Ifanes: Na festa de São Sebastião canta-se e leiloa-se o ramo

A aldeia de Ifanes, no concelho de Miranda do Douro celebra esta sexta-feira e sábado, dias 24 e 25 de janeiro, a festa em honra de São Sebastião, uma festividade que se distingue pela confecção das claras (roscos), o cantar do ramo e a celebração da missa e procissão.

A festa em Ifanes inicia-se esta sexta-feira, dia 24 de janeiro, com o baile animado pelo grupo musical Paulo Fernandes & Chama Música.

No sábado, a festa recomeça às 6h00 da manhã, com a alvorada pelas ruas da localidade, uma ronda animada com a música de um trio de gaiteiros.

Ao início da tarde (14h00), a eucaristia é antecedida pela tradição do cantar do ramo e a celebração religiosa termina com a procissão em honra de São Sebastião.

No largo a Igreja e junto à fogueira, segue-se o leilão dos roscos e do pão, uma receita que se destina a pagar as despesas da festa.

Em Ifanes, a festa continua até à noite de sábado, com o baile animado musicalmente pelo grupo Albatroz.

A festa em honra de São Sebastião é organizada pela comissão de festas, conta com os apoios do Município de Miranda do Douro, da União de Freguesias de Ifanes e Paradela e com os patrocínios de várias empresas e outros donativos.

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São Sebastião

A festa em honra de São Sebastião celebra-se na data do seu martírio: 20 de janeiro.

Para os católicos, a vida de São Sebastião é um exemplo de como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e o amor de Deus é mais forte que tudo.

Descendente de uma família nobre, terá nascido em Narbona, sul de França, em meados do século III. Segundo a maioria dos estudiosos, os seus pais eram de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma.

Em nome da religião enveredou por uma carreira militar, para desse modo defender os cristãos que sofriam uma terrível perseguição.

As suas qualidades são amplamente elogiadas: figura imponente, prudência, bondade, bravura, era estimado pela nobreza e respeitado por todos.

De Milão, o jovem soldado deslocou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os cristãos.

O imperador Diocleciano, reconhecendo nele a valentia e desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana.

Animava os condenados para que se mantivessem firmes e fiéis a Jesus Cristo.Primeiro cai nas graças do imperador, logo a defesa da fé cristã e a intercessão pelos cristãos perseguidos desencadeiam a sua morte.

Cada novo mártir que surgia tornava-se um alento e um desafio para Sebastião.

Foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusou-o de ingratidão. Foi cravado por flechas.

Na iconografia, São Sebastião é representado com o corpo pejado com várias setas e preso a um tronco de árvore.

Fonte: Diocese de Lamego

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