Economia: Galp vai aumentar preços da eletricidade e do gás
A partir de 1 de outubro, a fatura da eletricidade e do gás vai aumentar em média, 9% e 16% para os clientes da Galp, refletindo o aumento do custo de aquisição de energia, adiantou a petrolífera.
“A Galp vai proceder a 1 de outubro a uma atualização dos preços de eletricidade e de gás natural com subidas médias de 9% e 16%, respetivamente, na fatura mensal para as potências contratadas e escalões mais representativos”, avançou fonte da Galp.
Para um casal sem filhos, com uma potência contratada de 3,45 kilovoltamperes (kVa), pode estar em causa uma subida média de 2,6 euros na fatura mensal de eletricidade.
Já para um casal sem filhos no primeiro escalão de consumo de gás natural pode representar um aumento médio de 2,3 euros, sendo que a estes valores acrescem o IVA e outras taxas.
Segundo a empresa, não se registam subidas nas tarifas desde outubro de 2023 e os agravamentos agora anunciados refletem o aumento do custo de aquisição da energia nos mercados internacionais.
Conforme detalhou, estas subidas vão incluir o aumento de 5% das tarifas de acesso à rede (TAR) de gás natural, que também entra em vigor em outubro.
A Galp enviou uma nota aos seus clientes a dar conta destes aumentos.
Ensino: Iniciou-se a recuperação do tempo de serviço para 5.327 professores
Iniciou-se a 1 de setembro, a recuperação do tempo de serviço congelado dos professores, que vai decorrer ao longo de quatro anos, com cerca de cinco mil professores com dados confirmados, menos de 10% dos que já acederam à plataforma para reconhecimento desse tempo de trabalho.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) confirmou que os efeitos da recuperação integral do tempo de serviço vão começar a chegar aos professores dos ensinos básico e secundário “já em setembro, cumprindo com o compromisso assumido pelo Governo”.
Segundo a tutela, até ao momento, “7.154 professores já validaram os seus dados, dos quais 5.327 têm os dados confirmados pelas escolas e estão em condições de receber o respetivo acerto salarial em setembro”.
Os restantes 1.827 processos também já foram validados pelos docentes, mas ainda estão “a aguardar a confirmação pelo diretor da escola”, segundo informações do gabinete de imprensa.
O prazo para a conclusão de cada processo, com vista ao pagamento dos acertos salariais em setembro, foi alargado até 1 de setembro.
A recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de trabalho que ficou congelado durante o período de Troika foi uma das principais bandeiras da luta dos docentes nos últimos anos, levando milhares de professores para a rua e a marcação de muitas greves.
A atual equipa do ministério da Educação chegou a acordo com os sindicatos em maio, num modelo que prevê uma recuperação faseada ao longo de quatro anos.
Miranda do Douro: Passeio para a festa de Nossa Senhora do Naso
O passeio pedestre “Planalto Mirandês”, entre Miranda do Douro e o santuário do Naso, na Póvoa, agendado para este Domingo, dia 1 de setembro, volta a anunciar a festa em honra de Nossa Senhora do Naso, que vai celebrar-se no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro.
De acordo com o programa do passeio, o posto de turismo, em Miranda do Douro, é o local de encontro ((8h00) e de partida, para uma caminhada que vai passar pelas aldeias do Palancar, Póvoa, vale do Picão, com chegada ao Santuário do Naso prevista para as 11h30/12h00.
Antigamente, este percurso de 15 quilómetros era conhecido como o “caminho vicinal” ou da “mufalha”, sendo muito percorrido pelas gentes das aldeias, nas suas peregrinações até ao santuário do Naso.
Aos caminhantes, a organização recomenda o uso dechapéu, calçado e roupa confortável e água.
Após a caminhada de 3h30 minutos, segue-se o almoço no recinto do santuário.
Às 15h00, celebra-se a Eucaristia Dominical e o ofício cantado da Lutuosa Geral, em memória dos irmãos falecidos da confraria de Nossa Senhora do Naso.
Finalizada a celebração religiosa, o transporte de regresso a Miranda do Douro é assegurado pelo município.
No próximo fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro, vai celebrar-se no santuário mariano, a Festa em honra de Nossa Senhora do Naso. Este ano, os maiores destaques da festa são no dia 6, o concurso de asininos e a procissão das velas. E no Domingo, dia 8 de setembro, o bispo, Dom Nuno Almeida vai presidir à missa campal na festa da Natividade da Virgem Santa Maria.
O passeio pedestre “Planalto Mirandês” é uma iniciativa organizada pelo município de Miranda do Douro, em colaboração com a empresa “Douro Pula Canhada” e a Confraria de Nossa Senhora do Naso.
Política: Maria Luís Albuquerque tem currículo para comissária europeia – António Vitorino
No âmbito da sua participação no Summer CEmp, que está a decorrer em Miranda do Douro, o antigo comissário europeu, António Vitorino, defendeu que a ex-ministra Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades para desempenhar o cargo de comissária europeia.
“Eu entendo que a doutora Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades que lhe permitirão exercer as funções de membro da Comissão Europeia e aproveito para a felicitar pela sua designação e desejar-lhe a melhor das sortes, como acho que todos o devemos fazer, porque é uma portuguesa que é chamada a desempenhar um importante cargo internacional”, disse à Lusa António Vitorino.
O ex-comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos acrescentou ainda que esta nomeação acontece numa altura em que a Europa está confrontada com muitos desafios “e em que manifestamente é necessário reforçar a unidade e a coesão de todos aqueles que se reveem no projeto europeu”.
Antigo ministro e deputado do Partido Socialista, Vitorino observou ainda que teria “sido mais prudente da parte do primeiro-ministro [Luís Montenegro] ter procurado um maior consenso em torno do nome”.
“Mas a competência nesta matéria é do primeiro-ministro e ele exerceu-a da forma que entendeu que deveria ter exercido e a partir do momento em que o órgão com legitimidade constitucional, que é o Governo, toma a decisão, é obviamente a posição portuguesa”, vincou António Vitorino.
O ex-comissário europeu prestou estas declarações em Miranda do Douro, no decorrer do “Summer CEmp”, a escola de verão da Representação da Comissão Europeia em Portugal, um evento que decorre nesta cidade transmontana até 31 de agosto.
Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da ‘troika’, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.
Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD – segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.
O PS considerou na quarta-feira que Maria Luís Albuquerque tem um legado de “política de austeridade” e um perfil político distinto das prioridades da União Europeia, criticando a ausência de auscultação aos partidos.
“É um perfil que, no plano técnico, pode eventualmente representar aquilo que o Governo deseja, mas politicamente está diametralmente num campo distinto das opções e das prioridades que a União Europeia terá neste momento”, disse aos jornalistas o vice-presidente do PS, Pedro Delgado Alves.
O socialista lamentou que no processo decisão do Governo PSD/CDS-PP não tenha havido uma auscultação prévia aos partidos, o que “teria sido democraticamente mais saudável e desejável”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que Maria Luís Albuquerque passou a ser a candidata de Portugal a comissária europeia a partir do momento em que foi escolhida pelo Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que nesta escolha do Governo, apenas foi “informado e não consultado”.
O Presidente da República disse ainda que não comenta as posições dos partidos, justificando que, “como em tudo na vida, há quem concorde e quem discorde”, mas não tem de se pronunciar.
Fonte: Lusa
Foto: Representação da Comissão Europeia em Portugal
Incêndios: Produtores de castanha e apicultores esperam pelos apoios para compensar as perdas
Os produtores de castanha, de floresta e os apicultores da área consumida pelo incêndio, nos concelhos de Vimioso e de Miranda do Douro, estão expectantes em relação aos apoios anunciados pelo Governo para compensar a perda de produção causada pelo fogo.
“O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) identifica uma perda de 1.700 hectares de floresta na nossa freguesia. Só de castanheiro em produção são 90 hectares. Na floresta de pinhal haverá regeneração nos próximos anos, e solicitamos investimento direto à perda de produção na parte agrícola, como é o caso do castanheiro. Os jovens agricultores que vivem sobre a fileira da castanha, principalmente, estão aflitos e precisam de medidas concretas”, disse o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira Lisis Gonçalves.
O autarca da freguesia do concelho de Miranda do Douro, acrescentou ainda que, no respeita à produção, está muito preocupado com a perda de rendimento.
“Como acompanhámos a par e passo o relatório elaborado pelo ICNF, precisamos, agora, que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDR-N), avance com o relatório da parte agrícola para serem enquadradas em medidas do Plano Estratégico da Política agrícola Comum 2023-2027 (PEPAC) outras medidas”, indicou o Lisis Gonçalves.
O autarca, que é também produtor de castanha, pede agora celeridade para medidas de apoio às culturas dos frutos secos, como a castanha, avelã e amêndoas, serem consideradas “perdas totais.
Por seu lado, Vítor Ferreira, técnico da Associação de Apicultores do Douro Internacional, refere que no decurso do incêndio que teve início no passado dia 10, em Caçarelhos no concelho de Vimioso, e que depois alastrou a Miranda do Douro, perderam-se mais de 500 colmeias.
“Para além desta perda, há um conjunto de apiários que foram afetados porque as abelhas deixaram de ter alimento, devido à devastação das manchas de carvalho e outras espécies arbóreas, e a flora espontânea desapareceu, e agora o território está desertificado para abelhas”, vincou o técnico apícola.
Segundo o representante dos apicultores dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Vimioso, no distrito de Bragança, é preciso ajudas para alimentar as abelhas para manter a produção de mel.
“São necessários mais de 15 anos para que haja uma regeneração ambiental, para que tudo volte à normalidade no setor neste território. Temos de ser resilientes ”, vincou
O Governo anunciou um pacote de meio milhão de euros para o início, a curto prazo, da recuperação e consolidação da área ardida nos incêndios florestais que afetaram os concelhos de Bragança, Miranda do Douro e Vimioso.
Este anúncio, feito após uma reunião em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, que juntou autarcas, Autoridades Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bombeiros, GNR, juntas de freguesia, associações florestais entre outras entidades, para fazer um ponto de situação ao incêndio deflagrou no passado dia 10, na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, e que depois se alastrou às freguesias vizinhas de São Martinho, Angueira e Cicouro, em Miranda do Douro.
O Governante demonstrou ainda preocupação no restauro da biodiversidade e das captações de água nestes territórios afetados pelo fogo.
No terreno estão já em curso trabalhos de recuperação de caminhos agrícolas, consolidação do terreno, limpeza de pontos de água os quais estão a ser levados a cabo por elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O montante de 500 mil euros anunciados pelo Governo para esta primeira fase vai até novembro, sendo distribuídos 300 mil euros para os concelho de Miranda do Douro e Vimioso e 200 mil euros para o incêndio que deflagrou na mesma altura no Parque Natural de Montesinho (PNM), no concelho de Bragança.
Incêndios: 500 mil euros para recuperar área ardida em Bragança, Vimioso e Miranda do Douro
O Governo anunciou um pacote de meio milhão de euros para o início da recuperação e consolidação da área ardida nos incêndios florestais que afetaram os concelhos de Bragança, Miranda do Douro e Vimioso.
“Nos próximos dias pretendemos concluir os trabalhos de levantamento dos prejuízos e danos provocados pelos incêndios e colocá-los na respetiva Unidade de Gestão, para abrir avisos concretos, para que os municípios possam candidatar-se com 100% de financiamento para implementar a estratégia técnica apurada pelas nossas equipas, com uma dotação inicial de 500 mil euros para os três concelhos afetados”, explicou o secretário de Estada da Florestas, Rui Ladeira.
Este anúncio, feito após uma reunião em Miranda do Douro, que juntou autarcas, Autoridades Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bombeiros, GNR, juntas de freguesia, associações florestais entre outras entidades, para fazer um ponto de situação ao incêndio deflagrou no passado dia 10, na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, e que depois se alastrou as freguesias vizinhas de São Martinho, Angueira e Cicouro, em Miranda do Douro.
“Estamos a falar de uma área ardida próxima dos 2.000 hectares, que trouxe impactos muito relevantes e que nós identificámos e ouvimos, para dar resposta para se fazer um trabalho conjunto, não só curto prazo como a médio e longo prazo, porque o impacto de um incêndio não se pode medir só no momento”, vincou o secretário de Estado das Florestas.
O Governante demonstrou ainda preocupação no restauro da biodiversidade e das captações de água nestes territórios afetados pelo fogo.
“É necessário fazer uma estabilização de emergência daquilo que são as cinzas que podem contaminar os recursos hídricos e captações de água como é o caso do concelho de Vimioso”, frisou Rui Ladeira.
No terreno estão já em curso trabalhos de recuperação de caminhos agrícolas, consolidação do terreno, limpeza de pontos de água os quais estão a ser levados a cabo por elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O montante de 500 mil euros anunciados pelo Governo para esta primeira fase vai até novembro, sendo distribuídos 300 mil euros para os concelho de Miranda do Douro e Vimioso e 200 mil euros para o incêndio que deflagrou na mesma altura no Parque Natural de Montesinho (PNM), no concelho de Bragança.
“Este montante poderá ter alguma oscilação, visto que ainda não temos os resultados finais de todo o levantamento”, explicou o governante.
No que diz respeito ao incêndio no PNM, o relatório foi definido na mesma dimensão do que aconteceu nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso.
“Tivemos o mesmo foco na minimização dos impactos quer ambientais e do todo o ecossistema que tem de ser acautelado. Estamos a falar de uma área ardida de cerca de 500 hectares”, disse.
Só nestes dois incêndios foram consumidos cerca de 2.500 hectares de floresta, soutos, mato e áreas agrícolas.
No combate ao fogo que deflagrou na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, estiveram envolvidos ao longo de três dias cerca de 625 operacionais que foram apoiados por 207 veículos, 11 máquinas de rasto e 17 meios aéreos portugueses e espanhóis.
Apesar do “ataque musculado”, o fogo acabou por alastrar a São Martinho de Angueira e Cicouro, já em Miranda do Douro, causando sobressalto nestas aldeias raianas, dada a intensidade das chamas e as mudanças repentinas do vento.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) classificou na quarta o incêndio que deflagrou no dia 10 de agosto no concelho de Vimioso, como o maior registado desde janeiro.
No incêndio do PNM estiveram, durante três dias, envolvidos 621 operacionais, 217 veículos, quatro máquinas de rastos e 12 meios aéreos.
Palaçoulo: Cinquenta pessoas na hospedaria do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja
De 24 de agosto até 4 de setembro, a hospedaria do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, está a albergar um grupo de cinquenta pessoas (crianças, jovens e adultos) que estão a realizar um campo de férias, dedicado à oração e ao trabalho, ajudando assim as monjas trapistas.
O responsável pelo grupo, Duarte Gorjão, explicou que o campo de trabalho “Ora et Labora”é um projeto de voluntariado que tem como objetivo dedicar 11 dias das férias, ao serviço de uma comunidade religiosa e ao cuidado do bem comum.
“Inspirados pela regra beneditina Ora et labora (oração e trabalho), procuramos crescer na santidade, especialmente através do serviço ao próximo, participando em cada ano, numa obra importante para uma comunidade religiosa”, disse.
Este ano, os jovens voluntários viajaram até Palaçoulo, acompanhados por um sacerdote e dois seminaristas, para participar na limpeza do terreno existente entre a hospedaria e o mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, onde vai ser construído, futuramente, um jardim e um caminho pedonal.
“No decorrer da estadia no Mosteiro de Palaçoulo, também ajudamos as monjas trapistas noutras tarefas, como na colheita de batatas, na apanha das amêndoas e na montagem de mobiliário”, indicou.
O dia-a-dia em Palaçoulo, para estes 50 visitantes, começa bem cedo, às 6h30 da manhã, para participar na oração comunitária de Laudes e na eucaristia diária, com as monjas trapistas.
Segue-se depois o pequeno-almoço, no refeitório da hospedaria, sendo que as refeições são preparadas pelo próprio grupo de voluntários.
“O trabalho decorre ao longo das manhãs, havendo também uma pausa para um pequeno lanche e uma reflexão espiritual sobre o tema do campo, que este ano é dedicado ao conhecimento do Sagrado Coração de Jesus”, informou.
Finalizada a manhã de trabalho e após o almoço, as tardes são dedicadas ao lazer. Em Palaçoulo, os voluntários podem optar por descansar, ler, passear ou conhecer a região com idas à praia fluvial de Uva, no concelho de Vimioso, ou então visitar a cidade de Miranda do Douro.
Ao final da tarde, no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, há um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, na capela, que antecede o jantar.
Ao serão, os voluntários rezam o terço em grupo e convivem antes da oração da noite e do descanso.
Após cinco dias de estadia em Palaçoulo, Duarte Gorjão, que é estudante de arquitetura, expressou muita admiração com a construção do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, que utiliza materiais da região, como o xisto.
“O planalto mirandês fica bem longe de Lisboa, mas a beleza natural desta região e a arquitetura vernácula do mosteiro valem bem o esforço da viagem”, disse.
A primeira edição dos campos de oração e trabalho (Ora et labora) realizou-se em agosto de 2020, em plena pandemia. Nesse ano, um grupo de 20 jovens, rapazes e raparigas, viajaram até à Vila do Crato, no Alto Alentejo, mais concretamente para o Carmelo de São Nuno de Santa Maria (irmãs carmelitas descalças). Aí, os jovens voluntários ajudaram na reabilitação do edifício e na instalação de um sistema de rega automático no pomar do mosteiro.
Depois, o projeto “Ora et Labora” foi crescendo no número de voluntários e segui-se outra missão, desta vez no mosteiro cisterciense no Gerês, onde ampliaram a capela e construiram uma loja para venda de produtos.
Desde então, o campo de férias “Ora et labora” realiza-se todos os anos, em várias comunidades religiosas de Portugal.
Miranda do Douro: Presidente da República entusiasmou os jovens pela Europa
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e a Diretora geral de Comunicação da Comissão Europeia, Dana Spinant, foram os grandes protagonistas na abertura do Summer Cemp, uma iniciativa da Comissão Europeia, que decorreu em Miranda do Douro, de 28 a 31 de agosto, com o objetivo de dar a conhecer as instituições e as políticas europeias.
O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, dialogou com os jovens universitários na encosta do Castelo, em Miranda do Douro.
Durante quatro dias, quarenta estudantes do ensino superior estão a debater e refletir sobre as políticas europeias, em diálogo com personalidades da região de acolhimento e outros protagonistas da atualidade portuguesa e europeia.
No dia da abertura da 7º Summer CEmp, os convidados em destaque foram a Diretora geral de Comunicação da Comissão Europeia, Dana Spinant e o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
No diálogo com os jovens, a porta-voz da Comissão Europeia, Dana Spinant, fez uma avaliação ao trabalho realizado nos últimos cinco anos. Nesta avaliação, a responsável pela comunicação, elencou os grandes desafios da pandemia, a invasão e a guerra na Ucrânia e a crise energética provocada pela “chantagem” russa.
“Perante estes enormes problemas, os 27 Estados-membros da União Europeia, mantiveram-se unidos e trabalhamos juntos na produção e distribuição de vacinas contra a covid-19. A mesma união e solidariedade foi demonstrada perante a invasão e a guerra na Ucrânia. E face à crise energética provocada pela dependência de vários países europeus do gás e petróleo russos, a UE soube procurar novas soluções”, explicou.
Questionada pelos jovens universitários sobre quais são os maiores desafios da UE, para os próximos cinco anos, Dana Spinant, indicou a defesa da democracia, o combate à desinformação e notícias falsas, a habitação, as migrações e o clima.
A romena, Dana Spinant, é a diretora-geral de comunicação, da Comissão Europeia.
Neste dia da abertura do Summer Cemp, em Miranda do Douro, o momento mais aguardado foi a chegada e o diálogo com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado português, começou por descrever aos jovens universitários a situação do país, antes da entrada de Portugal na União Europeia, em 1986.
“Portugal vivia numa situação muito deficitária a todos os níveis, na falta de infraestruturas, na saúde, na educação, etc. E a entrada da União Europeia, em 1986, trouxe o progresso económico e social e melhores condições de vida para todos os portugueses”, disse.
Focando-se no momento atual, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que “a Europa é o lugar do mundo onde há mais democracia, mais justiça social, maior preocupação com as alterações climáticas, com as migrações, com o respeito pelas organizações internacionais, como a ONU”.
“Não é por acaso que há muitas pessoas que querem migrar para a Europa. Aqui vive-se melhor, com mais justiça social e liberdade”, disse.
Sobre as fragilidades europeias, o Presidente da República alertou para a “rigidez dos sistemas políticos e dos partidos, que não respondem aos problemas concretos das pessoas”.
Na perspectiva de Marcelo Rebelo de Sousa, outra fragilidade nos países europeus é a atual débil recuperação económica, decorrente do desinvestimento na educação, na produção de conhecimento, inovação e tecnologia.
“As economias dos E.U.A e da Ásia estão a crescer, em resultado do investimento nestes setores”, afirmou.
O Summer Cemp prossegue hoje, dia 29 de agosto, com debates sobre a cooperação internacional; segurança e defesa; governação europeia; debate com eurodeputados; bastidores da política europeia.
O grande destaque do dia é a conversa com o Presidente do Conselho Nacional para as Migrações, António Vitorino, agendado para as 19h15.
Ao longo dos quatro dias do Summer Cemp, os jovens universitários têm a oportunidade de conhecer e debater as políticas europeias em diversas áreas como a política, os media, a universidade, os setores privado e social, o desporto, a cultura e a comunidade local.
No decorrer da estadia em Miranda do Douro, os participantes no Summer Cemp vão usufruir de um programa variado de atividades, que incluem um arraial tradicional com os Pauliteiros de Miranda, um cruzeiro ambiental pelo rio Douro, um almoço-piquenique e um workshop de língua mirandesa.
No dia da abertura do Summer CEmp, a Associação Mirandanças presenteou os jovens visitantes com as danças dos pauliteiro(a)s e danças mistas.
Miranda do Douro: Oficina ibérica de cestaria tradicional
O Museu da Terra de Miranda, em parceria com o Ministério da Cultura de Espanha, promove uma oficina ibérica de cestaria tradicional entre 6 e 12 setembro, integrada no projeto “Trama de um processo aberto”.
Em comunicado, o museu instalado na cidade de Miranda do Douro, informa que a oficina tem como curador Mateo Feijoo e conta com o olhar e a participação de Lucia Loren, ‘designer’ criativa que, através do seu trabalho, desenvolve novas formas de fazer artesanato, envolvendo os lugares e espaços que colaboram com o projeto, neste caso com o Museu da Terra de Miranda.
“Durante a oficina serão explorados elementos da paisagem local para realizar pequenas variações, que ajudam a refletir sobre o conceito de paisagem cultural. Este projeto está inserido diretamente no mundo rural e pretende envolver os artesãos locais explorando práticas e saberes que estão em risco de extinção”, refere o museu.
Carrazeda de Ansiães: Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite com expectativasde boas colheitas
De 29 de agosto até 1 de setembro, o município de Carrazeda de Ansiães promove a Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, com expectativas de boas colheitas, indicou o autarca local, João Gonçalves.
“Há uma boa expectativa dos produtores nas três culturas, mas muito evidente neste momento na maçã e na uva. Para já, em quantidade e qualidade, deve ser um bom ano. O importante também é o volume de negócio, mas esse só mais para a frente é que se irá saber”, avançou João Gonçalves.
No ano passado, só na maçã, houve relatos de perdas entre os 80 e os 98% no concelho, devido à queda de granizo, que aconteceu por cinco vezes antes da colheita.
“No ano passado e há dois anos os produtores foram muito prejudicados pelas condições meteorológicas, com quedas de granizo que levaram a uma redução drástica nas produções. Este ano, felizmente, está a decorrer com normalidade”, constatou o presidente da câmara.
Estes três produtos que dão mote há vinte e sete edições ao certame são a base da economia local, gerando por campanha, num ano de produção normal, um valor que pode ascender aos 23 milhões de euros.
Carrazeda de Ansiães produz entre 28 a 30 mil toneladas de maçã por ano e assume-se como o maior produtor deste fruto da região de Trás-os-Montes, a 800 metros de altitude, no Planalto de Ansiães.
Os pomares são 800 dos 6.916 hectares de área agrícola daquela região.
A vinha ocupa 2.800 hectares e contam-se 1.200 viticultores. Entre os rios Douro e Tua, é produzido vinho do Porto e vinhos com Denominação de Origem Controlada e da Região Demarcada do Douro.
Os olivais representam 1.920 hectares da área agrícola deste concelho do distrito de Bragança, com variedades de azeitona como a Cobrançosa, a Verdeal e a Madural.
“Cada vez mais, não há dificuldade no escoamento. Neste momento, os nossos produtores trabalham mais para aumentarem a competitividade das produções, também com a preocupação de encontrarem melhores mercados para venderem melhor os seus produtos”, partilhou João Gonçalves.
No total, a feira conta com 125 expositores até este domingo, 25 deles dos três produtos ex-líbris. A abertura oficial acontece quinta-feira, com a presença do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes.
A feira, que coincide com as festas do concelho, conta com espetáculos musicais no parque municipal de exposições.
Os Wet Bed Gang abrem no dia 29 de agosto. Sexta-feira é a vez de Insert Coin e DJ Kura. Sábado canta Miguel Araújo. Nininho Vaz Maia fecha no domingo.
“Hoje em dia a nossa feira pretende mais do que só dar visibilidade à parte agrícola. Pretende dar visibilidade, divulgar e promover todas as potencialidades que o concelho tem. A vertente do turismo é cada vez mais importante para complementar as atividades económicas destes territórios”, considerou João Gonçalves, assumindo que Carrazeda de Ansiães quer captar mais visitantes ao longo de todo o ano.Fonte: