Solenidade de Todos os Santos
Ser santo é seguir Jesus
Ap 7, 2-4.9-14 / Slm 23 (24), 1-2. 3-4ab.5-6 / 1 Jo 3, 1-3 / Mt 5, 1-12a
São muitas as pessoas que já foram canonizadas. Mas os santos de Deus são inumeráveis. Nesta solenidade de Todos os Santos, recordamos aqueles que foram testemunhas fiéis do Evangelho, quer tenham subido aos altares da Igreja universal, quer tenham passado despercebidos. A sua vida é motivo de alegria e nós dedicamos este dia a dar graças a Deus pelas suas vidas.
Há tantas formas de santidade como pessoas há no mundo, pois santidade é seguir o Senhor como Ele nos chama e ao que Ele nos chama, e esse convite é sempre singular. Por vezes, desperdiçamos energias a tentar ser santos como tal e tal santo, ou tal e tal pessoa que conhecemos e cujas virtudes são reconhecidas, e esquecemo-nos do mais importante: escutar a vontade de Deus para nós.
Santo Inácio de Loiola, fundador da Companhia de Jesus, cometeu esse erro. Nos primeiros tempos da sua conversão, ele sonhava ser santo como São Domingos ou São Francisco de Assis, quando o que lhe faltava era descobrir como ser santo da forma que Deus o chamava a ser. Essa é a viagem que vale a pena, a grande aventura cristã. Esta é mesmo a excecionalidade cristã, que mais do que estabelecer um corpo de regras a cumprir, nos apresenta Jesus Cristo, que nos diz: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Segue-me, vem comigo».
Recordemos os santos que nos precedem. Todos eles, dos varredores de rua às consagradas de clausura. Reconheçamo-nos parte deste corpo fraterno de santidade, em que intercedemos uns pelos outros. E dêmos graças ao Pai, como o Filho dava graças ao Pai, para que sejamos filhos com o Filho e, desta forma, vivamos verdadeiramente bem-aventurados, beatos, felizes.