Ambiente: Laboratório de Trás-os-Montes “surpreendido” com suspeitas de falsificação de análises de água
O Laboratório Regional de Trás-os-Montes, em Mirandela, que foi alvo de buscas policiais por suspeitas de falsificação de análises de água, está “surpreendido” com a investigação, garantindo colaborar com as autoridades, adiantou fonte da empresa.
Além de reforçar que colaborou “desde o primeiro momento” com as autoridades policiais e continuará a fazê-lo, o Laboratório Regional de Trás-os-Montes espera que as investigações possam ser desenvolvidas com a “celeridade que se impõe”, referiu a fonte oficial.
Confirmando ter sido “objeto de diligências processuais” no âmbito de uma investigação tutelada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, o laboratório mostrou-se “surpreendido” com a mesma por estar “convicto de que a sua atividade tem sido sempre prosseguida de acordo com as melhores práticas do setor”, sublinhou. ´
“Enquanto infraestrutura credenciada e acreditada pelas entidades competentes, nomeadamente pelo IPAC [Instituto Português de Acreditação], tem sido regularmente sujeita a avaliações e auditorias externas, tendo ficado surpreendida com esta investigação”, vincou.
Na sua página oficial na Internet, o Laboratório Regional de Trás-os-Montes refere que o seu objetivo é “prestar serviços de controlo de qualidade a municípios e serviços municipalizados da região, bem como a entidades particulares, sejam elas indústrias, empresas de tratamento de águas e saneamento, empresas de tratamento de resíduos sólidos ou mesmo a pessoas com sistemas próprios de abastecimento e a demais entidades do setor público e privado”.
O laboratório presta “serviços de controlo de qualidade em todas as regiões do país e regiões autónomas da Madeira e dos Açores”, acrescenta.
O laboratório envolvido na investigação pretendia, com aquela alegada prática, ganhos económicos e corresponder aos pedidos dos clientes, avançou hoje a PJ/Vila Real.
Em conferência de imprensa, o coordenador do departamento de investigação criminal da PJ/Vila Real, António Trogano, explicou que o laboratório, ao não efetuar a recolha de amostras de água, ao adulterar a recolha ou a fazer a recolha e falsificar os resultados tinha com objetivo obter ganhos económicos, por receber por um serviço que não realizava, e corresponder aos “desejos” de clientes de entidades públicas ou privadas.
As câmaras de Miranda do Douro, Mogadouro, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor e Mirandela, no distrito de Bragança, confirmaram ter sido alvo de buscas no âmbito desta operação.
Fonte: Lusa