Dia Mundial dos Avós e Idosos: Luísa e Eduardo Matias têm 13 netos que lhes «dão força para viver com mais vontade»
Luísa e Eduardo Matias são avós de 13 netos, com idades entre os 15 meses e os 18 anos, e garantem que estes são uma fonte de rejuvenescimento, que os ajuda a viver com mais com mais leveza.
“É um docinho ter netos. E os netos dão-nos força para viver com mais vontade, para estarmos mais alegres. Um com o outro ajuda-nos a nós até na relação. Porque não podemos estar tristes e temos de dar exemplo de estarmos em harmonia um com o outro. E é sempre uma delícia tê-los a ficar em casa, porque não temos sossego”, afirmou Eduardo Matias, a propósito do Dia Mundial dos Avós e Idosos, assinalado a 28 de julho.
Casados há 48 anos, o casal, que vive em Pedroso, Vila Nova de Gaia, é pai de três filhos e duas filhas, que sabem que podem contar com a ajuda de Luísa e Eduardo Matias quando se trata de cuidar dos netos.
“Sempre que é preciso a porta da casa está aberta e a nossa disponibilidade também. Eles sabem, os pais sabem que os podem deixar cá ficar. Uns estão mais cá em casa do que outros, porque eles também têm os outros avós”, afirma Luísa Matias.
A solidão é uma realidade que estes avós não conhecem, uma vez que em casa não há registo de um período de tempo em que restassem apenas os dois.
“Quando saiu o [filho] mais novo para casar, nós já tínhamos para aí 6, 7 netos. E eles já vinham para cá, para casa. Portanto, nunca tivemos solidão. Aquilo que as minhas colegas me diziam: ‘Tantos filhos, outro Luísa, não vais conseguir’. ‘Ai vou, vou, assim é que é família’. Agora, muitas queixam-se que estão sozinhas e que têm solidão”, conta Luísa.
É a brincar que avós e netos passam tempo juntos, no entanto também existe tempo para ajudar nas tarefas.
“É preciso pôr a mesa, eles ajudam já todos a pôr a mesa. Até o pequenininho já tira os talheres da máquina e vai pôr no sítio dos talheres”, relata a avó.
As diferenças entre gerações permitem a Eduardo e Luísa aprender sobre temas que não dominam tão bem, nomeadamente o uso de tecnologia.
“A tecnologia são eles que ensinam. São eles que a ensinam, isso é verdade. E de vez em quando dizem: ‘Já te ensinei tantas vezes e ainda não sabes’. Uma que tem 5 anos e eu: ‘Pois não, ainda não aprendi, não sei’. ‘Tu não aprendes, avó’. E isso aprendemos com eles. Não temos qualquer hipótese de estar à altura deles. Aprendemos que a atenção, a escuta é muito importante”, reconhece Luísa.
Questionada sobre a possibilidade de virem a ser novamente avó, Luísa Matias revela que o sonho era ter 25 netos.
“Quem me dera, eu queria. E eu quando dizia que queria 25, os filhos ainda eram solteiros e diziam-me assim: ‘Ó mãe, tira o cabelinho da chuva, porque se tiveres 15, já é muito’. Está quase. Não sei se vai chegar aos 15 ou não, mas poderá ser, não sei. Alguns já não querem mais, já têm 3”, refere.
A Igreja Católica assinala a 28 de julho o IV Dia Mundial dos Avós e Idosos, celebração promovida pela Santa Sé, por iniciativa do Papa Francisco, no quarto domingo de julho, junto à festa litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho), os avós de Jesus.
“Na velhice não me abandones” é o título da mensagem deste ano para a data, a que se junta um vídeo que o Papa enviou para os avós e netos de Portugal, pedindo que a celebração seja dia de “encontro” para todos.
O IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos vai estar em destaque no programa ’70×7 ‘(RTP2, 07h30) deste domingo.
Fonte: Ecclesia