Algoso: Marca “Aldeias de Portugal” distingue a localidade
Após a assinatura a 1 de outubro, da carta de compromisso de adesão, Algoso passou a integrar rede de Aldeias de Portugal, com o objetivo de desenvolver a localidade, através da promoção e comercialização do seu património, das tradições e dos recursos endógenos.
A adesão de Algoso à marca “Aldeias de Portugal” foi assinada no largo do pelourinho, em Algoso e contou com a participação de respresentantes da ATA – Associação do Turismo de Aldeia, do Município de Vimioso, da Freguesia de Algoso e da Corane – Associação Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina.
A coordenadora do projeto Aldeias de Portugal, Cláudia Miranda, explicou que a missão da ATA – Associação de Turismo de Aldeia é o desenvolvimento dos territórios rurais.
“A marca “Aldeias de Portugal” não se trata apenas de uma marca de turismo, é mais abrangente, dado que visa promover o desenvolvimento local. Foi criado por uma rede de associações de desenvolvimento local, que concluíram que era necessário dinamizar as aldeias no nosso país. Para tal é fundamental envolver as pessoas, chamá-las a participar na tomada de decisões e responsabilizá-las na preservação do património e da cultura local, como são as tradições”, disse.
A responsável da ATA acrescentou que as entidades públicas, como as freguesias e os municípios são colaboradores deste projeto, ao contribuírem com financiamento e apoio técnico e logístico para o desenvolvimento do projeto “Aldeia de Portugal”.
“Em cada aldeia, é constituída uma equipa de trabalho, formada pelos seus habitantes e os representantes locais, que conjuntamente decidem quais são as áreas de intervenção para a sobrevivência e dinamização da localidade. Entre estas áreas de intervenção estão as tradições, os eventos, o património, etc., que depois vão ser promovidas pela marca Aldeias de Portugal, com o objetivo de trazer mais visitantes à aldeia, o que poderá depois repercutir-se num maior dinamismo económico local, nomeadamente no turismo, na hotelaria e na restauração, no escoamento dos produtos agrícolas, etc.”, explicou.
Outro objetivo do projeto “Aldeias de Portugal” é dar a conhecer as mais valias de viver no mundo rural, como é o contato constante com a natureza, a alimentação feita com produtos biológicos, o ar puro, o menor custo de vida, entre outras vantagens, e assim agir contra o despovoamento.
«Foram identificadas algumas localidades que têm potencial para receber o selo ou marca “Aldeias de Portugal”. Algoso apresentou uma candidatura e após análise da caraterísticas da localidade verificou-se que reúne condições, em património material e imaterial, para receber esta distinção”, disse.
Entre estas caraterísticas, o autarca de Vimioso destacou tradições locais como a Festa do Ramos de São João, que antecede o Carnaval ou o Sábado de Aleluia, na Páscoa.
“Para dar vida à aldeia, é importante aproveitar turísticamente este património histórico, onde sobressai o castelo e o pelourinho, mas também a igreja matriz e as várias capelas. Recordo que Algoso foi vila e sede de concelho até 1855”, indicou.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Vimioso encorajou os mais jovens, aqueles que têm gosto em viver na aldeia, a desenvolver projetos ligados ao turismo ou à agricultura, de modo a dar vida a este território rural.
Após a assinatura da Carta de Compromisso de Adesão à Rede de Aldeias de Portugal, a presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, mostrou-se determinada em colocar a localidade, entre as “Aldeias de Portugal” mais visitadas e apreciadas no país.
“Com a entrada da rede de Aldeias de Portugal, o nosso objetivo é dar a conhecer o nosso património, as tradições, a gastronomia local, as festividades, as atividades e os produtos endógenos”, disse.
Para tal, a autarca mostrou-se confiante com o apoio da população local, pessoas idosas e jovens, na preservação e promoção de Algoso como “Aldeia de Portugal”.
A ATA – Associação do Turismo de Aldeia é uma instituição de âmbito nacional, constituída a 17 de Junho de 1999. Em 2005, ganhou um novo dinamismo ao passar a integrar Associações de Desenvolvimento Local (ADL) e outros agentes de representatividade local.
HA