Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
Acreditar
At 10, 34a.37-43 / Slm 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 / Col 3, 1-4 / Jo 20, 1-9
Esta é a manhã de todas as correrias. Para os discípulos, é ainda mais desconcertante que a Sexta-Feira Santa. A crucifixão é um desvario e uma tragédia, mas conseguimos compreender o mal. Mas a força da Ressurreição, esta luz que tudo toca e transforma, precisa de ser inspirada para ser assumida. Porque acreditar no que se vê está ao alcance de qualquer um. Mas não ver e acreditar, não compreender e reconhecer que é verdade, pede um coração que se deixe tocar.
Precisamos de terra firme na qual assentar os pés, e só a esperança pode ser o nosso chão. Todas as coisas nas quais depositamos confiança não passam de ilusões, que a qualquer momento desaparecem. Só o amor, tão impalpável como real, só a esperança, invisível, mas na qual vemos o mundo, nos permite trilhar os caminhos da vida.
Desejemos viver a Ressurreição. Busquemos, no mais profundo dos nossos corações, o encontro com o Deus dos nossos pais, o Deus de Israel, que nunca nos abandona. Demos passos certos no caminho da salvação, vivendo ao estilo de Jesus, pobre e humilde, confiantes de que tudo concorre para o bem daqueles que confiam em Deus.