Mogadouro: Gorazes com showcookings, artesanato e concertos musicais

Mogadouro: Gorazes com showcookings, artesanato e concertos musicais

De 15 a 19 de outubro, a nova cidade de Mogadouro é o palco dos Gorazes, a Feira de Atividades Económicas e Turísticas do Nordeste Transmontano, que nesta edição apresenta como novidades os showcookings com produtos “Origem Mogadouro”, os workshops de artesanato e os concertos musicais de “Rosinha”, “Panorama” e “Os Quatro e Meia”.

Em Mogadouro, a feira anual dos Gorazes inicia-se a 15 de outubro, feriado municipal, com a abertura e a cerimónia oficial de inauguração do certame, agendada para as 17h00.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), João Neves, avançou que à semelhança das anteriores edições, o modelo da feira é predominantemente agropecuário, com a exposição de tratores e alfaias agrícolas no recinto da feira e o pavilhão “Origem Mogadouro”, é dedicado à exposição de produtos e de artesanato da região.

“Esta é a primeira feira dos Gorazes, após a elevação de Mogadouro a cidade, no passado dia 13 de março de 2025. O programa “Origem Mogadouro é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Mogadouro e da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), cujo objetivo é a promoção do concelho mediante a valorização, divulgação e o apoio à comercialização dos produtos endógenos, como são o azeite, a amêndoa, o mel, o vinho, o queijo, os enchidos, os legumes, os cogumelos, o pão, o folar, a doçaria, os frutos secos – amêndoa, nozes, castanha, figos – a carne bovina Mirandesa, a carne do porco bísaro, o artesanato – tecelagem, cestaria, rendas e bordados – assim como a divulgação do património histórico, cultural e paisagístico e a promoção do potencial turístico do concelho de Mogadouro”, explicou o dirigente associativo, João Neves.

Com o proposito de destacar a qualidade do artesanato e dos produtos endógenos, o programa dos Gorazes 2025, inclui a realização de workshops de artesanato e dois showcookings gastronómicos, no fim-de-semana de 18 e 19 de outubro.

“Com os workshop de artesanato ao vivo, o público vai ter a oportunidade de ver como é que se trabalha o barro, a cestaria, a tecelagem, as rendas e os bordados. Por sua vez, os showcookings visam destacar a grande qualidade e o potencial dos produtos Origem Mogadouro. Para tal convidámos dois conceituados chef’s de cozinha, o Óscar Geadas, que já foi distinguido com uma estrela Michelin e o Luís Martins, natural do concelho de Mogadouro, que vão cozinhar com produtos caraterísticos do concelho de Mogadouro”, adiantou.

De 15 a 19 de outubro, outros destaques na programação dos Gorazes em Mogadouro são a exposição de animais das raças autótones da região, uma largada de caça, atividades equestres, passeio motard, torneio de tiro aos pratos e um passeio de automóveis clássicos.

“Na exposição das raças autóctones, vamos mostrar ao publico visitante dos Gorazes, em particular às crianças, os bovinos de raça mirandesa, o porco bísaro, o burro de Miranda, a cabra serrana, entre outros animais”, indicou.

Uma das pretensões do município de Mogadouro é desenvolver o turismo no concelho. Com esse propósito, na feira dos Gorazes deste ano, participam três operadores turísticos, que vão dar a conhecer as potencialidades turísticas de Mogadouro, com destaque para atividades realizadas no rio Douro, nos Lagos do Sabor, na zona histórica de Mogadouro, entre outros locais de interesse turístico.

Sobre a afluência de público que esperam nos Gorazes, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), João Neves, realçou que o concelho de Mogadouro ocupa uma posição central no distrito e tem fronteira com Espanha.

“Mogadouro tem como vizinhos os concelhos de Miranda do Douro, Vimioso, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e ainda o concelho de Fermoselle, em Espanha. Dada esta centralidade, esperamos a afluência de 20 a 30 mil pessoas aos Gorazes, nos cinco dias do certame”, indicou.

Para convidar os vizinhos espanhóis a visitarem a feira dos Gorazes, em Mogadouro, a organização publicou cartazes promocionais em espanhol e contratou a orquestra espanhola “Panorama”.

«Na programação musical, todos os anos procuramos selecionar grupos e artistas com estilos diversificados de modo a ir ao encontro das preferências de vários públicos. Este ano, no dia 15 de outubro, a artista “Rosinha”, vai animar a abertura dos Gorazes. Depois, na sexta-feira, dia 17, atua a orquestra espanhola “Panorama”. E no sábado, dia 18 de outubro, está programado o concerto do grupo português “Os Quatro e Meia”. Importa ainda referir, que a animação do certame ao longo dos cinco dias conta também com a participação de grupos locais, como a Banda Filarmónica, os gaiteiros, mascarados, Dj’s, entre outros», indicou.

De 15 a 19 de outubro, os Gorazes – Feira de Atividades Económicas e Turísticas do Nordeste Transmontano funciona das 9h00 às 24h00, exceto na sexta-feira, dia 17, em que a abertura ocorre às 14h00; no Domingo, dia 19 de outubro, o certame encerra às 20h00.

Historicamente, a tradicional feira dos Gorazes, em Mogadouro, realiza-se na época do fim das colheitas e no início da estação do outono. A designação “Gorazes” está relacionada com um antigo imposto que seria pago em carne de porco.

“A gastronomia é outro pilar da feira dos Gorazes e por isso dentro do recinto vai ser instalado um espaço de restaurante, explorado pela comissão de Festas em honra de Nossa Senhora do Caminho. Na feira ou nos restaurantes de Mogadouro é tradição comer a marrã ou a posta de vitela assada na brasa”, disse.

Anualmente, os Gorazes – Feira de Atividades Económicas e Turísticas do Nordeste Transmontano são um certame coorganizado pelo município de Mogadouro e pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), que conta ainda com a colaboração de associações locais e empresas.

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Política: Governo entrega proposta do Orçamento do Estado

Política: Governo entrega proposta do Orçamento do Estado

O Governo entrega esta quinta-feira, dia 9 de outubro, no parlamento, a proposta de Orçamento do Estado para 2026, um dia antes do prazo limite e sem que existam sinais de potencial crise política provocada por um chumbo do documento.

A proposta do governo PSD/CDS, liderado por Luís Montenegro, chega à Assembleia da República três dias antes das eleições autárquicas de Domingo, 12 de outubro.

Ao contrário do que aconteceu em outubro de 2024, a proposta orçamental do Governo para 2026, entra no parlamento sem ameaças de voto contra, por parte das maiores forças políticas da oposição: Chega e PS.

Em 2024, na primeira reação ao Orçamento, a então líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, deixou um aviso: “Não há acordo com o Governo, e a partir daqui vamos analisar e decidir a seu tempo”. O PS de Pedro Nuno Santos acabou por viabilizar o primeiro Orçamento de Luís Montenegro, mas a dúvida sobre um possível voto contra só foi dissipada uma semana depois (17 de outubro), na sequência de um processo negocial tenso.

No ano passado, André Ventura acusou o primeiro-ministro de lhe ter proposto em privado entrar para o Governo se o Chega viabilizasse o Orçamento, o que levou logo depois Luís Montenegro a acusá-lo de estar a mentir.

Agora, os indicadores disponíveis apontam para um clima político diferente, mesmo estando o país a poucos dias de eleições autárquicas.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, começou por sinalizar que o próximo Orçamento, em termos de conteúdo, se afastará da característica de ser um documento de políticas públicas – ou seja, sem carga ideológica inerente -, o que, na sua perspectiva, dará garantias de viabilização no parlamento.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, frisou que ainda irá analisar o Orçamento, mas adiantou que viu com “bons olhos” a opção tomada de deixar de fora “matérias de natureza fiscal e laboral, assim como matérias que se relacionam com a lei de base do Serviço Nacional de Saúde, com as pensões e com a proteção social”.

André Ventura tem procurado separar a questão orçamental do combate eleitoral do Chega nas autárquicas. E a sua deputada Rita Matias, após ter estado reunida com o ministro das Finanças, defendeu que o Chega deveria ser o parceiro preferencial do Governo.

Na mesma linha de aproximação, a presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão – partido que em 2024 votou contra a proposta do executivo PSD/CDS -, disse acreditar que o Orçamento incluirá contributos dos liberais que já foram discutidos com o Governo.

Entre os partidos com representação parlamentar, apenas o PCP já fez saber que vai votar contra o Orçamento para 2026.

Em termos de conteúdo, antevê-se que a proposta de Orçamento inclua uma redução de 0,3 pontos percentuais nas taxas de IRS aplicadas do 2.º ao 5.º escalão. E em janeiro de 2026 os escalões de IRS deverão ser atualizados em 3,51%, acima da inflação prevista para o próximo ano (na casa dos 2%).

Durante a atual campanha para as autárquicas, o primeiro-ministro, na qualidade de presidente do PSD, anunciou que o Complemento Solidário para Idosos vai aumentar 40 euros no próximo ano, subindo para 670 euros.

Em relação ao cenário macroeconómico, prevê-se que o Governo inscreva uma meta de 2,2% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2026 e uma renovação de um excedente orçamental na ordem dos 0,1%.

Nas reuniões com os partidos com representação parlamentar, o ministro das Finanças salientou que prosseguirá a trajetória de redução da dívida pública em percentagem do PIB, podendo atingir 90% no final do próximo ano.

O debate na generalidade da proposta de Orçamento para 2026, no parlamento, vai realizar-se dias 27 e 28 de outubro. Já o processo na especialidade do orçamento, em plenário, inicia-se no dia 20 de novembro, e a votação final global está prevista para 27 de novembro.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Sociedade: Campanha contra perigos do excesso de exposição a écrans

Sociedade: Campanha contra perigos do excesso de exposição a écrans

O movimento cívico “Menos Ecrãs, Mais Vida” lançou uma campanha de alerta para o perigo do excesso de exposição a écrans (telemóveis, televisores, tabletes, etc.), criticando a falta de sensibilização por parte do Governo e da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O movimento cívico indica que a campanha, de distribuição de folhetos informativos, quer “ajudar as famílias e as escolas portuguesas”, correspondendo a solicitações de “professores, psicólogos, profissionais de saúde e pais, de todo o país”.

“Para além de boas práticas que podem ser adotadas pelas famílias, os folhetos apresentam os riscos a que crianças e jovens estão expostos, qual o impacto do uso de dispositivos digitais na sua saúde física e mental e as recomendações da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, adequadas a cada faixa etária”, refere o movimento no comunicado.

Este movimento cívico foi criado em janeiro de 2024 e é composto por quatro mães e professoras.

“Somos a favor do progresso e do uso de recursos tecnológicos. No entanto, somos contra o retrocesso intelectual, os malefícios para a saúde e uma certa desumanização provocados pelo uso excessivo da tecnologia pelas crianças, em particular no espaço escolar”, afirma o movimento no comunicado.

Há também duas petições públicas online deste grupo: “VIVER o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!”, já com mais de 24 mil aderentes, e “Contra a excessiva digitalização no ensino e a massificação dos manuais escolares digitais”, com mais de seis mil signatários.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal é o país europeu onde cidadãos ciganos sentem mais discriminação

Sociedade: Portugal é o país europeu onde cidadãos ciganos sentem mais discriminação

Portugal é o país da Europa onde os ciganos se sentem mais discriminados, segundo um inquérito da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA).

O inquérito da FRA envolveu 10 Estados-membros, entre Bulgária, Chéquia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Portugal, Roménia e Espanha e outros três países em vias de adesão: Albânia, Macedónia do Norte e Sérvia.

Segundo a FRA, os níveis de discriminação diminuíram entre 2021 (altura do inquérito anterior) e 2024 na Grécia e na Sérvia e aumentaram na Chéquia, França, Irlanda (nómadas), Macedónia e Portugal.

“As taxas de discriminação atingiram os seus níveis mais elevados na Irlanda (para ciganos e nómadas), Itália e Portugal”, lê-se no relatório.

Para o relatório foram inquiridos 422 portugueses ciganos e 63% afirmou que se sentiu discriminado nos 12 meses anteriores à realização do inquérito, o que coloca o país com a percentagem mais elevada. Este valor representa um aumento de um ponto percentual em relação ao inquérito de 2021, mas traz um salto de 16 pontos percentuais em comparação com o inquérito de 2016.

Depois de Portugal aparecem a Irlanda e Itália, dois países onde 60% das pessoas ciganas se sentem discriminadas. No caso da Irlanda o valor salta para 75% quando foram inquiridas as pessoas nómadas.

A agência europeia constatou que em Portugal, como na Albânia, Bulgária, Chéquia e Sérvia, os ciganos que vivem em comunidades com menos ciganos sentem menos discriminação por causa da sua origem do que os ciganos que vivem em bairros onde toda ou a maioria da população é cigana.

Segundo a FRA, no que diz respeito à questão da discriminação “não houve praticamente nenhuma alteração em comparação com inquéritos anteriores” e destaca que “em média, quase um em cada três ciganos/nómadas inquiridos (31 %) sentiu-se discriminado com base na sua origem étnica”.

Portugal é também o país do grupo com a percentagem mais elevada de pessoas ciganas que nos 12 meses anteriores ao inquérito relataram ter sofrido pelo menos uma forma de assédio motivado pelo ódio ao facto de serem ciganos.

Dos 422 ciganos inquiridos, 48% disse ter sido vítima de assédio, um valor próximo na Itália (44%) e na Irlanda (41%), sendo que neste último o valor salta para 50% quando inquiridos os nómadas.

Outro ponto em que os ciganos afirmaram ser discriminados é na procura de emprego e Portugal aparece como um dos que teve uma taxa de discriminação “notavelmente alta”, com 70%, ultrapassado apenas pela Irlanda (84%). Abaixo aparece Itália (66%) e Grécia (61%).

A média do total dos países mostra que “em 2024, 36 % dos ciganos/nómadas com mais de 16 anos afirmaram ter sofrido discriminação por serem ciganos/nómadas na procura de emprego nos últimos 12 meses”.

Segundo a FRA, isto confirma “uma tendência negativa observada em 2021” e mostra que “o pico de discriminação registado em 2021 não pode ser atribuído apenas à Covid-19”.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Entrevista: «Ao município de Mogadouro compete criar instrumentos para apoiar a inciativa privada» – António Joaquim Pimentel

Entrevista: «Ao município de Mogadouro compete criar instrumentos para apoiar a inciativa privada» – António Joaquim Pimentel

O atual presidente do município de Mogadouro, António Joaquim Pimentel, é o candidato do PSD nas eleições autárquicas de 12 de outubro, define-se como uma pessoa dedicada, empreendedora, executiva e no primeiro mandato realizou obras como a requalificação da avenida do Sabor, atribuiu apoios à criação de emprego e elevou Mogadouro a cidade.

Terra de Miranda – Notícias: Quem é António Joaquim Pimentel e qual o seu percurso de vida profissional?

António Pimentel: Comecei a minha vida profissional como professor na escola secundária de Mogadouro. Na área da agropecuária, fui funcionário da junta nacional dos produtos agropecuários e trabalhei no Ministério da Agricultura. Posteriormente, assumi a direção da Caixa Agrícola de Mogadouro. Na área empresarial, instalei uma exploração de cunicultura. Na política, fui vereador durante 12 anos. E em 2021, assumir a presidência da Câmara Municipal de Mogadouro.

T.M.N.: António Pimentel é considerado uma pessoa empreendedora. Como se transmite esta cultura empreendedora?

A.P.: Transmite-se pelo exemplo. Em 2013, na sequência de um estudo de prospecção empresarial, enveredei pela cunicultura, a criação de coelhos, pois conclui que poderia ser uma área económica rentável e em expansão. E de facto, assim aconteceu, pois na região do planalto mirandês já foram instaladas outras unidades de cunicultura. Atualmente, a empresa sediada em Mogadouro é provavelmente o maior exportador do concelho para a vizinha Espanha. Com esta escolha empresarial, quis mostrar que é possível inovar e desenvolver o concelho de Mogadouro.

“O empreendedorismo ensina-se pelo exemplo.”

T.M.N.: A experiência e conhecimento na área empresarial é uma mais-valia para o exercício da política?

A.P.: Se algum atributo eu tenho, é a capacidade de dedicação e de execução. Considero que sou sobretudo um executivo. No exercício da política, dou como exemplo a nossa atuação no âmbito dos programas comunitários. Só no ano de 2023, conseguimos captar mais de 4,2 milhões de euros, o maior valor dos últimos dez anos. Isto demonstra a gestão eficaz, o planeamento estratégico e a capacidade de execução. Por outro lado, o município de Mogadouro rege-se pelo rigor financeiro e honra os seus compromissos, não devendo nada a fornecedores, nem a empresários, nem à banca. E pretendemos manter esta direção e ritmo ao longo dos próximos anos, com a missão de proporcionar sempre melhores condições de vida e bem estar à população do concelho de Mogadouro.

“Se algum atributo eu tenho, é a capacidade de dedicação e de execução. Considero que sou sobretudo um executivo.”

T.M.N.: Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, recandidata-se à presidência da Câmara Municipal de Mogadouro. Que trabalho realizou o atual executivo desde 2021 até outubro de 2025?

A.P.: Neste primeiro mandato, como presidente do município de Mogadouro, conseguimos imprimir uma intensa atividade em todas as áreas: social, educação, cultura, saúde, empreendedorismo, turismo, internacionalização e desenvolvimento económico. Na área social, somos um exemplo a nível nacional, com políticas de apoio às famílias e às instituições locais. Apoiámos a natalidade, a aquisição de medicamentos, o acesso à habitação, o transporte gratuito para consultas e tratamentos, o reembolso das despesas escolares, bolsas de estudo e o reforço dos apoios financeiros às IPSS’s e às Freguesias. Na saúde, inaugurámos recentemente em Mogadouro, o polo do Hospital Terra Quente, o que permite a realização de exames de diagnóstico e consultas de especialidade médica.

“Na saúde, inaugurámos recentemente em Mogadouro, o polo do Hospital Terra Quente, o que permite a realização de exames de diagnóstico e consultas de especialidade médica.”

T.M.N.: A natalidade cresceu em Mogadouro?

A.P.: Sim, a natalidade aumentou no concelho de Mogadouro e pela primeira vez as creches existentes não tinham vagas suficientes para as crianças. Por essa razão, foi criado um novo apoio financeiro para que haja mais amas para cuidar das crianças. Em simultâneo, vamos construir uma nova creche municipal para dar resposta ao aumento de crianças no concelho de Mogadouro.

T.M.N.: Um dos marcos deste mandato autárquico foi a elevação de Mogadouro a Cidade, no dia 13 de março de 2025?

A.P.: Sim, a elevação a cidade é o reconhecimento do dinamismo social e económico existente em Mogadouro. Com esta distinção queremos que Mogadouro se afirme regional, nacionalmente e internacionalmente, como uma cidade e um concelho onde existem serviços de qualidade e ótimas condições para atrair e fixar pessoas, famílias e empresas.

T.M.N.: No âmbito das infraestruturas, que obras realizaram?

A.P.: Concluímos obras estruturantes como a nova cantina escolar, a reabilitação da Escola Secundária e do pavilhão gimnodesportivo. Em várias freguesias houve requalificação dos arruamentos. Na cidade de Mogadouro, requalificamos os Bairros de São José e do Valado, a avenida do Sabor e falta apenas o Bairro do Castelinho. Beneficiámos a rede de água e saneamento e reforçámos a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Bastelos e a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Mogadouro (ETAR).

“A elevação a cidade é o reconhecimento do dinamismo social e económico existente em Mogadouro.”

T.M.N.: Mogadouro é um concelho que tem conseguido fixar a população, graças ao dinamismo económico de atividades como a agricultura, a pecuária, a indústria, o comércio e os serviços. Como se consegue este dinamismo económico? Que políticas locais é importante implementar? O que compete ao município? E o que é da responsabilidade privada?

A.P.: É evidente que a iniciativa privada é muito importante. Ao município compete criar instrumentos para apoiar a inciativa privada. Nestes últimos quatro anos, criámos vários regulamentos para apoiar o desenvolvimento das atividades empresariais no concelho. Destaco, por exemplo, a atribuição de 5 mil euros e os custos iniciais da Segurança Social para a criação de novos postos de trabalho nas empresas do concelho de Mogadouro. Há ainda programas de apoio ao investimento local.

“Para a criação de novos postos de trabalho nas empresas do concelho de Mogadouro, o município de Mogadouro atribuiu de 5 mil euros e assume os custos iniciais da Segurança Social.”

T.M.N.: Se a população do concelho de Mogadouro voltar a eleger a equipa do PSD para o governo do municipio, quais são as prioridades do próximo mandato? O que é importante fazer no concelho de Mogadouro?

A.P.: A par da continuidade das políticas sociais, educativas, culturais e empresariais definimos alguns projetos âncora para o desenvolvimento do concelho de Mogadouro. Entre estes projetos, destaco a conclusão a abertura do matadouro municipal, a construção do parque biológico do Juncal, a construção de museu de Mogadouro, a construção de um novo ginásio municipal e continuar a trabalhar para atrair investimento privado com a finalidade de construir um hotel na cidade de Mogadouro.

T.M.N.: Talvez o maior desafio dos concelhos do interior do país seja a baixa densidade populacional, o envelhecimento da população, a dificuldade em fixar os jovens e a baixa natalidade. Qual é a estratégia do PSD de Mogadouro para este problema demográfico?

A.P.: Antes do executivo do PSD entrar em funções, o concelho de Mogadouro perdeu 775 residentes, entre 2023 e 2021. Felizmente, nestes últimos quatro ano, perdemos apenas 125 residentes, o que demonstra o trabalho que estamos a desenvolver para estancar o êxodo populacional, fixar a população e atrair novos habitantes. Para isso, muito têm contribuído o apoio à criação de emprego, que fixa pessoas e famílias e o apoio à natalidade. Recentemente, registámos a vinda de três casais que se mudaram de grandes cidades, para viver no concelho de Mogadouro. No próximo mandato, espero que o saldo seja positivo e que a cidade e o concelho ganhem população.

“Os apoios à criação de emprego e à natalidade estão a fixar pessoas no concelho de Mogadouro.”

T.M.N.: Logo após as eleições autárquicas de 12 de outubro, realiza-se em Mogadouro a histórica Feira dos Gorazes. O certame decorre de 15 a 19 de outubro, no pavilhão Origem Mogadouro e volta contar com um grande investimento na animação musical. Este certame é uma imagem de Mogadouro?

A.P.: Sim, a feira dos Gorazes em Mogadouro sempre teve muitos motivos de interesse. Antigamente, era uma feira durante a qual se vendiam e compravam animais, assim como os produtos das colheitas e peças de vestuário e calçado para o inverno. Depois, com a mecanização da agricultura e a recente construção de novas infraestruturas, como este pavilhão “Origem de Mogadouro” foi possível dar mais qualidade, asseio e conforto aos produtores, artesãos e ao público. Por isso, os Gorazes – Feira de Atividades Económicas e Turísticas do Nordeste Transmontano, coorganizados pelo município e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Mogadouro (ACISM) são uma das melhores feiras do país.

“Os Gorazes – Feira de Atividades Económicas e Turísticas do Nordeste Transmontano, coorganizados pelo município e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Mogadouro (ACISM) é uma das melhores feiras do país.”

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Bragança-Miranda: Visitas pastorais são «uma experiência decisiva» em todas as comunidades

Bragança-Miranda: Visitas pastorais são «uma experiência decisiva» em todas as comunidades

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, está a realizar as visitas pastorais à diocese, tendo iniciado a 5 de outubro, a visita à Unidade Pastoral da Santíssima Trindade, no concelho de Miranda do Douro e até ao fim de 2026, pretende terminar o primeiro ciclo de visitas por toda a diocese transmontana.

“Para mim, tem sido, de facto, uma experiência decisiva, porque estou há dois anos aqui na diocese. E é uma peregrinação que faço a cada comunidade, com a preocupação de visitarmos mesmo todas as comunidades onde houver alguém. Temos visitado algumas localidades onde só estão duas pessoas”, disse D. Nuno Almeida, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O bispo diocesano recordou a visita a Vinhais, na Unidade Pastoral Senhora da Encarnação, no verão de 2024, um dos párocos, quando começavam a Eucaristia, “numa capelinha pequena”, dizia ao ouvido, ‘estão todos aqui’, e “todos, às vezes, eram seis, sete pessoas, mas estavam todos”.

“E, quando estamos todos, e quando estamos inteiramente, até com a nossa pobreza, às vezes, e com o nosso cansaço, porque, às vezes, os dias também eram muito exigentes, o Senhor faz maravilhas”, assinalou.

D. Nuno Almeida iniciou uma nova visita pastoral este domingo, dia 5 de outubro, agora, às paróquias da Unidade Pastoral da Santíssima Trindade, no concelho de Miranda do Douro, e explica que procura “estar muito vigilante”,  consigo próprio, para “não ser o centro da visita, nem o pároco, nem nenhuma outra realidade”, porque vão “unidos, na amizade, na comunhão, mas em nome de Cristo”.

“E, muita coisa aconteceu ao longo destes dois anos,  porque fomos fiéis a este propósito, de deixar que o Senhor se torne como que visível, audível, e até tangível pelas pessoas””, assinalou.

A visita pastoral às comunidades, acrescenta o bispo de Bragança-Miranda, é uma oportunidade de levar essa “presença feliz às pessoas”, e é “sempre” um momento de encontro, de revisão da vida das próprias comunidades,  de perceberem “as dificuldades com um olhar muito realista, mas sempre com esperança, que é sempre possível avançar”, para além da “faceta importante” da visita do bispo “às realidades, às forças vivas, às instituições, às entidades públicas”, que é sempre uma possibilidade.

“É sempre muito importante a visita às escolas, é mesmo gratificante, porque se quebra o gelo com as crianças, e com os jovens, vêm muitas perguntas. E, nestes dois anos, nunca ouvi da boca das crianças e dos jovens perguntas banais, são sempre certeiras. Há uma pergunta que durante sete anos a ouvi em Braga, e durante sete anos também a ouvi em Viseu, porque acompanhei o bispo em muitas visitas pastorais: ‘Gosta de ser bispo? É feliz? Foi feliz como padre? É feliz como bispo?”, desenvolveu D. Nuno Almeida.

O bispo diocesano que responde “com sinceridade”,  dizendo que é “feliz com lágrimas”, explicou que as lágrimas são muito importantes até para lavarem o coração e a alma”, porque a tristeza e as lágrimas “não são o contrário da alegria, o pessimismo é que é o contrário da alegria”, porque bloqueia e impede de sere “pessoas de esperança.”

Na Diocese de Bragança-Miranda vivem três Franciscanos Capuchinhos, da Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado (FIPA), que antecipam as visitas pastorais do bispo de dinamizam um Curso Bíblico, durante uma semana, 15 dias, que têm sido “momentos de descoberta para as pessoas”, e surgindo alguns ‘Grupos Semeadores da Alegria’.

D. Nuno Almeida nota “imediatamente” uma visita pastoral que foi preparada, “e sobretudo preparada a partir desta presença também dos frades Capuchinhos e destes encontros com a Palavra de Deus”, daquelas em que “não houve propriamente este tempo preparatório”, porque “as pessoas estão muito mais mobilizadas, muito mais também recetivas” aos passos que a visita pastoral convida a fazer, que “uma Igreja mais unida, mais sinodal e mais missionária”, é serem “fiéis, no fundo, à Palavra de Deus”.

O bispo da diocese do nordeste de Portugal adiantou ainda que as visitas pastorais estão no ritmo que, mais ou menos, estabeleceram, de durarem três anos, e já estão “a mais de meio”, de janeiro de 2026 até ao verão, é o Arciprestado de Mirandela, depois Moncorvo, e até ao fim do ano civil fazem “o primeiro ciclo por toda a diocese”.

A Diocese de Bragança-Miranda vai começar o Ano Pastoral 2025/2026 no 1.º Domingo do Advento, este ano a 30 de novembro, “porque está ao ritmo também da liturgia”, e este é o último do triénio do projeto pastoral: ‘Caminhar juntos para sermos Igreja sinodal de todos e para todos. Peregrinar unidos para anunciar, celebrar e testemunhar a alegria e a esperança do Evangelho’.

“No fundo, trata-se de estarmos unidos, sinodalmente unidos, para celebrarmos, para anunciarmos e testemunharmos o Evangelho. Dentro deste objetivo, estão alguns pontos muito concretos e também muito circunstanciados à Diocese de Bragança-Miranda”, explica D. Nuno Almeida, referindo-se às unidades pastorais, iniciativa, “em boa hora”, do seu antecessor D. José Cordeiro.

A diocese transmontana tem, atualmente, “18 unidades pastorais que congregam as paróquias”, e a intenção, este ano 2025/2026, é que “todas estivessem mais ou menos ao mesmo ritmo”, mas estão “conscientes” que “as estruturas não existem” sem um caminho espiritual, sem uma vivência espiritual profunda,  sem uma conversão ao Evangelho, “e se existem ficam simplesmente organização humana”.

“Isso significa para que haja, de facto, unidade pastoral, que em cada paróquia, mesmo nas mais pequeninas, se constitua, uma equipa pastoral presidida pelo pároco, que depois reúnam com regularidade num concelho da unidade pastoral, para, em diálogo, se faça também o discernimento sobre o caminho a seguir em cada unidade pastoral. Este passo é fundamental”, desenvolveu o bispo de Bragança-Miranda.

Fonte: Ecclesia | Fotos: HA

Sociedade: Complemento Solidário para Idosos vai subir 40 euros no OE2026

Sociedade: Complemento Solidário para Idosos vai subir 40 euros no OE2026

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Complemento Solidário para Idosos vai aumentar 40 euros no próximo ano, subindo para 670 euros, medida que estará inscrita no OE2026.

Luís Montenegro, presidente do PSD, fez este anúncio num discurso no âmbito de uma ação de campanha eleitoral para as autárquicas de domingo, em Évora.

O Complemento Solidário para Idosos, cujo aumento em 2026 foi avançado pelo JN, consiste num apoio mensal em dinheiro a idosos e pensionistas de invalidez com baixos rendimentos, que não recebem a prestação social destinada a pessoas com deficiência.

Em declarações aos jornalistas após ter discursado o Évora, Montenegro foi questionado se não teme críticas de eleitoralismo depois deste anúncio.

“Eu não receio nada, a minha responsabilidade é partilhar a nossa visão para o país, partilhar o sentido estratégico que, no caso do PSD, nós damos nas várias formas de intervenção que temos”, afirmou.

Montenegro disse que a campanha eleitoral para as autárquicas de domingo decorre num contexto em que o Governo “tem a obrigação de apresentar à Assembleia da República o Orçamento”, no dia 10 de outubro.

“O facto de algumas pessoas poderem dizer que a sua apresentação tem uma vertente eleitoralista significa que se reveem no conteúdo do Orçamento, porque só é eleitoralista aquilo que agrada aos eleitores”, afirmou.

O líder do PSD considerou que, se houver críticas da oposição nesse sentido, só pode ficar satisfeito “com o reconhecimento de que o Orçamento possa ser bom para as pessoas, porque é esse o objetivo”.

Fonte: Lusa

Saúde: Mais de 800 mil vacinas administradas contra a gripe e a covid

Saúde: Mais de 800 mil vacinas administradas contra a gripe e a covid

Entre 23 de setembro e 5 de outubro, foram administradas mais de 800 mil vacinas contra a gripe e a covid-19, indicam dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No segundo relatório semanal da vacinação sazonal indica-se que nesse período foram vacinadas 304.554 pessoas com reforço sazonal contra a covid-19 e 514.906 pessoas contra a gripe.

Segundo o documento hoje divulgado foram vacinadas só na última semana 330.961 pessoas contra a gripe, mais de 172 mil em farmácias e 158 mil no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Contra a covid-19 foram vacinadas nos últimos sete dias 198.029 pessoas, mais de 100 mil em farmácias.

Segundo os dados da DGS até ao passado domingo tinham sido vacinadas contra a gripe 77.401 pessoas com mais de 85 anos, com uma taxa de cobertura vacinal de 22,65%. Contra a covid-19 foram administradas nesta faixa etária 55.288 vacinas, com uma cobertura vacinal de 16,18%.

A faixa etária com mais vacinação foi até agora a das pessoas entre os 70 e os 79 anos, com 180.010 a receberem a vacina contra a gripe e 109.392 a vacina contra a covid-19.

O total de pessoas com 60 anos ou mais vacinadas contra a gripe chegou nas primeiras duas semanas aos 449.105 (14,94% de cobertura vacinal), tendo 279.147 (9,29%) recebido a vacina contra a covid-19.

A campanha de vacinação Sazonal outono-inverno 2025-2026, decorre até 30 de abril de 2026, em unidades de saúde do SNS e em 2.500 farmácias comunitárias e o objetivo da DGS é vacinar cerca de 2,5 milhões contra a gripe e 1,5 milhão contra a covid-19.

Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes”, a campanha sazonal, que arrancou em 23 de setembro, traz este ano como novidade a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os seis e os 23 meses e comparticipada para as que têm entre os dois e os cinco anos.

A DGS recomenda a vacinação contra a gripe e a covid-19 a todos os maiores de 60 anos, aos doentes crónicos de todas as idades e aos profissionais de saúde, recordando a importância da imunização contra estes vírus.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Xavier Rodrigues é o candidato do PSD à freguesia

Palaçoulo: Xavier Rodrigues é o candidato do PSD à freguesia

No comício em Palaçoulo, os candidatos do PSD aos órgãos autárquicos prestaram contas à população local sobre o trabalho realizado desde 2021, informaram sobre o que pretendem fazer caso sejam reeleitos e apelaram à participação e ao voto nas eleições autárquicas de 12 de outubro.

O atual executivo municipal e novamente candidatos sociais-democratas (PSD) à governação da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, Nuno Rodrigues e Vitor Bernardo detalharam o trabalho realizado entre 2021 e 2025.

“O Seguro de Saúde Municipal permitiu à população de todo o concelho de Miranda do Douro aceder rapidamente a exames de diagnóstico e consultas de especialidade médicas. Ainda na saúde, asseguramos o transporte gratuito para os doentes oncológicos. Em Palaçoulo, realizaram-se arranjos urbanísticos, pavimentamos a estrada para o mosteiro trapista, apoiamos a freguesia, a cooperativa e as associações. As danças dos Pauliteiros nas festas rituais da Terra de Miranda já estão inscritas no Inventário Nacional do Património Imaterial”, elencaram.

Sobre o trabalho que pretendem continuar a realizar, no caso de serem eleitos nas autárquicas de 12 de outubro, a equipa social-democrata, avançou que têm como objetivos: criar incentivos à natalidade; melhorar e reforçar o sistema de abastecimento de água; criar o selo “100% Mirandês” para certificar os produtos do concelho de Miranda do Douro; apoiar setores de atividade como a cunicultura e a apicultura; construir um espaço multiusos para eventos e feiras; e continuar a apoiar as freguesias e associações; entre outras iniciativas que constam no programa eleitoral.


Por sua vez, o candidato social-democrata (PSD) à presidência da freguesia de Palaçoulo, Xavier Rodrigues, afirmou que em trabalho com a sua equipa, pretende governar a freguesia em estreita proximidade com a população.

“Candidato-me para estar ao vosso lado, ouvir as vossas opiniões e trabalharmos em conjunto para resolver os problemas da nossa freguesia. Sei que temos valor, força e capacidade para construir o futuro com trabalho, dedicação e proximidade”, disse Xavier Rodrigues.

A ser eleito presidente da freguesia de Palaçoulo e Prado Gatão, Xavier Rodrigues indicou que pretende proporcionar formação profissional para o setor do comércio, indústria, turismo e a restauração; recuperar a fonte das Lhagonicas; requalificar as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR); remodelar do salão de festas; e requalificar a antiga escola de Prado Gatão, para a converter num centro de convívio comunitário.

Para a assembleia municipal de Miranda do Douro, o candidato do PSD é o jovem Pedro Velho, que justificou a sua candidatura com o trabalho realizado ao longo dos últimos quatro anos (2021-2025), como secretário deste órgão autárquico.

HA



Portugal: Autárquicas mostram que o «verdadeiro poder» está nas «organizações mais próximas do cidadão»

Portugal: Autárquicas mostram que o «verdadeiro poder» está nas «organizações mais próximas do cidadão»

A professora universitária, Silvia Mangerona, disse que o “primeiro recurso da sociedade é a família”, defendendo um Estado subsidiário, que colabore e responsabilize instâncias de governo intermédias, onde ganham relevo as autarquias.

“Eu diria que, enquanto politóloga, contrariamente ao que a maior parte das pessoas pode entender, as eleições autárquicas são as que têm maior relevância, maior importância, exatamente porque estão próximas dos cidadãos”, afirmou.

Para a professora de Ciência Política da Universidade Lusófona “as eleições autárquicas são um bom exemplo da proximidade e da naturalidade que é congregar a comunidade e responder aos seus anseios, às suas necessidades e aos seus propósitos”.

“Somos únicos, irrepetíveis e insubstituíveis. E essa dimensão dá-nos uma responsabilidade acrescida de participar, porque se não participarmos, ninguém nos pode substituir”, sublinhou.

Sílvia Mangerona é autora do livro “Subsidiariedade: Doutrina Política e Modelo de Estado”, que publica os resultados da investigação para o doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais, no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, e defende a implementação de um Estado subsidiário, onde cada cidadão, as famílias e as comunidades devem assumir as suas responsabilidades.

“O Estado subsidiário que eu apresento nesta obra de investigação é, de facto, a ideia de que temos que salvaguardar os princípios que estão subjacentes à ideia de subsidiariedade. E esta ideia de subsidiariedade, evocando as tais responsabilidades próprias de cada instância, também é um grande promotor, defensor, protetor da omnipotência do Estado”, afirmou.

Para Sílvia Mangerona, “a família, que é a primeira célula da sociedade, e as sociedades intermédias, as comunidades, têm o direito e o dever de assumir as suas responsabilidades”.

A politóloga considera que o Estado “não deve substituir”, antes ser “subsidiário”.

“Ser subsidiário obriga não só a haver uma realidade de descentralização – e as autarquias são isso, são unidades territoriais descentralizadas – mas obriga a reconhecer que o verdadeiro poder, o ónus da responsabilidade estão nessas organizações mais próximas do cidadão”, afirmou.

A entrevista a Sílvia Mangerona foi emitida no programa Ecclesia de 6 de outubro, na RTP2, no contexto das eleições autárquicas, marcadas para dia 12 de outubro, no próximo Domingo.

Fonte: Ecclesia