Portugal: Metade dos jovens afirma-se católico
Metade dos jovens portugueses afirma-se católico e indica o amor como valor principal, sendo a liberdade o mais relevante para a outra metade, revela o estudo “Jovens, Fé e Futuro”, agora apresentado.
“A maioria dos jovens diz-se religiosa (56%), sendo que 88% destes jovens afirmam ser Católicos”, indicam as conclusões do estudo.
Realizado pelo Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), da Universidade Católica Portuguesa (UCP), o inquérito foi realizado junto de 2480 jovens, entre os 14 e 30 anos, através de um questionário on-line, enviado nomeadamente a alunos de escolas e universidades, e também através de abordagens presenciais para a recolha de dados.
Na sessão de apresentação do estudo, Fernando Ilharco, que integra a equipa do CEPCEP que desenvolveu este trabalho para a Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou que a amostra é “relevante” e permite “tirar algumas conclusões para reflexão pertinentes”, mesmo não obedecendo a “critério técnicos”.
Para os jovens religiosos, o amor, o respeito e honestidade são os valores mais importantes, enquanto que os jovens não religiosos indicam que a liberdade como o valor mais relevante, considerando depois também o respeito e honestidade.
O estudo realizado no âmbito da Jornada Mundial da Juventude indica também que 18% dos jovens já se sentiram discriminados por causa da religião, nomeadamente na escola (12%) e entre amigos (11%).
Patrícia Dias, que coordenou o estudo, disse na sessão de apresentação que decorreu na UCP que esperava “um maior contraste” entre o que indicam os jovens católicos e os não católicos.
“As diferenças entre católicos e não católicos não são muito acentuados”, afirmou.
De acordo com o estudo “Jovens, Fé e Futuro”, a guerra, as alterações climáticas, a saúde e equidade e a discriminação são os temas que mais preocupam os jovens.
Em entrevista ao programa Ecclesia, emitido a 6 de julho, na RTP2, Rodrigo Queiroz e Melo, referiu que o estudo realizado pelo CEPCEP remete para uma “mensagem de esperança”, porque a “maioria dos jovens diz-se crente e católica”, interpela a juventude a “agirem mais no seu sentimento fé” e a serem “mais ativistas nas diversas causa que têm” e desafia à “necessidade de formar as pessoas na coragem da fé”.
Fonte: Ecclesia