A esperança de vida aos 65 anos, aumentou 20,2 anos, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), ao divulgar o valor provisório para o período 2022-2024.
Face ao triénio anterior, verificou-se um aumento de 0,27 anos (3,24 meses).
“Manteve-se a tendência de crescimento da esperança de vida aos 65 anos retomada no triénio anterior, após a diminuição registada durante os anos de pandemia da doença covid-19 (-0,24 e -0,01 anos em 2019-2021 e 2020-2022, respetivamente), em que esta recuou a valores inferiores aos estimados para 2017-2019 (19,73 anos)”, assinalou o INE no Destaque hoje divulgado.
A esperança de vida determina a idade comum de acesso à reforma no regime geral de segurança social.
Is 60, 1-6 / Slm 71 (72) 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12
A liturgia leva-nos, neste dia, à Solenidade da Epifania do Senhor. Na visita dos Reis Magos ao presépio de Belém, meditamos na manifestação de um Deus que vem para salvar o mundo inteiro.
A composição do lugar é-nos dada no Evangelho de São Mateus. Os Magos são-nos familiares pela presença que ocupam nos nossos presépios. Em muitos lares, neste dia, são colocados junto à gruta, como quem termina uma longa viagem e descobre a meta desejada. Chegam a Jesus guiados por uma estrela e confrontados com a desconfiança de Herodes. Não é fácil perseverar quando não se entende tudo nem é óbvio por onde ir. Também não é fácil purificar a imagem de realeza – um rei vive num palácio – para interpretar nas Escrituras que o grande Rei nasce pobre e frágil numa gruta, na periferia de uma cidade.
Quando encontram Jesus, brota nos corações destes estrangeiros a alegria de quem chegou a bom porto e encontrou o seu salvador.
Nos Magos estão representados os povos pagãos vizinhos a Israel e neles se vislumbram todas as nações que hão de acolher a Boa Nova do reino de Deus, nas quais se inclui o nosso país, neste lado do Ocidente virado para o Atlântico. Todos recebemos a mesma herança, pois pertencemos ao mesmo corpo e participamos da mesma promessa em Cristo Jesus, por meio do Evangelho, como diz o Apóstolo São Paulo na Epístola aos Efésios.
Provavelmente, esta é a história de cada ser humano que faz a experiência do encontro com Jesus na vida. Somos desafiados a sair do nosso «conforto» para nos pormos a caminho uns com os outros, nesta dinâmica sinodal que a Igreja nos propõe, atentos às «estrelas» que nos indicam a via a percorrer.
Nestes tempos difíceis em que vivemos, entre as guerras e os desastres naturais, há que fortalecer a fé para não deixar de confiar na ação protetora de Deus. E há que estar atento aos sinais de esperança da luz de Cristo, que nos redimensionam a compreensão da vida. Afinal, a realeza a que somos chamados não vem do poder e do dinheiro, mas da simplicidade, relação e do encontro.
Miranda do Douro: Concerto de Ano Novo na Concatedral
A Concatedral de Miranda do Douro acolhe este sábado, dia 4 de janeiro, o Concerto de Ano Novo, um espetáculo musical interpretado por Dinis Meirinhos e David Bento, dois instrumentistas de guitarra e violino.
No repertório do concerto, agendado para as 21h00, os jovens instrumentistas vão interpretar músicas clássicas do período barroco (1600 até 1750) e outros temas que vão até ao século XX.
Com percursos na guitarra e no violino, estes dois artistas iniciaram a sua formação musical no Conservatório de Música da Jobra, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.
“Unidos por uma ligação de amizade e música que atravessou fronteiras e projetos, regressam agora a palco para nos presentear com um espetáculo inesquecível, que une a experiência de anos de carreira ao mesmo entusiasmo dos seus primeiros passos musicais”, informa o município de Miranda do Douro.
A entrada para o concerto é gratuita.
Nascido em Aveiro, Dinis Meirinhos compôs aos 18 anos, o seu primeiro concerto de guitarra. Seguiram-se obras para guitarra solo e ensemble - muitas das quais têm as suas raízes na música popular mirandesa ou em poemas de artistas portugueses. Como intérprete, toca regularmente em tournées como solista e como músico de câmara em Portugal e na Europa.
David Bento conta-se entre os violinistas portugueses mais ativos da sua geração e tem atuado regularmente em recital e a solo com orquestra. Apaixonado pela música de câmara, atua regularmente em festivais nacionais e internacionais.
Entre 1 e 24 de dezembro, o número e o valor total de compras realizadas aumentaram 15% face a 2023, tendo as compras com MB WAY crescido mais de 40%, segundo dados do SIBS Analytics.
De acordo com a entidade gestora da rede Multibanco, o dia 23 de dezembro registou o maior volume de compras da época natalícia, ultrapassando as 10 milhões de transações, tendo o pico de operações ocorrido às 11:37 de 24 de dezembro, com 402 transações processadas por segundo.
No ‘top 3’ de dias com maior variação de número de compras face à média diária, destacam-se ainda o 20 e o 21 de dezembro (+13% em ambos).
Segundo a SIBS, o MB WAY também se destacou no período natalício, com um crescimento de 43% em compras físicas e de 44% em compras ‘online’ face ao período homólogo de 2023.
Analisando a evolução do consumo, o comércio ‘online’ manteve a tendência de crescimento, representando 21% em valor e 19% em número do total de compras realizadas entre 1 e 24 de dezembro, com um aumento de 30% em número e de 36% em valor face ao ano anterior.
Já as compras em loja registaram um aumento de 11% em número e de 10% em valor.
Em termos de setores com maior crescimento no número de compras na época natalícia, face à média mensal de janeiro a novembro de 2024, a SIBS destaca os “Brinquedos e Jogos” (+69%), “Decoração e Casa” (+59%), “Perfumaria e Cosmética” (+46%) e “Moda e Acessórios” (+39%).
Relativamente ao consumo de estrangeiros em Portugal, os dados do SIBS Analytics evidenciam que, durante a época natalícia, o número de compras físicas aumentou 12% em número e 4% em valor face ao mesmo período em 2023.
Em contrapartida, as compras físicas realizadas por portugueses no estrangeiro diminuíram ligeiramente, com reduções de 2% no número de transações e de 6% no valor.
A análise feita pela SIBS considera compras em lojas físicas dos cartões portugueses na rede Multibanco e os pagamentos ‘online’ de cartões portugueses, incluindo os pagamentos com MB WAY.
Saúde: Mais de 2,3 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe
A Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que cerca de 2,3 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe e mais de 1,5 milhões contra a covid-19, sendo a cobertura vacinal mais elevada nos idosos com 85 ou mais anos.
Segundo o último relatório da DGS, 2.302.229 pessoas forma vacinadas contra a gripe entre 20 de setembro, quando arrancou a campanha de vacinação sazonal, e 29 de dezembro, das quais 1.270.387 tomaram a vacina na farmácia e 1.031.438 no Serviço Nacional de Saúde.
Os dados indicam também que 1.515.033 receberam a dose de reforço da covid-19, tendo 841.462 sido vacinados nas farmácias e 673.351 nos centros de saúde.
A cobertura vacinal da gripe é maior do que a da covid-19 em todos os grupos etários. No caso dos idosos com 85 ou mais anos, que apenas podem ser vacinados no SNS, a cobertura desta faixa etária para a gripe chegou aos 83,76% (286.478 pessoas), baixando para os 64,48% no caso da covid-19 (220.555).
De acordo com os dados, a cobertura vacinal mais baixa verifica-se no grupo entre os 60 e 69 anos, com 47,08% vacinados contra a gripe (610.977) e 32,79% para a covid-19 (425.545).
A campanha de vacinação sazonal iniciou-se em 20 de setembro, com quase cinco milhões de vacinas contra a gripe e a covid-19 para administrar.
Este ano aderiram mais 25 farmácias, num total de 2.519 que vão funcionar em complementaridade com os centros de saúde, administrando as vacinas a utentes entre os 60 e os 84 anos e aos seus profissionais de saúde.
Nesta campanha, a vacinação contra a gripe com dose reforçada foi alargada às pessoas com 85 ou mais anos, para além dos residentes em lares de idosos e unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados.
No Domingo, dia 5 de janeiro e para celebrar uma das tradições mais belas da época de Natal, a vila de Vimioso volta a organizar o “Cantar dos Reis”, um evento que vai decorrer no pavilhão multiusos e que tem como convidado, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.
De acordo com o município de Vimioso, após três anos de interregno, Vimioso prepara-se para celebrar de novo a tradição do Cantar dos Reis, num evento em que vão participar grupos vindos das freguesias do concelho e o rancho folclórico e etnográfico de Vimioso.
Em Vimioso, o Cantar dos Reis começa às 14h00 com a celebração da Missa Dominical, presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida. O bispo diocesano vai iniciar neste mês de janeiro a visita pastoral ao arciprestado de Miranda e mais concretamente à Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, em Vimioso.
Depois da missa, os grupos culturais das freguesias de Vimioso vão apresentar as suas interpretações dos cantares dos Reis, com músicas como: “Eu hei de ir ao presépio”, “Vimos Cantar os Reis”, “Janeiras”, “Ó meu Menino Jesus”, entre outros temas.
Este ano, o Cantar dos Reis, em Vimioso tem ainda como motivos de interesse o concerto dos Zingarus e a tradicional Partilha de Reis.
Na partilha de Reis, o município de Vimioso oferece um lanche aos participantes e cada grupo partilha também o que de melhor tem na sua freguesia, como o fumeiro, pão, licores, doçaria tradicional, frutos secos, entre outros produtos.
O Cantar dos Reis é uma iniciativa conjunta domunicípio de Vimioso e da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, que conta com a participação das freguesias do concelho.
Vila Chã de Braciosa: Festa do Menino deu início ao Ano Novo
No dia 1 de janeiro, a população de Vila Chã de Braciosa iniciou o novo ano com a celebração da Festa do Menino e o ritual da Velha, uma das tradicionais festas de solstício de inverno do concelho de Miranda do Douro.
No final da celebração religiosa realizou-se o gesto de adoração ao Deus Menino.
O presidente da freguesia de Vila Chã de Braciosa, António Mamede, explicou que a Festa do Menino, com o ritual da Velha é uma das festas de solstício de inverno do concelho de Miranda do Douro.
“Inserido na festa cristã em honra do Menino Jesus, este antigo ritual de solstício de inverno distingue-se pela participação de três figuras mascaradas – a velha, o bailador e a bailadeira – que têm a missão de acompanhar os mordomos da festa, no peditório realizado pelas casas da aldeia”, explicou.
Graças ao empenho da população local, da freguesia e do município de Miranda do Douro, a Festa do Menino com o ritual da Velha, é considerada a festividade mais emblemática de Vila Chã de Braciosa.
“Para preservar e divulgar esta festa de solstício de inverno, procuramos participar em eventos regionais, nacionais e até internacionais, como as festas dos mascarados. E isso acaba por dar maior visibilidade a esta nossa tradição e atrai a vinda de visitantes e jornalistas, que aproveitam para passar o fim-de-ano na região”, disse.
O vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, destacou a cada vez maior afluência de público à Festa do Menino, em Vila Chã de Braciosa.
“Estou bem surpreendido por encontrar tantas pessoas, vindas de outras localidades do país, para conhecer as tradicionais festas de solstício de inverno do concelho de Miranda do Douro. Isto demonstra que a cultura é um importante fator de desenvolvimento local, pois consegue atrair gente para o nosso território, o que por conseguinte gera receitas para os vários setores de atividade do concelho”, disse.
Sobre o problema do despovoamento que assola as aldeias, Nuno Rodrigues, admitiu que é um desafio para a maioria dos concelhos do interior do país e que a solução passa por criar condições para a fixação dos jovens.
E por falar em jovens, Carlos Martins, foi o mordomo da Festa do Menino, em Vila Chã de Braciosa. O estudante universitário explicou que habitualmente, a mordomia é constituída por 1 rapaz e duas raparigas. No entanto, perante a falta de gente na aldeia e de raparigas voluntárias, a festa deste ano teve apenas um único mordomo.
“A missão dos mordomos é reunir um grupo de homens para cortar, recolher e transportar a lenha para fazer a fogueira do Menino. Às mulheres compete embelezar os altares da igreja matriz. E há ainda que contratar os gaiteiros e o grupo musical para animar o peditório e o baile ao final do dia”, indicou.
No dia 1 de janeiro, o peditório para a Festa do Menino iniciou-se às 8h30 da manhã, numa ronda pela aldeia. Esta volta serviu também para desejar um “feliz ano novo” à população. Em cada casa, a comitiva foi presenteada com um aperitivo (licor, figos secos, tremoços, chocolates) e em troca a mordomia ofereceu animação com a música dos gateiros e as danças das figuras mascaradas.
Ao início da tarde celebrou-se a Missa, na Igreja matriz, presidida pelo padre António Pires. Na homília, o sacerdote, indicou que neste primeiro dia do ano, a Igreja celebra a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.
“Em Vila Chã da Braciosa, celebra-se a Festa do Menino Jesus. E a solenidade de Maria, a Mãe de Deus, lembra que Maria existe para dar Jesus ao mundo! À semelhança dos pastores que foram apressadamente até Belém, queiramos nós também, neste novo ano, conhecer melhor o Deus Menino!”, exortou.
A missa concluiu-se com a tradicional procissão da imagem do Menino Jesus, à volta da igreja matriz. No final, houve baile no adro da igreja, com os casais da aldeia e as figuras mascaradas a dançar ao som dos gaiteiros.
O peditório pelas ruas da aldeia de Vila Chã de Braciosa, animado pelas figuras a Velha, o bailador e a bailadeiraé uma das atrações da Festa do Menino.
A figura da "Velha" foi interpretada por José Joaquim Sebastião, que se distinguia pelo vestuário escuro, o rosto tisnado, um enorme terço pendurado ao pescoço feito de bugalhas com um cruz de cortiça queimada, usada para tisnar os mais distraídos. Numa das mãos, a Velha transportava ainda um pau com bexigas de porco, usado para afugentar os miúdos. Outro adereço, era a alforge carregada ao ombro para guardar as chouriças recebidas para a festa.
As outras duas figuras, também interpretadas por homens, o "Bailador" e a "Baladeira" vestiam trajes mais coloridos e tinham a missão de dançar durante o peditório, animado com a música do trio de gaiteiras (gaita-de-foles, caixa e bombo).
Na aldeia de Vila Chã da Braciosa, outro dos momentos mais aguardados na Festa do Menino, foi o acender da fogueira, a meio da tarde. A lenha foi recolhida pelos rapazes e homens da aldeia, um trabalho que serviu para reforçar a amizade e o espírito comunitário.
A Fogueira do Menino é uma das atrações da Festa, em Vila Chã de Braciosa.
Abel Martins, com 82 anos, residente em Vila Chã de Braciosa contou que antigamente, quando a aldeia estava bem mais povoada, a Festa do Menino durava até ao dia de Reis, 6 de janeiro.
Bragança-Miranda: Dom Nuno Almeida convida a abrir «porta do perdão» no Jubileu 2025
O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida apelou à abertura da “porta do perdão” na vida pessoal e social, como forma de assinalar o Ano Santo que a Igreja Católica está a viver, por decisão do Papa Francisco.
“O Jubileu abre-se para que a todos seja dada a esperança, a esperança do Evangelho, a esperança do amor, a esperança do perdão. Nunca teremos o nosso coração em paz sem a capacidade de dar e receber o perdão”, disse D. Nuno Almeida, na primeira Missa de 2025, que assinalou a solenidade litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus, e Dia Mundial da Paz.
“É necessário, então, atravessar a porta do perdão, entrar na lógica do amor incondicionado e através dela descobrirmos que todos merecem o nosso amor sem reservas”, acrescentou na homilia.
A celebração, na Catedral de Bragança, sublinhou que o novo ano se inicia com a invocação de Maria, ainda no espírito do Natal.
“Maria, a Senhora deste dia, aparece a guardar ou a conservar com ternura todas estas palavras, todos estes acontecimentos que falam e que não podem ser esquecidos. O verbo guardar implica atenção cheia de ternura, como quem leva nas suas mãos um tesouro precioso”, indicou.
O bispo da diocese de Bragança-Miranda aludiu ainda ao tema escolhido pelo Papa para o 58.º Dia Mundial da Paz, ‘Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz’.
“O Papa Francisco deseja que este Ano Jubilar de 2025 seja uma porta aberta de esperança, em gestos concretos, como por exemplo, o perdão dos pecados e da dívida financeira aos países pobres”, assinalou.
D. Nuno Almeida apontou à necessidade de “curar, fazer renascer e renovar o relacionamento com Deus, com os outros”.
“Um conflito familiar provoca feridas que sagram. Uma amizade que se rompe lança tristeza na alma. O perdão, a indulgência e a reconciliação são sempre um nascer de novo. Nunca faltam as dores do parto: sofridas e sentidas por quem dá e recebe o perdão e por quem busca a reconciliação”, precisou.
A homilia encerrou-se com o convite a entregar o novo ano ao “colo da Mãe de Deus”.
“Que Maria nos reconduza a Jesus. É Ele a Estrela do caminho deste Povo peregrino. Na graça de um novo ano, a todos desejo um Feliz Ano Jubilar de 2025”, declarou D. Nuno Almeida.
2025: Primeiro-ministro promete mais investimento em Portugal
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considera que o ano que agora começa deve ser pautado por maior investimento e argumentou que o Governo quer construir um país mais justo, tolerante e mais competitivo.
Num artigo publicado no Jornal de Notícias na viragem do ano, intitulado “Portugal em movimento”, o primeiro-ministro escreve que este é o ano para prosseguir “sem hesitações na construção de um país renovado, mais justo, mais livre, mais democrático, mais tolerante, mais competitivo, com mais riqueza”.
“As palavras-chave são investimento, investimento, investimento. Concretizar o investimento público. Estimular o investimento interno, privado e empresarial. Atrair o investimento externo que procura previsibilidade e segurança”, salienta.
O chefe do Governo considera que “só assim” será possível “continuar a salvar o Estado social – com ações concretas e construtivas, não com palavras ocas, bloqueios ou medo da mudança”.
“Este novo ano de 2025 nasce revestido de renovação e da esperança. Renovação de políticas, de objetivos, de energia e de compromisso. Esperança nos resultados, nas oportunidades que vamos agarrar e nas dificuldades que vamos superar”, assinala, referindo que com as eleições legislativas de março de 2024, se “iniciou uma mudança de ciclo político que se traduziu num movimento de viragem e transformação do país, com reflexo direto nas condições de vida dos portugueses”.
Luís Montenegro salienta que o Governo que lidera “veio para melhorar a vida das pessoas” e não “para deixar tudo na mesma, tampouco para criticar ou se justificar com o passado”.
O primeiro-ministro destacou as áreas que o Governo considera prioritárias, como a saúde, a educação e a transição energética, entre outras.
“Vamos continuar a combater a burocracia nos organismos e serviços do Estado, a apostar na digitalização e na proximidade com o cidadão. Vamos continuar a promover uma imigração regulada, nem de portas fechadas nem de portas escancaradas, acolhendo e integrando com dignidade e humanismo os que escolherem Portugal para viver e trabalhar. Vamos continuar a investir em habitação pública – o maior investimento desde os anos noventa – e a incentivar a construção de casas a valores moderados, seja para comprar ou arrendar. Vamos continuar a salvaguardar a segurança como um dos maiores ativos do país, combatendo a criminalidade violenta, o tráfico de droga, mas também a corrupção e a criminalidade económica”, elenca.
Depois de referir várias medidas tomadas pelo Governo desde que entrou em funções, em abril de 2024, Montenegro afirma que, em 2025, o executivo vai “continuar a estar ao lado de todas as pessoas, especialmente das mais vulneráveis, solitárias e desprotegidas”.
“No dia 1 de janeiro, que é também o Dia Mundial da Paz, é também importante lembrar que a paz começa dentro das quatro paredes de todas as casas, que deve ser o sítio mais seguro do Mundo, onde a violência, sobretudo contra mulheres e crianças, tem de ser firmemente combatida para ser erradicada”, defende, valorizando também “a estabilidade e as oportunidades que Portugal tem para oferecer aos seus cidadãos e ao mundo”, perante o cenário internacional.
2025: Presidente da República apela a solidariedade institucional
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou para a necessidade de solidariedade institucional e cooperação estratégica neste novo ano de 2025, que garanta estabilidade e previsibilidade ao país.
“Precisamos que o bom senso que nos levou a reforçar a solidariedade institucional e até a cooperação estratégica entre órgãos de soberania, nomeadamente Presidente da República e primeiro-ministro, prossiga, e que nos levou também a aprovar os orçamentos 2024 e 2025, continue a garantir estabilidade, previsibilidade e respeito cá dentro e lá fora”, afirmou o chefe de Estado na tradicional mensagem de Ano Novo, a partir do Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que é preciso “renovar a democracia, não a deixar envelhecer”, no que toca à “juventude, no papel da mulher, no combate à corrupção, na construção da tolerância e do diálogo, na recusa da violência pessoal, doméstica, familiar e social, na capacidade das forças políticas, económicas e sociais, mas também do sistema de justiça, mas também na administração pública, para se virarem para o futuro, para melhor servirem a comunidade”.
Na mensagem de cerca de oito minutos, o Presidente da República pediu mais combate a pobreza, afirmando que “a pobreza, os dois milhões de portugueses, é um problema de fundo estrutural que a democracia não conseguiu resolver”.
Apontando que em 2024 Portugal assinalou os 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974 e o centenário do nascimento de Mário Soares, o chefe de Estado afirmou que os portugueses não querem “perder nem liberdade nem democracia”, mas perceberam que “um ciclo se fechou, de 50 anos, e evocar Abril é olhar para o futuro, não é repetir o passado”.
“Precisamos de mais igualdade social e territorial, precisamos de ainda mais educação, de melhor saúde, de melhor habitação. Para isso precisamos de qualificar mais os recursos humanos, inovar mais, competir com mais produtividade, continuar a antecipar e bem no domínio da energia limpa, no domínio do digital, na tecnologia de ponta, mas não deixar que se aprofunde o fosso, a distância, entre os jovens que avançam e os que o não podem fazer, entre os jovens que avançam e aqueles de mais de 55, 60, 65 anos, que cada vez mais entram em becos com poucas ou nenhumas saídas”, alertou.
E resumiu: “Numa palavra, uma economia que cresça e possa pagar melhor e aumentar os rendimentos dos portugueses, assim corrigindo também as suas desigualdades”.
O Presidente da República alertou que é preciso que “os números económicos e financeiros, vindos do passado próximo, naquilo que tiveram e têm de positivo, e confirmados no presente, se consolidem e acentuem”.
Marcelo insistiu também na aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Precisamos que os 16 mil milhões do PRR que temos para gastar nos próximos dois anos sejam mesmo usados e façam esquecer os 6.300 milhões que gastámos, que usámos, no mesmo tempo ou ainda maior, até hoje”, reforçou, defendendo que Portugal tem de ficar “mais preparado para enfrentar as aceleradas mudanças na Europa e no mundo”.
“Precisamos de afirmar a atualidade da visão universal de Camões, tão lembrado e a justo título este ano. Ser português é ser universal. Isto é decisivo na nossa identidade nacional”, salientou.
Nesta que foi a oitava e penúltima mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto chefe de Estado, referiu-se também às eleições autárquicas, afirmando que “o povo será o juiz supremo da resposta perante tantos desafios”.
“Eu acredito na vontade experiente e determinada do povo português, eu acredito nos portugueses, eu acredito, como sempre, em Portugal”, afirmou.
O Presidente da República disse também que os portugueses aprendem “com tudo e todos, com todos” e não têm “o monopólio da verdade”, nem deitam “nada fora”.
“Guardamos para a nossa memória coletiva de séculos”, acrescentou.