Miranda do Douro: Projeto inovador traz 15 trabalhadores remotos à região
De 2 a 8 de janeiro, Miranda do Douro vai acolher um grupo de 15 trabalhadores ligados a vários ramos de atividade, que vão trabalhar à distância, com os objetivos de dar a conhecer as potencialidades da região, informou fonte ligada ao projeto.
“Pretende-se que esta experiência inovadora tenha um impacto positivo no território, por isso, além de promover o consumo dos produtos e serviços locais, vão ser dinamizadas várias ações que visam a interação com as comunidades e associações. Esta iniciativa vai envolver pessoas de vários escalões etários altamente qualificados”, explicou Andréa Barbosa, membro da Associação Rural Move, a entidade promotora da iniciativa.
De acordo com a responsável, pessoas das mais distintas profissões, tais como investigadores, tradutores, consultores, designers, freelancers, entre outros profissionais, integram este projeto, cujo principal objetivo é dar a conhecer Miranda do Douro, promovendo o concelho como um território atrativo para trabalhadores remotos e possíveis investidores.
Os 15 trabalhadores remotos vão trabalhar maioritariamente a partir do Centro de Formação Agrícola de Malhadas, mas também a partir de outros pontos do concelho.
O projeto teve um financiamento inicial de 20 mil euros, para começar a sua atividade, através da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Assim, este tipo de iniciativas pretende dar a conhecer o território e as suas potencialidades, ajudando a melhorar as estratégias de atração deste público-alvo.
“Estes 15 trabalhadores remotos vão trabalhar em dois tempos. O primeiro em ambiente de sala e um segundo na pesquisa dos valores e da tradição local, como é caso dos trabalhos em burel, produtores regionais, turismo local, entre outras oportunidades”, explicou Andréa Barbosa.
O coordenador da Rural Move e investigador na Universidade de Aveiro, João Almeida, disse que há uma noção das dificuldades existentes no interior, sobretudo ao nível das comunicações de dados.
“A parte material deste tipo de projeto depende muito das condições do sinal da internet. Se não existir internet e um espaço físico, com condições para trabalhar é um obstáculo para a instalação deste tipo de projeto. O nosso propósito é focarmo-nos nas oportunidades que existem nestes territórios”, disse.
Fonte: Lusa