Ambiente: Mês de fevereiro foi “extremamente seco”
O mês de fevereiro foi “extremamente seco” e registou uma “diminuição significativa” da percentagem de água no solo, indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“O mês de fevereiro de 2023 em Portugal continental classificou-se como normal em relação à temperatura do ar e extremamente seco em relação à precipitação”, precisa o boletim climático do IPMA.
O boletim referente a fevereiro sublinha que, no passado mês, o total de precipitação mensal, 10,7 litros por metro quadrado, “foi muito inferior ao valor médio”, correspondendo a apenas 11% do valor normal registado entre 1971 e 2000.
O IPMA refere que, considerando os últimos 35 anos, apenas em nove anos os valores de precipitação mensal em fevereiro foram superiores ao valor médio.
O mesmo documento acrescenta também que se verificou em fevereiro “uma diminuição significativa da percentagem de água no solo”, estando praticamente todo o território com valores inferiores a 60%, e alguns locais do litoral Centro e do Baixo Alentejo têm valores de percentagem de água no solo inferiores a 20%.
No final de fevereiro, revela igualmente o IPMA, registou-se um aumento das áreas em seca fraca e seca moderada na região Sul, destacam-se os distritos de Setúbal e Beja, com muitos locais em seca moderada, enquanto nas regiões do Norte e Centro verificou-se uma diminuição das áreas nas classes de chuva.
Segundo o IPMA, a temperatura máxima do ar foi superior ao valor normal, sendo o décimo segundo mais alto desde 1931, e a temperatura mínima do ar foi inferior ao valor normal, registando-se o sexto mais baixo desde 2000.
“Durante o mês de fevereiro verificaram-se valores de temperatura máxima do ar quase sempre acima do valor médio mensal, bem como valores de temperatura mínima do ar quase sempre inferiores à normal, sendo de realçar os períodos de 02 a 07 e de 23 a 28 com valores muito inferiores à média mensal”, indica o mesmo documento.
Apesar de fevereiro ter sido classificado como normal em relação à temperatura, o IPMA destaca que Portugal continental esteve, no mês passado, “frequentemente sob a influência de uma massa de ar polar”, além de ter sido também afetado por depressões e pela passagem de uma superfície frontal fria, as quais originaram precipitação, sendo localmente de granizo e, episodicamente, sob a forma de neve em cotas superiores a 400 metros na região Norte e a 600 m na região Centro.
Fonte: Lusa