são coorganizadas pela Comissão de Festas em Honra de Santa Bárbara, o Município de Miranda do Douro, a Freguesia de Miranda do Douro e a ARJM, sendo que a produção é da responsabilidade da empresa AG3.

HA

Turismo: Museus e monumentos nacionais com mais de cinco milhões de visitantes

Turismo: Museus e monumentos nacionais com mais de cinco milhões de visitantes

No ano passado, os museus, monumentos e palácios receberam 5.157.360 visitantes, indicou a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

De acordo com dados divulgados, houve mais de 3,6 milhões de visitas recebidas nos 26 equipamentos, que até 31 de dezembro de 2023 estavam na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). E mais de 1,5 milhões de visitantes dos outros 12 espaços culturais antes sob alçada das direções regionais.

As estatísticas de 2023 “mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP, verificou-se um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano”, indica, no comunicado.

Globalmente, os 38 equipamentos culturais agora tutelados pela empresa tinham recebido 4.713.006 milhões de visitantes em 2022.

Os museus, monumentos e palácios têm vindo gradualmente a recuperar as perdas de visitantes devido à pandemia de covid-19, que impôs fortes restrições de acesso e encerramentos, provocando perdas de visitantes e de receitas da ordem dos 70%.

De acordo com os dados reunidos pela MMP relativos a 2023, os visitantes com entrada paga representaram 76% do total de entradas, nas quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 57,6% do total.

Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.

Em quarto lugar surge o Paço dos Duques, em Guimarães, que somou 387.222 visitantes, e em quinto o Mosteiro da Batalha, com 366.872 visitantes. Em sexto está a Torre de Belém, em Lisboa, que recebeu 356.769 visitas em 2023.

Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade, destacam-se o Convento de Cristo, em Tomar, que registou 311.879 entradas e o Mosteiro de Alcobaça recebeu 200.531 visitantes.

O Palácio Nacional de Mafra, inscrito como Património Mundial em 2019, recebeu 164.972 visitas, enquanto o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, registou 118.123 visitantes, e o Panteão Nacional, em Lisboa, contabilizou 180.705 entradas.

Nos museus, os dados mostram que o mais visitado continua a ser o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que em 2023 recebeu 276.209 visitantes, seguido pelo Museu Nacional dos Coches, com 226.634 entradas.

Em terceiro e quarto lugares surgem o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que somou 107.223 entradas, e o Museu Nacional de Conímbriga, com 97.097 visitas.

O Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, registou 85.543, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, 67.797, enquanto o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, totalizou 58.904 visitantes.

A MMP recorda, por outro lado, que, entre 2022 e 2023, foram vários os museus e monumentos que tiveram de encerrar ao público devido a obras de reabilitação, entre os quais o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, o Museu Nacional da Música e o Museu da Terra de Miranda (que ainda se encontra em obas de remodelação).

Em 2022, as estatísticas divulgadas na altura, pela DGPC, sobre os 26 equipamentos tutelados, indicavam uma recuperação de dois milhões de visitantes, somando um total de 3.339.416 entradas.

No entanto, a afluência tinha ficado ainda aquém dos cerca de quatro a cinco milhões atingidos antes da pandemia, entre 2017 e 2019.

Fonte: Lusa

Justiça: Ministra anuncia contratação de 570 novos oficiais de justiça

Justiça: Ministra anuncia contratação de 570 novos oficiais de justiça

O Governo vai contratar 570 novos oficiais de Justiça, anunciou a ministra da Justiça, indicando também que serão instalados novos equipamentos de comunicações nos tribunais.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, anunciou que o Ministério das Finanças autorizou o processo de contratação de funcionários judiciais, “sem os quais nenhum Tribunal consegue funcionar”.

O gabinete da ministra acrescentou que aguarda agora pelo despacho do Ministério das Finanças, para lançar o concurso externo de entrada na administração pública de 570 novos oficiais de justiça.

“O Ministério da Justiça está a estudar a melhor forma para garantir a eficiência do concurso e uma distribuição de vagas pelas regiões do país onde a falta destes profissionais é mais sentida”, informa.

Isto, porque a tutela quer assegurar que as vagas abertas são preenchidas, algo que não tem acontecido em concursos recentes, sobretudo porque a posição remuneratória de entrada na carreira não permite fazer face a despesas como uma renda de casa em zonas como Lisboa e a sua área metropolitana.

O gabinete da ministra da Justiça referiu que “para já não está previsto” qualquer incentivo para fixação de profissionais nas zonas mais pressionadas e com um custo de vida mais elevado.

Sobre a carreira dos funcionários judiciais, a ministra referiu que o processo de revisão do Estatuto dos Funcionários Judiciais, sobre o qual diz contar “ter boas notícias nos próximos meses”.

Rita Alarcão Júdice anuncia ainda a instalação “em todos os tribunais do país [de] novos equipamentos de videoconferência, novos sistemas de áudio e novos telefones, que vão permitir maior capacidade nas comunicações”, os quais são financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), têm os concursos de fornecimento concluído e o visto do Tribunal de Contas concedido.

A expectativa, segundo a ministra, é a de que “a partir de setembro e até ao final do ano, estas infraestruturas estejam ao serviço da Justiça”.

Sobre o processo de consulta pública da Agenda Anticorrupção, que hoje termina, a ministra da Justiça adianta que foram recebidos mais de 20 contributos, “sobretudo de cidadãos, advogados, juristas e associações”, a que se somam contributos na imprensa, rádios e televisões.

“De tudo tomamos nota, porque o combate à corrupção deve ser uma luta de cada cidadão. Queremos reformar a Justiça”, diz a ministra Rita Alarcão Júdice.

Fonte: Lusa

Saúde: Vacinação gratuita contra Vírus Sincicial Respiratório

Saúde: Vacinação gratuita contra Vírus Sincicial Respiratório

A partir de 1 de outubro, inicia-se a primeira campanha de vacinação gratuita contra o Vírus Sincicial Respiratório, uma medida que pretende proteger cerca de 62 mil crianças de doença grave e hospitalização, anunciou o Governo.

A campanha de vacinação representa um investimento estimado de 13,6 milhões de euros, segundo um comunicado do Ministério da Saúde.

A introdução da imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em idade pediátrica acontece sob proposta da Direção-Geral da Saúde (DGS), que teve em consideração, entre outros fatores, a epidemiologia da infeção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização e a segurança do medicamento, adianta o Ministério da Saúde.

“Assim, a partir de 1 de outubro de 2024, a imunização contra a infeção pelo VSR estará disponível de forma gratuita em todas as maternidades dos setores público, privado e social, para as crianças nascidas entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025, e nas instituições de saúde do SNS para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 30 de setembro de 2024, e crianças com fatores de risco definidos”, informa.

Fonte: Lusa

Imagem: DiarioFarma

Miranda do Douro: Hotel Vila Galé Mirandum em discussão pública

Miranda do Douro: Hotel Vila Galé Mirandum em discussão pública

A Câmara Municipal de Miranda do Douro informa, através do sítio eletrónico, que vai proceder à abertura, a 20 de agosto, do período de Discussão Pública da proposta de implantação do empreendimento de caráter estratégico, o Hotel Vila Galé Mirandum.

De acordo com o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, o regulamento do Plano Diretor Municipal (PDM), prevê que nas zonas onde não estão previstos loteamentos, urbanizações e edificações se possam criar empreendimentos estratégicos.

“Um empreendimento estratégico. entre outras razões, tem um valor de investimento superior a cinco mil índices de Apoios Sociais (IAS), ou seja, igual ou superior a 2 milhões e quinhentos mil euros, como é o caso do projeto de construção do Hotel Vila Galé, em Miranda do Douro, pois o investimento está ordem dos 15 a 20 milhões de euros”, justificou.

O autarca argumentou ainda que este novo empreendimento hoteleiro, na cidade de Miranda do Douro, é um hotel de quatro estrelas, que vai criar 40 postos de trabalho diretos.

“O Hotel Vila Galé Mirandum vai ser um empreendimento turístico único na região de Trás-os-Montes e vai atrair um novo segmento de turistas à nossa região. Para além disso, localmente, este novo complexo hoteleiro vai recorrer aos serviços e adquirir produtos existentes na cidade e no concelho de Miranda do Douro”, justificou.

Por estes motivos, o atual executivo do Município de Miranda do Douro considera que a implantação desta nova unidade hoteleira é um empreendimento estratégico para o desenvolvimento económico e social do concelho, à semelhança do que acontece com a recente construção do Mosteiro Trapista, em Palaçoulo.

A discussão pública sobre o valor estratégico deste novo empreendimento decorre ao longo de 20 dias uteis (contados a partir do 5.º dia útil a seguir à data de publicação do Aviso no Diário da República), ou seja, até 16 de setembro.

“Os documentos para consulta pública estão disponíveis no site da Câmara Municipal de Miranda do Douro. Quem pretenda participar na discussão pública, pode fazê-lo preenchendo a ficha de participação, expondo os seus argumentos legais e entregando a declaração por email ou presencialmente, no Balcão Único do Município”, indicou o autarca.

Finalizado o período de discussão pública, compete à Assembleia Municipal de Miranda do Douro decidir, com base em critérios legais, se a construção do novo “Hotel Vila Galé – Mirandum” é ou não, um empreendimento estratégico para a cidade e o concelho de Miranda do Douro.

Recorde-se que a 23 de maio do corrente ano, foi assinada a escritura pública, segundo a qual o município de Miranda do Douro cedeu ao grupo Vila Galé – Sociedade de Empreendimentos Turísticos, S.A., após concurso público e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem de Miranda.

Segundo o projeto, esta nova unidade hoteleira de 4 estrelas, vai disponibilizar entre outras valências, 100 quartos, restaurante, ginásio, piscina interior e exterior, spa, solário, sala de massagens, parque aquático, parque infantil, campo de padel, recinto polidesportivo, sala de reuniões, centro de congressos e outros espaços de lazer.

HA

São Martinho: Incêndio destruiu 2.200 hectares de floresta

São Martinho: Incêndio destruiu 2.200 hectares de floresta

O incêndio que pôs em perigo a localidade de São Martinho de Angueira, no concelho de Miranda do Douro, destruiu 2.200 hectares da área florestal e agrícola, nomeadamente soutos de castanheiros e pinhais, pelo que a presidente do município de Miranda do Douro anunciou que vai solicitar ao governo medidas para apoiar os agricultores e proprietários prejudicados.

Vinte e quatro horas após a extinção do fogo, os bombeiros de Vimioso e de Miranda do Douro, assim como as equipas de sapadores florestais continuam na zona afetada, em estado de vigilância, para evitar possíveis reacendimentos do fogo.

Numa análise à gravidade do incêndio, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, começou por salientar que no decorrer do combate ao fogo não houve feridos, quer da parte dos bombeiros, quer na população local.

“Infelizmente, o fogo chegou às imediações da aldeia de São Martinho, mas os danos nas casas são mínimos. Apesar das enormes perdas ambientais e agrícolas, sublinho que o mais importante é que não houve vítimas humanas, nem feridos”, disse.

No combate ao fogo, a presidente do município de Miranda do Douro agradeceu o trabalho conjunto e coordenado, entre a Proteção Civil, as várias corporações de bombeiros, a GNR, os Sapadores Florestais, os meios aéreos, o ICNF, a Guardia Civil e os Bombeiros espanhóis.

Sobre os danos florestais e agrícolas, a autarca de Miranda do Douro, sublinhou a importância que os soutos de castanheiros têm para o rendimento da população da aldeia de São Martinho.

“Agora vamos fazer um levantamento dos danos e perdas agrícolas e ambientais, para de seguida solicitar ao governo os necessários apoios, que permitam às pessoas reconstruírem as suas propriedades e recuperarem as culturas, nomeadamente os soutos de castanheiros e pinhais”, avançou.

A localidade de São Martinho de Angueira, no concelho de Miranda do Douro, tem uma área de 37,00km² e segundo o Censos de 2021 vivem na localidade 239 pessoas, tendo, por isso, uma reduzida densidade populacional de apenas 6,5 habitantes por quilómetro quadrado.

HA

Ambiente: Fogos rurais atingem pico do ano

Ambiente: Fogos rurais atingem pico do ano

No mês de julho, o número de incêndios rurais atingiu o valor mais elevado deste ano, com 1.082 ocorrências, quase o dobro face aos 596 incêndios rurais de junho e foi também responsável pela maior área ardida do ano.

Segundo os dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os 1.082 incêndios rurais do último mês representam uma subida de cerca de 81% relativamente a junho, que era até agora o mês com mais ocorrências em 2024, e correspondem a 38% do total (2.820) de fogos rurais registado entre janeiro e julho deste ano.

Ainda assim, o registo de 1.082 incêndios rurais em julho está muito abaixo da média da década 2014-2023 para o mesmo período e que foi de 2.193.

Já ao nível da área ardida, o mês passado foi também o que apresentou valores mais elevados neste ano, com 1.538 hectares afetados pelas chamas, acima dos 949 observados em junho, e correspondendo a 35% do total de 4.425 hectares ardidos em 2024.

Na distribuição da área ardida, os povoamentos foram a área que mais ardeu em julho, com 732 hectares, seguida dos fogos rurais em matos (475) e zonas agrícolas (331).

Tal como no número de incêndios, também a comparação com a média anual dos últimos 10 anos para este período é favorável a 2024, uma vez que a média de área ardida para julho era de 18.754 hectares.

As estatísticas do ICNF para as causas dos incêndios entre janeiro e julho deste ano revelam que o incendiarismo é a causa isolada mais frequente entre as 1.975 ocorrências investigadas, sendo responsável por 24% dos incêndios rurais, à frente das queimadas extensivas de sobrantes florestais ou agrícolas (16%).

No entanto, agregando os diferentes tipos de queimadas e usos do fogo alcança-se um total de 42% nas causas de incêndios. Seguem-se os incêndios rurais com origens acidentais (16%), provocados por outras causas não especificadas (12%), os reacendimentos (3%), a realização de fogueiras (2%) e os fogos causados por razões naturais, como a queda de raios (1%).

“Do total de 2.820 incêndios rurais verificados no ano de 2024, 1.975 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (70% do número total de incêndios – responsáveis por 82% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 1.464 incêndios (74% dos incêndios investigados – responsáveis por 68% da área total ardida)”, lê-se no relatório.

Em termos regionais, os distritos de Porto (429), Viana do Castelo (265) e Braga (239) são aqueles que registam maior número de incêndios rurais em 2024.

Contudo, ao nível de área ardida este ano destaca-se o distrito de Viana do Castelo, com 712 hectares, seguido de Beja (697) e de Braga (449).

Fonte: Lusa