Miranda do Douro: D. Nuno Almeida abriu a Porta Santa da “Esperança”

No Domingo, dia 29 de dezembro, na Festa da Sagrada Família, o bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, presidiu à Missa Dominical, na concatedral de Miranda do Douro, antecedido do rito de abertura da Porta Santa, que deu início ao Jubileu dedicado à virtude da Esperança.

“O rito de passagem pela Porta Santa tem por objetivo exprimir, para cada cristão, o desejo de um encontro com Cristo e com os membros do seu corpo que é a Igreja”, refere o livro da celebração, divulgado pela Santa Sé.

Na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco determinou que, no dia 29 de dezembro de 2024, os bispos diocesanos deviam celebrar a Missa, como abertura solene do ano jubilar, segundo o ritual preparado para esta celebração.

A diocese de Bragança-Miranda assinalou, de forma solene, o início do Jubileu convocado pelo Papa, com celebrações em Bragança e em Miranda do Douro.

Na cidade de Miranda do Douro, a celebração iniciou-se com uma procissão, entre a igreja da Misericórdia e a concatedral, onde o bispo diocesano presidiu o rito da abertura da Porta Santa.

Dom Nuno Almeida afirmou que o Jubileu é “um grande dom”.

Na missa celebrada na concatedral, o bispo diocesano, referindo-se à festa da Sagrada Família, começou por dizer que “todas as famílias já terão vivido situações de angústia e aflição e que o jubileu existe para que haja reencontros com Deus e uns com os outros”.

“Não há famílias perfeitas, não há comunidades perfeitas, não há paróquias perfeitas. E por causa disso, todos precisamos de ser perdoados e de dar o perdão.”, disse.

Dom Nuno Almeida explicou que as famílias, as comunidades e as paróquias estão sempre em caminho, em construção, em reparação. E para viver neste contínuo estado de abertura a Deus e aos outros, o bispo diocesano referiu-se à virtude da esperança.

“O que podemos fazer para que cresça em nós a virtude da Esperança? Há que sair da rotina e da monotonia! Há que ser discípulos missionários com audácia! Que este ano jubilar seja uma oportunidade para peregrinar em busca do perdão e da salvação”, disse.

As dioceses católicas de Portugal assinalaram em todas as catedrais, o início do Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, conforme estipulado pelo Papa.

“Envolvidos pela luz e pela graça do Jubileu 2025, queremos continuar a construir comunidades sinodais e missionárias”, exortou D. Nuno Almeida.

Historicamente, a adoção de uma Porta Santa é atribuída ao Papa Martinho V, por ocasião do Jubileu Extraordinário de 1423.

“Neste Jubileu, procuremos levar a esperança onde ela se perdeu: onde a vida está ferida, nas expectativas traídas, nos sonhos desfeitos, nos fracassos que despedaçam o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, na solidão amarga de quem se sente derrotado, no sofrimento que consome a alma; nos dias longos e vazios dos reclusos, onde existe violência doméstica, nos aposentos estreitos e frios dos pobres, nos lugares profanados pela guerra e pela violência”, apelou D. Nuno Almeida.

HA e Ecclesia



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