DOMINGO IV DA PÁSCOA – ANO A / DOMINGO DO BOM PASTOR / ÚLTIMO DIA DA SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
A quem sigo?
At 2, 14a.36-41 / Slm 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 / 1 Pe 2, 20b-25 / Jo 10, 1-10
O Domingo IV de Páscoa é chamado «Domingo do Bom Pastor». Esta é uma imagem bíblica muito cara ao povo de Israel que Jesus assume para si. Em tempo pascal, esta narrativa fala-nos dos traços do Senhor ressuscitado. Como canta o Salmo: «O Senhor é meu pastor: nada me falta».
O Evangelho de São João traz-nos três imagens simbólicas muito claras: o Pastor, a porta e o ladrão. O Pastor é descrito como alguém de confiança que entra pela porta do redil das ovelhas, cuja voz é conhecida por elas, a quem chama individualmente pelo nome e que caminha à sua frente com autoridade. De seguida, a porta é vista aqui como um lugar de passagem, de modo que quem entra por ela será salvo e em seu redor encontra pastagens verdejantes. Por fim, o ladrão é aquele que entra por uma porta dos fundos, escondida, possui uma voz estranha ao rebanho e vem para roubar e matar.
Jesus é o Bom Pastor que nos congrega junto de si, que nos conhece e nos chama a fazer parte do seu rebanho. Ao mesmo tempo, Jesus é a porta pela qual entramos numa vida em Deus. Sabemos que a porta não é necessariamente larga, por vezes é estreita e apertada, mas vale a pena o esforço de a poder ultrapassar.
Por fim, o ladrão remete-nos para os falsos pastores que, com propostas de felicidade fáceis e imediatas, nos fecham em nós próprios, como se fôssemos autossuficientes.
Termina neste dia a Semana de Oração pelas Vocações. No rebanho da Igreja há lugar para todos. Uns são chamados à participação laical na comunidade eclesial, muitos a partir do matrimónio; outros a uma vida consagrada, seja em vida ativa ou em vida contemplativa; outros ainda são chamados ao sacerdócio ministerial. Mas todos comungamos da mesma alegria de sermos reunidos em redor do Bom Pastor. Como diz a Carta de São Pedro, outrora «éramos como ovelhas desgarradas, mas agora voltamos ao Pastor e Guarda das vossas almas».