Vimioso: Município aprova orçamento municipal para 2024
A Assembleia Municipal de Vimioso aprovou, por maioria, o orçamento municipal para 2024, no valor de 12,3 milhões de euros, mais 270 mil euros do que o deste ano, indicou o presidente da autarquia, Jorge Fidalgo.
O documento contou com os votos a favor da maioria PSD e de um eleito do PS, dois votos contra do PS e três abstenções, duas do PS e uma do deputado do movimento Unidos por Vimioso, que é presidente de junta de freguesia.
“Quando foi elaborado este orçamento não foram contabilizadas as transferências de Estado para 2024, e obviamente que também não foram contabilizados aquilo que serão os fundos comunitários, porque na verdade ainda não estão contratualizados. Contudo, sabemos que o município terá cinco milhões de euros de fundos europeus para lá de outras candidaturas que possam ser feitas”, explicou o autarca social-democrata, Jorge Fidalgo.
De acordo com o presidente do município de Vimioso, uma das pretensões da autarquia passa por concluir as obras que estão em curso, como é o caso das bacias de retenção de água e a beneficiação dos edifícios do Agrupamento de Escolas.
“Vamos continuar numa política virada para a educação e ação social, que são para nós áreas fundamentais e prioritárias. Na área social, a relevância vai para as residências autónomas que serão construídas em Carção e onde o investimento previsto ronda 1,5 milhões de euros, cujo concurso público foi lançado e em breve terá a sua adjudicação, após o visto do Tribunal de Contas”, vincou Jorge Fidalgo.
No campo dos impostos, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para prédios urbanos fica no valor mínimo (0,3%), enquanto para prédios rústicos fixa-se no máximo (0,8%).
“Trata-se de um orçamento municipal para 2024 absolutamente realista e complemente exequível que será reforçado com cerca quatro milhões de euros. No momento em que orçamento foi elaborado, a lei foi cumprida escrupulosamente”, indicou Fidalgo.
O orçamento foi votado em sede de executivo municipal com quatros votos a favor do PSD e um voto contra do PS.
A vereadora eleita pelo PS, Débora Alves, considerou que “se verifica, mais uma vez, através deste orçamento, que no concelho [de Vimioso] reina uma gestão financeira já tolhida de movimentos e sem capacidade de fazer investimento reprodutivo para a economia local”.
“É um orçamento passivo e incompreensível, que não apresenta soluções novas, nem dinâmicas para o desenvolvimento e crescimento do nosso concelho. É um orçamento onde faltam inovação e novos horizontes a trilhar, pela necessidade premente de dinamismo empresarial e económico, e de emprego”, sublinhou a eleita pelo PS.
De acordo Débora Alves, “no âmbito das políticas de criação de emprego não se está a tirar qualquer benefício das potencialidades resultantes do posicionamento geoestratégico de Vimioso. A fraca procura do território pelos investidores é visível na ausência de crescimento empresarial e industrial”, disse.
“Concluindo, é um orçamento em que nada de novo há a apresentar. Apenas a mesma retórica vã, com continuados adiamentos do desenvolvimento do concelho. O orçamento que deveria retratar as propostas colocadas nas mãos de todos, continua nas mãos da elite do ‘mignon’”, vincou.
Débora Alves retirou que é sua obrigação enquanto oposição responsável continuar a defender o progresso e o desenvolvimento do concelho de Vimioso.
A vereadora acrescentou ainda constatar “que ao terceiro orçamento a que se propõem [os eleitos do PSD] não conseguiram atingir a execução de 50% daquilo a que se alvitraram”.
“A construção/reconstrução do açude do rio Angueira é uma obra que já tem teias. As despesas associadas às termas da Terronha já as consideram despesas correntes. A beneficiação da cobertura da escola EB 2,3 está coberta de esqueletos. Não havia necessidade, mas agora há necessidade. A escola manifesta a necessidade de uma cobertura para o recreio nos dias de chuva e o executivo não quer estragar a estética do edifício”, observou.
José Ventura, do movimento Unidos por Vimioso, justificou a abstenção com o facto de não confiar neste orçamento.
Fonte: Lusa