Miranda do Douro: Banda Filarmónica Mirandesa comemora 130 anos com o I Festival Luso-Hispano

No sábado, dia 16 de dezembro, a Associação Filarmónica Mirandesa celebra o seu 130º aniversário com a realização, em Miranda do Douro, do I Festival Luso-Hispano, um evento musical que nesta primeira edição vai contar com a participação da Banda de Música de Zamora.

No 130º aniversário, a direção da Associação Filarmónica Mirandesa, presidida por Pedro Manhonho tem ainda como propósito homenagear os dirigentes e músicos, que fizeram (e fazem) parte da história da mais antiga coletividade de Miranda do Douro, fundada em 1893.

Sobre a relevância do I Festival Luso – Hispano, Pedro Manhonho justificou que é importante continuar a aprofundar e reforçar os laços de fraternidade com os “irmãos” espanhóis.

“A cidade de Miranda do Douro e em particular os setores do turismo, comércio, hotelaria e restauração continuam muito vocacionados para os visitantes espanhóis. Com a realização deste festival ibérico pretendemos reforçar a proximidade e a colaboração entre nós. Por outro lado, também queremos retribuir o convite pela nossa participação no XVI Festival Hispano – Luso de Bandas de Música, que se realizou em Zamora, no passado mês de setembro”, justificou.

Inspirados por essa participação no festival de Bandas, em Zamora, o propósito da Associação Filarmónica Mirandesa é criar um festival idêntico na cidade Miranda do Douro, convidando, anualmente, uma banda espanhola e se possível, uma banda portuguesa.

Neste primeiro festival, o programa do evento contempla no sábado, dia 16 de dezembro, o acolhimento da Banda de Música de Zamora, agendada para as 16h00. Segue-se o desfile das bandas filarmónicas pela avenida Aranda del Duero, em direção à Câmara Municipal, onde vão ser recebidas pelo executivo municipal, presidido pela autarca Helena Barril.

“Todas as iniciativas que promovam o encontro ibérico são muito bem vindas à cidade e ao concelho de Miranda do Douro e por isso, o I Festival Luso – Hispano de Bandas Filarmónicas é apoiado e recebido com aplausos pelo município de Miranda do Douro”, afirmou a presidente, Helena Barril.

Após a receção na Câmara Municipal, o momento mais esperado do I Festival Luso – Hispano está programado para 20h45 de sábado, na concatedral, onde as bandas de Miranda do Douro e de Zamora vão realizar dois concertos, com uma duração total de 1 hora 30 minutos.

“No concerto, a Banda Filarmónica Mirandesa vai interpretar temas musicais como o Concerto d’ Amore, Cold Play, Xutos e Pontapés e várias músicas de Natal”, adiantou o presidente da Associação Filarmónica Mirandesa, Pedro Manhonho.

Numa avaliação ao trabalho já realizado desde a tomada de posse em maio de 2022, a direção expressou o seu contentamento pela adesão à banda filarmónica das crianças e jovens do concelho de Miranda do Douro.

“Estamos super contentes com o interesse das crianças e jovens em aprender música, para integrar a Banda Filarmónica Mirandesa. Após um ano e meio de trabalho, a banda é constituída atualmente por cerca de 50 músicos, na sua grande maioria crianças e jovens. A estes juntam-se ainda 20 crianças, que estão em aprendizagem musical”, indicou.

De modo a facilitar a participação dos jovens que estudam ou trabalham fora do concelho, os ensaios da banda realizam-se, como é tradição, no serão das sextas-feiras, às 21h00.

Ao longo do corrente ano de 2023, a Banda Filarmónica Mirandesa, atuou em vários eventos da cidade de Miranda do Douro, nas festividades do concelho e noutros concelhos e o momento alto foi o convite para participar no XVI Festival Hispano – Luso de Bandas, em Zamora.

“Inspirados pela participação no festival de Bandas, em Zamora, no passado dia 7 de setembro de 2023, o nosso propósito é a internacionalização. Queremos muito retribuir o empenho e o sacrifício dos nossos jovens, que tantas vezes abdicam dos fins-de-semana de descanso, para participar nas atuações da Banda Filarmónica Mirandesa. Com as viagens e as atuações em Portugal, em Espanha e noutros países queremos proporcionar-lhes novas experiências, o contato com outras pessoas e culturas e assim abrir-lhes o espírito e o horizonte”, concluiu.

HA

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