Terrenos: CIM-TT quer que Governo continue a financiar balcões do prédio
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes solicitou ao Governo que continue a financiar os balcões do prédio ou os municípios vão encerrar estes espaços destinados ao cadastro de terrenos, de forma gratuita para os proprietários.
O presidente da CIM, Jorge Fidalgo, disse que há municípios que vão fechar os balcões no final do mês porque deixam de ter financiamento a partir de 16 de junho, data em que termina o contrato entre a Comunidade Intermunicipal e o Governo.
Os municípios de Vimioso e Bragança já anunciaram que vão encerrar os respetivos balcões a 30 de junho, assumindo as despesas no período que medeia entre o final do mês e o dia 16, quando se esgotam os 24 meses acordados entre as partes para fazer o cadastro predial, no âmbito do projeto que ficou conhecido como BUPI (Balcão Único do Prédio).
O Governo contratualizou este serviço com vários municípios por todo o país, entre os quais os da CIM-Terras de Trás-os-Montes, que fez uma candidatura para o feito de quase 2,4 milhões de euros, 85% dos quais financiados pelo Fundo Social Europeu (FSE) e os restantes 15% a cargo dos municípios.
Mogadouro que já tinha feito o cadastro dos terrenos, foi o único dos nove municípios da CIM-TTque ficou de fora da candidatura, tendo sido contemplados Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Vila Flor, Vimioso, Miranda do Douro e Mogadouro.
Numa exposição feita em maio, por escrito, às tutelas deste processo, a CIM-TT justifica com “as dificuldades inerentes ao processo de contratação pública e/ou de recrutamento e formação de técnicos para os balcões BUPI” os atrasos que levaram a que a abertura “da maioria dos balcões ocorresse já no ano de 2022”.
A procura de espaços físicos e equipamento para funcionamento dos balcões é apontada como outro fator que influenciou o atraso.
A CIM-TT salienta que depois de abrirem, estes balcões registaram “uma excelente adesão do público”, existindo marcações para “um a dois meses”.
“Pese embora todos os esforços desenvolvidos, não irão serão cumpridos os objetivos inicialmente propostos”, lê-se na exposição feita à tutela, onde destaca “a importância deste projeto para os cidadãos e para os municípios”.
“Entendemos assim que, para além de se tornar necessário, no imediato, garantir a continuidade do financiamento dos balcões BUPI, há também que garantir no futuro este serviço aos cidadãos e, portanto, dotar os municípios das fontes de financiamento necessárias”, acrescenta.
O presidente da CIM-Terras de Trás-os-Montes disse ainda que este assunto será discutido em reunião do Conselho Intermunicipal agendada para quarta-feira, dia 14 de junho.
Fonte: Lusa