Ambiente: 67 meios aéreos para o combate aos incêndios
Este ano, o combate aos incêndios rurais conta com 67 meios aéreos, menos nove do que as aeronaves previstas para esta fase do dispositivo, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC).

“O dispositivo aéreo da ANEPC conta com 69 aeronaves, das quais duas estão inoperativas por motivos de manutenção”, refere a Proteção Civil, após os autarcas de Grândola, Ourique e Moura se terem queixado da falta de meios aéreos para combate aos incêndios rurais nestes concelhos e apelado a uma solução urgente para dar resposta às populações.
A Diretiva Operacional Nacional (DON) que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) prevê para o período de 01 a 30 de junho, denominado ‘nível Charlie’, 76 meios aéreos.
No entanto, apenas estão operacionais para o combate aos fogos 67.
Segundo a ANEPC, os helicópteros ligeiros inoperacionais para manutenção estão sediados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdez (Viana do Castelo) e Santa Comba Dão (Viseu). Em Arcos de Valdevez existe um outro helicóptero que está operacional.
A Proteção Civil indica apenas os locais onde existem meios aéreos, faltando referir quais as aeronaves em falta.
A Força Aérea Portuguesa, entidade responsável pela contratação dos meios aéreos de combate a incêndios rurais, sobre os motivos para a falta de aeronaves, mas até ao momento não obteve resposta.
No início do mês de junho, quando entrou em vigou o ‘nível Charlie’, fonte do setor afirmou que a falta de meios aéreos estava relacionada com a documentação para poderem operar e falta de candidatos nos concursos.
A ANEPC indicou que tem atualmente ao dispor 36 helicópteros ligeiros sediados nos CMA de Arcos de Valdevez , Famalicão, Fafe, Chaves (2), Ribeira de Pena, Bragança, Alfandega da Fé, Baltar, Vale de Cambra, Vila Real, Armamar, Águeda, Viseu, Aguiar da Beira, Mêda, Guarda, Seia, Covilhã, Cernache, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Alcaria, Castelo branco, Proença-a-Nova, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Santarém, Lourinhã, Montijo, Évora, Monchique, Cachopo e Loulé.
Estão também operacionais cinco helicópteros pesados localizados nos CMA de Macedo de Cavaleiros, Braga, Pombal, Ferreira do Zêzere e São Brás de Alportel e quatro helicópteros de reconhecimento, avaliação e coordenação em Vila Real, Lousã, Ponte de Sor e Beja.
Existem também 18 aviões médios anfíbios em Mirandela (2), Vila Real (2), Viseu (2), Cernache (2), Castelo Branco (2), Proença-a-Nova (2), Ponte de Sor (2), Beja (2) e Portimão (2).

Segundo a Proteção Civil, estão ainda ativos dois aviões anfíbios pesados em Castelo Branco e dois aviões de reconhecimento, avaliação e coordenação sediados nos CMA de Viseu e Ponte de Sor.
O DECIR vai ser reforçado a 1 de julho, data em que estão previstos 79 meios aéreos.
Fonte: Lusa | Fotos: Flickr