II Domingo do Tempo Comum
«Onde moras?»
1 Sam 3, 3b-10.19 / Slm 39 (40), 2.4ab.7-11 / 1 Cor 6, 13c-15a.17-20 / Jo 1, 35-42
João Batista está com dois discípulos quando vê Jesus passar. Sem hesitar, ele diz-lhes que Jesus é o Cordeiro de Deus, que é aquele o Ungido do Senhor, escolhido e enviado por Deus para a nossa salvação. E eles seguem-no.
Jesus, ao ver que era seguido, pergunta-lhes o que procuram e ouve uma resposta curiosa: «onde moras?». Os discípulos não querem somente ouvi-lo falar: querem entrar na sua intimidade, comer à sua mesa, viver com Ele e como Ele.
Falta-nos por vezes esta dimensão do seguimento de Jesus: gostamos de o ouvir e até tentamos colocar em prática a sua sabedoria, mas arriscamos pouco viver com Ele e como Ele.
Como podemos viver com Jesus e como Ele? O primeiro passo a dar é rezar, como os seus irmãos, agradecendo aquilo que nos é oferecido, partilhando as nossas dores, pedindo o que nos falta, como Jesus fazia com o Pai.
O segundo passo dá-se com a partilha da mesa. Como vivemos as nossas eucaristias? Muitas vezes «vamos» à Eucaristia para cumprir uma obrigação, mas esta atitude acaba por ser um muro à ação do Espírito Santo em nós. À Eucaristia não se vai; a Eucaristia vive-se.
Jesus, fiel à sua promessa na Última Ceia, torna-se verdadeiramente presente nas espécies do pão e do vinho e torna-se alimento. Ele dá-se a cada um de nós e desafia-nos a sermos alimento, alimentados por Ele. Não é um mero símbolo: é presença real de Jesus.
Este domingo, aproximemo-nos do altar do Senhor. Perguntemos-lhe onde mora e partilhemos da sua mesa, do seu destino, da sua missão. E, então, depois da bênção final, partamos pelos caminhos à procura dos nossos irmãos, como André, para os trazer até Jesus.