Autárquicas: António Santos Vaz eleito presidente do município de Vimioso

Na sua primeira candidatura à presidência da Câmara Municipal de Vimioso, António Santos Vaz, recebeu 1691 votos, o que corresponde a uma maioria absoluta de 52,98%, sendo que as prioridades do executivo social-democrata (PSD) são o combate ao despovoamento, com incentivos ao investimento e à criação de emprego, a aposta na educação e novos serviços de saúde para a população.

Nas eleições autárquicas, no concelho de Vimioso, participaram 3036 eleitores, mais 105 pessoas do que em 2021.

“A campanha eleitoral decorreu muitíssimo bem, pois o nosso comportamento pautou-se pela elevação, sinal de que a democracia portuguesa já atingiu a maturidade. Na elaboração do nosso programa eleitoral, quisemos escutar, discutir e escolher as propostas que vão responder aos problemas e necessidades das populações em geral e das famílias e pessoas, em particular”, disse.

Questionado sobre as prioridades da sua governação para este primeiro mandato, António Santos Vaz, indicou peremptoriamente o combate ao despovoamento, com incentivos ao investimento privado e à criação de emprego, a aposta na educação e novos serviços de saúde para a população.

Com os objetivos de incentivar a criação de emprego e a fixação de população no concelho de Vimioso, o município liderado pelo presidente António Santos Vaz, elaborou uma proposta de Regulamento de Apoio à Criação de Emprego, que prevê a atribuição de 5 mil euros, por cada posto de trabalho criado.

Segundo o regulamento, o incentivo financeiro atribuído pelo município de Vimioso destina-se a cada posto de trabalho criado, na modalidade de contrato sem termo, com a obrigação da manutenção do posto de trabalho, pelo período mínimo de cinco anos.

O regulamento, que pode ser consultado no site do município de Vimioso, indica que são elegíveis ao apoio financeiro, as atividades económicas em áreas como o comércio, indústria, prestação de serviços, turismo, agricultura e outras atividades que contribuam para o desenvolvimento do concelho de Vimioso.

Outra prioridade do executivo municipal, liderado por António Santos Vaz, é o ensino, em particular a frequência do ensino secundário no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).

“Em Vimioso, a inexistência de ensino secundário obrigatório obriga os nossos jovens a irem estudar para os concelhos vizinhos de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro e outras localidades. Esta lacuna formativa, obriga-nos também a nós, os decisores políticos locais, a criar alternativas como as turmas de responsabilidade partilhada, para assim possibilitar que os nossos jovens continuem a estudar em Vimioso, até ao 12º ano. Não é o ideal e por isso vamos continuar a trabalhar para que o ensino secundário seja uma realidade no agrupamento de escolas de Vimioso”, avançou o autarca vimiosense.

Na saúde, o município de Vimioso, à semelhança do que já fazem outros municípios, como o de Miranda do Douro, por exemplo, pretende implementar o Seguro Municipal de Saúde, de modo a possibilitar aos munícipes o acesso mais célere a exames de diagnóstico, consultas de especialidade e à telemedicina.

No concelho de Vimioso, o resultado das eleições autárquicas, ditou que o principal partido da oposição, o PS, passasse de 901 votos em 2021, para 1335 votos, em 2025. Ou seja obteve mais 434 votos. Este aumento na votação levou o PS a ganhar mais duas freguesias: à de Vimioso juntaram agora Argozelo e a União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso.

Confrontado com este resultado, o presidente do município, António Santos Vaz, disse que o PSD governa o município de Vimioso desde 2001 e nesta campanha eleitoral, o partido socialista insistiu na ideia de que existiria cansaço e haveria uma necessidade de mudança.

“Ainda assim, o PSD venceu a maioria das freguesias do concelho, com exceção da Freguesia de Vimioso e da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso onde perdemos por escassos oito votos. Já na freguesia de Argozelo, a terra-natal do primeiro candidato socialista à Câmara Municipal de Vimioso, o PS ganhou com a diferença de 147 votos, o que noutras circunstâncias nunca aconteceria”, disse.

Para explicar a derrota em Argozelo, quer para a Câmara Municipal quer na Assembleia de Freguesia, o presidente eleito, António Santos Vaz, acrescentou que o candidato socialista procurou mobilizar a população, com promessas pouco exequíveis.

“Como é que se pode prometer à população da vila de Argozelo, uma corporação de bombeiros, a construção de estradas ou a abertura de uma nova agência bancária quando o que está a acontecer é o fecho destes serviços? É fácil prometer e há pessoas que se deixam levar. São promessas com aparência de bem, mas depois difíceis de executar e irrealistas”, criticou.

Finalizadas as eleições autárquicas, é muito comum ouvir dizer-se que os políticos só se aproximam do povo quando precisam dos votos. Questionado, sobre o que pretende fazer ao longo dos próximos quatro anos para manter a proximidade com as pessoas, António Santos Vaz, respondeu que é isso que faz no dia-a-dia.

“A minha vocação é estar com as pessoas, inteirar-me dos problemas das várias localidades do concelho e ajudar a resolvê-los. No decorrer da campanha repetimos incessantemente que é importante falar a verdade e as propostas do nosso programa eleitoral são realistas e exequíveis”, concluiu.

HA

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