Bragança-Miranda: Bispo destina partilha quaresmal à reconstrução da hospedaria do Mosteiro de Palaçoulo
O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, anunciou que as comunidades católicas da diocese vão ajudar a reconstruir a albergaria do Mosteiro Trapista de Palaçoulo, através da renúncia quaresmal.
“Apelamos à generosidade de todos”, escreve, na mensagem para a Quaresma 2024.
D. Nuno Almeida indica que o montante recolhido na renúncia e partilha quaresmal “será na íntegra para ajudar a reconstruir” a Casa de Acolhimento ao Peregrino do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja em Palaçoulo (Miranda do Douro), destruído pelas chamas a 27 de janeiro.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
O responsável católico precisa que algumas salas eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho – escritório da Madre, escritório das irmãs ecónomas, lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria – “e o incêndio danificou-as gravemente”, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado.
O projeto do complexo do mosteiro, com a igreja abacial, prevê também edifício com espaços para a comunidade e para o serviço diário.
A diocese transmontana já tinha divulgado também o número da conta bancária do mosteiro para aqueles que queiram contribuir com donativos (PT50 0045 2260 4029 1080 1063 2).
‘Tempo para crer, esperar e amar’, é o tema da mensagem para a Quaresma de 2024 do bispo de Bragança-Miranda.
D. Nuno Almeida sustenta que a Quaresma “é um tempo para acreditar” e convida a viver uma Quaresma 2024 “com esperança”, lembrando também a dimensão da caridade, a “cuidar de quem se encontra em sofrimento, abandono ou angústia”.
“Cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a revisitar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai”, indica.
No documento, enviado à Agência ECCLESIA, o bispo de Bragança-Miranda assinala que a Quaresma é “um tempo para acreditar”, ou seja, para cada um receber “Deus na vida, permitindo-Lhe «fazer morada»”.
“No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar e encontrar, no segredo, o Pai da ternura”, desenvolve.
A Diocese de Bragança-Miranda informa também que está disponível a dinâmica para o tempo litúrgico da Quaresma-Páscoa: Na Quaresma vai estar em destaque a palavra ‘diálogo’, e nos domingos da Páscoa a palavra ‘anúncio’.
“O diálogo é uma atitude indispensável para o estilo sinodal da Igreja e o anúncio é o fruto de um processo de relação e de comunhão que torna visível a presença redentora e ressuscitada do Senhor”, explica.
A dinâmica diocesana de Quaresma e Páscoa parte de uma frase da Carta Pastoral do seu bispo, D. Nuno Almeida: “A comunidade dos discípulos missionários de Jesus está convocada para percorrer um caminho de atenção, de diálogo, de anúncio e de discernimento em comum, em que todos participem”.
Fonte: Ecclesia