Saúde: Médicos terminam greve mas paralisações continuam
Os médicos terminam a 27 de julho a greve nacional de três dias, para exigir ao Governo propostas concretas sobre a valorização da carreira e das grelhas salariais, nas negociações que decorrem desde 2022.
Apesar desta paralisação nacional terminar a 27 de julho, o protesto dos médicos continua com as greves dos médicos de família às horas extraordinárias até 22 de agosto e à produção adicional dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que garante que a adesão nos primeiros dois dias rondou os 90% a nível global, a greve pretendeu forçar o Governo a apresentar propostas concretas nas negociações que decorrem há mais de um ano sobre a revisão das tabelas salariais.
Para sexta-feira, dia 28 de julho, está marcada mais uma ronda negocial, mas o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) garantiram, na última semana, que só estariam disponíveis para comparecer à reunião se recebessem antecipadamente as propostas, o que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que iria acontecer.
No dia 26 de julho, o SIM entregou no Palácio de São Bento uma carta dirigida ao primeiro-ministro com um “fortíssimo apelo” para que o Governo concretize as suas propostas para o novo regime de dedicação plena, os serviços de urgência, a organização e disciplina do trabalho médico e a revisão da grelha salarial, as matérias que estão em cima da mesa negocial entre as partes.
“Depois de ultrapassar o prazo negocial formalmente estabelecido, o Governo, de forma irresponsável, declinou a apresentação de propostas negociais concretas”, refere ainda a carta, ao alertar que em Portugal verificou-se uma “erosão de mais de 22% dos salários médicos nos últimos 10 anos”.
Fonte: Lusa