Ambiente: GNR realiza fiscalizações à poluição da água e do solo
A Guarda Nacional Republicana (GNR) detetou 12 crimes de poluição e elaborou 225 autos de contraordenação, em ações realizadas este ano no âmbito da fiscalização da poluição dos solos e dos recursos hídricos.
Entre 1 de janeiro e 27 de setembro, a GNR diz ter recebido um total de 1.174 denúncias sobre poluição, 463 das quais relacionadas com poluição da água e 711 com poluição do solo.
Em 2023, as denúncias recebidas pela GNR ascenderam a 1.276 (500 relacionadas com poluição da água e 776 com poluição do solo), tendo sido efetuadas 272 ações de fiscalização, que resultaram em 307 contraordenações e 24 crimes detetados.
Segundo a GNR, a poluição dos solos e recursos hídricos “acarreta severas consequências, entre as quais se destacam a degradação da qualidade da água potável, a alteração de ecossistemas, com possível extinção de espécies, e a introdução de poluentes na cadeia alimentar”, o que põe em risco a segurança alimentar e contribui para o empobrecimento dos solos, que deixa de ter valor para produção.
Tem ainda como consequência a libertação de mais gases nocivos para a atmosfera, “incrementando alterações climáticas”.
“A frequência de situações de seca meteorológica e empobrecimento dos solos que se tem verificado em Portugal nas últimas décadas, com a possibilidade de poderem vir a ser agravadas com o efeito das alterações climáticas, implica um aumento do risco e da vulnerabilidade a estes fenómenos”, alerta.
A redução do potencial produtivo dos solos, das disponibilidades hídricas e, consequentemente, dos usos existentes, com particular incidência no setor agrícola e ao nível económico e social são alguns dos riscos apontados.
Fonte: Lusa