Argozelo: Centro Interpretativo das Minas de Argozelo vai integrar a rota do património industrial

Esta terça-feira, dia 23 de julho, o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo foi o local de apresentação do projeto transfronteiriço “In_Genius_Duero_Douro”, uma inicativa conjunta de portugueses e espanhóis, que pretende inventariar e promover o património industrial existente nos dois lados da fronteira, como é o caso das antigas minas de estanho e volfrâmio, na vila de Argozelo.

Na apresentação do projeto, o presidente de Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Jorge Fidalgo, começou por dizer que o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo é um dos exemplos de património industrial, existente na região transmontana.

“No âmbito do projeto In_Genius_Duero_Douro, vamos agora fazer uma inventariação de outros locais e espaços industriais existentes nos nove concelhos que integram a CIM-TTM e reabilitá-los de modo a torná-los visitáveis numa rota turística transfronteiriça”, disse.

Entre estes locais está também referenciado o Complexo Agroindustrial do Cachão, no concelho de Mirandela e o trabalho industrial ligado ao Fabrico da Seda, em Bragança.

O presidente da CIM-TTM prosseguiu dizendo que o património industrial também inclui as experiências humanas, como os testemunhos e a história das pessoas que participaram na atividade industrial, como foi o caso da população de Argozelo na atividade mineira.

Segundo a CIM-TT, o prazo para a execução de projeto “In_Genius_Duero_Douro” é de 2 a 3 anos e o valor do financiamento é de 1 milhão e 200 mil euros.

“Grande parte deste valor destina-se ao marketing, divulgação e promoção da rota do património industrial, nas regiões portuguesa e espanhola”, indicou.

Do lado espanhol, Joaquim Garcia, coordenador do projeto explicou que, numa primeira fase, vai proceder-se à identificação do património industrial existente na região autónoma de Castela e Leão (Espanha) e nos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).

Joaquim Garcia sublinhou a importância do caráter transfronteiriço deste projeto, que tem como objetivo definir uma estratégia comum de valorização do património industrial, que impulsione a economia destas duas regiões.

Questionado sobre que património industrial existe em Castela e Leão e em Trás-os-Montes, o coordenador do In_Genius_Duero_Douro deu como exemplos, os antigos moinhos de água, as linhas ferroviárias e as minas.

“Neste trabalho de identificação do património industrial é importante definir o que há em comum entre a região espanhola e a região de Trás-os-Montes”, disse.

O responsável espanhol acrescentou que no desenvolvimento do projeto é importante envolver os agentes locais, que possam beneficiar com o turismo dito industrial.

“Este segmento do turismo pode acrescentar valor ao território ao ser uma mais uma oferta de dinamização da economia local”, avançou.

O projeto transfronteiriço “In_Genius_Duero_Douro” é cofinanciado pela União Europeia (UE) através do programa “Interreg VI A Espanha – Portugal (POCTEP) 2021-2027”.

Neste projeto participam instituições espanholas. como a Fundación Santa Maria La Real del Património Histórico, a Junta de Castela e Leão, a Direção General de Património Cultural, a Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD), AEICE e o Ajuntamento de Zamora.

Do lado português, estão envolvidas a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Turismo Porto e Norte, o Ministério da Cultura e o Instituto do Património e Cultura.

HA

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