Solenidade de Pentecostes |Último Dia da Semana da Vida

Vem, Espírito Santo!

At 2, 1-11 / Slm 103 (104), 1ab.24ac.29bc-31.34 / Gal 5, 16-25 / Jo 20, 19-23

«Vem, Espírito Santo, Senhor que dá a vida». O Espírito é, em si mesmo, vida. É difícil falar d’Ele e ainda mais complicado explicá-lo, mas todos nós compreendemos o significado da frase «falta “alma” àquela casa», ou «àquele artista», ou «àquele sacerdote». A ausência do Espírito é notória quando, ainda que tudo seja cumprido, não há vida. E não há nada mais triste do que uma vida desprovida de vida.

É o Crucificado-Ressuscitado, ainda com as feridas da Paixão e ressuscitado pelo Espírito, que, após a sua Ascensão aos Céus e já à direita do Pai, nos envia o Espírito, como outrora também Ele o recebeu no batismo de João Batista. O Senhor envia-nos o Espírito para sermos cada vez mais como o seu Filho Jesus, disponíveis para a vontade do Pai, procurando ir além dos nossos apeteceres e opiniões.

O Senhor envia-nos o Espírito para que caminhemos com Jesus, para que tenhamos a misericórdia do Pai como alimento e a partilhemos com outros. Mas como podemos reconhecer a mão amorosa de Deus, a ação do Espírito, nas nossas vidas? Pelos seus frutos.

Quando, em nós ou naqueles que nos rodeiam, reconhecemos que há – ou que cresce – amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão ou humildade e o autocontrolo ou domínio de si mesmo, então o Espírito confirma os nossos passos. 

É isso que Paulo nos diz no capítulo 5, versículos 22-23 da carta aos Gálatas, passagem que devemos gravar no nosso coração, levar nos nossos lábios e deixar que guie as nossas mãos.

Neste domingo de Pentecostes, ousemos voltar à ousadia dos nossos primeiros irmãos, a esta liberdade para o Espírito. Reconheçamos que nos falta uma certa coragem para o que está por vir e que a nossa confiança na providência de Deus é frágil. E, a partir desta confissão de fragilidade, abramos as nossas vidas à graça, sempre presente, quer nas luzes, quer nas sombras.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Vem, Espírito Santo!

Vinde, ó santo Espírito, 
vinde Amor ardente, 
acendei na terra vossa luz fulgente. 
Vinde, Pai dos pobres: 
na dor e aflições, 
vinde encher de gozo 
nossos corações. 
Benfeitor supremo 
em todo o momento, 
habitando em nós 
sois o nosso alento. 
Descanso na luta 
e na paz encanto, 
no calor sois brisa, 
conforto no pranto. 
Luz de santidade, 
que no Céu ardeis, 
abrasai as almas 
dos vossos fiéis. 
Sem a vossa força 
e favor clemente, 
nada há no homem 
que seja inocente. 
Lavai nossas manchas, 
a aridez regai, 
sarai os enfermos 
e a todos salvai. 
Abrandai durezas 
para os caminhantes, 
animai os tristes, 
guiai os errantes. 
Vossos sete dons 
concedei à alma 
do que em Vós confia: 
Virtude na vida, 
amparo na morte, 
no Céu alegria.

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