XXX Domingo do Tempo Comum
Amar é dar a vida pelo outro
Ex 22, 20-26 / Slm 17 (18), 2-3.7.47.51ab / 1 Tess 1, 5c-10 / Mt 22, 34-40
Quando um fariseu pergunta a Jesus qual é o maior mandamento da Lei, ele não está a referir-se aos comummente conhecidos dez mandamentos, mas sim aos 613 mandamentos da Lei de Deus. É uma pergunta imensa, de resposta difícil e que abrange várias dimensões da vida de um judeu. Mas Jesus parece nem sequer hesitar, respondendo: amar Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todo o espírito; amar o próximo como a si mesmo.
Aqui está o centro da nossa vida. Na dúvida sobre o que devemos fazer em qualquer situação, é a este momento da vida de Jesus que podemos recorrer: amar Deus com todas as nossas forças, isto é, amar e cuidar do amor, e amar o outro. E este amor, aprendemos na Paixão de Jesus, vai muito além de um mero desejar bem: implica falar, mas também calar; implica denunciar, mas também perdoar. Implica consolar quando somos nós quem está pregado na cruz.
Quando vivemos assim, tudo nos une, tudo se torna luz, tudo se faz canção. E haverá coisa mais bela do que cantar a própria vida?
No meio das nossas indecisões, dúvidas, temores e incertezas, recordemos o essencial da nossa fé: amar a Deus de todo o coração, com toda a alma e com todo o espírito; amar o outro como a si mesmo. E confiemos! Confiemos neste caminho aberto por Jesus, o único que rompe a tirania da cruz, da dor e do sofrimento e que vai além dele. Este caminho é o da nossa felicidade.